02/01/2017

Fanfic Arquivo X: Complementos para Empedocles

Título: Complementos para o episódio “Empédocles”
Autora: Rosa Maria Lancellotti
Disclaimer: Não são meus e não estou ganhando nada com essa estória. Pertencem a 20th Century Fox, a Chris Carter, a 1013.
Sinopse: Apenas acrescentei cenas ao episódio.
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Dana Scully estava recuperando-se no hospital de um susto durante sua gravidez. Já era noite e ela não conseguia dormir.
A enfermeira chegou e checou os monitores.
- Boa noite. Como está se sentindo?
- Melhor.
- Que bom! Está sem sono?
- Sim.
- Quer conversar para passar o tempo? Você é a última pessoa que tenho que visitar. – a enfermeira puxou uma cadeira e sentou-se ao lado da cama – Pode me chamar de Ruth.
- Ruth, chame-me de Dana.
- Ok, Dana. Algum problema?
- Estou me sentindo sozinha.
- Você recebe dois lindos cavalheiros. Um de olhos azuis e o outro de olhos verdes. Eles insistem em entrar, mesmo que sempre levem bronca.
Scully sorriu e falou:
- São meus parceiros no trabalho no FBI. Um trabalhou comigo e o outro ainda trabalha.
- Desculpe ser indiscreta, mas algum deles é o pai desse bebê?
Scully corou.
- Desculpe, Dana. – Ruth também ficou constrangida.
- Não precisa se desculpar. É um deles sim. O de olhos verdes. – Dana disse acariciando a barriga.
- Ele está lá fora. Quer que eu o chame?
- Por favor. O nome dele é Mulder.
- Ok. Vou deixa-lo ficar até você dormir. Eu não poderia fazer isso, mas... Tudo para deixar as futuras mamães bem.
- Obrigada, Ruth.
- Boa noite. Estarei de plantão até amanhã cedo. – a enfermeira saiu do quarto e encontrou Fox Mulder sentado no banco do corredor. Ele ainda usava as roupas de trabalho – Sr Mulder?
- Sim. – Mulder levantou-se.
- Dana quer vê-lo. Eu não deveria deixar, mas vou fazer vistas grossas. Entre.
- Obrigado. – Mulder pegou o paletó e entrou no quarto – Scully?
- Oi, Mulder. – Scully estendeu a mão para ele.
Mulder fechou a porta e pegou na mão dela. Beijou as costas da mão de Dana.
- Oi, Scully. Você está bem? – sentou-se na cadeira ao lado da cama, ainda segurando a mão de Scully.
- Estamos bem. Estava me sentindo sozinha. Então, pedi à enfermeira para te chamar. Sabia que você viria passar a noite no corredor.
- Quer que eu fique?
- Sim, Mulder. Eu não estou te vendo direito. Está difícil eu me mexer com esses fios ligados a mim.
- Você quer me ver? – Mulder largou a mão de Scully, deixou o paletó na cadeira e posicionou-se ao lado da cama – Pronto. Melhor?
- Preciso olhar nos seus olhos, Mulder.
Ele sorriu e falou:
- Scully, está sem sono?
- Sim. Eu não consigo me mexer com esses fios, já te disse. Não tenho posição para dormir.
- Quer alguma coisa?
- Quero fazer uma reclamação.
- Diga, Scully, estou te ouvindo.
- Você só passou a mão na minha barriga uma vez. Gostaria que fizesse isso novamente. Desconfia de mim? Essa criança é o meu bebê sim, mas eu não o fiz sozinha. Ele foi gerado da maneira tradicional, já que a inseminação artificial não deu certo. – Scully tinha lágrimas nos olhos.
- Fique calma, Scully. Não chore.
- Eu não iria para cama com outro homem. Esse bebê é um milagre. Um milagre o qual você pediu para eu não desistir. Eu não pensava em engravidar quando resolvi me entregar a você, Mulder. É o nosso milagre. Hoje, mais cedo, quando você passou a mão na minha barriga, eu vi sua emoção. Vi que estava feliz. Você sabe que é importante para mim essa crianças, o nosso bebê. Você também queria ser pai.
- Eu sempre quis um filho seu, Scully. – Mulder disse inclinando-se e beijando a barriga por cima da roupa – Amo você, Scully. Amo... Amo... Vocês.
- E nós te amamos.
Mulder começou a acariciar a barriga de Scully delicadamente.
- Obrigada. Estou melhor.
- Que bom! Tente dormir, Scully. Descanse. Vai ser bom para você.
- Continue com o carinho. Está tão bom. Acalma a mim e ao bebê.
- Está sentindo dor?
- Não. No hospital a gente recebe tanta coisa que não sentimos dor. – Scully bocejou – Estou ficando com sono.
- Vou ficar até você dormir, Scully.
- Cadê meu beijo de boa noite?
Mulder beijou-a nos lábios com delicadeza.
- Boa noite, meu amor.
- Boa noite, Mulder. Eu já estava com saudades disso.
- E eu também. – Fox voltou a acariciar a barriga de Dana – Dorme, dorme que eu estarei lá fora.
- Não, Mulder. Vá para casa. Descanse. Promete?
- Prometo, Scully. Volto amanhã, então.
Mulder continuou acariciando a barriga de Scully até que ela dormisse profundamente. Saiu do quarto e foi para casa.
No dia seguinte, Scully acordou com Margareth Scully entrando no quarto.
- Bom dia, Dana.
- Bom dia, mamãe.
- Você vai sair daqui para um quarto simples. – Maggie beijou-lhe a testa – Quer que eu fale com o Fox?
- Depois, mamãe.
Logo o Dr Klein entrou no quarto e conversou com Dana. Horas depois, ela já estava em um quarto sem tanta aparelhagem. Tomou café da manhã e teve a mãe como companhia.
- Mamãe, acho que devo ter alta entre hoje e amanhã.
- Por que está falando isso, Dana?
- Estamos desde cedo sem falar nada. A senhora costurando e eu, pensando.
- Ligue para o Fox.
- É o que eu vou fazer.
Scully pegou o telefone e discou.
- Mulder.
- Mulder, sou eu. Onde você está?
- No escritório. Você está bem?
- Estou bem. Agora, estou no quarto. Estou ligando para avisar.
- Já estou indo para aí. – Mulder desligou.
- Vocês ainda não se despedem? – Maggie perguntou.
- Não, mamãe. Antes, já não nos despedíamos. Agora, depois de vê-lo... e ter pensado que me despedi dele para sempre... Sabe, acho que é para nunca pensarmos que vamos nos separar de verdade algum dia.
- Ele esteve aqui o tempo todo, não é?
- Sim. Passou por aqui mesmo quando eu estava sonolenta.
Mãe e filha conversaram até a hora do almoço. Durante a tarde, ficaram lendo e fazendo palavras cruzadas. Maggie foi comprar algumas balas.
- Você fica linda de óculos. – Mulder disse entrando no quarto.
- Você também fica lindo. – Scully rebateu sorrindo ao ver que ele também estava de óculos.
- Eu não havia percebido. – Mulder segurou a gravata e curvou-se para beijar os lábios de Scully.
- Aqui não, Mulder. – ela sussurrou.
- Agora já beijei. – Fox disse tirando o paletó e colocando em cima do sofá, junto com sua pasta. Voltou e sentou-se na cama ao lado de Scully – O que está fazendo?
- Palavras cruzadas.
- Cadê a Maggie?
- Foi comprar balas para nós. Achei que chegaria rápido.
- Precisei resolver uns problemas.
Margareth entrou no quarto.
- Oi, Fox.
- Oi, Sra. Scully.
- Querida, trouxe balas de alga e de goma. Qual você quer? – Maggie perguntou sentando-se na cadeira ao lado da cama de Scully, no lado oposto a Mulder.
- As de alga, mamãe. – Dana sorriu.
- Você não muda, Scully? –Mulder brincou.
- E você, Fox? – Maggie ofereceu.
- Vou experimentar as de algas, Sra. Scully.
- Você está brincando, Fox.
- Não, senhora. Estou falando sério.
Maggie balançou a cabeça e distribuiu as balas.
- Posso saber por que vocês dois estão usando óculos? – Maggie quis saber.
- Eu estava fazenda palavras cruzadas, mamãe. – Dana respondeu.
- E eu me esqueci de tirar. – Mulder fez menção de tirá-los, mas Scully o impediu.
- Não tire. Eu gosto quando você está de óculos, Mulder. – Dana disse segurando as mãos e baixando a voz acrescentou: - E é sexy.
Os três ficaram conversando até o final da tarde.
 - Bom, eu vou para casa. – Mulder disse acariciando o braço de Scully – Eu te ligo.
- Ah, Mulder, fica. – Scully disse ajeitando-se na cama – Estou brincando. Vá para casa. Dorme um pouco.
- Fox, vá para casa. Eu fico com ela. – Maggie disse compreensiva.
- Mamãe, vá para casa. Eu fico bem. – Dana sorriu. Beijou o rosto de Mulder e a mão de Margareth – Amamos vocês dois.
- Tudo bem, minha filha. – Maggie levantou-se, vestiu seu casaco e pegou sua bolsa. Beijou a testa da filha e despediu-se: - Tchau. Amanhã, eu volto. – disse acariciando a barriga de Dana.
- Sra. Scully, eu a levo. – Mulder beijou a cabeça de Dana – Tchau.
- Pode tirar os óculos, Mulder. – Scully disse tirando os dela – Não está esquecendo nada?
- Estou. – Mulder voltou para o lado de Dana sob o olhar de Maggie. Ajudou-a a se deitar, cobriu-a e beijou-lhe a face – Boa noite, meu amor. – sussurrou acariciando a barriga de Scully.
Saiu do quarto e foi levar a Sra. Scully em casa.
No final do dia seguinte, Scully recebeu alta. Mulder levou-a para casa, pediu pizza, entregou o presente que trouxera e conversaram um pouco. Dana agradeceu-o por ter dado a ela força para acreditar. A sala ficou em silêncio até que Mulder resolveu falar:
- Scully, sei que você está sem fome, mas come só esse pedaço. Você ainda precisa tomar seus remédios.
- Tudo bem. – Dana mordeu o pedaço de pizza.
Acabaram de comer e Mulder foi arrumar a cozinha. Quando voltou, encontrou Scully acariciando a barriga e falou:
- Quer ir deitar ou quer conversar?
- Conversar, Mulder. – Dana olhou-o e ele sentou-se ao lado dela – Você não só me ensinou a acreditar, você me deu esse bebê.
- Pensei que nunca iria dizer isso. Sua mãe sabe?
- Sim, mas guarda segredo.
- Já sabe o sexo?
- Sim, mas prefiro não revelar.
- Ótimo. Quero ter uma surpresa.
- Vou deitar. – Scully disse ajeitando-se no sofá.
- Eu te ajudo. – Mulder levantou-se e colocou-se em frente a ela – Quer se apoiar em mim?
- Quero ficar aqui no sofá.
- O sofá é ruim para suas costas, Scully.
- Quero deitar no seu colo, Mulder.
- Tudo bem, mas podemos fazer isso no quarto. Vem, Scully. – Mulder estendeu as duas mãos para ela – Vamos descansar?
- Você vai ficar me devendo essa. – Scully disse pegando nas mãos dele, que a apoiou e a levantou – Me põe na cama?
- Claro. – Mulder passou o braço esquerdo na cintura dela e com a mão direita pegou uma das mãos de Scully. Guiou-a até o quarto, ajudou a tirar o chinelo e o casaco – Eu já venho. Vou fechar tudo e apagar as luzes.
Scully estava sentada na cama e viu Mulder desaparecer no corredor. Respirou fundo e foi ao banheiro. Quando saiu, encontrou-o esperando-a do lado da porte.
- Vou pôr o meu pijama e já vou sair, ok, ruiva?
Algum tempo depois, os dois já estavam na cama. Sentados lado a lado, encostados em travesseiros e lendo.
- Mulder, faz um favor? – Scully perguntou dengosa.
- Diga, meu anjo. – Mulder marcou a página e fechou o livro.
- Pode me trazer um pouco de Coca-Cola?
- Posso? Quer mais alguma coisa?
- Você.
Mulder riu e foi buscar o refrigerante para satisfazê-la. Em poucos minutos, ele voltou.
- Obrigada. – Scully tomou um grande gole de refrigerante e colocou o copo no criado mudo – Quer sentir o bebê, Mulder? Ele está mexendo bastante.
- Quero muito. – Mulder sentou-se ao lado dela – O que eu faço?
- Dê-me sua mão.
Mulder estendeu a mão para ela. Estava trêmula. Dana o guiou até sua barriga. Colocou a mão dele no meio da barriga e deu dois tapinhas na mão de Mulder dizendo:
- Relaxa essa mão. – ela pegou novamente o copo de refrigerante e terminou com o conteúdo – Relaxa, querido. Relaxa, Mulder, essa mão. – sorriu e perguntou: - Está tão tenso e tremendo por quê?
- É o meu filho, Scully. – Mulder sorriu com lágrimas nos olhos – É o nosso milagre! Dizem que se falarmos com o bebê, ele nos ouve. Posso conversar com o bebê?
- Pode. – Scully também tinha lágrimas nos olhos – Fale com ele, Mulder. Assim ele reconhecerá a voz do papai.
- Oi, bebê. Aí está quentinho, não está? Sua mãe é uma mulher maravilhosa e você é muito forte. Vocês sofreram muito, não é? Meu amor, papai está aqui agora. – Mulder acariciava suavemente a barriga de Scully – Estou indo bem, Scully?
- Muito bem. Eu te amo, Mulder. – Dana chorava, emocionada com a cena. Não havia conversado com Mulder sobre o que passou durante o tempo em que ele esteve desaparecido.
- Sabe, eu não me vejo como pai ainda. – as lágrimas escorriam pelo rosto de Fox.
- Mas, eu sempre te vi como pai. Pai de meus filhos. Mesmo antes de nos envolvermos, antes de eu saber que eu não podia ter filhos, antes da Emily...
Ambos choravam.
- Dana, eu queria ser pai. Pensei muito nisso. Quando você consegue engravidar, eu sou abduzido.
- Fox, você não tem culpa. Deita aqui comigo.
Mulder enxugou as lágrimas do rosto de Scully, ajudou-a a deitar e cobriu-a carinhoso. Deitou-se ao lado dela.
- Pronto. Estou aqui. Quer se ajeitar?
Scully abraçou Mulder e acertou seu corpo junto ao dele.
- Scully, já tomou seu remédio?
- Já. Estou te machucando?
- Não, querida. Você precisa encontrar a posição que mais te deixa confortável.
- Mudamos de assunto, Mulder.
- Scully, tente descansar. Amanhã, teremos o dia todo para conversar.
- Boa noite, Mulder.
- Durma bem, Scully. – Mulder beijou-lhe a testa.
O casal dormiu a noite toda abraçados.
Na manhã seguinte, Mulder acordou com Scully se levantando.
- Oi, Mulder. Desculpe se te acordei. Eu já volto. – Scully foi ao banheiro e, em poucos minutos, voltou para a cama – Eu estou bem. Bom dia. – beijou-lhe a testa.
- Oi, Scully. Você não me deixou falar.
- É. Continue aqui comigo. Ainda é cedo para levantarmos. Ainda estou com sono. Falta pouco para as seis da manhã. Volte a dormir.
- Você também.
Eles voltaram a dormir. Acordaram duas horas depois.
Passaram o dia namorando e conversando sobre as mudanças na vida deles com a chegada do bebê.
Ao final, nada decidiram. Deixariam as coisas acontecerem.


FIM

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