Disclaimer: Não são meus e não estou ganhando nada com essa história. Pertencem a Netflix, seus autores, produtores, atores, etc., etc., etc.
Sinopse: TJ Caruso é
ferido em ação, mas esconde o real motivo de ter se ferido daquela forma. Cora
Vasquez é salva pelo parceiro e sente-se culpada pelo que aconteceu. Em meio a
aflição, surge o cuidado com os ferimentos do parceiro e a paixão adormecida
dentro deles.
Classificação etária:
16 anos
Data de início: 09/02/2022
Data de término:
24/02/2022
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2º
Capítulo
Mais
tarde, Tony entrou no quarto do filho novamente.
-
A Cora está lavando e estendendo roupa. E já está anoitecendo. O que fez com
ela?
-
Pai, ela ainda se sente culpada.
-
Você contou a verdade?
-
Sim.
-
Filho, você não tem tato para lidar com ninguém, muito menos com mulheres. –
Tony Sr. sentou na cama – Tampouco sabe lidar com a Cora.
-
Eu a elogiei. Quase falei o que sinto. Ela até deitou um pouco para digerir a
história, mas saiu correndo.
-
TJ, ouça seu velho. Tem que ir com mais calma.
-
Pai, ela está com raiva.
-
Está sim. E se sentindo mais culpada do que antes. Vou ter que consertar essa
tua burrada.
O
Caruso mais velho foi para o lugar onde Cora estava estendendo roupa.
-
Filha, eu já falei que não precisa fazer isso.
-
O TJ está com um braço imobilizado não dará conta.
-
Baby, pare com isso. – Tony segurou o braço da detetive – Presta atenção: meu
filho é uma besta, então, converse comigo.
-
O TJ me contou a façanha idiota dele.
-
Cora, você é uma detetive excelente, uma mulher linda, autossuficiente, forte,
inteligente. Pare de se esconder nos serviços dessa casa e fale comigo.
-
A culpa é minha. – ela falou com lágrimas nos olhos.
-
Não, baby, não é.
-
Eu não preciso ser salva.
-
Não mesmo, Cora. – Tony tirou o cesto de roupa das mãos dela – Você é a melhor
detetive do mundo.
-
Tony…
-
Agora, não fale mais nada. Quero que vá descansar. Se quiser ficar por aqui,
tudo bem. Se quiser ir para casa, tudo bem também. Você está desde ontem
limpando essa caverna de homens.
-
Eu preciso pensar e esfriar a cabeça. Vou para casa.
Tony
abraçou a moça e falou:
-
Venha amanhã. Estarei te esperando.
-
Venho para o café.
No
dia seguinte, Cora chegou cedo à casa dos Caruso.
-
Oi, Cora. – o mais velho abriu a porta – O TJ não está muito bem.
-
O que houve?
-
Está com dor. Deve ter dormido em cima do braço. Não me deixou ver.
-
Vou subir.
-
Cora, eu preciso falar contigo.
-
Eu me sinto responsável. Deixe-me cuidar dele, por favor.
Cora
subiu as escadas e entrou no quarto de TJ.
-
Hei, parceiro. Seu pai falou que está com dor.
-
Cora. – TJ olhou-a – Eu só preciso ficar sozinho.
-
Não. – ela fechou a porta e aproximou-se – Como é a dor?
-
Cora…
-
Eu preciso saber ou quer que eu abra o curativo?
-
Está latejando e sinto quente.
-
OK. Deve ter infeccionado. Vou trocar teu curativo.
-
Você tem aflição.
-
Tem razão e você também tem. Posso chamar teu pai?
-
A Olívia falou que se sentisse isso teria que voltar ao hospital.
-
Olívia?
-
A Dra. Ward. – TJ corrigiu.
-
Ah! – Cora falou e sentou na cama – Eu posso te levar até o hospital. O que
acha? – ela acariciou o rosto do parceiro – Você está com febre. Vou te ajudar
a se arrumar.
-
Cora, eu vou ficar bem.
-
Deixe-me ver uma coisa. – Cora abriu a blusa do pijama de TJ – Está sangrando.
Não vou mexer. Desculpe. Temos de ir para o hospital.
-
Tudo bem. Ajude-me a me vestir, por favor.
XxX
A
Dra. Olívia Ward entrou na sala de exame.
-
Olá, Anthony. A enfermeira Hunt me falou que o local do ferimento infeccionou.
Vamos dar uma olhada?
-
Olívia, meu pai e minha parceira que ficaram preocupados.
-
Você ainda está com febre. – a médica leu a ficha do paciente – Depois de te
examinar, posso te medicar e te liberar.
-
Olívia, será que a minha parceira pode entrar? Ela me ajuda a tirar e colocar a
camisa. – TJ falou.
-
Tudo bem. – a Dra. Ward disse e pediu para a enfermeira entrar.
-
Hei, tenente. – a enfermeira Marcie Hunt entrou na sala, acompanhada por Cora –
A Detetive Vasquez estava ansiosa para entrar.
Enquanto
médica e enfermeira conversavam, Cora posicionou-se ao lado de TJ.
-
Hei. Quer ajuda?
-
Para tirar a camisa, por favor. – TJ pediu.
Cora
tirou a camisa do parceiro com cuidado.
-
Tudo bem eu ficar?
-
Sim, Cora. – TJ falou – A Olívia falou que vai me liberar.
Cora
fez uma careta e arrancou um pelo do peito do parceiro, que estava deitado em
uma maca, com a parte superior elevada.
-
Ai!
-
O que houve? – Cora disse irônica – Diga, Anthony.
A
enfermeira riu e se aproximou do casal.
-
Tenente Caruso, vou tirar o curativo. Detetive, pode acalmar seu parceiro. Ele
tem bastante receio desses cuidados.
Cora
ofereceu a mão e Caruso agarrou com a mão direita.
-
Calma. Está tudo bem. – a Detetive Vasquez falou serena – Eu estou aqui.
-
Eu sei. – TJ encostou a cabeça no ombro de Cora.
-
Hei. – ela acariciou o rosto dele – Vai passar.
-
Dra. Ward, o ferimento está com infecção logo abaixo dos pontos. – a enfermeira
falou – Tenente, as luvas estão frias. Vou ter que tocar no entorno do
ferimento.
TJ
chupou uma respiração.
-
TJ, respira. Assim que a enfermeira verificar, vai ficar tudo bem. – Cora disse
ao ver os olhos do amigo cheios de lágrimas – Ah… Está tudo bem.
A
médica o examinou e perguntou:
-
Detetive, quem faz os curativos no Anthony?
-
O próprio Caruso ou o pai. – Cora respondeu.
-
Não parece ter sido trocado. – a médica falou.
-
Olívia, você pediu para trocar hoje, depois do banho. – Caruso falou levantando
a cabeça – Desde a madrugada, sinto o local latejar, quente e doendo.
-
Anthony, é necessário ajuda com o curativo. Ainda mais, tendo fraturado o
braço. – a médica falou carinhosa – É bom trocar de oito em oito horas. Se
precisar, vou te ver duas ou três vezes ao dia para cuidar desse ferimento.
-
Não precisa se incomodar. A Marcie pode me ensinar. – TJ disse e respirou
fundo.
-
Mas você tem aflição, medo. – a enfermeira falou – A detetive quer aprender?
-
Não sou boa com esse tipo de cuidado, mas posso aprender. – Cora falou.
-
Ah! Tem uma vermelhidão aqui. – Olívia passou o dedo pelo peito de TJ e parou
no local onde Cora tinha arrancado o pelo – O que houve, Anthony?
Antes
que ele respondesse, a enfermeira falou:
-
Parece-me que a namorada do Tenente ficou com ciúmes ou foi o esparadrapo.
-
OK. Vou prescrever uma nova medicação. Assim que tiver tomado a primeira dose,
estará liberado. – a médica tirou as luvas e acariciou o peito de TJ – E vamos
abaixar essa temperatura também.
Cora
fuzilou a médica com os olhos. Logo, a enfermeira começou a recolocar o
curativo e ajeitou o braço fraturado na tipoia. Enquanto fazia isso, explicava
para Cora como fazer.
-
Não esqueça de usar luvas, se possível. Lave sempre as mãos. – Hunt finalizou –
Quer ajuda para se vestir, Tenente?
-
Por favor. – TJ falou envergonhado.
-
Não fique vermelho. Sou enfermeira há mais de 20 anos. Já cuidei de crianças
grandes como você.
-
Marcie, quanto tempo ficarei imobilizado?
-
Mais uns quinze dias. – a enfermeira o ajudou a se vestir e olhou Cora pela
visão lateral – Detetive, pode me ajudar a finalizar?
-
Claro. – Cora falou e assistiu TJ a acertar a tipoia no pescoço.
-
Vou acompanhá-los até a sala de medicação. – Marcie Hunt falou – Dra. Ward, a
prescrição está pronta?
-
Aqui. – a médica entregou a receita para a enfermeira – Qualquer coisa, pode me
ligar, Anthony.
-
Obrigado, doutora.
XxX
Mais
tarde, TJ resolveu descer para beber água. Encontrou o pai na cozinha, assando
pães e biscoitos.
-
Achei que ia virar a Bela Adormecida, Junior.
-
Pai! Estou melhor.
-
Que bom! Quer alguma coisa? Você não deveria estar saracoteando por aí.
-
Estou com sede. Vim beber água.
-
Por causa da febre. – o pai trouxe a cabeça do filho para seu rosto e beijou-lhe a testa – Cedeu a temperatura. Sente-se. Vou te dar água.
Vasquez
adentrou a cozinha.
-
Tony, só não passei as camisas do TJ… Hei, Caruso. – ela falou.
-
Hei, Cora. Vim tomar água. – TJ explicou e mostrou o copo que o pai pôs na sua
frente.
-
Eu só vou guardar a roupa. – Cora levou o cesto para o andar de cima.
-
Ela ainda se sente culpada, TJ.
-
E com ciúmes, pai. A Cora arrancou um pelo do meu peito por ciúmes da Olívia.
-
E a Olívia deve ter te cantado de novo, né?
-
Mais ou menos.
-
Ah, TJ. – o pai sentou ao lado do filho – A Cora é muita areia para você, mas
ela te adora.
-
Eu sinto isso, mas não quero pôr tudo a perder.
-
TJ, vocês não vão destruir a amizade de vocês. – o pai riu – Hoje, ela não está
furiosa, mas está elétrica. Mas já entendi que é ciúmes.
-
A roupa já está guardada. – Cora entrou na cozinha – Agora, vou filar os pães
gostosos.
-
Cora, o tempo está fechando. Por que não toma um banho, coloca uma roupa
confortável e fica por aqui? – Tony perguntou.
-
Tudo bem. Estou cansada mesmo. – Cora suspirou.
-
Toma banho no meu banheiro. Está um luxo depois da faxina que fez. Sua mochila
está no armário.
-
Tá bom. – Cora sorriu e saiu.
-
Pai, vou subir. – TJ terminou de beber água.
-
Não vai. Deixe a Cora ficar à vontade. Não dá para atacá-la depois do tiro e do
braço quebrado.
-
Tudo bem. – TJ suspirou – Eu preciso falar para…
-
Você contou a verdade, mas não revelou o que sente por ela?
-
Pois é, pai.
-
Você é bobo, covarde ou o quê? TJ, de verdade, aproveite esses dias para sentir
o terreno. A Cora é uma mulher decidida, autossuficiente, forte…
-
E linda! – TJ completou – Vou querer o pão que está mais queimadinho, pai.
-
Ai! – o pai foi verificar se os pães estavam queimando.
Continua…
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