Título: Nada Acontece
por Acaso
Autora: Rosa Maria
Lancellotti
Disclaimer: Não são
meus e não estou ganhando nada com essa história. Pertencem a 20 th Century Fox, a Chris Carter, a
1013.
Sinopse: Pós The Truth.
Nota: A fanfic é
antiga. Mulder e Scully têm novas identidades. Agora, são William e Katherine. Tem
uma nova família. Em uma exposição agropecuária, encontram um menino chamado
William. E é aí que a história se desenrola.
Classificação: 14
anos
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1° Capítulo
William Van De Kamp
era uma criança séria. Não sorria nunca. Gostava de estudar. Desde bebê ficava
quieto brincando com seus bichinhos e cubos.
Iria completar sete
anos no próximo dia 20 de maio e ele achava que o mês se arrastava para passar.
- William. – Nancy chamou.
- Sim, senhora. – o garoto
apareceu no alto da escada.
- Saia de seu quarto.
Vá passear um pouco. Seu pai está no celeiro.
- Não, senhora.
Preciso estudar.
- William, nós vamos
à igreja.
- Não quero ir.
- William, você não
tem querer.
- O que foi, Nancy? –
Bob entrou em casa.
- O William acha que
pode fazer o que quer. Ele não quer sair do quarto nem ir à igreja. Bob, eu não
aguento mais.
- Nancy, acalme-se.
Vou conversar com ele.
Bob subiu as escadas
e levou o garoto para o quarto. Sentaram-se na cama.
- O que está
acontecendo, William?
- Senhor, eu só quero
estudar. Eu não quero ir à igreja.
- E não quer nem
trabalhar comigo?
- Prefiro estudar,
senhor.
- William, você não
tem diálogo de uma criança de sua idade. Sabemos que é muito inteligente, gosta
de livros e aprendeu a falar, ler, escrever e fazer contas muito cedo. Temos
orgulho de você. Acredite.
- Às vezes, penso que
não sou filho dos senhores.
- William…
- Se o senhor
necessita de ajuda no celeiro, eu irei auxiliá-lo.
- Não utilize essa
linguagem. Eu não gosto.
- Eu não me sinto à
vontade para falar com os senhores de outra forma.
- Tudo bem. Desça
somente na hora do jantar. Não precisa ir à igreja, mas terá de lavar toda a
louça e juntar as roupas sujas.
- Sim, senhor. Será
tudo feito. Mais alguma coisa?
- Varra seu quarto e
durma após terminar tudo.
- Certo, senhor. Vou
continuar estudando até a hora do jantar.
Bob desceu as escadas
e foi à cozinha.
- Nancy, liberei o
William de ir à igreja.
- Você não podia
fazer isso, Bob.
- Ouça, querida, dei
tarefas a ele.
- Ele está rebelde.
Aos sete anos!
- Ele me disse que
pensa que não é nosso filho esses dias.
- Não sei o que dizer.
- Devíamos ter lhe
contado a verdade.
- Não sei…
XxX
Ariadne era uma
garota precoce. Aos quatro anos, já sabia ler e fazer as operações matemáticas
básicas. Vive em Roswell, numa bela mansão, com seus pais e sua irmã de dois
anos, Samantha. Seus pais são professores na Universidade de Roswell.
- Ariadne Sarkisian
LaPierre, vem já aqui. A Senhora Lasky falou que você a dispensou.
- Oi, mamãe. – a garota
adentrou a casa correndo pela porta da cozinha.
- Cadê a Sam?
- Está dormindo,
mamãe.
- Seu pai ainda está
no trabalho. Não deveriam ficar sozinhas. – a mãe ralhou com a menina – Ari,
vou arrumar as compras e, depois, vamos ver o papai no trabalho dele.
- Tá. Vou prender a
Blue, o George e o Brutus.
- Isso mesmo,
querida. – Kathy riu vendo a menina correr atrás dos cachorros.
Assim que a menina
terminou de prender os cachorros, voltou para a cozinha e falou:
- Pronto, mamãe. Quer
ajuda?
- Não, meu amor.
Obrigada. Espere que eu vou te dar um banho.
- Desculpe, mamãe.
Fui uma feia por ter mandado a Senhora Lasky para a casa dela.
- Tudo bem. Que não
se repita.
- Tá, mamãe.
Kathy arrumou a
cozinha e levou a filha para o andar de cima. Deu um bom banho nela e vestiu-a
com um conjunto azul de saia e camiseta.
Observou a menina.
Ruiva, olhos verdes, pequenas sardas, mais alta que as garotas de sua idade.
Ela não tinha um diálogo de criança. Parecia conhecer os medos e o passado de
seus pais.
- Mamãe, você está
bem? – Ariadne passou a mãozinha no rosto da mãe enxugando uma lágrima furtiva.
- Desculpe, filhinha.
Vamos pegar a Sam e ver o papai.
- Amanhã, o tio
Gibson vem?
- Acho que sim. Bom,
desce e espere-me na sala.
Katherine sentou na
cama e começou a lembrar de um tempo do qual deveria esquecer. O tempo em que
ela era Dana Katherine Scully. As lágrimas escorriam pelo seu rosto. Sentia
saudades desse tempo, mas, agora, também era feliz. Ficou pensativa até que
ouviu a filha mais nova chorar. Foi até o quarto e pegou-a.
- Oi, Sam. O que foi?
Vamos trocar de roupa e ver seu lindo papai? – Kathy trocou a filha, pegou a
cadeira de bebê e a bolsa da criança. Desceu as escadas e falou – Ariadne,
vamos?
- Claro, mamãe.
Precisa de ajuda?
- Pegue o carrinho de
sua irmã. – a mãe disse abrindo a porta e dirigindo-se ao carro.
- Pronto. – a menina
veio empurrando o carrinho de bebê.
- Espere. – Kathy ajeitou
Samantha na cadeirinha no banco de trás. Fechou o carrinho e colocou-o no
porta-malas juntamente com a bolsa do bebê – Entre no carro, Ari. – pegou Ariadne
no colo e colocou-a ao lado de Sam. – Espere-me, querida. Mamãe já volta, Sam.
Voltou para casa,
pegou a bolsa e as chaves.
Dirigiu até a
Universidade. Passeou com as filhas pelo jardim do campus e, depois, entrou no prédio de Psicologia. Chegou à sala do
Professor William Sarkisian LaPierre. Bateu na porta e abriu-a.
- William?
- Entre, Kathy.
- Vamos, meninas. –
Kathy sussurrou para as filhas.
Ariadne entrou
correndo e, logo depois, Kathy entrou com o carrinho de Samantha.
- Minhas princesas! –
William pegou Ariadne no colo. Kathy trouxe Samantha – Oi, Ari!
- Oi, amor. – Kathy beijou-lhe
os lábios – Atrapalhamos você?
- Não. Desce, Ari. –
ele colocou a garota no chão – Venha, Sam.
A menor pulou no colo
do pai.
- Kathy, preciso
falar com você… a sós.
- Tudo bem. Viemos te
buscar.
- Vamos para casa
então. Vou no meu carro e levarei a Ariadne.
- Garotas, papai quer
todas nós em casa. – anunciou Kathy e abaixando a voz – Amor, eu te vejo em
casa.
- Ari, quer vir
comigo? – William perguntou.
- Claro, papai.
- Sam, vai com a
mamãe. Papai te vê em casa. – Will entregou a filha para a esposa – Kathy,
passe no seu departamento e entregue sua carta de licença. Já redigi e é
preciso. Sabes o motivo. – ele entregou uma pasta a ela.
- O que vou dizer?
- Nada. É só
entregar. Conversamos em casa.
Enquanto William saia
com Ariadne, Katherine levou Samantha e entregou a carta para sua chefe.
Kathy chegou em casa
e encontrou seu marido fazendo o jantar.
- Fox Mulder, o que
aconteceu?
- Dana, a Samantha
está em seu colo. – ele alertou.
- Ela só tem dois
anos e ainda nem fala. Mal anda. – Scully argumentou.
- Preguiçosa do
papai, vem no meu colo. Vou colocá-la no cercadinho. – Mulder pegou a filha e
levou-a para sala. Colocou-a no cercado junto com os brinquedinhos dela. Voltou
à cozinha e falou – Ajude-me a terminar o jantar e depois falamos.
- Aconteceu alguma
coisa, Mulder? Não esconda de mim.
- Ajude-me aqui e eu
vou adiantar o assunto.
- Eu faço a salada e
cozinho umas batatas.
- Estou preparando a
carne e pus a lasanha no forno.
- Cadê a Ariadne?
- Desenhando no
quarto.
- Tudo bem.
- Estou com medo,
querida.
- Por que, Fox?
- Hoje, o Gibson me
avisou que dois alunos da Universidade morreram de Hanta Virus.
- Como?
- Não sei.
- Hanta Virus?
- Sim.
- Amor, estou
assustada.
- Olha, as aulas vão
ser suspensas mais cedo ou mais tarde. Pedi que entregasse sua carta de licença
para te deixar aqui, no laboratório de casa, para pesquisar.
- E as nossas filhas?
- Ficarão bem. O
Gibson me disse que haverá uma feira em Des Moines e terá uma demonstração de
polinização de plantação de milho…
- Transgênico?
- É.
- Mulder, eu não
posso acreditar.
- Pois é.
- Mulder, hoje, eu
estive mergulhada em minhas lembranças.
- Eu também. Pouco
antes de vocês chegarem. Acho que está na hora de contarmos nossa história para
a Ariadne.
- E para a Sam
também.
- Ela anda muito preguiçosa.
- Ela é manhosa. Fala
com os brinquedos, anda no cercadinho e no berço.
- Eu sei.
- Querido, a Ariadne
não conversa como uma criança.
- Eu sei.
- Anda, Mulder. Fale.
Você é o psicólogo da casa e da minha vida.
- Mama. Papa. –
Samantha gritou e riu.
O casal olhou para a
sala e viu Ariadne ensinando a irmã com seus desenhos.
- Muito bem, Sam.
Esta é você.
- Sam. – a bebê ria.
- Agora, A-RI-AD-NE.
-‘Adne.
- Não, querida. – a menina
disse e corrigiu – Ariadne.
- ‘Adne.
- Hei, Ariadne. – o pai
chamou – A Samantha fala?
- Fala, papai. –
Ariadne falou.
- Papa. – a bebê riu.
- Safadinha. – a mãe
sorriu – Estamos aqui na cozinha.
- Viu? Dana, elas
convivem somente com adultos.
- Tenho medo da
escola.
- Olha, vamos comer
e, depois, nosso quarto nos espera.
- Pensei que não ia
dizer isso hoje, Mulder. – ela o olhou maliciosa.
- Sexo também pode
fazer parte da nossa noite.
O casal gargalhou.
A família jantou
feliz.
Continua…
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