Título: Sonhos
Realizados
Autora:
Rosa Maria Lancellotti
Sinopse:
Uma festa reaproxima Tommy e Kimberly.
Nota:
Totalmente Universo Alternativo.
Disclaimer:
Não são meus e não estou ganhando nada com essa estória. Pertencem a Disney,
Saban e companhia limitada e a seus respectivos atores.
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21°
Capítulo
O lugar
estava reconstruído, com todos os equipamentos desligados, mas, mesmo assim,
com um ar de esconderijo secreto. Tommy abriu uma porta secreta e disse:
- Aqui
estão nossos zords.
Kimberly
estava maravilhada. Andava com os olhos brilhando como diamantes.
- Kim,
nada se parece com o nosso Centro de Comando.
- Mas é
perfeito. A Kira falou muito bem do seu trabalho e do da Hayley.
-
Obrigado.
- Tenho
saudades do nosso tempo. Sinto tanta falta do meu tempo. Pena que joguei tudo
para o alto. – as lágrimas caiam livres pelo rosto de Kimberly.
- Hei,
Kim…
- Não
agora, Tommy. Estou pensando em tudo que passamos juntos.
- Mais
para frente, há um saída para a floresta. O que achou?
-
Demais, Tommy. – ela dava pequenos pulinhos encantada.
-
Kimberly Ann Hart!
- Tommy,
eu nem sei o que falar.
- Vou
ligar o equipamento para ver como era.
- Está
bem.
Tommy
ligou o sistema e Kimberly ficou mais encantada ainda.
- Meu
amor, esse lugar é mágico! – Kim exclamou.
Tommy
ficou parado admirando a mulher a seu lado. Ela não se deu conta do que falara.
Estava maravilhada com tudo o que ele estava mostrando à ela. Sentaram-se nas
cadeiras em frente aos monitores. Ficaram em silêncio por vários minutos.
- Dr.
Thomas Oliver, meus parabéns! Adorei!
- É o
nosso segredo.
- Com
certeza, Tommy.
- Agora,
vamos conversar um pouco?
- O que
foi?
- Você
está confortável em passar a noite comigo? Aqui?
- Estou,
Tommy. – Kim sorriu – Seu quarto de hóspedes é lindo.
-
Kimberly, eu quero que você me fale tudo o que está sentindo.
- E eu
quero o mesmo. Tommy, somos amigos. E você? Está a vontade comigo?
- É
claro.
- Tudo
bem, então. – Kim bocejou.
- Quer
ir deitar?
- Não.
Combinamos de ver um filme.
- OK.
Vou trazer a televisão para a sala. Suba quando quiser.
- Subo
contigo.
Os
amigos foram para a sala e assistiram televisão até que Kimberly não aguentava
mais ficar com os olhos abertos. Então, foram para seus respectivos quartos e
dormiram tranquilos.
Amanheceu.
Kimberly acordou com o sol brilhando no céu.
- Bom
dia! – Tommy entrou no quarto.
- Bom
dia, Tommy. – Kim esfregou os olhos.
- Kim,
levante-se e vamos sair.
- Tommy,
vou voltar para Alameda dos Anjos, pegar minhas coisas e voltarei para a
Flórida.
- Por
quê?
- Já
cumpri o que precisava fazer.
- Tudo
bem, Kim.
- Mas,
antes, quero ver o Ernie.
- Eu te
levo.
-
Pretendo embarcar hoje à noite.
- Eu
tinha tantos planos…
- Eu
volto, Tommy, eu volto. Eu prometo. Eu juro.
- Hei.
Acredito em você. – Tommy sentou na cama – Quer uma massagem?
- Estou
tão dolorida, mas aceito. Vai com calma.
Tommy
começou a massagear as pernas de Kimberly, que abraçava o travesseiro. Logo,
sentiu os músculos menos doloridos.
- Tommy,
obrigada.
-
Melhor?
- Sim.
- Quando
volta?
- Talvez
daqui uns três ou quatro meses. No tempo da convocação para a competição
nacional.
- Posso
te ligar?
- Tommy,
você poderá me ligar sempre. Dia, noite, madrugada, sempre que precisar.
- Você
também.
-
Promete para mim?
-
Prometo. Kim, o que vai fazer no resto da folga?
-
Resolver os últimos detalhes da venda do meu apartamento e tirar os meus
móveis. O Jason tá enrolando.
- Eu
sei. Ele tem tantos planos.
- E seu
trabalho?
- Há um
coisa que não te contei. Estou no Departamento que chefia a Área de Ciências.
Sou figura decorativa na escola. Apareço de duas a três vezes por semana.
- Tommy,
vai dar aulas de karatê?
- Sim.
- Vou
dar aulas de ginástica olímpica.
- Você é
treinadora, né?
- Sou.
Por experiência e idade, mas o treinador desafiou-me a competir, mesmo velha.
- E você
será a melhor. Você é a melhor, Kimberly Hart.
- Vou
trocar de roupa.
- Estou
te esperando lá embaixo.
Pouco
tempo depois, Tommy dirigia de volta para a Alameda dos Anjos. Foram para o
novo point dos alunos do colégio da cidade.
- Está
lindo! – Kim disse vendo o prédio reformado.
-
Kimberly? – uma voz masculina chamou.
- Ernie!
– Kim foi abraçá-lo.
- Seja
bem vinda! – Ernie falou – Bom dia, Tommy.
- Bom
dia. – Tommy sorriu – Falei que iria te trazer um presente.
- Sim.
Café da manhã por conta da casa. – Ernie ofereceu.
Algum tempo
depois, os amigos conversavam.
- O que
a traz aqui?
- Sabe,
Ernie, vim explicar aquela carta.
- Tudo
resolvido?
- Sim. –
Kimberly sorriu.
- Tommy,
está calado. – Ernie disse.
-
Pensando. – Tommy estava enigmático.
- E seus
fãs, Kim? – Ernie quis saber.
- Tenho
medo da fama, mas ninguém me parou ainda. – Kimberly respondeu – Devo voltar
para Flórida hoje à noite.
- Tenho
acompanhado a equipe americana pela televisão. – Ernie disse solene – Sua folga
vai até o fim da semana.
- Nada
como estar bem informado. – Kim riu – Missão cumprida!
- Fique
mais um pouco. Treine nas minhas instalações. A Srta Applebbe é a diretora do
colégio e ela gostará de te ver. – Ernie falou tentando convencê-la a ficar.
- Kim,
você poderá curtir sua casa. – Tommy falou esperançoso.
- Vocês
não precisam implorar para eu ficar. Eu resolvi que vou voltar, mas na próxima
folga. – Kimberly apertou o braço de Tommy – Eu prometo.
- Certo.
– Ernie sorriu.
-
Preciso ainda fazer umas coisas. – Kim sorriu – Adivinha o que?
-
Compras! – Tommy riu – Vamos?
- Sim!
Os
amigos despediram-se e Kim e Tommy foram ao centro de compras. Passeavam
alegres, olhando as vitrines.
- Kim,
você ainda não se encantou por nada?
- Sim,
mas eu cresci. Você odiava vir fazer compras.
- Eu não
gostava, mas depois que comecei a correr, as compras me atraíram mais. Maior
poder aquisitivo, sabe?
- Olha
essa camisa, Tommy. É a sua cara.
- Muito
bonita, mas, com as mangas curtas, não dá para trabalhar. Mostra muito as
tatuagens do meu braço.
- Fez
mais?
- Sim.
- Tommy,
gosta mesmo de sentir dor?
- Kimberly Hart! – Tommy fingiu estar
bravo.
- Estou
brincando. – Kimberly viu um grupo de adolescentes aproximando-se – Ajuda-me
com elas, por favor.
-
Kimberly Hart? – uma das garotas abordou-a. Deveria ter uns quinze anos, no
máximo.
- Olá.
Eu mesma. – Kim sorriu.
- Viemos
desejar boa sorte. – outra menina falou.
-
Obrigada, meninas. – Kimberly estava achando as meninas muito sérias. Sorriu
novamente para elas.
- Você
aceitaria treinar a equipe de Alameda dos Anjos? – uma terceira perguntou.
- Tenho
planos para isso após o campeonato. – Kimberly ficou séria.
- Que
bom! Somos parte da equipe. – uma delas disse sorrindo.
Todas
pediram autógrafos e fotos. Kimberly atendeu-as.
- Não
estou acostumada com isso, Tommy. – Kim viu as garotas afastarem-se.
- Kim,
quer ir ao cinema?
- Hoje,
não. Deixa para próxima vez.
- Quer
comer alguma coisa?
-
Depois. O que é, Tommy?
- Como
sabe que tenho algo?
- Eu
sei. Eu apenas sei.
- Estou
preocupado com você, Kim.
- Por
quê?
- Seu
emocional.
- Estou
bem.
- Os
treinos…
- Tommy,
não quero falar sobre isso.
- Eu sei
o que está acontecendo. Vamos parar para conversar?
- Está
sendo duro ter de provar que ainda sou boa ginasta, além dos treinos estarem
bem exaustivos.
- O
treinador está exigindo muito de você?
- Está
sim. Não vou negar.
- Kim,
você não precisa esconder nada de mim.
- Eu não
escondo. Omito, às vezes.
- Kim,
vamos comer alguma coisa?
Os
amigos fizeram um lanche em silêncio. Depois, voltaram para a casa dos Olivers.
- Mamãe,
chegamos. – Tommy anunciou.
- Vocês
já comeram? – Jane perguntou.
- Sim. –
Tommy respondeu trazendo Kimberly pela mão – Depois das compras.
- Sra.
Oliver, eu volto para a Flórida hoje à noite. – Kimberly anunciou.
- Tão
já? – a Sra. Oliver sentou-se com os jovens à mesa da cozinha – Kim, conte-me.
- Já
resolvi o meu problema. Cumpri minha meta. Fiz as pazes com seu filho. –
Kimberly falou emocionada.
- Hei,
princesa, está tudo bem. – Tommy beijou-lhe a mão – A decisão é sua.
- Kim,
fique mais um pouco. – Jane pediu.
- Sra.
Oliver, eu aprecio muito o seu carinho e hospitalidade, mas cumpri o meu maior
desejo. – Kim agradeceu.
- Tudo
bem, filha. – Jane sorriu.
- Eu
volto. Prometo. Em três ou quatro meses. Juro que eu volto. – Kimberly falou
solene.
-
Sabemos disso. – Tommy respondeu – Prometi à sua mãe que te ajudaria nas suas
decisões. Eu só acho que pode viajar amanhã.
- Vou
verificar a disponibilidade de voo. – Kim sorriu e apertou o braço do amigo.
- Filha,
pense bem. – Jane olhou-os – Vocês estão…
- Não,
mãe. – Tommy adiantou-se.
- Somos
grandes amigos, Sra. Oliver. – Kimberly estava chorando.
- O que
foi? Kimberly, conte para mim. – Jane abraçou-a.
- Seu
carinho de mãe. Estou muito carente. – Kimberly abraçou-a de volta – Obrigada.
As duas
separaram-se e Tommy abraçou Kim carinhoso.
- Agora,
para de chorar, Kim. Você já chorou muito. – Tommy beijou-lhe a cabeça.
- Só não
resolvemos uma coisa: o seu acidente. – Kim recomeçou a chorar.
- Você
não teve culpa, Kimberly. – Jane pegou-os pela mão e levou-os para a sala –
Alegrem-se. Façam algo juntos. Chega de tristeza.
- Vamos
ao parque? – Tommy perguntou.
- Não,
garotão. Eu vou para casa, marcar minha passagem e descansar um pouco. – Kim
beijou-lhe o rosto.
- Eu vou
junto. Mamãe, volto depois que ela embarcar com segurança. – Tommy avisou.
-
Avise-me sobre o horário do voo. Estaremos lá. – a Sra. Oliver abraçou Kimberly
e despediu-se.
À noite,
os Olivers aguardavam o voo de Kimberly.
-
Obrigada por terem me trazido. – Kim abraçou Jane e John.
- Seu
voo está atrasado, Kim. – Tommy disse olhando o painel.
- Será
uma grande espera. – Kim sorriu.
- Filha,
temos que ir. – John falou – Mas, o Tommy pode ficar contigo, não é, filho?
- Posso
sim. Você quer minha companhia? – Tommy falou.
- Claro,
Tommy. – Kim sorriu.
Algum
tempo depois, Tommy e Kimberly estavam sentados no saguão do aeroporto.
- Tommy,
vai para casa.
- Kim,
fico até você embarcar.
- Já é
tarde.
- Pois
é! É tarde para deixar você sozinha.
- Sempre
possessivo.
-
Protetor.
- Está
esfriando. – Kimberly cobriu os ombros com um xale.
- Quer
uma blusa?
- Não,
obrigada. Na Flórida está calor.
-
Promete me ligar?
-
Prometo. E você?
- Vou
tentar ser melhor correspondente do que antes.
O
sistema de som anunciou o voo de Kimberly.
- Tenho
que ir.
- De
novo.
- não
vou chorar. – Kim abanou-se.
- Tchau,
Kim. Até a volta.
- Tchau.
Os
amigos se abraçaram longamente. Kimberly partiu e Tommy observou-a em silêncio.
Cinco
meses se passaram. Tommy foi visitar Jason na Flórida.
- Lindo
o apartamento. – Tommy disse.
-
Obrigado. – Jason sorriu.
- Obrigada.
– Emily sentou-se no sofá ao lado do marido.
- Era da
Kim. – Jason alfinetou – Eu mantive alguns móveis. Outros mandei para Alameda
dos Anjos junto com as coisas dela.
-
Falando nela… Cinco meses só nos falamos uma vez em nunca. – Tommy desabafou.
- Vai
vê-la, Tommy. – Emily sugeriu.
- É
verdade. Eu te dou o endereço. – Jason completou.
-
Agradeço, mas, primeiro, quero conversar com vocês. – Tommy estava sério – Três
unidades?
- Sim.
Uma, aqui na Flórida, sob a nossa direção. – Jason apertou a perna de Emily –
Uma segunda, em Costa dos Arrecifes, com você. E a terceira, na Alameda dos
Anjos, com a direção da Kimberly, se ela quiser. O que acha?
- Já
falou com a Kim? – Tommy quis saber.
- O
Jason está enrolando a Kim. Acha que ela só tem cabeça para os treinos. – Emily
entregou o marido.
- Eu a
enrolei, sim. Para comprar o apartamento. Era um refúgio para ela. – Jason
explicou.
-
Depois, vocês lavam a roupa suja. – Tommy brincou – Preciso saber o que ela
acha da ideia.
-
Gostou, mas está sem tempo para cuidar de tudo. – Jason respondeu.
- Bom,
vamos todos assisti-la nas apresentações do final de semana, né? – Tommy
perguntou.
- Claro.
– Jason riu – O hotel aqui perto só tem Rangers.
- E
teremos surpresas. – Tommy riu também.
À tarde,
os rangers foram assistir ao treino público da amiga.