Título:
Libertação Total
Autora:
Rosa Maria Lancellotti
Disclaimer:
Não são meus e não estou ganhando nada com essa estória. Pertencem a 20 th
Century Fox, a Chris Carter, a 1013.
Sinopse: Pós Sein und Zeit e Closure. Nesta fic, Mulder e Scully já estão envolvidos há muito tempo.
Data:
Não foi datada, mas garanto que tem quase dez anos.
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2°
Capítulo
- Dana.
– a Senhora Scully abriu a porta para a filha.
- Mamãe?
O que faz aqui? – Dana disse entrando e fechando a porta.
- Achei
que precisasse de mim, querida.
- E
preciso, mãe.
- Eu vim
para passar a noite com você. – disse Margareth enquanto Dana jogava-se no
sofá.
- Estou
exausta, mamãe.
Maggie
aproximou-se da filha, sentou-se na poltrona e disse:
- Estou
aqui, meu amor.
- Mãe,
eu não quero conversar agora. Desculpe.
- Está
tudo bem. Você jantou?
- Sim.
Fiz sopa para o Mulder. Jantamos juntos.
- Vou
montar aquela caminha dobrável ao lado da sua cama.
- Não,
mamãe. Durma na minha cama, junto comigo. Como nos velhos tempos. Estou
carente.
- Está
bem, minha menininha.
- Já
jantou, mamãe?
- Já.
Com seu irmão.
- Mamãe,
vou tomar um banho e, depois, vou deitar. A senhora sabe que costumo demorar no
banho, por isso, pode ir dormir.
- Não
estou com sono. E, depois, se você quiser conversar, estarei disponível.
- Mãe, –
disse Scully levantando-se do sofá – se o Mulder ligar converse com ele.
Depois, eu falo com ele.
Dana foi
tomar banho e, logo depois, foi de roupão para o quarto. Encontrou a mãe
arrumando suas gavetas.
- Mamãe,
obrigada. – Dana sorriu para a mãe.
- Está
frio. Estou procurando algo quente para você vestir. Parece que eu achei. –
disse Margareth apontando dois pijamas brancos com listras azuis, cada um com
um nome bordado – Anjinho e Lindinha.
- Eu
posso explicar, mamãe. Nosso presente de um mês de namoro. Ele quis deixar
aqui.
Maggie
riu e saiu do quarto para verificar se a porta estava fechada. Dana ficou no
quarto vestindo-se, guardou as roupas que estavam fora da gaveta, apagou a luz
do quarto, acendeu o abajur e deitou em sua cama. Logo, sua mãe também estava
deitada ao seu lado.
- Quero
conversar. – disse Dana à mãe.
- Estou
ouvindo, filha.
- Mamãe,
preciso de carinho e não estou conseguindo suprir a carência do Mulder.
- Eu
posso suprir a sua. Venha. – disse Maggie abrindo os braços para receber a
filha, que se aninhou no colo aconchegante da mãe.
Quando
Dana estava quase pegando no sono, o telefone tocou.
- Alô? –
Maggie atendeu.
-
Senhora Scully? – Mulder respondeu.
- Oi,
Fox. Como você está, filho?
Scully
despertou e olhou para a mãe. Implorava com o olhar para falar com ele.
- Eu
dormi um pouco. Liguei para dar boa noite à Dana.
- Tudo
bem, querido. Ela está aqui do meu lado. Mas, antes de passar para ela, você
tem que me convencer que está bem.
- Estou
sim, senhora. E ela?
- Ela
mesma vai te responder. – Maggie passou o telefone para a filha.
-
Anjinho, eu estou bem. – Scully falou ao pegar o telefone.
- Liguei
para não perder o costume. Queria te dar boa noite, lindinha.
- Boa
noite! Vê se dorme mais, viu?
- A
Maggie está ouvindo?
- Sim.
- O que
ela deve estar pensando dos nossos apelidos carinhosos?
- Tudo
lindo.
- Vou
fingir que acredito.
- Você é
quem sabe, Mulder. – Scully riu.
- Te
amo.
- Eu
também.
- Tô
carente, lindinha. Quero colo. – Mulder choramingou.
- Eu
também, anjinho. Vá dormir, querido.- Você também. Tchau.
- Tchau.
– Dana desligou e entregou o telefone para a mãe, que o colocou de volta no
criado mudo.
- Agora,
vamos dormir. – Maggie disse abraçando a filha. As duas dormiram logo.
Na manhã
seguinte, Maggie foi a primeira a acordar. Olhou para a filha dormindo a seu
lado. Dana dormia tranquilamente, mas sabia que ela estava cansada, triste e
com medo. O que será que se passava na cabeça dela? O que seu coração sentia?
Margareth acariciou a cabeça da filha e virou-se para ver o relógio. Faltavam
quinze minutos para as seis horas da manhã. Levantou-se e foi lavar o rosto.
Scully
acordou alguns minutos depois. Levantou da cama e foi procurar a mãe. Encontrou
Maggie preparando o café.
- Bom
dia, mamãe. – disse sentando-se em uma das cadeiras da mesa da cozinha.
- Bom
dia, Dana. Dormiu bem?
- Sim.
Estou um pouco mais descansada. E a senhora?
- Muito
bem. Estava com saudades de ter minha menininha dormindo ao meu lado.
- Eu
também estava com saudades.
- Café
ou chá?
- Mamãe,
deixa que eu me sirvo. – Dana disse levantando da cadeira.
- Ah,
querida, eu preparei tudo para facilitar a tua vida. Não faça assim.
- Tudo
bem, mamãe. Dê-me um abraço.
As duas
se abraçaram e, quando se separaram, tomaram café da manhã. Ao terminarem a
refeição, foram se preparar para sair.
Scully
vestiu um conjunto de blazer e saia pretos, sapatos de salto alto preto e um
sobretudo da mesma cor. Maggie preferiu usar uma calça social, camisa, sapatos
e um grosso casaco preto.
Por
volta das 06h45, mãe e filha já estavam a caminho do apartamento de Mulder. Ao
chegar lá, encontraram Skinner e os Pistoleiros Solitários.
- Bom
dia, Scully. – cumprimentou Skinner.
- Bom
dia, senhor. – respondeu Scully saindo do carro acompanhada por Maggie.
- Como
vai, Senhora Scully? – Skinner apertou a mão de Maggie.
- Bem,
obrigada. – Maggie respondeu.
-
Meninos, como vocês estão? – disse Scully a Frohike, Langly e Byers.
- Oi. –
Frohike respondeu – Bem.
- E o
Mulder? Como está? – perguntou Langly.
- Não
quisemos chamá-lo antes de você chegar. – completou Byers.
- Vou
buscá-lo. – Dana disse – Alguém quer vir comigo?
Ninguém
respondeu e ela entrou no prédio. Entrou no apartamento com a sua cópia da
chave.
“Acho
que Mulder ainda não levantou.” – pensou enquanto adentrava o apartamento.
Dirigiu-se ao quarto e encontrou Mulder sentado na cama, usando terno, gravata
e calçando os sapatos.
- Oi,
Dana. Achou que eu ainda estivesse deitado?
- Oi,
Mulder. – Dana disse sentando ao lado dele e beijando-lhe o rosto. Ele, por sua
vez, beijou-lhe levemente os lábios – Aproveite agora para me dar beijinhos e
me chamar de lindinha.
- Tudo
bem, lindinha. Já entendi. Quem está lá embaixo?
- Minha
mãe, Skinner e os Pistoleiros.
- Tá
bom, lindinha. Vamos então?
- Vamos.
– Scully beijou-lhe rapidamente os lábios – Você tomou café? Comeu alguma
coisa?
- Sim.
- Dormiu
pelo menos um pouco?
- Sim,
lindinha.
- Então,
vamos, anjinho.
Mulder
levantou da cama e pegou na mão de Scully, que o guiou até a sala. Fox apanhou
as chaves, a carteira e o sobretudo, que Dana pegou e acertou no braço dela.
O casal
saiu do apartamento abraçado, pegou o elevador e, antes de abrir a porta do
prédio, trocaram um rápido beijo.
-
Anjinho, eu saio primeiro, mas vou segurar sua mão o tempo todo.
Mulder
assentiu e segurou a porta aberta. Scully saiu primeiro seguida pelo parceiro,
que apertava a mão dela.
- Oi,
Fox. – disse Maggie aproximando-se do casal que descia as escadas da frente do
prédio.
Mulder
largou a mão de Scully e abraçou Margareth, que retribuiu carinhosamente o
abraço, pois ele começou a chorar copiosamente.
- Está
tudo bem, querido, tudo bem. Estou aqui. – Maggie tentava acalmá-lo.
-
Obrigado, Maggie. – Mulder disse separando-se da sogra. Dirigiu-se a Skinner: –
Senhor, obrigado por ter vindo.
Skinner
abraçou o amigo e falou:
- Sinto muito, Mulder.
-
Obrigado, chefe. – disse Mulder separando-se e tocando o ombro de Skinner.
Os
Pistoleiros Solitários aproximaram-se de Mulder, que recebeu um aperto de mão
de Frohike, um abraço de Langly e Byers tocou-lhe o braço. Ao se separarem,
Mulder dirigiu-se à Scully, que o esperava em frente a porta traseira do carro
de Skinner.
- Nós
vamos com o Skinner. Você se importa?
- Não,
Scully, não me importo. – Mulder viu os Pistoleiros Solitários entrarem no
furgão e Maggie ajeitar-se no banco da frente ao lado de Skinner.
- Entre.
– Scully disse para Mulder, que a obedeceu. Logo depois, ela entrou ao lado
dele.
-
Podemos ir? – Skinner falou olhando no retrovisor.
- Sim. –
Scully respondeu à Skinner e pegou na mão de Mulder.
Skinner
pôs o carro em movimento. Mulder encostou a cabeça no ombro de Scully, que o
cobriu com o sobretudo.
-
Mulder, está tudo bem? – Dana soltou a mão dele e o abraçou.
- Não
estou bem. Minha cabeça está doendo. – disse Fox no ouvido de Dana, que começou
a acariciar seu cabelo.
Skinner
parou em um farol e observou o casal abraçado pelo espelho. Pensou que ainda
teria problemas, pois Mulder e Scully estavam muito próximos.
O resto
da viagem transcorreu tranquilamente.
Ao
chegarem ao cemitério, Skinner percebendo que Mulder tinha o olhar perdido,
disse:
-
Mulder, posso falar com você?
- Sim,
senhor.
- Vamos,
mamãe. – disse Scully descendo do carro seguida pela mãe.
-
Mulder, você precisa de um tempo. Fique de licença o tempo que quiser.
-
Obrigado, Skinner. Posso pedir que você libere a Scully também?
- Por
quê?
- Ela
tem sido o meu apoio. Está exausta.
- Tudo
bem.
-
Obrigado. Vamos? – Mulder abriu a porta e desceu do carro. Skinner saiu do
veículo logo em seguida.
Foi
realizado o enterro de Teena Mulder e uma pequena homenagem para Samantha. Ao
final da cerimônia, Mulder quis ficar sozinho ao lado da sepultura.
Continua...
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