09/01/2015

Momento identificação com a Dra Brennan

"Portanto, ipso facto, Colombo, Oreo."


Como todos meus queridos leitores sabem, sou viciada em seriados de televisão. Um de meus preferidos é Bones.

Nos últimos meses, além de acompanhar as demais séries que gosto, novas temporadas online e temporadas na tv aberta e a cabo, venho assistindo Bones na sequência. Já é comum, de vez em quando, eu faça isso com meus seriados.

Cheguei à sexta temporada. Episódio 9. The Doctor in the Photo. Aviso: se não assistiu, não prossiga. E se assistiu, ok, pode seguir, mas entenda que farei uma análise extremamente pessoal 

O corpo de uma famosa cirurgiã é encontrada. Essa morte misteriosa desafia Brennan. Desde o início, a antropóloga forense identifica-se com a história e estilo de vida da médica. É o momento que a Dra Brennan revê sua vida pela ótica e reflexão do segurança Micah, interpretado pelo Enrico Colantoni, meu querido Sargento Parker, de Flashpoint.
A identificação começa com um anel de golfinho idêntico ao que ele tem. Depois, pela vida pessoal ou ausência dela. O fato de um relacionamento amoroso não concretizado na vida da vítima leva Temperance Brennan a declarar, a sua maneira, o que sente pelo lindo Agente Seeley Booth.

Seu mundo fica de cabeça para baixo. Ela fica sem chão. Durante todo o tempo da parceria, Booth ensinou Brennan a se relacionar melhor com as pessoas e com o mundo fora do laboratório. Depois da declaração do Booth, da rejeição de Brennan, da separação, do retorno e da Hannah, toda a evolução que a Brennan teve parece ter regredido.

O desaparecimento da vítima, uma médica tão bem sucedida, não foi notado. Porque ela vivia para o trabalho e estava fechada em seu mundo do hospital. Ela também, se bem me lembro, costumava viajar sem avisar. Bom, Brennan identifica-se tanto e pensa que se ela morrer e desaparecer, ninguém notará. Ninguém ligará.

Está aí um ponto com o qual me identifiquei com o episódio. Não sou uma profissional brilhante, mas sei de meus méritos. Não sou workaholic, mas amo o meu trabalho. Não só o remunerado como o voluntário. Amo o que faço e sou casada com essa ideia. Tenho vida pessoal, pouca, mas tenho. Tenho uma vida paralela dentro de minha casa. Está é minha vida. Sumo da visão das pessoas constantemente. 

Nunca pensei e acreditei na frase feita que circula pela internet: "Quem muito se ausenta, uma hora deixar de fazer falta." (AD) Com a situação pessoal em que me encontro e com o "sumiço" da visão das pessoas, começo a ficar em dúvida. Será que isso é verdade?

É engraçado que pessoas que conheço e há muitos anos não nos víamos, quando nos encontramos é uma grande alegria. Sempre fico sabendo que sou lembrada em diversas ocasiões e eu não esqueço das pessoas que por minha vida passaram. Cada um que passou por minha vida, deixou um pedaço em mim (mas esse é assunto para outra hora).
Acredito que quando os relacionamentos são verdadeiros, nunca seremos esquecidos. Quando se ama, não se esquece jamais! Enquanto somos lembrados, não morremos jamais!

Brennan aprendeu a lição. Eu acho que sim. E será que eu aprenderei?

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