07/04/2023

Crônica da Sexta-feira Santa

 Sexta-feira Santa: dia de jejum, de silêncio, de penitência.

Participei da celebração do Ofício da Paixão do Senhor hoje à tarde, mas não da forma como deveria.

Estava sentada em um banco da Paróquia, entre pessoas amigas, quando uma mulher chegou, fazendo uma senhora, com problemas nas pernas levantar para que a madame se sentasse. Logo, reclamou que não caberia ali, porque o espaço não dava, porque estava apertado por ter uma gorda no banco. Eu me levantei e disse que ela enviasse o banco onde ela bem entendesse. A mulher sentou feliz por ter me tirado do banco e, depois, ficou reclamando que tinha problema no joelho. 

Resultado: fique 01h30 em pé e meus incharam muito. E a madame ficou sentada feliz.

Cometi vários pecados: fiquei com raiva daquela pessoa e recebi a comunhão, além de outros que não cabem aqui. 

Sim, eu estava errada, mas não me acostumo em ser discriminada por uma pessoa gordofóbica. Ainda mais dentro da igreja. 

Como choro por tudo, abri a boca a chorar. Uma senhora, ativista da vida animal, veio me consolar e falou sobre a luz e a escuridão. E me falou a mesma coisa que uma querida Mãe de Santo: "Você tem uma luz que ilumina o lugar". Fiquei muito emocionada!

Em seguida, uma senhora com quem rompi por política, veio me abraçar. Fiquei assustada, mas entendi a mensagem.

Que experiência! Gratidão pelo aprendizado!

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