Título:
Libertação Total
Autora:
Rosa Maria Lancellotti
Disclaimer:
Não são meus e não estou ganhando nada com essa estória. Pertencem a 20 th
Century Fox, a Chris Carter, a 1013.
Sinopse: Pós Sein und Zeit e Closure. Nesta fic, Mulder e Scully já estão envolvidos há muito tempo.
Data:
Não foi datada, mas garanto que tem quase dez anos.
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3º
Capítulo
- Mãe, o
que queria me dizer? Estou sozinho, doente, cansado. Eu acho que nunca te falei
direito, mas digo agora. Eu te amo muito. Não acredito que eu seja filho
daquele cara. Bom, logo vou estar contigo, com minha irmã e com meu pai. –
Mulder levantou-se de onde estava e dirigiu-se ao carro de Skinner – Estou
pronto. Vamos embora?
- Você
está bem, Mulder? – Skinner perguntou.
- Estou
com um pouco de dor de cabeça, cansado. Queria agradecê-lo por tudo, senhor.
- É para
isso que servem os amigos.
-
Obrigado. – disse Mulder tocando o ombro de Skinner – Cadê Scully e a Maggie?
- Com os
Pistoleiros, na van.
- Vou
chamá-las.
- Vai sim.
Eu vou aquecer o motor do carro, pois está muito frio.
Mulder
dirigiu-se até a van e bateu no vidro. Byers abriu a porta.
- Oi.
Vim buscar minha sogra e minha mulher. Posso levá-las? – Mulder tentou sorrir.
- Vem
aqui. – disse Dana abrindo os braços. Ela estava chorando.
Mulder
entrou no carro e foi aninhar-se no colo da namorada.
- Vamos
deixa-los a sós. – disse Langly.
- Não
podemos deixar Skinner perceber nada. – Frohike o repreendeu – Vamos ficar bem
aqui.
- Já
vamos embora. – Dana disse enxugando as lágrimas – Anjo, vamos lá. – acariciou
a cabeça de Mulder.
- Vamos?
– Mulder disse levantando-se do colo de Dana – Vou indo para o carro do Skinner
– e dirigindo-se aos Pistoleiros, falou – Obrigado, amigos.
- Não
tem de quê, Mulder. – respondeu Byers – Estaremos sempre prontos a ajudar.
-
Obrigado. – Mulder disse descendo da van.
Margareth
desceu logo depois, pegou no braço de Fox e encaminharam-se até o carro de
Skinner.
- Fox, se
você não se incomodar eu vou passar o resto do dia com vocês. Tudo bem?
- Tudo.
Obrigado, Maggie. Cadê a Dana? Ela não vem?
- Ela já
vem, Fox.
Mulder
abriu a porta do carro para a Senhora Scully. Minutos depois, ele entrava no
carro acompanhado por Scully.
-
Scully, - começou Skinner – podemos ir?
- Sim,
senhor. – respondeu Scully enquanto cobria Mulder com o sobretudo dele – Vamos
para a casa de Mulder.
- Tudo
bem.
Durante
o trajeto de volta, Walter Skinner perguntou à Dana:
-
Scully, você precisa descansar. Não quer tirar uma folga?
- Sim,
eu estou exausta, mas não quero tirar folga, Skinner.
Mulder
que tinha o olhar fixo na paisagem da estrada, voltou-se para Scully e a
repreendeu:
-
Scully, não faz assim. Obedeça ao Skinner. Tenho certeza de que a Maggie vai
concordar. Você precisa descansar. Não é justo eu ficar em casa e você
trabalhar em dobro.
- Fox,
deixe a Dana decidir. Vamos, minha filha, pense melhor. – Maggie aconselhou.
- O que
me diz, Scully? – perguntou Skinner.
- Eu
preciso trabalhar para ocupar minha cabeça, mas isso não quer dizer que não
estou pensando em me afastar uns dias.
- Eu já
dei duas semanas de folga para o Mulder. – disse Skinner tentando convencê-la.
- Vou
pensar, senhor. – Scully respondeu tentando terminar a conversa.
- Quero
uma resposta, agente Scully. – Skinner insistiu.
- Tudo
bem. Eu sei. Mas preciso pensar. – Dana respondeu.
- Filha,
– a Senhora Scully começou – acate o que seu chefe sugeriu.
- Mãe,
preciso pensar. Mulder, o que acha?
- Eu já
disse. – Mulder respondeu sem olhá-la.
- Tá.
Depois conversamos, senhor. – Dana terminou a conversa. Estava irritada, não
queria deixar o trabalho, nem Mulder sozinho, mas Skinner tinha razão, estava
exausta e precisava se preparar para a inseminação artificial.
Algum
tempo depois, chegaram em frente ao prédio de Mulder.
-
Obrigado, Skinner. – Mulder agradeceu tocando o braço do chefe.
-
Disponha sempre. Vá descansar.
-
Obrigado mais uma vez. – Mulder saiu do carro levando o sobretudo na mão.
Maggie o acompanhou.
- Eu
aceito sua proposta, Skinner. – Scully disse abrindo a porta do carro – Quer ficar
conosco?
- Não.
Vou trabalhar. Descanse, Scully.
- Sim.
Obrigado, senhor. – saiu e fechou a porta do carro.
Skinner
seguiu para o FBI e Maggie, Dana e Fox entraram no prédio.
Scully
abriu a porta do apartamento e deu passagem à mãe e à Mulder. Entrou, fechou a porta
e percebeu que Mulder havia ido direto para o sofá.
- Mamãe,
eu não aguento vê-lo desse jeito.
- Vá
cuidar dele, meu amor. Eu vou até a cozinha preparar algo para o almoço.
- Tome
cuidado, mãe. A cozinha está uma bagunça.
A
Senhora Scully sorriu a abraçou a filha.
- Está
tudo bem. – Maggie separou-se da filha e foi para a cozinha.
Dana foi
até a mesinha de centro e lá se sentou.
-
Mulder, o que posso fazer por você? – Scully falou baixinho.
- Fique
ao meu lado.
- Quer
uma massagem?
- Sim,
eu quero, mas... Você está de saia. Isso me dá outras ideias...
- Não
tem problema. – Dana sorriu – Você esqueceu que uma parte do seu armário é
minha?
- Dana,
vem aqui um momento, filha. – Maggie chamou.
- Já
volto, anjinho. – Scully levantou-se da mesinha e foi até a cozinha – Diga,
mãe.
-
Aproxime-se. Não vou falar alto.
Scully
obedeceu.
- O que
foi, mãe?
- Não
pude deixar de ouvir sua conversa. Vocês já dormiram juntos? – Maggie quase
sussurrava.
- Na
mesma cama, sim. Aliás, muitas vezes.
- Não
foi isso que eu perguntei, Dana.
-
Talvez, mamãe.
- Estão
caminhando para isso, né?
- Mãe,
somos adultos responsáveis.
- Ok. Já
entendi. Volte para a sala. O Fox precisa de você.
A agente
voltou para a sala pensando nas perguntas feitas pela mãe. Sentia-se uma
adolescente.
-
Mulder, vou trocar de roupa. – Dana disse indo para o quarto. Chegando lá,
abriu a sua parte do armário e pegou camiseta, calça jeans, meia e tênis.
Trocou de roupa e voltou para a sala – Estou de volta, anjinho. Quer sua
massagem agora?
-
Espera. – disse Mulder sentando-se no sofá – Agora, quem vai trocar de roupa
sou eu. Eu te espero no quarto. – levantou-se do sofá e foi para o quarto.
Scully
foi até a cozinha onde Maggie preparava uma sopa de macarrão com legumes.
- Mamãe,
quer ajuda?
- Não,
filha. Já achei tudo. E o Fox?
-
Trocando de roupa. Estou devendo uma massagem para ele. Por isso, tive que pôr
calça comprida. O Mulder não gosta que eu faça massagem nele de saia...
- Não
precisa explicar mais nada.
- Eu vou
vê-lo e fazê-lo relaxar.
- Juízo,
hein? – Maggie falou com um sorriso irônico.
- Tá
bom, mamãe. – Scully saiu da cozinha e encaminhou-se para o quarto.
A porta
estava fechada. Dana bateu e falou:
- Sou
eu, anjinho.
- Entre.
Ela
obedeceu, entrou no cômodo e encontrou Mulder deitado na cama de bruços,
vestindo apenas uma calça jeans surrada. Sorriu e falou:
- Senhor
Estranho, quer sua massagem agora?
- Oh,
sim, Senhorita Katherine. Será que poderia começar pelas costas hoje?
- Sim,
senhor. – Scully disse sentando ao lado de seu amado na cama – Chega pra lá. –
Mulder obedeceu, Dana ajoelhou-se e começou a massagear os músculos tensos das
costas dele.
- Que
massagem maravilhosa! Sobe para os ombros.
- Já
vou. Primeiro, vou resolver a tensão das costas, depois dos ombros e pescoço.
-
Lindinha, e nos meus pés?
- À
noite, eu faço.
- Por
quê?
- Porque
te dá sono, anjinho.
Scully
subiu as mãos em direção aos ombros de Mulder. Massageou delicadamente e
perguntou:
- Acha
que nossos apelidos carinhosos são bonitinhos?
- Não
combina conosco, Dana.
- Mas,
eu gosto da nossa brincadeirinha. A massagista e o cliente. É sexy. Você não
gosta, anjinho?
- É
lógico que eu gosto, lindinha. Fui eu quem a inventei, não é mesmo?
-
Mentiroso! – disse Scully dando um pequeno tapa no ombro de Mulder – Eu que
inventei a Senhorita Katherine e o Senhor Estranho.
- Eu
sempre fui estranho.
- E
Katherine é meu nome do meio. – Dana parou a massagem – Agora pro chão. – disse
autoritária.
Mulder
obedeceu. Sabia que Scully gostava que ele sentasse no chão, enquanto ela
ficava sentada na cama, para facilitar a massagem no pescoço dele. Sentou-se
entre as pernas dela, que já havia se ajeitado na cama.
A
massagem começou no pescoço, subiu para a nuca e cabeça. Logo, Fox fechou os
olhos, aproveitando a sensação de prazer causada pelas mão quentes da parceira.
- Estou
no céu, lindinha. Você tem mãos de fada.
-
Obrigada, meu amor.
- Eu
quero conversar.
- Estou
te escutando.
-
Sinto-me leve, livre de algumas culpas. A minha irmã me livrou. Minha mãe está
num lugar melhor, longe do sofrimento e da dor.
- Sei
que você se sente livre em relação à Samantha, mas não tenho certeza de que não
está se culpando pela morte de sua mãe.
-
Scully, preciso fazer duas coisas para me reconectar com minha mãe. Preciso
viajar.
-
Quando?
-
Amanhã, talvez. Eu preciso ir sozinho.
-
Mulder, – Scully parou de massagear o pescoço dele – eu quero ir com você.
Fox não
respondeu e Dana continuou:
- Por
que quer ir sozinho?
- Eu
preciso ficar sozinho e você vai começar o tratamento...
- E? O
que, Mulder?
- Nada. –
Mulder respondeu, mas pensou que quase contara que estava doente e não tinha
cura.
- Tudo
bem. Vamos almoçar? Mamãe fez sopa. – Scully olhou o relógio e completou – Já
passa da uma da tarde.
Fox
levantou-se do chão, pegou uma camiseta e um chinelo. Percebeu que o chinelo de
Dana ainda estava no armário. Olhou para a parceira que continuava sentada no
mesmo local.
- Você
subiu na minha cama de tênis?
Scully
riu e respondeu:
-
Desculpe, Mulder.
- Não
faz mal. Mas ponha seu chinelo, quero você relaxada.
- Eu não
quero pôr meu chinelinho, eu vou ficar com meu tênis. Você se importa?
- Não,
minha linda. Vamos para a sala. – Mulder calçou os chinelos e vestiu a
camiseta. Abriu a porta do quarto e esperou Scully vir ao seu encontro.
Abraçou-a e caminharam até chegar na sala.
Maggie
já havia arrumado a mesa para o almoço e trazia a panela de sopa.
- Eu já
ia chamá-los.
- Que
cheiro maravilhoso, Senhora Scully.
-
Obrigado, Fox. Vamos almoçar?
- Sim,
Maggie. – Mulder respondeu soltando Scully e puxando a cadeira para ela sentar.
-
Obrigado, anjinho. – Dana sentou-se.
Mulder
puxou uma cadeira para Maggie e disse:
-
Sente-se. Deixe-me servi-las.
-
Querido, obrigada. – a Senhora Scully abraçou o genro.
- Não
tem de quê, sogrinha querida.
Mulder
serviu às mulheres e, depois, serviu-se. Sentou-se em frente à elas e almoçaram
tranquilamente.
Após
acabarem de comer, Scully foi lavar a louça enquanto a mãe ajudava Mulder a
arrumar a sala.
Continua...
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