31/01/2018

Fanfic "Power Rangers": Sonhos Realizados, Capítulo 21

Título: Sonhos Realizados
Autora: Rosa Maria Lancellotti
Sinopse: Uma festa reaproxima Tommy e Kimberly.
Nota: Totalmente Universo Alternativo.
Disclaimer: Não são meus e não estou ganhando nada com essa estória. Pertencem a Disney, Saban e companhia limitada e a seus respectivos atores.
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21° Capítulo

O lugar estava reconstruído, com todos os equipamentos desligados, mas, mesmo assim, com um ar de esconderijo secreto. Tommy abriu uma porta secreta e disse:
- Aqui estão nossos zords.
Kimberly estava maravilhada. Andava com os olhos brilhando como diamantes.
- Kim, nada se parece com o nosso Centro de Comando.
- Mas é perfeito. A Kira falou muito bem do seu trabalho e do da Hayley.
- Obrigado.
- Tenho saudades do nosso tempo. Sinto tanta falta do meu tempo. Pena que joguei tudo para o alto. – as lágrimas caiam livres pelo rosto de Kimberly.
- Hei, Kim…
- Não agora, Tommy. Estou pensando em tudo que passamos juntos.
- Mais para frente, há um saída para a floresta. O que achou?
- Demais, Tommy. – ela dava pequenos pulinhos encantada.
- Kimberly Ann Hart!
- Tommy, eu nem sei o que falar.
- Vou ligar o equipamento para ver como era.
- Está bem.
Tommy ligou o sistema e Kimberly ficou mais encantada ainda.
- Meu amor, esse lugar é mágico! – Kim exclamou.
Tommy ficou parado admirando a mulher a seu lado. Ela não se deu conta do que falara. Estava maravilhada com tudo o que ele estava mostrando à ela. Sentaram-se nas cadeiras em frente aos monitores. Ficaram em silêncio por vários minutos.
- Dr. Thomas Oliver, meus parabéns! Adorei!
- É o nosso segredo.
- Com certeza, Tommy.
- Agora, vamos conversar um pouco?
- O que foi?
- Você está confortável em passar a noite comigo? Aqui?
- Estou, Tommy. – Kim sorriu – Seu quarto de hóspedes é lindo.
- Kimberly, eu quero que você me fale tudo o que está sentindo.
- E eu quero o mesmo. Tommy, somos amigos. E você? Está a vontade comigo?
- É claro.
- Tudo bem, então. – Kim bocejou.
- Quer ir deitar?
- Não. Combinamos de ver um filme.
- OK. Vou trazer a televisão para a sala. Suba quando quiser.
- Subo contigo.
Os amigos foram para a sala e assistiram televisão até que Kimberly não aguentava mais ficar com os olhos abertos. Então, foram para seus respectivos quartos e dormiram tranquilos.
Amanheceu. Kimberly acordou com o sol brilhando no céu.
- Bom dia! – Tommy entrou no quarto.
- Bom dia, Tommy. – Kim esfregou os olhos.
- Kim, levante-se e vamos sair.
- Tommy, vou voltar para Alameda dos Anjos, pegar minhas coisas e voltarei para a Flórida.
- Por quê?
- Já cumpri o que precisava fazer.
- Tudo bem, Kim.
- Mas, antes, quero ver o Ernie.
- Eu te levo.
- Pretendo embarcar hoje à noite.
- Eu tinha tantos planos…
- Eu volto, Tommy, eu volto. Eu prometo. Eu juro.
- Hei. Acredito em você. – Tommy sentou na cama – Quer uma massagem?
- Estou tão dolorida, mas aceito. Vai com calma.
Tommy começou a massagear as pernas de Kimberly, que abraçava o travesseiro. Logo, sentiu os músculos menos doloridos.
- Tommy, obrigada.
- Melhor?
- Sim.
- Quando volta?
- Talvez daqui uns três ou quatro meses. No tempo da convocação para a competição nacional.
- Posso te ligar?
- Tommy, você poderá me ligar sempre. Dia, noite, madrugada, sempre que precisar.
- Você também.
- Promete para mim?
- Prometo. Kim, o que vai fazer no resto da folga?
- Resolver os últimos detalhes da venda do meu apartamento e tirar os meus móveis. O Jason tá enrolando.
- Eu sei. Ele tem tantos planos.
- E seu trabalho?
- Há um coisa que não te contei. Estou no Departamento que chefia a Área de Ciências. Sou figura decorativa na escola. Apareço de duas a três vezes por semana.
- Tommy, vai dar aulas de karatê?
- Sim.
- Vou dar aulas de ginástica olímpica.
- Você é treinadora, né?
- Sou. Por experiência e idade, mas o treinador desafiou-me a competir, mesmo velha.
- E você será a melhor. Você é a melhor, Kimberly Hart.
- Vou trocar de roupa.
- Estou te esperando lá embaixo.
Pouco tempo depois, Tommy dirigia de volta para a Alameda dos Anjos. Foram para o novo point dos alunos do colégio da cidade.
- Está lindo! – Kim disse vendo o prédio reformado.
- Kimberly? – uma voz masculina chamou.
- Ernie! – Kim foi abraçá-lo.
- Seja bem vinda! – Ernie falou – Bom dia, Tommy.
- Bom dia. – Tommy sorriu – Falei que iria te trazer um presente.
- Sim. Café da manhã por conta da casa. – Ernie ofereceu.
Algum tempo depois, os amigos conversavam.
- O que a traz aqui?
- Sabe, Ernie, vim explicar aquela carta.
- Tudo resolvido?
- Sim. – Kimberly sorriu.
- Tommy, está calado. – Ernie disse.
- Pensando. – Tommy estava enigmático.
- E seus fãs, Kim? – Ernie quis saber.
- Tenho medo da fama, mas ninguém me parou ainda. – Kimberly respondeu – Devo voltar para Flórida hoje à noite.
- Tenho acompanhado a equipe americana pela televisão. – Ernie disse solene – Sua folga vai até o fim da semana.
- Nada como estar bem informado. – Kim riu – Missão cumprida!
- Fique mais um pouco. Treine nas minhas instalações. A Srta Applebbe é a diretora do colégio e ela gostará de te ver. – Ernie falou tentando convencê-la a ficar.
- Kim, você poderá curtir sua casa. – Tommy falou esperançoso.
- Vocês não precisam implorar para eu ficar. Eu resolvi que vou voltar, mas na próxima folga. – Kimberly apertou o braço de Tommy – Eu prometo.
- Certo. – Ernie sorriu.
- Preciso ainda fazer umas coisas. – Kim sorriu – Adivinha o que?
- Compras! – Tommy riu – Vamos?
- Sim!
Os amigos despediram-se e Kim e Tommy foram ao centro de compras. Passeavam alegres, olhando as vitrines.
- Kim, você ainda não se encantou por nada?
- Sim, mas eu cresci. Você odiava vir fazer compras.
- Eu não gostava, mas depois que comecei a correr, as compras me atraíram mais. Maior poder aquisitivo, sabe?
- Olha essa camisa, Tommy. É a sua cara.
- Muito bonita, mas, com as mangas curtas, não dá para trabalhar. Mostra muito as tatuagens do meu braço.
- Fez mais?
- Sim.
- Tommy, gosta mesmo de sentir dor?
- Kimberly Hart! – Tommy fingiu estar bravo.
- Estou brincando. – Kimberly viu um grupo de adolescentes aproximando-se – Ajuda-me com elas, por favor.
- Kimberly Hart? – uma das garotas abordou-a. Deveria ter uns quinze anos, no máximo.
- Olá. Eu mesma. – Kim sorriu.
- Viemos desejar boa sorte. – outra menina falou.
- Obrigada, meninas. – Kimberly estava achando as meninas muito sérias. Sorriu novamente para elas.
- Você aceitaria treinar a equipe de Alameda dos Anjos? – uma terceira perguntou.
- Tenho planos para isso após o campeonato. – Kimberly ficou séria.
- Que bom! Somos parte da equipe. – uma delas disse sorrindo.
Todas pediram autógrafos e fotos. Kimberly atendeu-as.
- Não estou acostumada com isso, Tommy. – Kim viu as garotas afastarem-se.
- Kim, quer ir ao cinema?
- Hoje, não. Deixa para próxima vez.
- Quer comer alguma coisa?
- Depois. O que é, Tommy?
- Como sabe que tenho algo?
- Eu sei. Eu apenas sei.
- Estou preocupado com você, Kim.
- Por quê?
- Seu emocional.
- Estou bem.
- Os treinos…
- Tommy, não quero falar sobre isso.
- Eu sei o que está acontecendo. Vamos parar para conversar?
- Está sendo duro ter de provar que ainda sou boa ginasta, além dos treinos estarem bem exaustivos.
- O treinador está exigindo muito de você?
- Está sim. Não vou negar.
- Kim, você não precisa esconder nada de mim.
- Eu não escondo. Omito, às vezes.
- Kim, vamos comer alguma coisa?
Os amigos fizeram um lanche em silêncio. Depois, voltaram para a casa dos Olivers.
- Mamãe, chegamos. – Tommy anunciou.
- Vocês já comeram? – Jane perguntou.
- Sim. – Tommy respondeu trazendo Kimberly pela mão – Depois das compras.
- Sra. Oliver, eu volto para a Flórida hoje à noite. – Kimberly anunciou.
- Tão já? – a Sra. Oliver sentou-se com os jovens à mesa da cozinha – Kim, conte-me.
- Já resolvi o meu problema. Cumpri minha meta. Fiz as pazes com seu filho. – Kimberly falou emocionada.
- Hei, princesa, está tudo bem. – Tommy beijou-lhe a mão – A decisão é sua.
- Kim, fique mais um pouco. – Jane pediu.
- Sra. Oliver, eu aprecio muito o seu carinho e hospitalidade, mas cumpri o meu maior desejo. – Kim agradeceu.
- Tudo bem, filha. – Jane sorriu.
- Eu volto. Prometo. Em três ou quatro meses. Juro que eu volto. – Kimberly falou solene.
- Sabemos disso. – Tommy respondeu – Prometi à sua mãe que te ajudaria nas suas decisões. Eu só acho que pode viajar amanhã.
- Vou verificar a disponibilidade de voo. – Kim sorriu e apertou o braço do amigo.
- Filha, pense bem. – Jane olhou-os – Vocês estão…
- Não, mãe. – Tommy adiantou-se.
- Somos grandes amigos, Sra. Oliver. – Kimberly estava chorando.
- O que foi? Kimberly, conte para mim. – Jane abraçou-a.
- Seu carinho de mãe. Estou muito carente. – Kimberly abraçou-a de volta – Obrigada.
As duas separaram-se e Tommy abraçou Kim carinhoso.
- Agora, para de chorar, Kim. Você já chorou muito. – Tommy beijou-lhe a cabeça.
- Só não resolvemos uma coisa: o seu acidente. – Kim recomeçou a chorar.
- Você não teve culpa, Kimberly. – Jane pegou-os pela mão e levou-os para a sala – Alegrem-se. Façam algo juntos. Chega de tristeza.
- Vamos ao parque? – Tommy perguntou.
- Não, garotão. Eu vou para casa, marcar minha passagem e descansar um pouco. – Kim beijou-lhe o rosto.
- Eu vou junto. Mamãe, volto depois que ela embarcar com segurança. – Tommy avisou.
- Avise-me sobre o horário do voo. Estaremos lá. – a Sra. Oliver abraçou Kimberly e despediu-se.
À noite, os Olivers aguardavam o voo de Kimberly.
- Obrigada por terem me trazido. – Kim abraçou Jane e John.
- Seu voo está atrasado, Kim. – Tommy disse olhando o painel.
- Será uma grande espera. – Kim sorriu.
- Filha, temos que ir. – John falou – Mas, o Tommy pode ficar contigo, não é, filho?
- Posso sim. Você quer minha companhia? – Tommy falou.
- Claro, Tommy. – Kim sorriu.
Algum tempo depois, Tommy e Kimberly estavam sentados no saguão do aeroporto.
- Tommy, vai para casa.
- Kim, fico até você embarcar.
- Já é tarde.
- Pois é! É tarde para deixar você sozinha.
- Sempre possessivo.
- Protetor.
- Está esfriando. – Kimberly cobriu os ombros com um xale.
- Quer uma blusa?
- Não, obrigada. Na Flórida está calor.
- Promete me ligar?
- Prometo. E você?
- Vou tentar ser melhor correspondente do que antes.
O sistema de som anunciou o voo de Kimberly.
- Tenho que ir.
- De novo.
- não vou chorar. – Kim abanou-se.
- Tchau, Kim. Até a volta.
- Tchau.
Os amigos se abraçaram longamente. Kimberly partiu e Tommy observou-a em silêncio.
Cinco meses se passaram. Tommy foi visitar Jason na Flórida.
- Lindo o apartamento. – Tommy disse.
- Obrigado. – Jason sorriu.
- Obrigada. – Emily sentou-se no sofá ao lado do marido.
- Era da Kim. – Jason alfinetou – Eu mantive alguns móveis. Outros mandei para Alameda dos Anjos junto com as coisas dela.
- Falando nela… Cinco meses só nos falamos uma vez em nunca. – Tommy desabafou.
- Vai vê-la, Tommy. – Emily sugeriu.
- É verdade. Eu te dou o endereço. – Jason completou.
- Agradeço, mas, primeiro, quero conversar com vocês. – Tommy estava sério – Três unidades?
- Sim. Uma, aqui na Flórida, sob a nossa direção. – Jason apertou a perna de Emily – Uma segunda, em Costa dos Arrecifes, com você. E a terceira, na Alameda dos Anjos, com a direção da Kimberly, se ela quiser. O que acha?
- Já falou com a Kim? – Tommy quis saber.
- O Jason está enrolando a Kim. Acha que ela só tem cabeça para os treinos. – Emily entregou o marido.
- Eu a enrolei, sim. Para comprar o apartamento. Era um refúgio para ela. – Jason explicou.
- Depois, vocês lavam a roupa suja. – Tommy brincou – Preciso saber o que ela acha da ideia.
- Gostou, mas está sem tempo para cuidar de tudo. – Jason respondeu.
- Bom, vamos todos assisti-la nas apresentações do final de semana, né? – Tommy perguntou.
- Claro. – Jason riu – O hotel aqui perto só tem Rangers.
- E teremos surpresas. – Tommy riu também.

À tarde, os rangers foram assistir ao treino público da amiga.

30/01/2018

Fanfic "Power Rangers": Sonhos Realizados, Capítulo 20

Título: Sonhos Realizados
Autora: Rosa Maria Lancellotti
Sinopse: Uma festa reaproxima Tommy e Kimberly.
Nota: Totalmente Universo Alternativo.
Disclaimer: Não são meus e não estou ganhando nada com essa estória. Pertencem a Disney, Saban e companhia limitada e a seus respectivos atores.

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20º Capítulo

- Entre.
- Kim?
- Oi, Tommy.
- Podemos conversar?
- Sim.
Tommy entrou e fechou a porta. Sentou-se na cama frente a frente com Kimberly.
- Tenho que perguntar uma coisa.
- Fale, Tommy.
- Você teve ciúmes da Katherine?
- Sim.
- Antes ou depois da Flórida?
- Nos dois momentos. Antes, erámos amigas, mas não gostava das investidas dela. Era uma coisa de autoafirmação. Depois, por causa de tudo que já te falei.
- Eu preciso te contar sobre os momentos que ela passou a meu lado. O Jason sabe de alguma coisa, mas é tudo muito pessoal.
- Conte-me, por favor. Somos amigos e eu quero entender sua cabeça e seu coração de novo.
- Sabe como é um garoto adotado. A certa altura da vida, quer procurar sua família verdadeira. Eu soube sobre meus pais. Morreram em um acidente.
- Sinto muito.
- Descobri que tinha um irmão. Ele morava numa reserva indígena com um tutor. Um sábio índio que me falou sobre muitas coisas. Mas, algum tempo depois, eu soube que meu irmão tinha ficado doente. Cheguei a tempo do enterro dele. – Tommy falou com os olhos cheios de lágrimas.
- Tommy, eu sinto muito. – Kim abraçou-o carinhosa e deixou-o chorar em seu colo – Chora, chora. Handsome, eu sinto tanto.
- Obrigado. – Tommy separou-se de Kimberly assim que se sentiu pronto – A Kat esteve a meu lado nesse processo todo.
- Entendo. Perdi muito da sua vida.
- E eu, da sua. Meus pais, mesmo tristes, apoiaram-me a procurar a verdade.
- Quer continuar?
- Preciso. – Tommy deitou a cabeça no colo da amiga e deixou o chinelo no chão antes de acertar o corpo na cama – Posso ficar assim? Sinto-me…
- Protegido. Seguro.
- Ainda me conhece bem, Kim. Só na sua frente eu me mostro fraco.
- Com uma diferença: o cabelo curto. – Kim riu acariciando a cabeça dele.
- Meu pai teve um infarto. Mamãe e eu ficamos sem chão. A Kat esteve comigo e com mamãe o tempo todo. Cuidou de nós.
- Entendo.
- Kim, eu gostaria de ter dividido isso com você antes. Eu gostaria de ter tido você do meu lado.
- Tudo bem, Tommy. – Kim bagunçou o cabelo dele.
- Tem algo que quer dividir comigo?
- Não me ocorre nada.
- E seu pai?
- Casou também. Está com filhos pequenos.
- E seu irmão?
- Está bem. No exército.
- E sua avó?
- Com quase 100 anos, lúdica e condenando-me pelas minhas ações.
- E a ginástica?
- Está bem.
- Com muita dor? – Tommy sentou na cama.
- Estou.
- Você me permite te tocar e fazer uma boa massagem?
- Você ficará a vontade?
- Se você estiver a vontade, eu ficarei, Kim.
- Certo. Por favor.
Kimberly deitou e deixou Tommy começar a massagem. Seu corpo doía e ela chorava de dor cada vez que ele tentava relaxar seus músculos. A Sra. Oliver entrou no quarto.
- O que foi? – ela perguntou fechando o robe.
- A Kim está com dor e acho que não estou ajudando. Devo ter piorado. – Tommy respondeu massageando a panturrilha dela.
- Filha, acalme-se. – Jane sentou na cama – Tommy, para um pouco. – vendo o filho obedecer, continuou – Querida, você tem treinado muito e eu sei da sua dor, mas é a primeira vez que você chora desesperada desse jeito.
- A dor é muito grande, Sra. Oliver, mas já vai passar. – Kim respondeu soluçando.
- Quer um analgésico? – Jane perguntou acariciando a cabeça de Kimberly.
- Não posso. – Kim segurou a mão da Sra. Oliver – Meus músculos estão cansados e estou com o corpo dolorido.
- Fica calma, filha. – Jane levantou-se e disse saindo do quarto – Já volto.
Tommy sentou-se na cabeceira da cama. Colocou a cabeça de Kimberly em seu colo e começou a afagar os cabelos dela. Em pouco tempo, o choro cessou e Kimberly dormiu.
Jane Oliver voltou e viu a cena.
- Tommy, coloque a bolsa de água quente nas pernas dela.
- Tudo bem, mamãe. – Tommy levantou-se, acertou a moça na cama e foi até a mãe. Pegou a bolsa de água quente e voltou para colocar nas pernas de Kim. Cobriu-a e beijou-lhe o rosto. Apagou os abajures e sussurrou: – Dorme bem.
Tommy saiu do quarto e fechou a porta.
- Tommy, ela falou alguma coisa?
- Disse que estava com dor. Mamãe, eu nunca a vi desse jeito. Eu odeio vê-la em dor.
- Filho, cuide dela. Amanhã, veremos se ela está melhor.
- Vamos esperar. Boa noite, mãe. – Tommy beijou o rosto da mãe e eles foram dormir.
Amanheceu. Kimberly acordou com menos dor. A Sra. Oliver entrou no quarto.
- Bom dia, Kim.
- Bom dia, Sra. Oliver.
- Está melhor?
- Estou, obrigada.
- Conte-me o que está acontecendo. – a mulher mais velha sentou-se na cama ao lado da mais nova.
- Tenho treinado bastante e o treino é muito rigoroso. A automassagem não alivia mais. Não posso tomar nada por causa do doping. Mas, apesar de ter sentido dor, a massagem do Tommy e a água quente deixaram-me muito melhor. – Kim sorriu.
- Querida, precisa de alguma coisa?
- Não, obrigada. Só um banho e estarei revigorada.
- Kimberly, meu filho está ansioso. Vocês vão para Costa dos Arrecifes juntos?
- Sim. – Kim corou – Um dia apenas para conhecer a casa dele.
- Você vai adorar o lugar.
Kimberly abraçou a Sra. Oliver carinhosa.
- Obrigada.
Em pouco tempo, Kimberly descia para tomar café com os Olivers.
- Bom dia. – Kimberly saudou-os.
- Bom dia, Kimberly. – John Oliver sorriu.
- Bom revê-lo, Sr. Oliver. – Kim retribuiu o sorriso.
- Bom dia, Kim. – Tommy admirou-a. ela vestia uma calça jeans, uma camisa rosa sobre uma regata branca – Pronta para um passeio longo?
- Sim, Tommy. – Kim sorriu ao vê-lo admirá-la. Pareciam ter voltado no tempo. Ele vestia calça jeans preta, regata branca sob uma camisa branca aberta – Combinamos nossas roupas.
- É o que parece. – a Sra. Oliver falou colocando uma xícara para Kimberly na mesa – Sente-se. Vamos tomar café.
Os quatro tomaram o desjejum animadamente.
- Papai, mamãe, vamos para minha casa. À noite, mais tardar amanhã, estamos de volta. – Tommy anunciou – Levarei a Kim para conhecer minha casa.
- Que bom, filho. – John estava feliz – Kimberly, é muito bom tê-la conosco e vê-la tão animada.
- É verdade. – Jane apoiou – Você está bem feliz hoje.
- Estou com vocês. – Kimberly falou sorridente – Obrigada por tudo.
- Bom, vamos? – Tommy disse levantando-se da mesa.
- Sim. – Kimberly terminou o café.
- Vão. Tenham um bom passeio. – Jane sorriu.
- Divirtam-se. – John falou.
Kimberly seguiu Tommy até a sala.
- Pegue suas coisas, Kim.
- Tommy, eu…
- Kim, pegue sua mala. Quer buscar algo em casa?
- Não, obrigada. Tenho tudo o que preciso na mala que trouxe.
Alguns minutos depois, os amigos seguiam para Costa dos Arrecifes.
- Tommy, estou curiosa.
- Você é curiosa.
- Desculpe. Eu tive um sonho e uma voz me disse que o poder estava voltando.
- Um sábio me disse uma vez que o falcão só voltaria a voar com a garça a seu lado.
- O que…
- Kim, você me fez visitar meus pais com mais frequência do que nos últimos anos. Estou retomando alguns sonhos.
- No meu sonho, a garça retomava seu rumo com o falcão como guia.
- Estou te ajudando?
- E como. Tommy, você sempre guiou minha vida, mesmo distante. Esse sonho foi estranho.
- Você verá o Centro de Comando do Dinos.
- A Kira falou que foi destruído.
- Mas nós o reconstruímos. – Tommy estacionou – Aqui é o CyberSpace da Hayley.
- Finalmente.
Kimberly entrou no lugar e observou-o atenta. Logo, Trent veio cumprimentá-los.
- Dr. Oliver, é bom revê-lo. – Trent abraçou-o.
- Obrigado. Cadê a Hayley? – Tommy perguntou.
- Está no escritório falando com meu pai. – Trent respondeu – Acomodem-se.
- Obrigado. – Tommy bateu no braço do moço.
- Com licença. – Trent foi atender alguns clientes.
Logo, Hayley veio acompanhada por Anton Mercer.
- Tommy! – Hayley veio abraçá-lo.
- Hayley! – Tommy abraçou-a – Quais são as novidades?
- Mercer vai abrir um café na escola e quer que seja uma filial minha. – Hayley falou feliz.
- Hayley, esta é… - Tommy começou.
- Kimberly Hart. – Hayley disse.
- Sim. Muito prazer, Hayley. – Kim sorriu.
- Ouvi muito sobre você. – Hayley disse apertando a mão da ginasta.
Anton abraçou os amigos e sentaram-se em um dos sofás.
- Que bons ventos a trazem aqui? – Hayley perguntou.
- Meu amigo, Tommy. – Kim disse.
- Gostaria de conhecer o lugar? – Hayley ofereceu.
- Sim. – Kim acompanhou-a – Assim os meninos podem conversar.
As duas mulheres passeavam pelo estabelecimento.
- Olha, eu não quero ser indiscreta…
- Pode falar, Hayley. – Kim sorriu.
- Você fará o Tommy feliz?
- Ele é feliz. Somos amigos e já resolvemos sobre o passado.
- Kim! – Tommy chamou-a e viu as mulheres voltarem.
- Tommy, o que foi? – Kimberly disse sorrindo.
- Jason está de férias. Vem me visitar esta noite. Preciso ir ao supermercado. Vem comigo?
- Claro, Tommy.
Tommy pegou Kimberly pela mão e despediram-se de todos.
Anoiteceu e os amigos reuniram-se na Valencia Road.
- Tommy, você está levando a Kim passear pela cidade? – Jason riu.
- Mais ou menos. Ela ainda não me mostrou lá embaixo ainda! – Kimberly respondeu.
- Essa menina! – Tommy riu.
A campainha tocou. Era Kira e Conner.
- Prima! – Kira voou para abraçar Kimberly.
- Kira! – Kimberly abraçou-a feliz.
- Oi, Dr. O. – Conner disse.
- Alguém se lembrou de mim. – Tommy alfinetou.
- Desculpe. – Kira envergonhou-se – Boa noite, Dr. Oliver, Jason, Emily.
- Muito bem. Eu os eduquei. – Tommy riu – Sentem-se.
A conversa ficou animada e só terminou tarde da noite. Jason e Emily foram para a Alameda dos Anjos e Conner e Kira para suas casas.
- Tommy, acho que essa é a hora.
- Vamos lá? – Tommy apertou a boca do dinossauro e o chão se abriu.
- Estou emocionada!
- Vamos descer?
- Sim.
- Dê-me sua mão. – Tommy ofereceu a mão à Kimberly.
- Claro. – Kim segurou a mão de Tommy com força e desceram as escadas juntos.

Continua...