Título: Nada Acontece
por Acaso
Autora: Rosa Maria
Lancellotti
Disclaimer: Não são
meus e não estou ganhando nada com essa história. Pertencem a 20 th Century Fox, a Chris Carter, a
1013.
Sinopse: Pós The Truth. Mulder e Scully têm novas identidades. Agora,
são William e Katherine. Tem uma nova família. Em uma exposição agropecuária,
encontram um menino chamado William. E é aí que a história se desenrola.
Nota: A fanfic é
antiga.
Classificação: 14
anos
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14° Capítulo
O Professor LaPierre chegou cedo
à Universidade. Dirigiu-se à sua sala e verificou seu horário. Sem mudanças.
Sua primeira aula seria no Laboratório de Psicologia. Então, foi para lá.
- Bom dia, meninas.
- Bom dia. – algumas alunas
responderam.
- A Helga está esperando para
falar com o senhor. – uma das estagiárias avisou.
- Obrigado. – apressou o passo e
encontrou Helga sentada na sala de espera – Bom dia, srta. Strauss.
- Bom dia, professor.
- Vamos entrar?
- Sim.
Entraram na sala e acomodaram-se.
- Você não o trouxe?
- Trouxe sim. Ele está bem
cansado. Pediu para ir ao banheiro para lavar o rosto antes de te encontrar.
- Traga-o. Quero conhecê-lo.
- Um momento. – a moça saiu da
sala e voltou em alguns minutos – Professor LaPierre, este é William. William,
este…
- William LaPierre, tia Helga. –
o menino respondeu alegre.
- Olá, William. – o professor
levantou-se e foi abraçá-lo.
- Vocês se conhecem? – Helga
estava espantada.
- Nós nos conhecemos numa feira
em Des Moines, não é pequeno William? – o professor sorriu.
- Sim, Will. – o menino estava
feliz.
- Vem, eu vou mostrar a sala que
você vai ficar. – Will pegou o menino pela mão.
- Ok. Ficarei no atendimento
hoje, professor. – Helga falou.
- Avise às meninas que não haverá
aula.
- Nós sabemos. Até que a situação
se resolva.
- A Kathy trará as minhas filhas
e preciso da Elizabeth para ficar com a Ariadne.
- Certo.
Will levou o garoto para conhecer
o Laboratório Experimental de Psicologia. Levou-o a conhecer também a parte do
Laboratório de Pedagogia. Após, mostrou-lhe a cozinha e o refeitório da escola.
- Will, está tudo vazio.
- William, a Universidade está
passando por uns problemas e não estamos tendo aula.
- E sua esposa e suas filhas?
- Estão bem. Você as verá à
tarde.
- Que bom!
Chegaram à uma sala colorida.
- Elizabeth?
- Sim, professor LaPierre.
Elizabeth era uma moça de vinte e
oito anos, formada em Psicologia e cursando Pedagogia. Alta, magra, cabelos
negros presos em um coque, uniforme da Universidade e olhos verdes brilhantes.
- Esta é o William. Pequeno, esta
é Elizabeth Shelley, que cuidará de você durante esse tempo.
- Olá, William. – Elizabeth
sorriu.
- A Helga o trouxe. Ele está
morando com ela. – o professor explicou.
- Seja bem vindo, William.
- Obrigado, Elizabeth.
- Bom, já os apresentei. Agora,
Elizabeth vai conversar com você e, depois, vai falar com a Helga. Certo,
William? – Will disse sério.
- Certo, Will. Obrigada.
XxX
Às dez horas da manhã, a srta.
Strauss bateu na porta do escritório do Professor LaPierre.
- Entre.
- Professor, desculpe incomodá-lo
novamente.
- Algum problema, srta. Strauss?
- Não. Eu já passei as
informações sobre o William para a Elizabeth.
- Certo. E?
- Preciso sair.
- Aconteceu alguma coisa?
- Não, senhor. A mudança do
William está para chegar.
- Certo. Pode ir. Está
dispensada. Pode deixar que eu olho o William.
- Obrigada, professor. Tchau.
- Tchau.
XxX
Após o almoço, Mulder resolveu
andar pelo campus. Ouviu uma voz familiar:
- Meninas, olhem! O papai!
- Kathy! – ele se virou e sorriu.
Aproximou-se delas – Oi!
- Will, você está bem? – Kathy
disse beijando a bochecha do marido.
- Estou. – ele olhou as filhas e
cumprimentou-as – Oi, Ari. Oi, Sam.
- Amor, você pode ficar com as
garotas? Marquei hora no salão de beleza.
- Quem disse que você precisa
disso para ficar bonita? – Will falou baixinho no ouvido da esposa e em voz
normal continuou – Claro que fico com as meninas, Kathy. Eu as levarei comigo.
O pai
pegou as garotas pela mão e levou-as para o Laboratório.
- Tchau,
mamãe. – as meninas disseram juntas.
XxX
Will
chegou com as filhas no prédio onde trabalhava.
- Srta.
Smith, estas são minhas filhas: Ariadne e Samantha.
-
Parabéns, Professor LaPierre. Olá, garotas.
- Olá. –
Ariadne sorriu.
- Oi. –
Sam falou tímida.
- Quem
está no berçário?
-
Deixe-me ver. A Mary Brandstetter está lá.
- Há
crianças lá?
- Não,
senhor. Os pais estão com medo da tal história que está correndo por aí.
- Ok.
Chame-a para vir buscar a Samantha.
- Certo.
– a moça pegou o telefone.
Em poucos
minutos, Mary chegou.
- Olá,
professor.
- Olá,
Mary.
- O
senhor deseja que eu fique com a Samantha?
- Sim.
Sam, a Mary vai te levar. Tudo bem? – perguntou Will à filha mais nova.
- Tá,
papai. – Sam respondeu solene e pegou na mão de Mary.
Will viu
a pequena acompanhar a educadora. Em seguida perguntou:
- Srta.
Smith, a srta. Strauss deu notícias ou retornou?
- Ainda
não.
- Certo.
A srta. Shelley está na sala das crianças maiores?
- Sim. Agora,
ela teria atendimento em grupo, mas ela está só com um menino.
- Eu sei.
Vou até lá. Obrigado. Vamos, Ariadne?
- Sim,
papai. – a menina sorriu – Tchau.
- Tchau,
Ariadne.
Pai e
filha seguiram até a sala onde Elizabeth trabalhava.
- Com
licença, Elizabeth.
- Olá,
professor.
-
William! – Ariadne exclamou e correu para abraçar o menino.
-
Ariadne! – o garoto abraçou-a com carinho.
-
Professor, eles se conhecem? – Elizabeth questionou.
- Sim.
Nós o conhecemos em uma feira agropecuária.
- Ele não
me parece traumatizado.
- Estava
em atendimento com ele?
-
Primeiro, apliquei alguns testes e observei-o. Depois, deixei-o lendo enquanto
lia a ficha dele. Então, fomos almoçar e eu o fiz dormir um pouco. Assim que
ele descansou, eu comecei a fazer os procedimentos de atendimento.
- Ele
dormiu bem?
- Dormiu
em torno de vinte minutos.
- Ok. A
Ariadne continua com medo de escuro. Eu iria trazê-la mais cedo, mas ela teve
uma noite difícil.
As
crianças estavam sentadas no chão conversando.
- Este é
meu horário de atendimento em grupo. Vou atendê-los juntos e trabalhar seus
medos.
- Certo,
Elizabeth. Estarei em minha sala.
-
Professor, posso lhe pedir uma coisa?
- Claro.
- Como
colega de trabalho.
- Diga
logo, Liz.
- As
meninas da Pedagogia estão apavoradas com o trabalho final. Eu já passei por
isso, mas ainda não posso orientá-las.
- Eu as
oriento sobre a parte psicológica, sim. Avise-as.
-
Obrigada.
- Até
mais. – Will se retirou.
XxX
Por volta
das três da tarde, Dana chegou ao prédio onde o marido trabalhava.
- Boa
tarde, Clare.
- Boa
tarde, Professora LaPierre.
- Meus
alunos estão na biblioteca e não precisam de mim. Sei que as meninas da
Pedagogia precisam de orientação na parte fisiológica.
- Elas
estão na sala de reuniões. Seu marido está na orientação.
- Certo.
Irei para lá então.
-
Desculpe, professora. A senhora está mais loira.
- Acabei
de clarear umas mechas.
- Ficou
ótimo! Gostei!
-
Obrigada. – Kathy seguiu o corredor e encaminhou-se à sala de reuniões.
-
Garotas, não vou fazer atendimento individual. Não insistam. A teoria está aí
para vocês aplicarem nos seus temas. – Will falou enérgico e Kathy sorriu ao
ouvir a voz do marido.
-
Professor LaPierre, eu não sei como aplicar os testes no meu trabalho sobre
distúrbios escolares.
- Annie,
faça um esforço. Reflita a respeito. Tem tudo a ver.
- Com
licença. – Dana entrou na sala – Desculpem a intromissão.
-
Meninas, está é minha esposa, Katherine. – Will apresentou-a.
- Olá,
meninas. Soube que precisam de ajuda na parte de saúde. – Kathy entrou e fechou
a porta – Espero poder ajudá-las.
- Kathy,
- Will começou – a Annie está trabalhando com distúrbios e acho que pode
orientá-la.
- Claro.
Tendo o laudo do aluno, você poderá entender melhor como lidar com ele. – Kathy
respondeu – Se tiverem alguma dúvida específica, estou aqui para ajudá-las.
- Sra.
LaPierre, sou Jill. Meu tema é Ludicidade na Escola. Como trabalho com uma
criança com patologia que dificulta o aprendizado?
- Jill,
como sabe da patologia?
-
Investigação prévia. – a moça respondeu – Laudo médico.
- Muito
bem. – Kathy sorriu – Trabalhe sempre em conjunto com o médico, o psiquiatra e
o psicólogo. Para integrar seu trabalho, pesquise em livros de medicina e veja
algumas doenças infantis que podem influenciar no aprendizado.
-
Relacione-as com a parte cognitiva e suas implicações psicológicas. – Will
completou.
- Mais
alguma pergunta? – Kathy falou.
Ninguém
se manifestou.
- Certo.
Terminamos por hoje. – Will falou e saiu – Até amanhã.
-
Meninas, se precisarem, estarei no meu departamento. Até mais! – Kathy seguiu o
marido – Hei, espere-me.
- Kathy,
aqui não.
- Amor,
vamos conversar na sua sala.
- Em
casa. – Will foi taxativo.
-
Professor LaPierre? – Helga chamou.
- Oi,
Helga. – Will se virou para ela.
- Olá,
Professor. Oi, Professora. – a moça sorriu e aproximou-se do casal – Senhor, eu
já resolvi as coisas, voltei e ficarei no lugar da Liz.
- O que
aconteceu? – Will ficou preocupado.
- A Liz
foi fazer um atendimento de emergência. A Julie, lembra-se dela? – Helga viu
Will acenar positivamente com a cabeça – Ela está em crise.
- Ah, eu
sei quem é. Que bom que ela foi. Relatório na minha mesa depois de amanhã,
certo? Agora, vá ficar com as crianças. – Will determinou.
- Certo.
– Helga correu para a sala onde estavam Ariadne e William.
- Vamos
para minha sala, Kathy.
- Will, podemos
dar uma volta?
- Olha,
eu preciso falar com você. Aqui não é um bom lugar, mas vai ter que ser. Por isso,
vamos para minha sala, que é mais reservada.
O casal
foi até a sala de Will. Ele fechou a porta e sentou-se em uma cadeira ao lado
da esposa.
- Dana
Katherine, você veio de vestido azul para me provocar, né?
- Já
virou a chavinha, Mulder? – Scully sorriu e cruzou as pernas – Não é decotado
como você gosta, mas dá para ver boa parte de minhas pernas.
- É azul
como seus olhos. Você está mais loira, meu amor.
- Sei que
não gosta muito, mas…
- Eu
também estou meio loiro e estou achando você uma delícia…
- Ok,
Mulder. Desculpe por ontem. Eu me excedi com você e com nossa filha.
- Eu que
peço desculpas, Scully. Falei muita bobagem.
- O que
quer me dizer?
- Acho
melhor te mostrar. Vamos buscar a Ariadne e saberá. Mas, antes, vamos pegar a
Samantha.
- Claro.
Vamos tomar sorvete?
- Quer
agradar a Ariadne?
- Quero,
Mulder. Mas, também quero agradar o pai dela. – Dana se levantou, sentou no
colo dele e beijou-o nos lábios com paixão.
- Sexo no
escritório, Dana? – Mulder falou entre beijos.
- Talvez.
O casal
ficou se beijando até que alguém bateu à porta. Ajeitaram-se, retomaram os
personagens e Mulder falou:
- Pode
entrar.
- Com
licença, Professor. – era Mary – Olá, Professora. Vim trazer a Samantha.
- Oi,
Mary. Obrigada por trazer minha pequena. – Kathy sorriu ao ver a filha mais
nova entrar na sala.
-
Obrigado. – Will disse pegando Sam no colo – Até amanhã.
- Tchau. –
Mary fechou a porta e foi embora.
- Oi,
papai. – Samantha deu um beijo molhado no pai.
- Hei,
garota, tudo bem? – o pai sorriu.
- Tudo. –
a menina riu.
- Você
não falou com a mamãe. Vá lá. – Will colocou a filha no chão e ela correu para
a mãe.
- Hei,
Sammy! – Kathy beijou a filha.
- Amo
você, mamãe.
- Eu
também, querida.
- Papai,
mamãe, cadê a Ariadne?
- Como,
Samantha? – Will se espantou.
A menina
riu.
- Essa
pequena, hein, Will? – Kathy gargalhou e beijou a filha novamente – Você é
muito espertinha, viu?
- Vamos
buscar a Ariadne? – Will sugeriu.
O casal
saiu da sala com a filha mais nova andando entre eles. Ao chegarem na sala das
crianças maiores, ouviram música alta. Will abriu a porta e viu Helga, Ariadne
e William dançando.
- Essa é
a surpresa? – Kathy gargalhou.
Continua…
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