Disclaimer:
Não são meus e não estou ganhando nada com essa história. Pertencem a 20 th Century Fox, a Chris Carter, a 1013.
Sinopse: Pós 11ª temporada. Começa imediatamente após a cena
final. Scully continua a ter forte ligação com Jackson e tem de lidar com os
altos de baixos da gestação.
Data de início: 05/04/2018
Data de término: 03/07/2018
Classificação:
18 anos
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12°
Capítulo
Receber os
pais da namorada do filho da namorada do filho mais velho deixou Mulder e
Scully ansiosos.
O almoço
transcorreu bem. O casal tinha uma má impressão do moço, mas tudo tinha se
resolvido.
Terminado
o almoço, Maddie foi embora com os pais.
À tarde,
enquanto Scully descansava, Mulder e William assistiam à um filme na televisão.
Pai e filho estavam abraçados no sofá e comiam pipoca.
- Você
sabe quanto eu sonhei com essa cena? – Mulder perguntou.
- Sim.
Quando entrei na sua cabeça, eu vi.
- Você
não tem mudado sua aparência ultimamente. Estou orgulhoso do seu esforço.
-
Obrigado, pai. – William deitou mais no ombro de Mulder – Eu queria muito te
dar esse presente.
-
Obrigado, William. – Mulder beijou a cabeça do moço – Eu sinto como se eu fosse
seu pai, cara.
- E você
é meu pai. Nada vai mudar o que você sente por mim ou o que eu sinto por você.
– William declarou.
- Eu te
amo tanto, William. – Mulder falou abraçando o filho com força – Estou feliz
que você esteja conosco.
- Eu
também estou muito feliz. – William bocejou.
- Por que
não vai dormir um pouco?
- Só se
for no seu colo, papai. Estou regredindo um pouco.
- Nós
deixamos que você dormisse conosco algumas noites. Você está carente e nós
também. Acho que ainda te enxergamos como criança.
- Papai?
- Sim.
- Eu
queria muito visitar o túmulo dos meus pais.
- Eu
posso te levar.
- Eu…
- Pode ir
sozinho, mas sem fugir. Avise-nos e vá. Mas, não agora. A Scully não está muito
bem.
- Eu sei.
Ela está chateada com o comentário da mãe da Maddie.
- A
terapeuta está trabalhando isso com a Scully. Não á fácil para ela enfrentar o
mundo, grávida, na idade dela. Aliás, na nossa idade. É uma coisa muito
incomum.
- Eu
estou feliz de ter uma irmãzinha.
- Eu
sonhei com uma menina, William. Devia ser ruiva, porque eu não distinguia a cor
do cabelo dela.
- Você é
daltônico também?
- Sou.
Como também? Meu problema de visão atual é por causa da idade.
- Eu
também sou daltônico! – William exclamou.
- Meu
filho, já te disse para não tentar procurar características parecidas conosco.
– Scully falou descendo as escadas.
- Mamãe!
Tenho o mesmo defeito que o papai! – William comemorou.
-
William! – Scully repreendeu-o.
- Ok. –
William sentou-se reto no sofá e sua expressão mudou.
- Sem
birra, William. – Scully sentou-se na poltrona próxima ao sofá.
- Eu
sinto que sou seu filho. Sou seu bebê, Dana. Seu primogênito. – o moço tinha
lágrimas nos olhos – Você me amou tanto. E eu amo você tão intensamente…
- Você é
nosso filho adotivo, Will. – Scully insistiu – Temos que acreditar na história
que inventamos.
- Não vou
fazer isso. – o moço começou a chorar – Eu sou filho de Dana Scully e Fox
Mulder. Meu nome é William Scully Mulder e fui gestado por você.
- Hei,
Will. Está tudo bem. – Mulder abraçou-o – A Scully e eu conversamos contigo sobre
o que contaríamos às pessoas. Ela está cera sobre acreditarmos na história que
contamos.
- Nós
combinamos, querido. – Scully falou – E estou bem mexida com tudo isso. Não
quero mais viver uma mentira. Quero uma família de verdade.
- E eu
não faço parte dela? – Will falou angustiado.
- Faz sim,
meu filho. – Scully falou amorosa – Só não torne as coisas mais difíceis. Em
pouco tempo, você vai cair no mundo de novo e nós ficaremos tristes. Eu vou
sofrer muito de novo.
- Eu te
amo! – William gritou – Porra! Eu amo vocês dois pra caralho. Não explicar por
quê, mas eu amo vocês. – ele ficou em pé – Será que não entendem o quanto eu
mudei? O quanto eu aprendi entrando na sua cabeça, Dana? O quanto eu aprendi na
sua mente, Mulder? Eu aprendi muito com vocês dois. Vocês sabem o quanto essa
criança gerada por vocês me venera e me ensina? Pro inferno! Eu me senti seguro
e amado! Por vocês! Meus pais!
Mulder
levantou-se e abraçou o jovem com carinho e força e disse:
- Filho,
acalme-se. Nós pensávamos em você como nosso filho. Foi assim por anos a fio.
De repente, descobrimos a verdade. Foi um choque. Esse é um assunto delicado
que vamos tratar juntos na terapia.
Scully
chorava sentada na poltrona, sem falar nada. Mulder continuou a apaziguar o
coração do filho:
- Você
foi desejado demais pela sua mãe e por seus pais adotivos. Você é muito amado.
Então, pare com isso.
-
Desculpe. – William sussurrou.
- Vá
pedir desculpas à sua mãe. – determinou Mulder.
William
saiu do abraço do pai e ajoelhou-se em frente à Scully.
-
Desculpe, mamãe. Perdão. – Will falou sincero.
- Você
não enxerga seu lugar aqui. – Scully falou – E eu tenho tentado fazê-lo
enxergar da minha maneira. – ela soluçou.
- Está
tudo bem. – William beijou-lhe a testa – Eu estou errado.
-
William, vá para seu quarto. – Mulder falou austero.
O moço
olhou-o com ternura e obedeceu em silêncio.
- Dana
Katherine, o que foi isso? – Mulder falou sentando no braço da poltrona e
abraçando a esposa.
-
Bobagem. – Scully ainda chorava.
- Eu o
sinto como meu filho. O William é nosso filho agora.
- Uma
enfermeira achou que você era o pai do William. Que ele fosse só seu filho.
- Eu sei,
Dana. Mas, isso agora passou.
- Estou
confusa, Mulder.
- É
normal, meu amor. Tem que conversar com sua terapeuta.
- Estou
muito instável com a gravidez.
- Estou
aqui, Dana.
- Ah,
Fox. – Scully começou a chorar novamente – O que seria de mim sem você?
- Eu te
amo. – Mulder beijou-a na cabeça – Quer descansar mais um pouco?
- Estou
nauseada. Vou ficar grudada com você para ver se passa.
- Scully,
você está passando por um carrossel de emoções. Acabou colocando suas ideias
para fora com o William. Está tudo bem. – Mulder acariciava as costas de Scully
– Está tudo bem. Relaxa.
Mais
tarde naquele dia, Mulder ouviu um barulho na cozinha. Ele havia cochilado ao
lado de Scully no sofá. Levantou-se e foi até lá. Encontrou William preparando
o jantar.
-
Desculpe, pai. Estou tentando me redimir.
- O que
fez? Está um cheiro maravilhoso. – Mulder sorriu.
- Pedi
uma comidinha diferente. Temos uma burrata de limão siciliano e pizza de
espinafre.
- Então,
vamos colocar os pratos na mesa e acordar a Scully.
- Papai,
obrigado pelo esforço e…
- Parou,
William. Eu fiz o que tinha de fazer.
- Que
cheiro maravilhoso é esse? – Scully entrou na cozinha.
-
Comidinha que o delivery entregou,
mamãe. – William sorriu – Burrata de limão siciliano e pizza de espinafre.
- E um
bom vinho branco? – Scully salivou.
- Não,
senhora. – Mulder falou – Posso fazer uma limonada muito gostosa.
- Papai,
posso competir contigo? – Will colocou a mão no braço de Mulder.
- Diga
algo melhor que a minha limonada. – Mulder desafiou.
- Aprendi
a fazer soda italiana com maçã verde e limão. – William falou carinhoso e
beijou o braço do pai – E temos todos os ingredientes.
- Mação
verde ajuda com os meus enjoos, é hipotensora e diurética. – Scully sentou-se à
mesa – O limão também ajuda meu estômago, previne gripes e resfriados, abaixa o
nível de açúcar no sangue, é eficaz contra transtornos do cérebro e sistema nervoso.
- É
cicatrizante também. – William acrescentou – Eu aprendi a fazer na fazenda.
- Ok,
filho. Você ganhou. – Mulder sorriu – Quero experimentar.
A família
jantou alegremente.
Dois
meses depois, William chegou da escola e encontrou Scully sentada no sofá.
- Oi,
mamãe. – ele sorriu, mas logo ficou preocupado ao perceber que Scully estava
chorando – O que houve? – William colocou a mochila no chão e aproximou-se.
- Oi,
Will. – ela falou chorosa.
- O que
foi? Está sentindo alguma coisa?
- O
Mulder e eu tivemos uma discussão e ele saiu.
- Daqui a
pouco, ele deve voltar. Não consegue falar com ele?
- Não. –
Scully enxugou as lágrimas – Fica comigo um pouco?
- Claro,
mãe. – William deitou a cabeça no ombro de Scully e abraçou-a – Está bom assim?
-
William, você é um filho de ouro.
- O
Mulder vai voltar logo.
- Ele
corre demais na estrada. – Scully soluçou.
- Mamãe,
acalme-se. A Sam está muito agitada. Você deve estar dolorida.
- Estou
enjoada.
- Respira
fundo. Quer água?
- Não.
- Não
parou nada no estômago hoje?
- Não.
- Ah,
mamãe. – William desvencilhou-se do abraço – Vamos ao hospital agora. Eu
dirijo.
- Não,
Will. – Scully sufocou outro soluço – Acalme sua irmã.
- Ok. –
William respirou fundo e colocou as duas mãos na barriga de Scully.
- Faça
com que ela pare um pouco, por favor. Está pressionando meu estômago. – Scully
falou.
- Hei,
meu docinho. Você ouviu a mamãe. Você não tem culpa dela estar passando mal.
Mas, você se mexendo dessa forma, está deixando-a desconfortável. Vai dormir um
pouquinho, querida. – William suspirou – Eu sei, meu amor. Já já o papai está
de volta, Sam. Vamos fazer assim: você dorme um pouquinho e, quando acordar,
papai já estará aqui.
Aos
poucos, a bebê foi se acalmando.
-
Obrigada, Will. – Scully pegou as mãos do moço e beijou-as.
- Ela
parou?
- Sim. –
Scully sorriu – Sente o movimento dela?
- Espera
aí! – William sorriu de volta – Você falou ela!
- Sim. Na
ultrassonografia de hoje, confirmamos que é uma menina. – Scully sorriu.
- Então,
vamos dar uma festa! – William exclamou e ouviu a porta abrir – Oi, papai.
Mulder
estava com o semblante fechado.
- Hei,
Mulder. – Scully ofereceu um sorriso.
Mulder
nada disse. Apenas aproximou-se do sofá e desabou nele.
- Eu
guardar minha mochila e vou tomar banho. – William falou e deixou o casal
sozinho.
- Fui ao
túmulo de meus pais. – Mulder falou com a voz embargada.
- Ah,
Mulder! – Scully abriu os braços e recebeu-o com carinho – Desculpe pela nossa
briga.
- Estou
um velho chato mesmo.
- Mas eu
não quero você enfiado no FBI.
- Tudo bem.
- Você
voou na estrada, não é?
- Sim.
- Não
deveria, né, Mulder?
- Scully,
como pode ser tão boa assim?
- Porque
eu te amo, Fox William.
- Oi! – o
moço falou do alto da escada.
- Não te
chamei. – Scully respondeu.
- Ah… Foi
mal! – William riu.
- Nosso
menino está ligado na nossa conversa. – Mulder beijou o pescoço de Scully.
- Por que
não toma um banho, coloca uma roupa confortável e vem ficar comigo? – Scully
perguntou.
- Ok. –
Mulder beijou-a rapidamente nos lábios.
Logo,
Mulder e Scully estavam abraçados no sofá.
- Estou
ficando com fome. Meu estômago está vazio… – Scully começou a falar e viu
Mulder pegar algo da mesa de centro – O que é?
- Bolacha
salgada, baby. – Mulder sorriu e ofereceu-lhe o pacotinho.
-
Obrigada. – Scully começou a comer devagar.
- Sabia
que estava escondendo algo. Passou o dia enjoada?
- Sim.
- Ah,
Scully. Perdoe-me.
- Está
tudo bem. Cadê o Will que não desceu?
- Falando
com a Maddie pelo computador.
- Sexo
virtual…
- Hei,
Dana Katherine! Lembra de nossas conversas picantes por telefone? – Mulder riu.
- Se
lembro! Mulder, eu preciso te contar uma coisa. – Scully colocou-se sentada e
parou de comer.
- O que
há? – Mulder ofereceu água gelada para a esposa.
-
Obrigada. – Scully tomou dois goles e devolveu o copo.
- Diga-me
tudo.
- Eu fui
ao médico hoje.
- Está
tudo bem, né?
- Sim.
Mulder, deixe-me contar tudo, ok?
- Ok.
- Fiz uma
ultrassonografia e…
- O que
há?
- Sei que
você sonhou com uma menina, eu também sonhei e o William só fala em uma menina…
- Scully?
– Mulder colocou as mãos na barriga dela.
- Mulder,
nós teremos uma filha. – Scully declarou emocionada.
Mulder
beijou-a apaixonado. O casal estava muito feliz com a notícia.
- Então,
já podemos escolher o nome? – Mulder perguntou.
- Sim,
meu amor. – Scully sorriu.
- Mamãe,
a Sam está mais calma? – disse William descendo a escada.
-
William? O que falou? – Mulder perguntou.
Continua…
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