26/06/2020

Fanfic "Power Rangers": Com você, supero tudo, Capítulo 6

Sinopse: Kimberly Hart sofreu um acidente. Está no hospital, mas outras coisas aconteceram na sua vida. Tommy fica sabendo do que aconteceu pela televisão e, depois de uma pequena crise, vai para a Flórida para tentar ver sua ex-namorada, nem que seja pelo vidro do quarto de hospital. Ele quer ajudá-la e Kimberly vê uma oportunidade de superar seus traumas com o grande amor de sua vida.

Disclaimer: Não são meus e não estou ganhando nada com essa estória. Pertencem a Disney, Saban e companhia limitada e a seus respectivos atores.

Classificação: 18 anos – Trata de distúrbios alimentares e sexo sem consentimento

Data de início: 20/07/2014

Data de término: 02/05/2016

Nota: Como muitas de minhas fanfics, essa ficou um tempo sem ser continuada e terminada. Também não levei em conta aspectos médicos.

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6º Capítulo

 

- Kimberly, está pronta para nós? – Lisa perguntou.

- Estarei se o Tommy puder ficar comigo. – Kim disse sem soltar a mão do amigo.

- Tudo bem. – Lisa sorriu – A Ellen vai te ajeitar, Kim. Sr. Oliver, posso falar um segundo com o senhor?

- Já volto, Kim. – Tommy soltou delicadamente a mão de Kimberly. Junto com a fisioterapeuta afastou-se – Há algum problema em acompanhar a fisio?

- Não. Preciso saber qual o grau de intimidade que tem com a Kimberly?

- Agora?

- Sim. Depois do trauma, o senhor é o primeiro homem que se aproxima dela.

- Até o momento, ela só aceita ficar de mãos dadas. Estou me aproximando aos poucos.

- Tudo bem. Obrigada. – Lisa sorriu – Vou conversar com a Ellen.

- Kim, o Sr. Oliver vai nos ajudar hoje, tudo bem? – Lisa falou e olhou a colega, Ellen – Preciso de dois minutos.

As fisioterapeutas conversaram rapidamente.

- Tommy, você vai ajudar na tortura? – Kim ficou apreensiva.

- Na verdade, vou te salvar dela. – Tommy sorriu – Está confortável?

- Não.

- Tudo bem. Volto depois, então.

- Não, Tommy. A posição é incômoda. Fica e me salva. – Kim esticou as mãos e Tommy apertou-as.

- Pronto, Kim. – Lisa começou os exercícios.

A sessão de fisioterapia foi um sucesso. Kimberly respondeu bem aos exercícios e cooperou para que tudo fosse realizado da melhor maneira. Tommy segurava suas mãos para apoiá-la.

- Muito bem, Kimberly. – Lisa elogiou – Agora, vamos terminar com uma massagem. Você merece!

- Obrigada, Lisa. – Kim sorriu.

- Sr. Oliver, pode esperar um pouco do lado de fora? – Ellen pediu.

- Claro. Kim, eu volto quando terminar, ok? – Tommy falou saindo do quarto.

- Pronto, Kimberly Hart. Pode contar tudo. – Lisa disse iniciando a massagem.

- Tudo o que, Lisa? – Kim fingiu que não entendeu – Ellen, me ajuda aqui.

- Kim, quem é o pedaço de mau caminho? – Ellen perguntou.

- É o Tommy. – Kimberly respondeu.

- E? – Lisa apertou um ponto no ombro de Kimberly.

- Ai, Lisa. – Kim exclamou – É meu amigo.

- Isso foi ele quem falou. – Ellen cutucou – Conta pra nós.

- Suas alcoviteiras. – Kimberly rosnou e disse séria – Meu ex-namorado.

- Seu ex? – Lisa estranhou.

- Meu primeiro amor, meu primeiro namorado. – Kim confessou.

- OK, Kim. – Ellen disse terminando a fisioterapia – Obrigada por ter colaborado hoje.

- Obrigada por terem deixado o Tommy comigo, meninas. Eu confio a minha vida a ele. – Kim disse com lágrimas nos olhos.

As fisioterapeutas, com carinho, ajeitaram Kimberly na cama.

- Lisa?

- Oi, Kim.

- Já posso andar?

- Quando quiser, Kim.

- Pode ser à tarde? – Ellen perguntou.

- Sim. Quero sair dessa cama, Ellen. Obrigada. – Kimberly disse sorrindo – Podem mandar o Tommy entrar de novo?

- Com saudades? – Lisa alfinetou.

- Sim. Por causa da fisioterapia, hoje, ele tocou meus braços. – Kimberly vibrou.

- E você ficou confortável? – Ellen quis saber.

- Sim. Ele está aos poucos me mostrando que me tocar não me machuca, exceto vocês duas. – Kim gargalhou.

- Estou feliz com sua mudança, Srta. Hart. – disse a Dra. Walson entrando no quarto – Posso examiná-la?

- Sim, doutora. – Kimberly assentiu.

As fisioterapeutas saíram do quarto e a médica ficou sozinha com a paciente.

- Como se sente, Kimberly?

- Com menos dor, ainda enjoo com facilidade, mas estou me sentindo bem.

- Desculpe, mas ouvi parte da conversa.

- Estou confortável com o Tommy comigo, doutora.

- Isso é um grande avanço.

- Doutora, já posso andar?

- Sim. Quando a Lisa e a Ellen estiverem disponíveis, comece a sair da cama e dar um pequeno passeio.

A médica examinou Kimberly e saiu do quarto.

Tommy entrou no quarto apreensivo e recebeu um sorriso largo e acolhedor de Kimberly.

- Você está sorrindo e brilhando, Kimberly.

- E você entrou preocupado. Vem aqui. – Kim apontou a cadeira ao lado da cama. Tommy obedeceu – Obrigada por tudo.

- Não me agradeça, Kim.

- Recebi estrelinha.

- Você está de parabéns. Cooperou na fisio e está melhorando. Só falta levantar da cama. E eu queria muito treinar com você.

- Eu consigo andar, Tommy, mas tenho medo das pessoas. – Kimberly segredou.

- Eu estarei contigo. Vou te proteger, Kim.

- Obrigada. Pedi para a Lisa e a Ellen me ajudarem. Você me acompanha?

- Claro, Kim.

- Você descansou?

- Dormi bem.

- Comeu?

- Sim.

- Estou morrendo de fome.

- Quer que eu pegue algo na cafeteria?

- Não. Daqui a pouco vem o almoço. Você deveria sair para comer.

- Kim, eu vou te ajudar a almoçar e, depois, saio para comer alguma coisa.

- Tommy, estou preocupada com você.

- Não se preocupe, Kim. Eu estou bem.

Nesse momento, a copeira entrou e trouxe o almoço para Kimberly.

- Kim, eu te ajudo a comer.

- Não precisa, mas eu queria um mimo.

- O que quer primeiro?

- Eu como bem devagar.

- OK.

Tommy alimentou Kimberly com delicadeza e tranquilidade. Conversaram até que a enfermeira veio.

- Tommy, vou descansar um pouco. Por que não vai comer alguma coisa?

- Vou sim, princesa. Descanse.

Tommy saiu depois de Kimberly fechar os olhos. Foi até a cafeteria. Encontrou Aisha.

- Oi, ‘Sha. – Tommy disse sorrindo.

- Tommy! Senta comigo. Sempre almoço aqui e depois visito a Kim.

Os amigos almoçaram juntos e conversaram.

- A Kim está melhor.

- Você sempre teve esse efeito sobre ela.

- Aisha, o que sabe sobre o trauma psicológico?

- Ela já te contou?

- Sim.

- A Kimberly disse que começou a temer a figura masculina depois do primeiro…

- Tudo bem. Ataque.

- Isso, Tommy, levou-a a se isolar e, no começo, procurou ficar próxima a outras ginastas. O treinador não a apoiou muito.

- Então, ela também se afastou?

- Sim. Ela começou a circular pelas ruas, sozinhas, muito cedo ou muito tarde. Para não encontrar ninguém. Nos horários em que não havia muita gente na rua.

- É por isso que a Kim não quer sair da cama nem do hospital.

- Exato. Quero vê-la, Tommy.

- Eu deixei a Kim dormindo.

- Tudo bem. Só vou vê-la. Sempre faço isso.

- Aisha, você vai vê-la e ficar um pouco com ela. Ainda não entendo por que eu.

- A Kimberly te ama. Você é o homem da vida dela.

- Aisha!

- Eu sei do que estou falando. Depois da internação, conversei bastante com a Kim e, às vezes, ela chorava de saudades de você. Chegou a verbalizar o que sentia.

- Eu estou disposto a ajudá-la na recuperação.

- Tommy, você está em algum relacionamento?

- Não, Aisha. Quer deixar eu terminar de falar?

- Desculpe.

- Só depois que ela melhorar, eu vou investir para tê-la de volta.

- Você ainda a ama?

- O quê? Eu nunca deixei de amar a Kimberly. Minha primeira namorada, meu primeiro amor, nós tivemos a primeira vez juntos.

- Tommy, eu fico feliz de ouvir isso.

- A Kim ainda me ama?

- Ela te venera. Você é o cavaleiro de armadura, montado em um tigre branco dela.

Tommy riu e respondeu:

- A Kimberly é o meu coração, minha princesa, Aisha. Eu larguei tudo para vir vê-la. Eu daria a minha vida para que ela saísse desse hospital.

Aisha sorriu entre lágrimas e falou:

- Não faça isso com uma mulher grávida.

- Como é? – Tommy estava atônito.

- Oh, oh.

- Aisha?

- Eu estou grávida. De pouco mais de um mês.

- O Rocky já sabe?

- Sim. Você é a segunda pessoa a saber. – Aisha enxugou as lágrimas.

- Oh, meu amor, parabéns. – Tommy abraçou a amiga.

- Obrigada, Tommy. – Aisha retribuiu o abraço – Sei que é arriscado, mas vou contar para a Kimberly.

- Se você não o fizer, ela vai ficar sentida.

- Enquanto eu fico com ela, porque não vai descansar?

- Não, ‘Sha. Ficarei na recepção te esperando.

Aisha entrou no quarto e viu a amiga mexendo no celular.

- Oi, Kim. Achei que estava dormindo.

- Oi, ‘Sha. Cochilei.

- Como você está? – Aisha abraçou Kimberly e beijou-a na bochecha.

- Melhor. – Kim sorriu.

- E a companhia? – Aisha sentou na cama de Kimberly.

- Maravilhoso. Senti tantas saudades dele.

- E como está sua relação com ele?

- Aisha, você conversou com ele?

- Sim. Ontem, quando ele chegou, e, hoje, almoçamos juntos. Conversamos um pouco.

- Bom, ‘Sha, ele se aproximou com cautela. Esperou que eu pagasse na mão dele.

- Isso é bom. Contamos para ele que você está com medo. Tem medo dele?

- Não. Com o Tommy, eu me sinto segura. Ele pediu para tudo que eu não gostar ou gostar contar para ele.

- Ele quer te entender, Kim.

- O Tommy entrelaçou os dedos com os meus. Eu me senti protegida. Hoje, ele ajudou na fisioterapia e tocou meus braços.

- Você sabe que isso é uma técnica…

- Sei, Aisha.

- Como se sente com isso?

- Isso me agrada. Eu preciso ter certeza de que ele não vai me machucar.

- Kim, é o Tommy.

- Mas é homem.

- Entendi, meu amor.

- Você sabe que eu já posso andar, né?

- Kim, você me falou.

- Acho que estou perdendo o medo de pessoas.

- O Tommy vai te acompanhar!

- Isso.

As amigas riram.

- Kim, preciso te contar uma coisa. – Aisha ficou séria.

- O que há, Aisha?

- Estou grávida. – Aisha falou.

- Isso é maravilhosa, ‘Sha. Parabéns!

As amigas se abraçaram e choraram emocionadas.

- Obrigada, Kim. – Aisha falou separando-se da amiga.

- De quanto tempo?

- Pouco mais de um mês. Estava atrasada e muito cansada. Então, resolvi ir ao médico.

- E o Rocky?

- Babão.

- E você está bem?

- Não senti nada ainda.

- Oh, meu amor. Estou tão feliz por você. – Kim pegou as mãos da amiga – Conta comigo.

- Obrigada, Kim.

- O Tommy foi descansar?

- Não. Ele almoçou comigo, mas, você sabe, ele é teimoso. Está me esperando na recepção.

- Eu o beijei.

- Como é que é? – Aisha se espantou.

- No rosto.

- Ufa!

- E se fosse na boca?

- Amiga, você passou por uma experiência ruim, com o seu ex.

- Eu sei, Aisha, mas aqueles lábios…

- Eu sou apaixonada pelo meu marido. – Aisha riu.

- Sinto tanta falta do Tommy. Da boca dele, da mão dele nos meus cabelos antes de dormir, do corpo dele pesando sobre o meu…

- Muitos detalhes para uma gestante, Kim.

Kimberly riu e falou:

- Desculpe. Vou tentar me controlar. Eu sempre te contei tudo…

- Eu sei. Já que está sentindo tanta falta assim, vou indo para que o Tommy possa entrar de novo.

- Aisha, obrigada.

- Kim, não me agradeça. Você tem que sair desse hospital antes que a minha barriga cresça.

As amigas despediram-se.

 

Continua…

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