10/01/2019

#1 - Catequese inclusiva, Thais Rufatto dos Santos

Resultado de imagem para catequese inclusiva livroO primeiro livro de 2019 foi um livro de estudo.

Vamos à análise:

"Catequese inclusiva", da pedagoga, psicopedagoga e consultora em educação inclusiva Thais Rufatto dos Santos, foi adquirido na loja das Paulinas, ao lado do Metrô Ana Rosa, em uma super promoção. Também porque havia sido recomendado por um assessor da Iniciação à Vida Cristã, da Região Belém, da Arquidiocese de São Paulo.

Eu me interesso muito pela temática e esforço-me em atender a todos os catequizandos com deficiência (qualquer que seja o grau ou "tipo"). Como educadora social, este é meu papel e dever!

Pois bem! O livro começa com o histórico, terminologia, as atitudes inclusivas de Jesus e o que é ser uma Igreja inclusiva.

Depois, versa sobre as obrigações de tornar o espaço físico dos templos acessíveis. Aí está um problema: muitos de nossos templos são históricos e não é possível derrubar aqui e acolá para adaptações dentro do desenho universal. O que é possível ser feito, é realizado para bem acolher a todos! A Casa de Deus é para todos!

A metodologia apresenta-se de acordo com a vasta experiência da autora. Alguns momentos achei que a catequese proposta é meio "mágica", mas esta é uma questão que vai da experiência da catequista e das situações concretas apresentadas aos catequizandos.

Como eu esperava, há muitas dicas do que pode ser feito para que a mensagem chegue ao destinatário. Exemplos concretos, toque, ilustrações, etc. As dicas foram muitos boas, sempre lembrando que cada catequizando é único e a/o catequista deve conhecê-lo como a palma de sua mão.

Duas coisas me deixaram um tanto estarrecidas:

1. Na página 70 (!), o analfabetismo é citado como deficiência. Ser analfabeto é uma condição, que pode ser revertida com programas de alfabetização, principalmente a solidária, não importando a idade do catequizando. Muitas vezes, o catequizando é analfabeto por não ter adquirido a linguagem escrita no período escolar (n motivos), por deficiência, analfabeto funcional ou por falta de oportunidade. Concordo com a autora que aquele que não sabe ler e/ou escrever pode aprender sobre Deus. Pode não! Tem ouvir de falar sobre Deus e trazer sua experiência para o grupo. Afinal, a oralidade é parte essencial da nossa Bíblia.

2. Quando se fala em psicose infantil, mesmo sendo um termo utilizado na área de saúde, é um tratamento um tanto estranho. Psicose é um transtorno de conduta. Sei que existem inúmeros transtornos assim, mas achei um termo bem pesado, principalmente para se referir ao Autismo. Não questiono o tamanho saber da autora, mas podemos suavizar os termos? Muitas vezes, a catequista que utiliza o material como base de estudos pode não ter um interpretação correta e causar danos colaterais aos catequizandos (já vi acontecer!).

É um livro de estudo. Deve ser lido com atenção e cautela. Interpretado à luz do Evangelho e da acolhida de todos e todas.

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