19/02/2021

Fanfic "The Good Cop": Passaremos por isso juntos

Disclaimer: Não são meus e não estou ganhando nada com essa história. Pertencem a Netflix, seus autores, produtores, atores, etc., etc., etc.

Sinopse: A quarentena deixou TJ Caruso pra baixo. Cora decide passar esse período de reclusão para conter o Coronavírus na casa dos Caruso.

Classificação etária: 16 anos

Data de início: 10/05/2020

Data de término: 16/06/2020

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Há dias, Cora Vasquez não tinha notícias de seu parceiro, TJ Caruso. Com o lockdown, por causa do Coronavírus, mesmo fazendo parte dos serviços essenciais, a detetive e o tenente foram dispensados temporariamente de suas atividades.

Cora tentara ligar para o parceiro sem sucesso. Uma manhã, ligou para Caruso Pai.

- Cora, baby, como está a prisão?

- Bom dia para você também, Tony.

- Eu fiquei na prisão algum tempo, mas tinha companheiros mais animados que o Júnior.

- Falando nele, cadê ele?

- Na sala. Deitado no sofá.

- Há dias que quero falar com ele.

- Está deprê. Não quer falar e resolvi respeitar e não perguntar mais nada.

- Hei, quer uma nova companheira de cela? Estou me mudando para sua casa durante o lockdown.

- Traz cerveja.

- Só?

- E meu filho e volta.

- Pode deixar comigo. Até já!

Ao chegar, Cora seguiu o protocolo de limpeza e Tony falou:

- Baby, não precisa tanto. Você pode passar álcool, trocar de casaco e sapatos.

- Seu filho é chato, lembra? Eu ainda vou trocar de roupa.

- Sobe então. O TJ está no décimo sono no sofá. Deixei o quarto limpo para você, já que ele não sai do sofá por nada.

- OK. Vou me trocar.

Logo, Cora descia vestindo um pijama roxo e calçando meias antiderrapantes pretas. Sentou-se na ponta do sofá e chamou:

- Caruso. – ela falou suave, sem colocar as mãos nele – Hei, acorde.

TJ piscou algumas, focalizou uma Cora borrada, pois estava sem óculos, e falou com voz de sono:

- Você está infringindo o distanciamento social.

- Hei, meu Sr. Infração. Você está bem?

- Sim. Descansando. E visitas estão proibidas.

- Eu estava me sentindo sozinha e pedi para ser companheira de prisão dos Caruso. Tomei todos os cuidados. Vou ficar uns dias.

- Cora…

- Eu estou aqui. O que você acha de levantar, tomar um banho quente e colocar seu pijama da Macy’s?

- Cora…

- Eu comprei esse pijama lá. É para combinar com você. Veja. – ela apontou o que vestia.

- Parece roxo. – TJ apertou os olhos para enxergar.

- É, Caruso. – Cora sorriu – O que acha de colocar o seu? Assim ficamos combinando.

- OK, Cora. – TJ sentou devagar.

- Está tudo bem? – Cora colocou a mão no peito do parceiro – Respira.

- Só um pouco tonto. Eu estou bem.

- Eu vou subir com você. – Cora ficou em pé e ajudou-o a levantar.

Os amigos foram o quarto de TJ.

- Vou tomar um banho. – Caruso falou pegando o pijama dele – Pode ficar à vontade.

- Caruso, vou te esperar aqui. – Cora sentou na cama dele – Já me espalhei no seu quarto.

- E pode ficar com ele. – TJ entrou no banheiro.

Cora deitou na cama e ficou ouvindo a água do chuveiro.

- Cora? – o Caruso mais velho entrou no quarto.

- Seu filho está no chuveiro.

- O que você acha?

- Ele aceitou numa boa tomar um banho. Vou sondar.

- Tá bom, querida. Está com fome?

- Sim. O TJ tem comido?

- Muito pouco.

- Então, pode preparar um super chá da tarde.

- Cora, estou preocupado com meu filho.

- Eu também, mas ele vai melhorar.

O chuveiro foi desligado. Cora sentou na cama enquanto Tony Pai voltava para o andar inferior.

- Cora? – TJ chamou da porta do banheiro – Achei que estava dormindo.

- Não, Caruso. Eu já me aproveitei o suficiente de sua cama.

- Cora, eu não sei o que está acontecendo.

- Sente aqui. – Cora ajeitou-se na cama.

Caruso sentou do outro lado da cama, respeitando o distanciamento.

- Cora, eu preciso falar com alguém.

- Eu sou sua amiga. Eu estou aqui para você.

- Essa história de ficar preso em casa e vendo o que tem acontecido lá fora tem me deixado…

- O que está sentindo?

- Acho que fiquei triste. Eu já tive episódios de depressão na juventude.

- TJ, você não está sozinho. Tem seu pai.

- Eu não consigo ter esse diálogo com ele.

- Pode falar comigo sempre.

- Você deve ter me ligado várias vezes. Há dias, eu não carrego o celular.

- Eu tentei te ligar, falar com você, mas entendi o que aconteceu.

- Estou entrando na neura de novo. Estou depressivo de novo.

- E a terapia?

- Eu parei há algum tempo.

- Há atendimento online. Eu posso te ajudar a procurar.

- Cora, não sei se quero.

- Pense nisso. E saiba que passaremos por tudo isso juntos.

- Tem dias que eu não quero levantar da cama ou do sofá. Não consigo.

- Não tem problema. Isso é ser humano. Não precisa ser forte o tempo todo.

- Ah, Cora…

- Hei, eu estou sempre aqui para você. E quando eu não conseguir, eu vou pedir ajuda.

- Sabe o que eu queria gora?

- Sei. – Cora passou álcool em gel nas mãos e abriu os braços – Também preciso de um abraço. E muito.

- Mas…

- Não pense. Sinta. Vem cá. – Cora sorriu.

TJ ficou imóvel, mas Cora aproximou-se e o abraçou. O parceiro respirou e envolveu o corpo da parceira com seus braços.

Ficaram abraçados até que o cheiro de pão invadiu o quarto.

- Você está com fome, Cora? – Caruso perguntou.

- Sim. Seu pai cozinha bem. – Cora foi se afastando do parceiro devagar. Sentiu ter que se desvencilhar dele.

- Podemos continuar essa conversa mais tarde?

- Claro, Caruso. Pretendo ficar o tempo que for preciso.

- Cora, eu estou mais chato que o normal e precisando de ajuda.

- Eu vou te ajudar. Só que agora preciso comer. O que acha de vir comigo para a cozinha?

- Hoje, é um dia difícil.

- Tudo bem. Vem comigo. – Cora ficou em pé.

- Queria pegar na tua mão.

Cora nada falou. Passou álcool nas mãos e passou o frasco para TJ, que também usou o álcool. Assim, desceram as escadas de mãos dadas. Chegaram à cozinha e relutantes se separaram.

Mais tarde, os amigos estavam sentados no sofá da sala.

- Cora, eu queria colo. – TJ confessou.

- É pra já. – Cora pegou um lençol limpo e colocou no seu colo – Eu deixei isso aqui para eu deitar no seu colo.

Caruso deitou-se no colo de Cora e teve sua cabeça acariciada.

- Você está de luva, Cora.

- Sim, TJ.

- Tira.

- Tem certeza?

- Sim. Abro uma exceção.

- Não precisa falar nada. – Cora tirou as luvas e acariciou a cabeça de TJ – Eu estou aqui sempre para você. E já te disse que passaremos por isso juntos.

- Essa situação é terrível.

- Sim. Temos que sentir agora, mas nos fortalecer e passar juntos pela crise.

- Cora, você vai segurar minha mão no pior da crise?

- Sabe que sim. Então, eu te pergunto: Você vai cuidar de mim?

- Sim, Cora.

- Então, vamos cuidar um do outro. Passaremos por isso juntos, eu te prometo.

Tony Caruso encontrou o filho e a parceira dormindo abraçados no sofá. Nem a luz da manhã os incomodava. Sorriu. Sabia que os amigos iriam se apoiar e a crise passaria.

 

Fim

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