Sinopse: Kimberly
será voluntária em uma casa de repouso que acolhe idosos. Uma residente é
alguém de seu passado e ela pode reuni-la com seu ex-namorado, Tommy. Mas a
vida de Kimberly também está de pernas para o ar: seu ex-marido sequestro a
filha que tiveram. O que será da nossa heroína? Kimberly enfrentou tantos
monstros no seu tempo de Power Ranger, mas não é fácil enfrentar o que se
tornou a sua vida. Tommy está separado e afastado de sua família. Será que
nosso casal preferido irá reencontrar seu caminho? Juntos ou separados? Jason e
sua família estão ao lado deles nessa jornada de reencontro.
Disclaimer: Não são
meus e não estou ganhando nada com essa estória. Pertencem a Disney, Saban e
companhia limitada e a seus respectivos atores.
Classificação: 18
anos
Data de início: 11/08/2020
Data de término: 21/01/2021
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10º Capítulo
Tommy chegou à casa
de Kimberly e abriu a porta com a chave que ela emprestou.
Encontrou Kimberly
sentada entre papéis, com o notebook e o celular próximos a ela.
- Hei, Kim.
- Oi, Tommy. – ela
disse sem olhá-lo.
- Kimberly Ann
Hart, o que houve? – Tommy aproximou-se dela e colocou a mão no ombro dela.
Sabia que algo estava errado – Eu estou aqui. Sóbrio. Eu te conheço. O que
aconteceu?
- Eu preciso
chorar. – Kimberly olhou-o com os olhos cheios de lágrimas.
Tommy deu um jeito
de sentar no sofá e a puxou para seus braços.
- Chora, princesa.
Eu estou aqui.
Kimberly chorava
alto e soluçava. Tommy acariciava os cabelos da amiga.
Quando ela acalmou,
olhou Tommy e falou:
- Preciso falar
sobre minha filha.
- Estou te ouvindo,
Kim. Eu não estou bêbado.
- Eu sei. –
Kimberly olhou o amigo nos olhos – Vou começar do final da história. Sua mãe me
perguntou da Aurora incontáveis vezes. Ela achava que era nossa filha. Muitas
vezes, eu comentei como tudo aconteceu e ela sempre me consolou.
- Minha mãe guardou
fotos de revistas. Ainda não fui buscar as coisas dela.
- Eu vou pegar
amanhã à tarde, Tommy. E também queria te pedir esses recortes.
- Claro, Kim.
- Desde a minha
separação, o meu ex podia visitar a menina quando quisesse. Não fiz objeção. No
começo, pegava por meio período. Passou pegar para um final de semana. Viajou
com a filha. Um dia, pegou-a e levou para a Disney. Sem me avisar! Fiquei louca
tentando localizar minha filha. Até que, três dias depois, o meu ex me ligou e
disse que tinha esquecido de avisar. Isso não aconteceu uma vez só. Então,
comecei a preparar uma malinha melhor nessas saídas com o pai. Uma noite… – ela
parou de falar.
- Kim, está tudo
bem. – Tommy pegou as mãos dela – No seu tempo.
- Uma noite, ele
apareceu, com a mãe dele a tiracolo. Disse que iam visitar uma pessoa e ele a
devolveria logo. Eu fiz uma malinha com uma troca de roupa e um pijaminha.
Fiquei na sala esperando que eles retornassem. Na madrugada, adormeci no sofá.
Acordei com um telefonema do meu padrasto. – Kimberly recomeçou a chorar.
Tommy abraçou-a
novamente e trouxe-a para sentar no seu colo.
- Kim, eu sei que
está doendo, mas falar é bom.
Entre lágrimas e
soluços, Kimberly continuou:
- A Aurora havia
sido levada para a França em um avião particular. Ao passar na imigração, ela
fez perguntas ao pai, falou de mim e do meu padrasto. O agente de imigração não
os deixou passar, porque entendeu o que a menina falava. Não sei bem o que
aconteceu, mas entraram na França e viajaram pela Europa de carro.
- Como você se
sentiu?
- Arrasada.
- Você estava
sozinha?
- Sim. O Jason foi
para a Flórida dois dias depois. Não lembro se a Vic estava grávida da Rebecca
ou se a pequena já tinha nascido. Ele me ajudou, mas brigou muito comigo. Disse
que eu era irresponsável, uma péssima mãe.
- Você não é nada
disso, Kim. – Tommy beijou a testa dela.
- Assim que
consegui, mais ou menos, um mês depois, eu fui para a França. A polícia de lá
me fez várias perguntas, com a da Flórida. Contei a mesma história inúmeras
vezes.
- Sinto muito você
ter passado por isso sozinha.
- Procurei minha
filha junto com a polícia até completar um ano do sumiço.
- Ela sumiu em 19
de julho de 2017. Eu me lembro como se fosse hoje. Eu te vi na televisão
chorando e eu quis fazer isso. – Tommy apertou-a mais contra seu corpo.
- Obrigada, Tommy.
- Quer continuar?
- Procurei de todas
as formas na França. Voltei para a Flórida. Em 2018, retornei à França para
receber a notícia de que ela devia estar morta. A policial sugeriu que eu
engravidasse de novo para esquecer a Aurora. – Kimberly recomeçou a chorar
copiosamente.
Depois de muito
chorar, Kimberly dormiu. Tommy pegou-a no colo e levou-a para o quarto. Beijou
a cabeça dela e colocou-a na cama.
Amanheceu. Kimberly
acordou desorientada.
- Hei, luz do sol.
– Tommy entrou no quarto – Você dormiu e eu te trouxe para cima.
- Que horas são?
- Quinze para as
seis.
- Oi, Tommy. –
Kimberly sentou na cama – Estou um pouco confusa.
- Tudo bem, Kim. –
Tommy sentou na beirada da cama – Estávamos conversando e você adormeceu.
- Eu chorei até
dormir. – Kimberly falou e foi recebida nos braços de Tommy – Vou chorar mais.
- Hei. Estou aqui
para isso, Kim. Detesto te ver chorar, mas você precisa. – Tommy acariciava as
costas da amiga enquanto ela chorava.
- Tommy, eu não
terminei de te contar sobre a Aurora.
- Chore comigo, meu
amor. – Tommy disse aumentando a força no abraço – Estou aqui para você.
Quando Kimberly se acalmou,
Tommy pegou o rosto dela entre suas mãos.
- Tommy, eu nunca
me descontrolei desse jeito.
- Está tudo bem,
Kim. – Tommy beijou as lágrimas que corriam pelas bochechas de Kimberly – Eu
estou aqui, meu amor.
Aos poucos,
Kimberly foi parando de chorar.
- Vou tomar banho e
fazer café para nós. – Kim falou e acariciou os braços de Tommy – Conversamos
mais à noite?
- Quando quiser.
Algum tempo depois,
Tommy e Kimberly tomavam café da manhã juntos.
- Kim, como
planejou seu dia?
- Tenho um paciente
às dez. À tarde, vou à casa de repouso.
- Hoje, não é teu
dia lá. Hoje é quinta-feira.
- Tommy, eu vou
buscar as coisas da sua mãe e a direção me chamou para uma conversa.
- Quer que eu vá
com você?
- Não, Tommy. Você
está de luto e o pouco que te conheço me diz que ainda não é a hora de voltar
lá.
- Eu vou te buscar,
Kim.
- Tommy, não se
preocupe.
- Eu quero te
buscar. Agora cedo, vou ao cartório, resolver umas papeladas. Quer almoçar
fora?
- Eu vou pedir
alguma coisa ou comer na rua. Se vier para almoçar em casa, posso cozinhar.
- Apesar de que não
sei quanto tempo vou levar resolvendo as coisas.
- Tommy, você tem
meu celular. Me liga se vier.
- O jantar é por
minha conta. Vou cozinhar para você.
- Você está se
despedindo, Tommy?
- Mais ou menos.
Pretendo ir embora na segunda, mas volto na quinta.
- Por quê?
- Preciso resolver
as coisas da casa de meus pais. Os inquilinos foram embora e tenho que abrir o
sótão. Sabe que ainda tem coisas de meus pais lá?
- Eu te ajudo,
Tommy.
- Você já tem feito
muito. Vou colocar meu afilhado para ajudar.
- Tá bom. –
Kimberly ficou em pé e começou a organizar a cozinha.
- Kim, hei. – Tommy
abraçou-a – Não fique chateada. Eu sou grato por ter cuidado de mim, segurando
minha mão quando precisei e ser a melhor amiga que eu poderia ter.
- Está tudo bem,
Tommy. – Kimberly falou – Eu estou sensível.
- Essa é a minha
garota! – Tommy olhou-a profundamente.
- Ô, piranha. –
Mike entrou na cozinha.
Continua…
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