Título:
Libertação Total
Autora:
Rosa Maria Lancellotti
Disclaimer:
Não são meus e não estou ganhando nada com essa estória. Pertencem a 20 th
Century Fox, a Chris Carter, a 1013.
Sinopse: Pós Sein und Zeit e Closure. Nesta fic, Mulder e Scully já estão envolvidos há muito tempo.
Data:
Não foi datada, mas garanto que tem quase dez anos.
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7°
Capítulo
A semana
se arrastou. Dana Scully estava aflita, pois não aguentava mais ficar sem falar
com Mulder. Tentou o celular várias vezes, mas estava desligado.
Já, Fox
Mulder limpou a casa de campo da família, organizou os pertences e verificou os
documentos.
Era
sábado. Mulder acordou, fez as malas, agasalhou-se bem e voltou para
Washington, D.C.
Foi
direto para o apartamento de Scully. Quando lá chegou, abriu a porta com sua
própria chave.
- Mamãe,
vai sair? – disse Scully entrando na sala usando uma camisola longa, de mangas
compridas, azul. Ao ver Mulder, correu e pulou no colo dele. Colocou suas
pernas em volta do quadril dele, que a segurou.
Ele
beijou-a com paixão. Quando se separam em busca de ar, Mulder falou:
- Nossa,
Scully. – exclamou Mulder encostando-se na porta – Não precisa pular em cima de
mim.
-
Desculpe, Mulder. – Scully desceu do colo dele, mas continuou abraçada à ele –
Senti saudades.
- Eu
também. – disse Fox beijando o topo da cabeça de Dana. Viu que Maggie
aproximava-se – Oi, Maggie. Como vai?
- Estou
bem Fox. E você?
- Melhor
agora, Maggie. – ele sorriu.
- Você
viu tudo, mamãe? – Dana perguntou embaraçada.
- Sim,
querida. – Margareth sorriu – Não se preocupe. Por que não volta para o quarto.
- Estou
um pouco tonta. Vou me deitar um pouco. – Scully separou-se de Mulder e disse –
Estou te esperando no quarto.
- Está
bem, Scully. – Mulder a viu desaparecer no corredor.
- Fox,
eu gostaria de conversar com você. – disse Maggie sentando-se em uma das
poltronas da sala.
Mulder
arrumou suas malas ao lado da mesa de jantar, tirou o casaco e juntou-se à
sogra.
-
Aconteceu alguma coisa, Maggie? – Mulder estava preocupado.
-
Aconteceu, sim. – Maggie estava apreensiva – A Dana está tomando uma carga
maior de hormônios e isso a tem afetado muito. Você pôde ver isso.
- Sim.
Ela nunca tinha pulado no meu colo desse jeito. Desculpe, Maggie.
- Exato,
meu filho. Está com os hormônios à flor da pele. Mas, ela não tem se sentido
muito bem.
- Fale,
por favor, Maggie. – Fox estava nervoso e preocupado.
- Ontem,
a Dana me ligou e pediu ajuda. Ela estava com muita tontura e cansada. Pediu
para eu ficar com ela.
- Foi
por isso que ela me ligou?
-
Também. Ela estava com saudades, filho. – Maggie sorriu.
- Posso
vê-la agora? – Mulder sorriu de volta.
- Sim.
Não a deixe sair da cama. – a Senhora Scully recomendou.
- Tudo
bem. Pode deixar. – Mulder levantou do sofá e dirigiu-se ao quarto.
Scully
estava deitada com os olhos fechados, coberta com um edredom florido. O quarto
estava a meia luz, somente um abajur aceso. A porta estava entreaberta.
Mulder
adentrou o quarto silenciosamente. Aproximou-se da cama e acariciando os
cabelos ruivos, chamou:
-
Scully, está acordada?
- Estou,
Mulder. – Dana sussurrou abrindo os olhos.
- Você
me assustou. Quer conversar a respeito?
- Quero.
– Scully sussurrou.
- Estou
te escutando.
- Fica
comigo.
Mulder
afastou-se da cama, tirou a blusa de moletom, ficando apenas com a calça jeans
e a camiseta de mangas compridas. Retirou os sapatos também. Voltou para a
cama, deitou-se e apoiou a cabeça em sua mão.
- Estou
aqui.
-
Mulder, posso deitar no seu colo? – disse Scully virando-se de frente para ele.
- Pode.
– Mulder sentou-se na cama, encostou em um travesseiro escorado na cabeceira de
cama – Vem. – ela sentou-se entre as pernas dele, abraçou-o pela cintura e
encostou a cabeça em seu peito – Confortável, Scully? – ele a envolveu com os
braços fortes. Scully assentiu e Mulder continuou – Você quer conversar? Estou
aqui.
- Sua
voz é música para meus ouvidos.
- Eu
fiquei assustado com você hoje.
-
Mulder, são efeitos colaterais dos hormônios.
- Tudo
bem, querida.
-
Mulder, você já percebeu que sempre estamos discutindo nossa relação? E minha
mãe agora participa da conversa?
-
Scully, escute-me, eu gosto de conversar. Quando você melhorar, vou te contar
dois episódios da minha vida onde faltou conversas como as nossas. Sabe, se nós
não conversássemos e se a Maggie não nos desse conselhos, tenho certeza de que
já teríamos nos separado. Não por falta de amor, mas porque necessito saber o
que se passa com você, na sua cabeça, no seu coração, os seus segredos, suas
fantasias. Embora eu te conheça bem, ainda não entrei em alguns compartimentos
da sua vida. Assim como você não sabe de tudo sobre mim.
-
Sabemos tudo ou quase tudo um do outro, Mulder. São apenas detalhes, meu
querido.
- Também
acho, mas, com o tempo, podemos revelar os detalhes ou não. É isso o que quero
dizer. Tudo é aprendizado.
- Eu
nunca pensei que você fosse me dizer algo parecido. Você não acabou de defender
sua tese sobre me conhecer.
- Não
preciso de banca para saber que te conheço bem e te amo muito. Sabe que se a
participação de sua mãe na nossa vida é muito importante. Ela te conhece muito
bem.
- E ela
sempre torceu por nós. Não consegui esconder nosso relacionamento dela. Sabe,
eu cansei de não me abrir. Preciso, de vez em quando, abrir meu coração para
alguém. E você tem sido o meu confidente por muito tempo.
- É o
que eu chamo de libertação. Nós aliviamos nossas preocupações e medos juntos.
Não tenha medo de me contar alguma coisa, Scully.
- Eu
sei.
- Você
está melhor, querida?
- Sim,
amor, eu estou bem.
- Sabe,
Scully, estou cansado dessa frase.
- Ao seu
lado eu sempre fico bem.
- Eu
pensei em voltar, te levar para almoçar, mas cheguei e te encontrei desse
jeito.
- Eu te
juro. Já melhorei, Mulder. – Scully falou ajeitando-se no colo de Mulder –
Adoro ficar no seu colo.
O quarto
ficou em silêncio, que foi interrompido por Maggie:
- Trouxe
chá, Dana. – entrou no quarto com a xícara – Desculpe se interrompi.
-
Obrigada, mamãe. – Dana continuava na mesma posição, embora Mulder estivesse
desconfortável com a situação.
- Vou
deixar no criado mudo, filha. – Maggie colocou a xícara no móvel e saiu do
quarto.
- Ainda
está tonta? – Mulder passou a mão na cabeça de Scully.
- Não. –
Scully saiu do colo de Mulder e sentou-se na beirada da cama para tomar chá –
Estou bem melhor. Podemos almoçar fora?
- Sim.
Se estiver disposta, claro. Vamos os três.
- Tudo
bem, anjinho. Tomar meu chá e entrar de cabeça no chuveiro. Por que não vai
descansar?
- Estou
sendo dispensado? – Mulder brincou. Tinha em seu rosto um sorriso de criança,
seus olhos brilhavam olhando sua amada. Engatinhou até ela – Você não quer
minha companhia, Dana? – mordiscou o ombro dela.
-
Mulder! – ela riu alto.
- Tenho
uma reclamação. – Mulder beijou-lhe a nuca – Você ainda não me deixou te
beijar. Nem demonstrar o quanto senti sua falta.
_ Oh,
coitadinho, – Scully falou sorrindo – faço isso depois. Quero ficar cheirosinha
primeiro. Só para você.
- Tudo
bem, linda. Estarei na sala. – Mulder saiu do quarto.
Na sala,
Maggie conversava com o genro:
- Filho,
quer conversar?
-
Maggie, eu não descobri nada demais. Serviu para eu passar o tempo e lidar com
o luto.
- Pelo
menos, relaxou?
- Deu
para fugir da realidade, Maggie.
Logo,
Dana entrou na sala usando um vestido preto, gola canoa, mangas compridas, meia
calça cor da pele e um sapato preto de salto alto. Os cabelos ruivos estavam
úmidos e com brilho. Usava brincos de ouro com uma pedra azul. Sua maquiagem
era composta por um batom vermelho e uma sombra cinza.
-
Lindinha! – Mulder foi abraçá-la – Você está linda! Senti saudades.
- Eu
também, anjinho.
O casal
beijou-se com paixão. Maggie os observava emocionada.
Fox e
Dana separaram-se vermelhos e sorrindo.
- Vamos
almoçar, meus filhos. – Maggie falou feliz.
Continua...
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