Sinopse: Kimberly será voluntária em uma casa de repouso que acolhe idosos. Uma residente é alguém de seu passado e ela pode reuni-la com seu ex-namorado, Tommy. Mas a vida de Kimberly também está de pernas para o ar: seu ex-marido sequestro a filha que tiveram. O que será da nossa heroína? Kimberly enfrentou tantos monstros no seu tempo de Power Ranger, mas não é fácil enfrentar o que se tornou a sua vida. Tommy está separado e afastado de sua família. Será que nosso casal preferido irá reencontrar seu caminho? Juntos ou separados? Jason e sua família estão ao lado deles nessa jornada de reencontro.
Disclaimer: Não são
meus e não estou ganhando nada com essa estória. Pertencem a Disney, Saban e
companhia limitada e a seus respectivos atores.
Classificação: 18
anos
Data de início: 11/08/2020
Data de término: 21/01/2021
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8º Capítulo
Jason e Victoria
entraram na casa de Kimberly pela porta da cozinha. Encontraram Tommy e
Kimberly dormindo, sentados no sofá da sala e abraçados.
- Baby, vamos
deixá-los descansar. – Victoria falou baixinho.
- A Kimberly está
praticamente no colo do Tommy. – Jason comentou.
- Jason, você tem
que falar baixo. – Tommy falou de olhos fechados – A Kim demorou a dormir.
- Tommy, achei que
você estava dormindo – Victoria falou carinhosa – Trouxemos sopa e torradinhas
para o jantar. Como você está se sentindo?
- Estranho ainda,
Vic. E você?
- Estou bem. – Vic
acariciou o rosto dele – Quando a Kimberly acordar, diga que estivemos aqui.
- Tommy, se quiser,
seu quarto está intacto. – Jason falou.
- Vou pegar minhas
coisas. Não é desfeita, mas vou ficar aqui com a Kim. Estamos frágeis e podemos
nos apoiar. – Tommy falou – Vou com vocês. Só vou ajeitar a Kim aqui no sofá.
Ao se desvencilhar
de Kimberly, Tommy acabou acordando-a.
- Hei, Tommy.
- Kim, vou até a
casa do Jason e da Vic pegar minhas coisas.
- Kim, invadimos
sua casa. – Victoria falou suave.
- Ah… Oi, Victoria.
– Kimberly ficou sentada – Oi, Jason.
- Kimberly, uma
palavrinha. – Jason falou e foi até a cozinha.
- Tommy, fique aqui
com a Victoria. Eu já volto. – Kim se levantou – Victoria, sente-se. Não fique
em pé.
Kimberly foi até a cozinha
e viu a panela de sopa no fogão.
- Jase, obrigada
por trazer sopa. Está com um cheiro maravilhoso.
- Kimberly Ann
Hart, o que você está pensando?
- Jason, não
aconteceu nada.
- Você estava
praticamente no colo dele. – Jason esbravejou.
- Essa sua atitude
só serve para comprovar o que sua esposa pensa de mim. – Kimberly respondeu
serena – O Tommy queria ficar no sofá e eu também. Ele precisa de companhia e
queria ficar abraçado. Eu cedi.
- Kimberly, eu não
vou chamar mais a atenção de meus filhos nem da minha esposa. – Jason falou.
- Hei, Jason. –
Victoria entrou na cozinha – Pare com isso. Eu já entendi sua relação com a
Kimberly.
Tommy entrou atrás
de Victoria e ficou sem entender o que acontecia.
- Victoria, Jason,
eu agradeço por terem trazido o jantar. Amanhã, com calma, e, se a Victoria
estiver disposta, podemos conversar. – Kimberly falou calma – Por hoje, chega e
vou fechar a casa.
- Kim, eu… falei
bobagem. – Jason se arrependeu.
- Tudo bem. –
Kimberly falou – Se a Victoria ou a Rebecca precisarem de mim, pode me chamar.
- Obrigada,
Kimberly. – Victoria puxou o marido pelo braço.
- Obrigada por
terem vindo. – Kim fechou a porta.
- Kimberly Ann,
posso saber o que foi isso? – Tommy perguntou.
- Sente-se. – Kim
suspirou – Estou com fome e essa sopa está quente. Vou tomar umas duas tigelas.
Quer um pouco?
- Sim. – Tommy
sentou-se pesadamente na cadeira.
Kimberly serviu
duas tigelas de sopa e colocou as torradas na mesa. Sentou-se em frente à Tommy
e falou:
- Eu não queria te
contar essa história logo de cara. Mas, eu vou.
- Kim, qual é? Eu
sei que fez o que era certo para você. Mas esse ódio que meu afilhado, o Mike e
a Vic têm de você é absurdo.
- Tigre, eu…
Desculpe.
- Kim, no seu
tempo. E não tenho problema com você me chamando por meus apelidos carinhosos.
- Tommy, eu estava
sozinha. Isso foi antes de eu casar. Eu tinha me separado e estava sozinha. O
Jason também. Nós resolvemos ficar. Saímos algumas vezes, trocamos uns beijos e
tentamos transar. Fomos para o motel, mas não rolou nada. Meses depois, ele
conheceu a Victoria e eu voltei com meu ex.
- Kim, não entendo.
- Eu não terminei.
- Desculpe, Kim.
- Como você sabe, o
Jason e a Victoria se casaram logo. Um mês depois, ela já estava grávida do
Junior.
- Kim, quero que
saiba que faz muito tempo e…
- Você me perdoou
pelo que fiz há mais de vinte anos. Mas a Victoria, não. Eu a conheci aqui,
nessa casa. Eu vim para resolver algumas coisas e já estava noiva. A Victoria
estava grávida e muito enjoada. O Jason me avisou que, naquele dia, ela estava
melhor. Contou também que ele tinha falado sobre nosso caso.
- Ah…
- Pois é! Quando a
Victoria me viu, saiu correndo para vomitar. Quando retornou, aos berros, ela
falou que eu tinha voltado para roubar o Jason dela.
- Então, era você.
Eu sei dessa história.
- Mas é isso. Ela
sempre falou mal de mim para as crianças. Por isso, o Junior e o Mike me odeiam
também.
- Kim, sinto muito.
– Tommy pegou na mão dela.
- Tudo bem.
- Para me distrair,
conte-me sobre seu casamento.
- Não, Tommy.
- Kim. Somos
amigos, não somos?
- Sim, mas eu
gostaria de te contar outras coisas.
- Acabamos de
enterrar minha mãe. Não quero falar sobre isso. Agora.
- Tudo bem. Quer
falar sobre mim, como se isso não fosse te machucar ou me machucar.
- Kim, me perdoe.
Podemos falar do que quiser. Eu só quero me distrair.
- Essa casa em que
moro é do Jason. Ele morava aqui…
- Eu sei.
- Há oito meses, eu
moro aqui. Quando resolvi sair da Flórida e voltar para cá, eu perguntei se
havia alguma casa disponível na rua do Jason.
- Por causa dos
Rangers vizinhos?
- Não. Por causa do
Jason vizinho. Ele me ofereceu essa casa pelo preço da minha casa na Flórida.
- Kim, eu também
não tive uma história muito feliz quanto a relacionamentos. Com a Kat, fui
feliz por um tempo, mas depois…
- Tommy, eu não te
trai. Eu conheci meu ex enquanto treinava para o Pan Global Games. Super
divertido, logo, virou meu melhor amigo. Eu me apaixonei e te escrevi aquela
carta. Ficamos, namoramos, separamos. Fiquei com o Jason, reaparecemos na
Alameda dos Anjos, eu te vi com a Kat. Depois, eu e o Jason ficamos de novo.
Aí, ele conheceu e casou com a Victoria. Eu voltei e casei com meu ex. Ele não
queria filhos, mas, como ele era muito ligado em marketing, foi convencido eu
ter um filho era interessante.
- Você sempre quis
seis filhos.
- Sim! Então, eu
engravidei. Tive minha Aurora por sete anos. Eu e o ex nos separamos quando ela
tinha três para quatro anos.
- A última vez que
eu te vi foi na televisão.
- Ah… – Kimberly
olhou para o chão, tentando controlar as lágrimas – Sua mãe me falou.
- Hei, Olhe para
mim. – Tommy pediu com carinho – Eu sei. Foi a última vez que te vi e…
- Você tinha
acabado de se separar da Kat.
- Minha mãe nos
preparou para o reencontro.
- Mesmo no quadro
dela, algumas coisas fazem muito sentido.
- Kim, como foi
parar lá na casa de repouso?
- Eu resolvi voltar
para cá. Bom, antes tenho que contextualizar. Eu virei técnica de ginástica
artística depois que parei de competir. Mas faltava conhecimento. Só que, em
vez de cursar Educação Física, eu quis aprender a cuidar das pessoas. Eu sou
fisioterapeuta e terapeuta ocupacional.
- Eu sou PhD em
Paleontologia. Tenho formação em Ciências.
- Que legal!
- Continue, Kim. –
Tommy tomou mais um pouco de sopa.
- Depois que me
formei, eu atuei na academia do meu ex, tratando os atletas, mas eu não
gostava. Sempre gostei das crianças e dos idosos.
- Não gostava?
- Era o que dava
dinheiro, mas eu me cansei de atender atletas sarados e chatos. – Kim riu – No
começo, eu até gostava, mas desencantei. Depois que eu engravidei e tive minha
filha, eu comecei a atender em uma sala dentro de casa. Até que perdeu a graça.
Quando a Aurora cresceu eu me separei, passei a atender nas academias e em uma
casa de repouso.
- Há três anos, eu
parei com tudo. Quando resolvi voltar para Alameda dos Anjos, eu vim para
trabalhar em duas academias, mas não deu certo. Eu atendo nas casas dos atletas
mesmo, junto com o Rocky, que é personal trainer, além de dono do melhor
restaurante que eu conheço.
- Você levou minha
mãe lá.
- Sim. Então,
procurei um trabalho voluntário. Falei com alguns conhecidos e uma paciente me
recomendou muito para o Dr. Adams.
- Você é o coração
do grupo.
- Era, Tommy. Não
sou mais.
- Uma vez Ranger,
sempre Ranger, Kimberly.
- Bom, eu fui
conhecer a clínica, a casa de repouso. Eu já organizei o trabalho voluntário para
somar ao trabalho que já era realizado. Como eu já sabia, lá todos são uma só
família. Então, pedi para andar pelo jardim e conhecer os pacientes.
- Então, foi assim
que viu minha mãe?
- Não. Ela que me
reconheceu, tigre. – Kim sorriu saudosa.
- Sério? – Tommy
sorriu surpreso.
- Sim.
- Eu comecei a ir
vê-la com mais frequência. Aos domingos, eu ia visitá-la.
- Nós nunca nos
encontramos, mas minha mãe falava de você, para te esperar.
- Para mim também.
- Eu fugia de você.
- Ah, princesa. –
Tommy acariciou o rosto de Kimberly – Se tivéssemos nos encontrado, talvez já
tivéssemos voltado a ser amigos.
- Talvez você fosse
brigar comigo por ter pedido para te avisar que estava cuidando de sua mãe. Não
podemos pensar no “e se”.
- Kim, obrigado por
tudo o que fez por minha mãe.
- Ela é minha
segunda mãe.
- Era.
- Sempre será.
Minha mãe morreu há oito anos. Já te falei. Meu pai, eu não sei onde está. Meu
irmão morreu no Afeganistão. Nunca recebemos seu corpo de volta.
- Sinto muito,
princesa. – Tommy aproximou-se dela – Você não está sozinha. Eu estou aqui.
- Obrigada. O Jason
é meu irmaozão, mas eu me sentia sozinha. Até encontrar sua mãe.
- E eu?
- Você chegou
agora. Precisamos nos reconectar.
- Kim, eu tenho
muito carinho por você.
- Você sempre foi
meu amigo. Até nos meus sonhos. – Kim encheu a tigela novamente – Eu sonhei com
você várias vezes.
- Kim, eu nunca te
esqueci. Eu casei com a Katherine quando descobri que tínhamos um filho.
- Você não sabia?
- Eu estava meio
que morando com ela, quando ela engravidou, mas era um relacionamento aberto.
Levou quase sete anos para confirmar que era meu filho. Uma história maluca,
Kim, que me machuca um pouco ainda.
- Vocês se
separaram há três anos?
- Sim. Tivemos uma
briga, porque a Katherine queria ir para a Austrália, ficar com os pais dela,
já bem idosos, levar nosso filho e eu era obrigado a ir junto. Eu me recusei,
argumentei, ameacei e ela pediu o divórcio. Uma noite, ela saiu com meu filho e
embarcaram para a Austrália.
- A Kat tinha
restrição…
- Com mamãe, foi
estranho. A Kat me acompanhou no velório e enterro do meu pai. Nosso filho
junto. Quando levamos minha mãe para casa, a Kat surtou. Falou barbaridades,
ofendeu minha mãe e disse que o melhor era colocá-la o asilo.
- Como cedeu?
- A Katherine
queria colocar minha mãe em uma clínica em outro estado. Já tinha acertado e
tudo. Eu procurei uma aqui em Alameda dos Anjos, porque era a casa da mamãe. Eu
obedeci a Katherine. – Tommy começou a chorar.
- Ah, Tommy. –
Kimberly ficou em pé e o abraçou – Desculpe ter tocado no assunto.
- Fui um péssimo
filho. Eu não a visitava muito. Passei mais de ano sem visitá-la.
- Tommy, passou.
Não dá para voltarmos atrás.
- Kim… – Tommy chorou
mais ainda.
- Hei. Está tudo
bem. – Kimberly beijou os cabelos de Tommy.
- Se…
- Não faça isso. Eu
estou aqui para você. Desculpe, Tommy. Eu fui longe demais.
- Kim, eu me
arrependi.
- Está tudo bem.
Quer terminar a sopa e ir descansar?
- Não. Eu sou me
deitar.
Kimberly beijou a
testa de Tommy e o viu sair da cozinha.
Continua…
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