Sinopse: Kimberly
será voluntária em uma casa de repouso que acolhe idosos. Uma residente é
alguém de seu passado e ela pode reuni-la com seu ex-namorado, Tommy. Mas a
vida de Kimberly também está de pernas para o ar: seu ex-marido sequestro a
filha que tiveram. O que será da nossa heroína? Kimberly enfrentou tantos
monstros no seu tempo de Power Ranger, mas não é fácil enfrentar o que se
tornou a sua vida. Tommy está separado e afastado de sua família. Será que
nosso casal preferido irá reencontrar seu caminho? Juntos ou separados? Jason e
sua família estão ao lado deles nessa jornada de reencontro.
Disclaimer: Não são
meus e não estou ganhando nada com essa estória. Pertencem a Disney, Saban e
companhia limitada e a seus respectivos atores.
Classificação: 18
anos
Data de início: 11/08/2020
Data de término: 21/01/2021
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
6º Capítulo
Desligando o
telefone, Kimberly se arrumou, chamou um carro por aplicativo e foi para a casa
de repouso. Quando lá chegou, foi logo se encaminhando para o quarto da Sra.
Oliver. A enfermeira Anna a encontrou e a olhou com pesar.
- Kimberly, eu
sinto muito. – a enfermeira falou e a abraçou.
- Kimberly, vamos
para minha sala. – a Dra. Hanna pegou-a pelo braço.
- Doutora?
A médica colocou
Kimberly sentada em um banco do corredor.
- Nós perdemos a
Sra. Oliver. Eu sinto muito.
- Ontem, ela estava
bem. – Kimberly respirou fundo – Só não me reconheceu.
- Depois que o
filho a deixou, ela resolveu se arrumar e se deitou. Como ela não quis jantar,
chamei a Anna.
- Ela sempre salva
o dia.
- Sim. A Sra.
Oliver se despediu da Anna e se deitou novamente. Ela parou há pouco. Sinto
muito. – a médica falou sensibilizada.
Kimberly começou a
chorar silenciosamente.
- Eu posso vê-la? –
Kim falou entre lágrimas.
- Quando o Dr.
Adams liberar. Estamos tentando localizar o filho dela.
- Ele está na
cidade. Posso te dar o telefone de onde ele está hospedado.
TKTKTK
Uma hora depois,
Tommy entrava na sala da direção da casa de repouso. Kimberly o olhou e viu que
ele veio direto em sua direção.
- Ah, Tommy. – ela
abriu os braços e o recebeu em um abraço apertado – Eu sinto muito.
Tommy envolveu o
corpo de Kimberly com seus braços e colocou a testa no ombro dela. Chorou
sentido e sentiu-se acolhido nos braços daquela mulher.
Quando se acalmou,
recebeu um beijinho em sua bochecha molhada.
- Kim?
- Eu te explico
depois. Agora, precisamos de umas decisões suas.
- Você fica comigo?
- Sim. – Kimberly
viu Jason na porta da sala – Oi, Jase.
- Hei, Kim. – Jason
se aproximou e abraçou a amiga – Eu tive que contar para ele.
- Eu sei. – Kim
beijou o rosto do amigo – Pode ficar com ele?
- Eu vou começar a
ver a papelada com o médico. E o Tommy quer você ao lado dele. – Jason falou
apontando com a cabeça Tommy sentado na cadeira em frente à mesa da Dra. Hanna
– e dirigindo-se ao amigo, falou – Tommy, da parte da papelada, eu cuido.
- Obrigado. – Tommy
falou – Kimberly, eu não quero ficar sozinho. Fica comigo?
- Claro. – Kim se
sentou ao lado dele – Dra. Hanna, o que precisa do Tommy?
- Eu sinto muito,
Sr. Oliver. – a médica falou colocando a mão no ombro dele – Sua mãe era nosso
xodó. Como com todos os residentes, era parte de nossa família. Nesse momento,
queremos te oferecer tudo o que for necessário. Não é apenas parte do serviço
contratado, é nossa obrigação como família.
- Obrigado. Eu
quero vê-la.
- O Dr. Adams vai
acompanhá-lo. Kimberly, quer ir junto?
- Sim, doutora.
Tommy e Kimberly
foram ao quarto da Sra. Oliver, mas Tommy não conseguiu entrar.
- Está tudo bem. –
Kimberly falou e o abraçou – Tudo bem.
O Dr. Adams acolheu
Tommy e informou:
- Nós vamos
arrumá-la e vamos fazer o velório aqui mesmo.
- Doutor, ela será
enterrada no Cemitério de Alameda dos Anjos, ao lado do meu pai. – Tommy se
apoiou na parede – Quanto aos custos…
- Não se preocupe.
A Sra. Oliver é família. O velório e o sepultamento já estão cobertos. A
documentação será cuidada pelo Sr. Scott. – o médico explicou – Pensamos em
realizar o velório amanhã e o enterro também. Se o senhor permitir, tomaremos
as providências necessárias.
- Obrigado. Eu
tenho que esvaziar o quarto dela no prazo.
- Eu faço isso. – a
enfermeira Anna falou – Não se preocupe.
- Obrigado. Kim,
você volta para a casa do Jason comigo?
- Sim. – Kimberly
assentiu e viu Tommy esticar a mão – Eu te levo para lá. – ela segurou a mãe
dele com força.
- Obrigado, Dr.
Adams. – Tommy falou.
Kimberly levou Tommy
pela mão para fora da clínica e chamou um táxi. No trajeto, nada falou. Só
ficou de mãos dadas com Tommy.
Victoria já
aguardava Tommy na porta.
- Sinto muito. –
ela ofereceu.
- Obrigado, Vic.
- Vá descansar. –
Kimberly soltou a mão dele.
- Estará em casa,
Kimberly? – Victoria quis saber.
- Sim.
- Pode ficar com a
Rebecca?
- Claro.
- Hoje, os meus
dois mais velhos e o da barriga estão me dando trabalho – Victoria falou – Eu a
levo em dez minutos.
- OK. – Kimberly
falou – Eu sou vizinha do Jason. Se precisar de mim, Tommy, é só chamar.
- Kim, eu preciso
conversar. – Tommy falou.
- Tome um chá e
descanse. Se precisar, pode me chamar. – Kim foi para casa.
TKTKTK
Algum tempo depois,
Kimberly estava lendo para Rebecca na sala.
- Tia Kim, eu goto
da buxa.
- Mas, e a
princesa?
- É você.
- Ah, docinho.
- Eu goto de você.
- Eu também gosto
de você, Rebecca.
- Kim? – Tommy
chamou.
- Tommy? – ela
levantou do sofá – Rebecca, não saia do sofá.
- Tá.
Kimberly foi até a
porta da cozinha e viu Tommy na escada.
- Hei, Tommy.
Entra.
- A Vic falou que
eu podia entrar, mas… Eu estou com uma dor de cabeça tremenda. O Junior está
impossível.
- Venha. – Kimberly
abriu a porta de tela – Eu vou preparar o quarto de hóspedes. A Rebecca não faz
barulho.
- Com você, né?
Kimberly sorriu e
levou Tommy para a sala.
- Oi! – Rebecca
sorriu – Eu sou a buxa.
- E a Kimberly é a
princesa. – Tommy sorriu – Eu sou o príncipe.
- Não. Você é o
dragão.
- É? – Tommy tentou
sorrir.
- Vem comigo,
Tommy. – Kimberly falou suave.
- Posso ficar aqui
com vocês? – Tommy falou – Não quero ficar sozinho.
- Tudo bem. –
Kimberly abriu o armário da sala e pegou dois travesseiros e um colchonete –
Rebecca, vamos brincar no chão.
- Tá. – a menina
foi colocada no colchonete por Kimberly e sorriu. A menina emendou – Fica
quietinha.
- Isso, Rebecca. – Kim falou e ajeitou os travesseiros no sofá pegou
um lençol e esticou – Deite, Tommy.
- Kim…
- Deite-se.
Descanse. Eu só vou ocupar a menina e já fico com você.
Tommy deitou-se e
Kimberly tirou os sapatos dele. Enquanto Kimberly ajudava Tommy a se ajeitar no
sofá, Rebecca foi acariciar o rosto de Tommy.
- Ah, querida. –
ele falou segurando as lágrimas.
- O Tommy está
triste, Rebecca. Mamãe e eu já te explicamos.
- Eu pode dá
beijinho para o dodói do colação. – Rebecca beijou o rosto de Tommy – Dorme, tio
Tommy.
- Tá vendo, Tommy?
– Kim sentou no sofá e colocou as pernas dele no seu colo.
- Eu tenho duas
mulheres cuidando de mim. – Tommy sorriu.
- Duas mulheres
mandando em você. – Kimberly falou e a acariciou as pernas dele, enquanto
Rebecca fazia carinho no rosto de Tommy.
Assim, ele
adormeceu. Acordou mais tarde viu Kimberly conversando baixinho com Jason, no
sofá ao lado.
- Hei.
- Hei, bro. Vim
buscar minha filha, mas ela ama ficar aqui. – Jason apontou para a menina
sentada no chão em meio a muitos brinquedos.
- Eu também vou
ficar por aqui. – Tommy falou – Se estiver tudo bem, Kim.
- Claro. – Kimberly
sorriu – Você já organizou o funeral de minha mãe?
- Está tudo certo.
Amanhã, eu te levo às oito horas.
- Tá. O enterro
será ao meio dia?
- Sim, Tommy. –
Jason ficou em pé e foi até o amigo – Sinto muito. Se precisar de mim, não
hesita em chamar.
- Obrigado, bro.
- Becca, dá tchau
para a Tia Kim e pro Tio Tommy. – Jason falou para a menina.
- Já, papai? –
Rebecca abraçou uma bonequinha.
- Sim, Becca. Vou
te dar banho e…
- Mamãe!
- O papai vai dar
banho em você, porque a mamãe está descansando.
- Não! – a menina
falou resoluta.
- Jason, eu dou
banho nela. – Kimberly falou – É assim que ela se sente confortável.
- Coisas de
Victoria. – Jason suspirou.
- Traga as
coisinhas dela, Jase. – Kimberly falou.
- Bigada, tia Kim.
– a menina falou assim que viu o pai sair.
- Rebecca, eu
também ensinei essas coisas para minha filha. Eu entendo você. Agora, junte os
brinquedos e guarde como eu te ensinei, está bem?
- Sim.
- Kim? – Tommy
falou com os olhos cheios de água.
- Ah, Tommy. – ela
voou par ao lado dele e o abraçou.
- Eu fui um péssimo
filho… – Tommy começou a chorar.
- Ah, Tommy. –
Kimberly respirou fundo – Eu estou aqui. É muito triste perder a sua mãe.
- E a Caroline?
Mamãe falou nela algumas vezes. Algumas no passado.
- Ela morreu há
oito anos.
- Ah, Kim. Sinto
muito.
- O câncer a
consumiu. Não é hora de falarmos sobre isso. É hora de sentirmos a perda da sua
mãe e fazermos memória dela.
- Kim?
- Sim.
- Obrigado por
cuidar de mim.
- É o que tenho
feito da minha vida desde que me formei na universidade.
Tommy chorava
copiosamente nos braços de Kimberly. Sentiu duas mãozinhas em sua perna. Rebecca,
compadecida, foi ajudar a consolar Tommy.
Assim que Tommy se
acalmou, Kimberly beijou os cabelos dele.
- Quando estou
assim, eu me acalmo entrando no chuveiro e chorando sozinha. – Kim confessou.
- Posso tentar?
- Claro. Vou dar
banho na Rebecca enquanto você tom o seu. Vai subindo que vou ver o motivo do
Jason não ter voltado ainda. Meu quarto é o primeiro, em frente à escada. O do
lado é um depósito. Na terceira porta, é o quarto de hóspedes. Você pode ficar
lá. O banheiro fica em frente. Vou dar banho na Aurora no meu quarto.
- Becca, tia Kim.
Bequinha. – a menina a corrigiu carinhosa.
- Trocando o nome
da minha filha, Kimberly? – Jason entrou.
- Perdão, querida.
Eu me confundi. – Kimberly disse desvencilhando-se de Tommy e ficando em pé –
Foi um ato falho, Jason.
- Você está mais
maluca que eu pensei. – Jason riu – Aqui está a roupa da Rebecca – ele frisou –
e trouxe umas coisas do Tommy.
- Obrigado, Jase. –
Tommy agradeceu.
- Vamos tomar banho,
Rebecca? – Kimberly chamou e a menina foi até ela sorrindo.
Assim que Kimberly
subiu com a criança, Jason sentou ao lado de Tommy.
- Eu sei que está
doendo, mas precisamos resolver as questões burocráticas.
- Pode ser depois
de amanhã?
- Claro. Eu vou te
levar. A Kimberly não dirige mais.
- Aconteceu alguma
coisa?
- Muitas. Ela não
te contou?
- Não deu tempo. Só
me contou que a Caroline morreu. Que a menina dela desapareceu, eu sei.
- Só deu merda na
vida dela. Eu a acolhi, mas… Bom, eu tive um caso com ela e a Vic não gosta
dela.
- Hã?
- Um pouco antes de
conhecer a Vic, eu achei que estava apaixonado pela Kim. Saímos algumas vezes,
mas não transamos. Eu a beijava, mas ela ficava incomodada.
- Você…
- É, nunca te
contei, mas… não foi nada. Então, conheci a Vic e você sabe do resto.
- Tudo bem. Agora,
não tenho cabeça para isso.
- Saiba que estou
aqui para você.
- Eu sei, bro, mas
vou ficar com a Kim hoje.
- Como você
preferir.
- O Junior fala da
Kim daquela forma…
- Por causa da
Victoria. Desde pequeno, ele ouve a mãe dando nomes para a Kim. Isso parou
recentemente, quando a Kim socorreu a Vic.
- Mas o Junior não
parou.
- Não. Nem o Mike.
- A Rebecca ama a
Kim.
- Não sei. A Kim
personifica a filha na minha menina.
- Jase, você é o
único que sobrou na vida dela.
- Para já com isso.
A Kimberly é uma mulher independente.
- Que sublima tudo.
– Ela não chorou comigo nenhuma vez.
- Isso é verdade.
Ela tem uma tática para chorar sozinha.
- Ela me contou e
sugeriu que eu fizesse o mesmo. Sabe que minha mãe me preparou para encontrar a
Kim?
- Tommy, ela cuidou
da sua mãe por coincidência e por culpa.
- Pronto, Jason! A
Rebecca está de banho tomado. – Kimberly desceu com a menina no colo.
- Princesinha do
papai está tão cheirosa. Obrigado, Kim. – Jason pegou a filha e a malinha das
mãos de Kimberly, que o acompanhou até a porta da cozinha. Quando Jason ia
saindo, ele falou – Se quiser, pode ir jantar em casa com o Tommy.
- Obrigada. Falando
nisso, a Rebecca almoçou bem, mas o Tommy não quer nem água. Vou ver o que ele
quer fazer.
- Tá bom.
Jason foi embora.
Kimberly fechou a
porta da cozinha e voltou para a sala.
- Hei, Tommy. O
Jason te convidou para jantar. Mas quero saber o que você quer fazer.
- Kim, eu não quero
ir para lá.
- Tudo bem. Eu só
vou me trocar.
- Quero tomar um
banho e dormir, Kim.
- Eu estou morrendo
de fome, mas não desce nada. Acho que vou tomar um chá.
-Acho que um chá eu
encaro.
- Tá bom.
- Kim, vem comigo?
- Tommy… – Kimberly
falou em tom de advertência.
- Por favor.
Kimberly
ofereceu-lhe a mão. Subiram a escada de mãos dadas e em silêncio.
Enquanto Tommy
tomava banho, Kimberly arrumava a cama para ele. Ouviu-o chorando e deixou as
lágrimas correrem pelo seu rosto. Quando terminou de arrumar a cama, arrumou a
roupa de Tommy na cama e respirou fundo. Bateu na porta do banheiro e
perguntou:
- Tommy, você está
bem?
- Não.
Kimberly encostou-se
na porta do banheiro e suspirou.
- Nem sempre a
minha tática dá certo. Eu te entendo.
- Kim, eu chorei
muito alto e meu peito ainda dói.
- Tommy, está tudo
bem. Eu já arrumo o quarto.
- Kim?
- Sim.
- Eu preciso de
colo.
- Você está enrolado
na toalha?
- Sim.
- Vem. – Kim
desencostou da porta e viu Tommy abrir a porta. Abraçou-o carinhosa – Eu estou
aqui.
- Obrigado, Kim.
TKTKTK
Algum tempo depois,
Tommy e Kimberly tomavam chá na cozinha.
- Kim, eu tenho
tanto para te contar e perguntar.
- Tommy, ou eu
estou com fome ou meu ovo mexido com queijo e torradas está uma delícia.
- Não foge, Kim,
mas o cheiro está bom mesmo. Está descendo?
- Sim. Comendo
devagar. Quer um pouco?
- Sim. – Tommy
falou.
Kimberly preparou
um prato e colocou na mesa.
- Quer que eu te
ajude a comer?
- Kim, eu nunca me
senti tão frágil assim.
- Tommy, você
sempre foi sensível e tímido, ao mesmo tempo em que era um líder destemido. –
ela acariciou o rosto dele – Come um pouquinho.
- Vou comer. –
Tommy encostou a cabeça no ombro dela – Não me deixa.
- Nunca, Tommy.
TKTKTK
Depois de comerem,
os amigos ficaram sentados na sala.
- Quer chorar um
pouco? – Kimberly perguntou – Sua respiração me mostra isso. Você está tenso.
Eu estou aqui. Não precisa esconder de mim.
- Você chora
comigo?
- Não. Eu te dou
colo.
Tommy ajeitou-se no
colo de Kimberly e chorou. Chorou pela perda de sua mãe, pela distância de seu
filho, de saudades de seu pai e de seu irmão.
Kimberly apertou
Tommy contra seu peito. Buscava confortá-lo e protegê-lo. Deixou que ele
chorasse até que silenciou. Com carinho, olhou para o amigo.
- Kim, eu nem sei o
que dizer…
- Não diga nada. Vá
deitar e dormir um pouco. Amanhã, eu te chamo.
- Vou dormir de
cansaço.
- Sim. É assim
mesmo. Qualquer coisa, estou por perto.
- Kim…
- Hã?
- Sobe comigo.
- Eu vou arrumar
tudo e já vou.
Tommy foi para o
quarto, preparou-se para dormir e dormiu logo.
Kimberly entrou no
quarto de hóspedes e viu o ex-namorado dormindo. Ajeitou as cobertas em torno
dele e, saindo do quarto, deixou a porta entreaberta.
TKTKTK
Tommy acordou e não
reconheceu onde estava. Logo, lembrou-se de que não era um sonho.
- Tommy? Você está
bem? – Kimberly entrou no quarto.
- Hei, Kim. Eu
achei que fosse tudo um pesadelo.
- Eu queria que
fosse. – Kim sentou-se na cama ao lado dele – Eu estava ajeitando a casa,
quando te ouvi gemer. Você está bem?
- Kim…
- Tommy, eu sei que
o que está sentindo não dá para explicar.
- Fica comigo?
- Claro. – Kimberly
pegou a mão de Tommy e ficou em silêncio.
- Kim, deita um
pouco comigo?
Kimberly pesou as
consequências, mas empurrou Tommy um pouco e deitou-se.
- Só um pouquinho.
– Kim falou e beijou a testa dele – Precisamos estar prontos umas sete e meia.
O Jason quer sair às oito.
- Está bem. – Tommy
falou – Não acredito que vou enterrá-la.
- Nem eu.
- Kim, você fica
comigo? Não vai sair do meu lado.
- Não sairei do teu
lado, Tommy. Está tudo bem.
- Kimberly, eu…
Tenho que contar…
- Nada agora. Sua
mãe me contou algumas coisas e ela te contou coisas sobre mim.
- Ela me preparou
para te encontrar.
- Sim. Ela me
preparou também. Parece que ela sabia… Ela me falava de você sempre. Pedia para
eu te esperar. E eu me escondendo de você. E não nos encontramos. – Kim beijou
a bochecha de Tommy – Respira fundo. Eu vou te ajudar a relaxar.
- Não, Kim. Eu já
não quero mais dormir. Vou levantar e me arrumar.
- Tommy, eu vou
ficar a seu lado. O Jason também. – Kimberly falou sentando-se na cama – Eu vou
me arrumar e fazer café.
- Kim, você está
bem? – ele acariciou a perna dela.
- Sim. – ela
respondeu e levantou-se.
Continua…
Nenhum comentário:
Postar um comentário