Pense em uma profissional do Turismo tendo que ouvir uma colega de profissão confundir Carlos Gomes com Ramos de Azevedo.
Pois é, meninos e meninas! Tive que ouvir isso hoje.
Ao lado do Theatro Municipal está uma linda escultura dedicada à Carlos Gomes. Ao dar indicações de direção a outro colega turismólogo, a segunda personagem de nossa história de hoje, soltou: "Passando o Ramos de Azevedo que fica na escadaria."
Na hora, eu comecei a ter um surto!!!!!!! Como assim, cara??????????????!!!!!!!!????????????
É um puta crime fazer essa confusão!!!!!!!!!!!
Mas, como meus leitores e minhas leitoras estão sempre em busca de informações e não falam bobagens, vou falar um pouquinho sobre as figuras históricas em questão.
Há vários monumentos em homenagem ao compositor. O que está ao lado do Theatro Municipal foi inaugurado em 12 de outubro de 1922 e faz parte do conjunto de esculturas idealizado pelo arquiteto italiano Luiz Brizzolara, em 1922. A fonte foi inspirada na Fontana di Trevi, de Roma, e é uma homenagem da comunidade italiana ao Centenário da Independência do Brasil. As esculturas foram executadas pela Camiani e Guastini Fonderia Artística in Bronzo, de Pistóia, Itália. O Monumento a Carlos Gomes é composto por várias esculturas que retratam as óperas mais importantes de Carlos Gomes. A intenção do escultor era criar a sensação de palco, com as obras em vários planos, utilizando-se dos jardins como cenário e o Vale do Anhangabaú como plateia. Foi concebido para conectar a Esplanada do Theatro ao Parque Anhangabaú. A escultura representando Carlos Gomes está localizada na calçada, ao lado do Theatro Municipal. Do lado estão “Poesia” e “Música”, em mármore branco. Descendo em direção do Vale do Anhangabaú, nas pontas da escada, estão “Fosca” e “Condor”. No centro, entre as escadas, a fonte “Glória, Ordem e Progresso”. Em terceiro plano, “Guarani” e “Salvator Rosa”.
Francisco de Paula Ramos de Azevedo nasceu em Campinas, a 08 de dezembro de 1851 e morreu em São Paulo, a 01 de junho de 1928. Célebre arquiteto brasileiro, ainda jovem, dirigiu-se a Gante, na Bélgica, para estudar Engenharia Civil. Diz a literatura a seu respeito que o Diretor do Curso de Arquitetura da escola na qual estudava ficou surpreso com a qualidade apresentada pelos trabalhos por ele realizados. Dessa forma, convenceu-o a trocar de curso. Após se formar, voltou à sua terra natal onde executou seus primeiros projetos. Foi responsável pela conclusão da construção da Catedral de Campinas, o seu primeiro grande trabalho.No final do século XIX, foi convidado pela elite paulistana a projetar algumas residências. Por isso, estabeleceu seu escritório técnico na Capital. Ramos de Azevedo participou da fundação da Escola Politécnica, junto à aristocracia paulista, com tendências progressistas, estabelecendo na escola um modelo similar ao europeu. Quanto tornou-se Diretor do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, promoveu uma reforma de ensino que tornaria a escola autossuficiente e reconhecida em todo país.
Também há um conjunto escultórico, em bronze e granito, erigido em homenagem à Ramos de Azevedo. Foi executado pelo escultor ítalo-brasilleiro Galileo Emendabili. O monumento foi uma homenagem póstuma ao arquiteto, escolhido por meio de um concurso. Foi inaugurado em 25 de janeiro de 1934, aniversário da cidade de São Paulo, na Avenida Tiradentes, em frente à Pinacoteca do Estado (que abrigou o Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo e também foi projetada pelo arquiteto). Em 1973, com o advento do Metrô, o monumento foi transferido para a Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira, onde permanece até hoje, próxima à Escola Politécnica.
Bom, fica a dica: não falem nada caso não souberem realmente quem é representado no monumento.
Obrigada por terem lido até aqui!
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