05/01/2016

Fanfic Arquivo X: Posso te fazer companhia?

Título: Posso te fazer companhia?
Autora: Rosa Maria Lancellotti
Disclaimer: Não são meus e não estou ganhando nada com essa estória. Pertencem a 20th Century Fox, a Chris Carter, a 1013.
Pós-Emily / O Serafim
Data: 18/11/2008
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Dana Scully estava sentada no sofá da sala da casa de seu irmão. Olhava a lareira acesa e pensava em Emily. Estava absorta em seus pensamentos, até que sentiu uma mão em seu ombro. Virou-se e Fox Mulder sorriu para ela.
- Oi, Mulder. – Scully sorriu triste.
- Posso fazer-te companhia? – Mulder acariciou-lhe a cabeça.
- Senta aqui. – ela bateu no sofá.
- Obrigado. – Mulder sentou-se ao lado da parceira – O nosso voo só sairá no início da noite.
- Tudo bem. Já arrumei minhas malas.
- E as minhas já estão no carro.
- Mulder, obrigada por ter vindo.
- Não me agradeça.
- Você sabe que eu não teria conseguido abrir o caixão sem você a meu lado?
- Não, Scully. Você é uma mulher muito corajosa e teria feito de qualquer maneira.
- Mulder, você descansou?
- Sim. E você? Dormiu um pouco? Comeu alguma coisa?
- Quer fazer uma pergunta de cada vez?
- Scully, vai descansar um pouco.
- Mulder, estou bem.
- Sua mãe fez um chá da tarde digno de comer de joelhos. Não quer me fazer companhia?
- Tudo bem, Mulder. – Scully sorriu.
Os agentes foram para a cozinha, onde Margareth Scully os aguardava.
- Achei que não fosse convencê-la a vir, Fox. – Maggie sorriu.
- Mulder, você, hein? – Scully bateu no braço dele.
- Você não é a primeira mulher que cai na minha lábia. – Mulder sorriu.
Os três tomaram lanche juntos em silêncio. Assim que terminaram, Scully disse:
- Eu vou subir um pouco.
- Vai, minha filha. – Maggie sorriu.
- Pode deixar que eu ajudo a senhora com a louça. – Mulder falou vendo Dana sair da cozinha.
- Fox, ela está tão abatida. Dê-lhe uns dez minutos e suba para ficar com ela.
- A senhora sabe que ela não deixará que eu me aproxime nesse momento.
- Tente, meu filho.
- Tudo bem.
Mulder ajudou Maggie a lavar a louça, subiu as escadas e bateu na porta do quarto onde Scully estava.
- Scully?
- Está aberta, Mulder.
- Posso entrar? – Mulder colocou a cabeça para dentro do quarto.
- Pode. – Scully estava deitada, com os olhos fechados.
Mulder entrou no quarto, encostou a porta e aproximou-se da cama.
- Posso te fazer companhia?
- Mulder, eu estou bem.
- Eu sei, mas eu estou deslocado aqui, na casa de seu irmão.
- Tudo bem. – ela abriu os olhos – Senta aqui. – bateu no colchão e viu o parceiro obedecê-la – Muito bem.
- Obrigado por me entender. – Mulder acariciou a cabeça de Scully – Quer conversar?
- Na verdade, não me estou me sentindo muito bem.
- O que está sentindo?
- Coisas de mulher, Mulder.
- Posso te ajudar?
- Pode. Fique aqui do meu lado.
- Scully, posso te fazer uma massagem?
- Não quero me mexer.
- Não precisa. – Mulder sentou perto dos pés de Scully – Vou mexer nos pontos de seus pés. – ele começou a pressionar os pontos nos pés da parceira, que, em pouco tempo, estava dormindo.
Maggie entrou no quarto e disse:
- Meu filho, por que não deita também e descansa?
- Não, obrigado.
- Eu não vou ligar, querido. Faça companhia à ela – Maggie fechou a porta.
Mulder ficou admirando Scully dormir.
Mais tarde naquele dia, os agentes voavam de volta para DC.
- Dana, por que não relaxa? – Mulder segurou-lhe a mão – Eu sei o que está passando em sua cabeça.
- Eu não consigo tirar a imagem da Emily da minha cabeça.
- Nem eu, Scully.
- Eu a tive... – Scully respirou fundo.
- Chorar faz bem.
- Não. Só em casa. Meu peito está doendo.
- Acalme-se. Estou aqui. – Mulder passou o braço sobre os ombros da parceira.
- Obrigada. – Scully aconchegou-se ao parceiro.
Passado algum tempo, Scully teve contato com um caso que a fez lembrar de Emily.
Era uma noite fria e chuvosa. A agente havia tomado banho e estava preparada para dormir. Deitou-se e o sono veio logo, mas os pesadelos também. Sonhou com Emily. Acordou chorando. Levantou-se e ajoelhou-se ao lado da cama. Rezou pela alma da garotinha.
De repente, sentiu uma mão em seu ombro e um perfume conhecido invadiu suas narinas.
- Scully, vim ver como você está. – Mulder disse acariciando o ombro dela.
- Estou bem.
- Eu sei. Posso te fazer companhia?
- Por que está aqui?
- Tive um pesadelo e vim ver se está tudo bem.
- Reza comigo pela Emily?
- Sim. – Mulder ajoelhou-se ao lado dela – Você reza e eu fico aqui do seu lado.
Depois de uns vinte minutos, Scully começou a chorar desesperada.
- Isso, Scully, chora que vai te fazer bem. – Mulder ajudou-a a levantar e sentar na cama. Abraçou-a carinhoso e esperou que ela se acalmasse – Melhor?
- Obrigada, Mulder. – Scully pegou uma caixa de lenços no criado mudo.
- Deixe-me te ajudar. – Mulder pegou um lenço de papel e enxugou o rosto da amiga delicadamente – Você é uma mulher maravilhosa e cuidou muito bem da Emily.
- Eu não a salvei.
- Mas, fez o que pôde enquanto ela era viva.
- Eu ainda não trabalhei isso em mim.
- Eu posso te ajudar, Scully.
- Como? Eu vou me culpar para sempre.
- Eu vou te provar que você não teve culpa.
- Mulder, não há como.
- Scully, você tem que descansar um pouco.
- Não vou conseguir.
- Eu estarei aqui.
- Não quero ter outro pesadelo.
- Eu também tive um pesadelo. Sonhei que você tinha desaparecido novamente.
- No último caso, eu vi a Emily num túnel de luz e ela me chamava de mamãe. Essa imagem não sai da minha cabeça.
- Sonhou com ela?
- Sim.
- A Emily sempre será a sua menininha, Dana.
- Obrigada, Mulder, por ter vindo. – Scully começou a se afastar de Mulder.
- Não faça assim, Scully. Deixe-me chegar perto de você. – Mulder segurou o rosto de Scully com as duas mãos e enxugou suas lágrimas.
Palavras não eram necessárias. Os lábios se encontraram num beijo apaixonado. E os pesadelos foram embora.

FIM


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