Título: Nada Acontece
por Acaso
Autora: Rosa Maria
Lancellotti
Disclaimer: Não são
meus e não estou ganhando nada com essa história. Pertencem a 20 th Century Fox, a Chris Carter, a
1013.
Sinopse: Pós The Truth. Mulder e Scully têm novas identidades.
Agora, são William e Katherine. Tem uma nova família. Em uma exposição
agropecuária, encontram um menino chamado William. E é aí que a história se
desenrola.
Nota: A fanfic é
antiga.
Classificação: 14
anos
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16°
Capítulo
Mulder
apenas sentou no balanço da varanda enquanto a esposa estacionava o carro e
fechava o portão.
- Amor, o
que quer jantar? – ela se aproximou do marido.
- Nada. –
ele baixou o rosto.
- Mulder,
você está bem?
- Sim.
Estamos fora de casa.
- Você
está chorando? – Scully levantou o rosto de Mulder de leve – O que você tem? –
perguntou preocupada.
- Nada.
- Ah, o
que foi? Quer conversar? – ela acariciou o rosto do marido.
- Estou
com um pouco de dor de cabeça.
- Por
isso, ficou tão quieto no carro? Sabe que pode me falar qualquer coisa.
-
Deixe-me sozinho um pouco, por favor.
- Tá bom.
– Dana acariciou os cabelos dele e entrou. Respirou fundo e encarnou Kathy.
- Mamãe,
pede comida chinesa! – Ariadne demandou.
- É,
mamãe. – Samantha ajudou.
- Eu
peço, mas, vocês duas vão tomar banho.
- E você?
– Ariadne quis saber – Cadê o papai?
- Eu
também vou tomar banho. – ela sentou no chão com as filhas – Garotas, preciso
da ajuda de vocês. O papai não está bem. De vez em quando, os nossos pais
brigam, mas ficam de bem logo. Ontem, eu e o papai tivemos uma discussão. Por
isso, ele ainda está triste. Mas, já fizemos as pazes. Eu quero que vocês vão
lá fora fazer carinho nele. Pode ser?
- Mamãe,
já pediu desculpa? – Ariadne perguntou passando a mão na cabeça da mãe.
- Já, mas
não pedi direito, Ari. – Kathy beijou a testa da filha.
- Foi por
minha causa? – Ariadne fez bico.
- Não,
Ariadne. – Kathy acariciou a mão da filha – Você me perdoou?
- Ah,
mamãe. Eu fui criança mesmo. Eu que devo desculpas.
Ariadne e
a mãe começaram a chorar e se abraçaram. Samantha saiu de mansinho e foi para a
varanda.
- Papai?
- Oi,
Sam. – Will enxugou as lágrimas e respirou fundo.
- ‘Cê tá
chorando?
- Não,
bebê. Vem cá. – ele pegou a menina no colo – Como foi o seu dia?
- Legal.
- Você
fala, hein?
- É.
Mamãe bigou com você?
- Brigou?
- É?
- Não,
Sam. Coisa de gente grande. Só ficamos tristes, mas já ficamos de bem de novo.
-
Carinho, carinho. – a pequena passava a mãozinha no rosto do pai.
-
Obrigado, amorzinho. – Will entregou-se ao carinho da filha mais nova.
- Mamãe e
Ariadne tão chorando.
- Então,
vamos entrar e fazer carinho nelas. – Will levantou-se com a filha no colo e
entrou em casa. Encontrou a esposa chorando abraçada à filha – Hei, meninas. –
ele pôs Samantha no chão, fechou a porta e aproximou delas – Kathy, meu amor, o
que foi? Ariadne, fala para o papai o que foi. – viu Samantha abraçar a mãe e,
então, abaixou-se e abraçou a família.
Kathy
enxugou as lágrimas e sorriu.
- Estamos
bem, meu amor. Está tudo bem. Todos perdoados e com fome. – ela disse trocando
um beijinho nos lábios com o marido. Em seguida, beijou a testa da filha.
- Agora,
vou tomar banho, mamãe. – Ariadne colocou-se em pé e sorriu.
- Pode
ir, meu docinho. – Kathy sorriu e viu a filha subir a escada.
- Sam, a
mamãe vai te dar banho. Quer ficar na banheira?
- Eba! –
Samantha riu – Banheira, mamãe. Pijama do Barney?
- Pode
ser, bebê. – Dana pegou-a no colo.
- Chão,
mamãe.
- Filha,
vamos subir as escadas – Kathy falou – Quer aprender a subir?
- Qué.
- Posso
fazer isso, querida. – Will se ofereceu.
- Vamos
fazer isso juntos. – Kathy pegou-o pela mão – Só não pode subir sozinha ainda.
Com muito
cuidado, ensinaram a filha caçula a subir a escada.
Kathy colocou
a filha na banheira de seu banheiro e deixou-a brincando. Encontrou o marido no
quarto.
- Dana,
quer algo para jantar? Vamos pedir?
- Sim.
Pede comida chinesa, por favor? As meninas me pediram antes da cena da sala.
- Claro.
Quer refrigerante?
- Sim. Preciso
de açúcar.
- Vai
tomar banho no corredor?
- Agora
não. Vou arrumar a mesa para nós.
- Eu
arrumo. Na cozinha ou sala de jantar?
- As
meninas vão comer na sala de televisão.
- Você
vai comer com elas?
- Nós
vamos jantar juntos.
- Não
estou com fome.
- Mas,
pelo menos, faça-me companhia, Mulder.
- Tudo
bem, Dana. Vou pedir.
Mulder
desceu as escadas e foi pedir o jantar enquanto Dana foi arrumar os pijamas das
crianças. Para Ariadne, camiseta de mangas curtas e shorts azul, estampados com
pequenas flores brancas. Para Samantha, o pijama do dinossauro roxo que ela
havia pedido. Pegou uma camisola branca sem mangas. Para o marido, o pijama
azul que ele adorava usar.
- Dana,
daqui quarenta minutos, o pedido chega.
- Tudo
bem. – ela suspirou – Na Capital era mais rápido.
- É. Eu
espero. Vá tomar seu banho.
- Preciso
tirar a Samantha primeiro. Você pode ir tomar seu banho, Mulder.
- Depois.
- O que
te afetou, Mulder?
- Vou
descer. – ele começou a se afastar.
- Vamos
jantar lá embaixo. – Dana falou – Pode me esperar que vou te interrogar.
- Certo.
– Mulder respondeu descendo as escadas.
Dana
tirou as meninas do chuveiro, vestiu-as e levou-as à sala de TV. Tomou um banho
rápido, vestiu sua camisola e desceu. Mulder já havia arrumado a sala de estar
para eles. Ouviu-o descendo as escadas e olhou-o.
- Já
arrumei a mesinha para as meninas. – Mulder falou.
- E você?
- Eu o
quê?
- Vai
jantar comigo ou com elas?
- Vou dar
comida para a Samantha.
- Ela
sabe comer sozinha, Mulder.
- Como?
Aos dois anos?
- Sim.
Ela puxou a inteligência do papai. Sabe comer sozinha sim. – Dana sorriu – Ela
esconde os progressos de nós. Mas, qualquer coisa, a Ariadne está lá e ajuda a
irmã a comer. Já viu que a Ari tem um senso de responsabilidade gigantesco?
- Puxa,
Scully! Preciso prestar mais atenção à nossas filhas. Bom, vou tomar um banho.
O dinheiro está em cima da mesinha perto da porta.
- Ok.
Você volta? Não quero ficar sozinha.
- Volto.
Mas, eu não estou legal. – Mulder abraçou-a e beijou-lhe a testa.
- Antes
de entrar no chuveiro, você pode jogar meu penhoar, por favor?
- Posso,
lindinha. – o casal trocou um beijo singelo.
XxX
Mulder e
Scully estavam jantando em silêncio sentados no chão da sala.
- A Sam é
uma sem vergonha. – Dana falou pensativa.
- É sim.
Ela fala tudo. Tem um bom vocabulário para a idade. Scully, temos dois gênios
em casa.
- O que
elas estão vendo?
- Bob
Esponja.
- Ufa!
Pensei que fosse o Barney de novo. Não aguento mais ouvir “amo você, você me
ama”. – Scully riu.
- É o
pijama da Samantha.
- Ela me
pediu. – Está calor, Mulder. – Dana tirou o penhoar e jogou na poltrona.
- Ainda
não acostumamos com o clima daqui.
- Amor,
preciso te contar uma coisa. Resolvi frequentar a Igreja Católica da região.
Estou tão feliz com a nossa vida.
- Que
bom, meu amor! Eu já estava achando estranho você não ir à igreja.
- Mulder,
eu mantive minha fé todo esse tempo, mas estou sentindo a necessidade de
frequentar a igreja e ensinar as meninas. Está bem para você?
- Você me
leva junto também?
- Você
quer ir?
- Claro.
Ando precisando de algo em que me apegar. Vai ser bom acompanhar vocês.
- Ah, meu
amor. – Scully beijou-lhe a bochecha – Passou a dor de cabeça?
- Ainda
estou com dor.
- Acabe
de comer e eu te faço um chá. Aí, você toma um comprimido e vai dormir.
- Acho
que já cresci. – Mulder brincou.
- Sabe,
eu também tenho amigas na região.
- Temos
vida quase normal, amor. Nossos nomes, por exemplo.
- Mulder,
para mim, é uma vida normal. Tenho você do meu lado, ao alcance das minhas mãos
e lábios. – Scully abraçou e deu-lhe um selinho – Temos duas filhas lindas.
Você me faz muito feliz.
- Papai!
– Ariadne desceu as escadas.
- O que
foi, Ariadne? – ele disse olhando-a.
-
Acabamos de comer.
- Ah, eu
vou ver se comeram direitinho. Só, então, vão ganhar sorvete. – o pai falou
sério.
- De
chocolate?
- Você
escolhe: chocolate, morango ou gelado de arroz integral?
- Papai,
quero de chocolate.
- Já
volto, querida. – ele se levantou do chão e acompanhou a filha mais velha até a
sala de televisão. Desceu e trouxe os pratos e copos – Vou dar sorvete para
elas, Dana.
- Tudo
bem, amor. O que elas querem?
-
Chocolate.
- Igual
ao pai. Volta logo para mim, hein?
Mulder
levou o sorvete para as meninas e, em seguida, voltou para a sala. O casal
terminou de jantar e Scully pediu:
- Quais
são as minhas opções de sorvete, Mulder?
-
Chocolate ou morango.
- E o meu
gelado de arroz integral?
- Eu
estava brincando. Nós acabamos com ele na nossa última brincadeira. – Mulder
riu malicioso.
- E você
tinha razão, Mulder. Sua saliva é muito melhor que o gelado. Vem cá.
O casal
trocou um beijo quente.
- Que bom
que você gosta.
-Você
beija muito bem, Mulder.
- Eu amo
beijar você, Scully.
- Podemos
brincar com o sorvete de morango hoje. – Scully falou beijando o marido
novamente.
- Hoje,
não rola, meu amor. Vou buscar o sorvete para te esfriar um pouco. – Mulder sorriu.
Logo, o
casal tomava sorvete, rindo e o clima era de nostalgia.
- Mulder,
vamos parar de falar do passado. E, vamos nos acalmar, porque o clima está
esquentando muito. As meninas estão sozinhas e acordadas.
- Você
sabe que eu te amo, Scully?
- Eu sei,
Mulder, mas é muito bom ouvir isso todos os dias. – ela sorriu.
- Eu
preciso te pedir desculpas pelo que te fiz ontem e hoje.
- Mulder,
está tudo bem. Eu fui estúpida com nossa filha. Eu não soube lidar.
- Perdão,
Scully. – Mulder acariciou o rosto da amada.
- Hoje,
você me repeliu, mas nós estamos bem. Tenho ganhado os beijos com os quase sempre
sonhei. Quer me contar o que houve contigo? Você ficou calado de repente.
-
Besteira minha.
- Ok.
Mas, seu eu puder te ajudar, conte comigo.
- Sempre,
Scully.
Acabaram
de tomar sorvete e Mulder resolveu lavar a louça.
- Vou ver
as meninas, Mulder. – Scully viu o marido na pia.
- Quando
desci, elas pediram para colocar aqueles hamsters
estranhos.
- Meu
Deus! Aquela musiquinha gruda na nossa mente. – Dana riu.
- Nossas filhas
são uma graça. – Mulder falou – Eu sinto falta do nosso menino.
- Ah,
amor. – Scully abraçou-o e beijou-lhe o ombro – Somos felizes. Vou colocar as
meninas na cama.
- Vai lá.
Vou fechar a casa e já subo.
- Vou te
fazer um chá e te dar um comprimido antes de dormir.
- Tudo
bem.
Dana pôs
água para ferver e separou o remédio enquanto Mulder fechava a casa. Ele foi ao
quintal, quando viu Gibson na interligação entre as casas.
- Hei,
Mulder.
- Oi,
Gibson.
- A noite
está linda e estrelada.
- É
mesmo.
- Eu
estava te esperando.
- Diga. –
Mulder aproximou-se dele.
- Cuidado
é pouco, Mulder.
- Eu sei.
Mas não tenho mais o que temer.
- Proteja
a Scully e as meninas o máximo que puder, certo?
- Certo.
Boa noite, Gibson.
- Boa
noite, Mulder.
Mulder
entrou em casa e Scully falou:
-
Conversando com o Gibson?
- Estava,
Dana.
- Seu
chá. – ela o serviu.
- Toma
comigo?
- Eu fico
aqui do seu lado.
O casal
sentou lado a lado à mesa da cozinha. Scully acariciava as costas de Mulder em
silêncio. Ficaram assim por algum tempo.
- Que
coincidência aquele garotinho vir justamente para cá, não acha, Mulder? –
Scully quebrou o silêncio.
-
Destino, meu amor.
- Pode
ser. Mulder, não fica triste comigo, mas vou subir para ver as meninas. Está
tudo muito quieto. Ou dormiram ou estão aprontando alguma. – Scully beijou a
bochecha de Mulder e saiu da cozinha.
Mulder
terminou o chá, lavou a xícara e apagou as luzes. Subiu as escadas devagar.
Entrou em seu quarto e encontrou Scully penteando os cabelos.
- Oi, meu
amor. – ela o olhou pelo espelho.
- Vou
escovar os dentes e já volto.
Após a
higiene pessoal, Mulder voltou ao quarto e sentou na cama. Logo, Dana juntou-se
à ele.
- Mulder,
você melhorou?
- Estou
bem.
- Você me
preocupa, Mulder.
- Entendo
você.
- Desde
que você ficou doente e não me contou… Tenho medo. Promete se caso algo
acontecer, você me conta?
-
Prometo.
- Promete
mesmo? – Scully acariciou o braço de Mulder.
-
Prometo, Scully.
- Eu te
amo.
- Eu
também te amo.
- Quer um
comprimido? – Scully ofereceu.
- Quero,
Dana. Ainda estou com dor.
A esposa
dedicada pegou um comprimido para dor e deu à ele junto com um copo d’água.
- Tome,
Mulder.
-
Obrigado.
-
Deite-se. Estarei aqui. Se não se sentir bem, você me chama?
- Eu não
dei beijinho de boa noite nas meninas. – Mulder falou sentido.
- Mas passou
no quartinho delas antes de vir para o quarto, né?
- Sim. Eu
as olhei.
- Então,
está ótimo, meu amor. Deite-se. – ela abriu os braços e o marido aninhou-se
entre os seios da esposa – Eu te protejo.
-
Obrigado, meu amor.
O casal
dormiu abraçado.
XxX
Algum
tempo se passou. Os trabalhos da Universidade voltaram ao normal. Doggett e
Reyes voltaram à Washington, sem ter um segundo encontro com Mulder e Scully.
Ariadne
já havia se adaptado à escola e Samantha adorava o berçário e seus coleguinhas.
Kathy e Will continuavam dando aulas e trabalhando em seus respectivos
laboratórios.
Helga e
William haviam se adaptado bem à nova situação e rotina. Adoravam morar juntos.
William, às vezes, passava os finais de semana com Will e Kathy.
Certo
dia, Helga recebeu um telefonema de sua família.
Continua…
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