Sinopse: Inicia
após o episódio “I’m Dreaming of White Ranger”. Tommy e Kimberly passam o Natal
juntos após ajudarem a Papai Noel. Em determinado momento, eles se separam
(lembrem-se do seriado). Vinte anos depois, uma tragédia reúne Tommy e Kimberly
novamente.
Disclaimer: Não são
meus e não estou ganhando nada com essa estória. Pertencem a Disney, Saban e
companhia limitada e a seus respectivos atores.
Data de início: 08/11/2017
Data de término:
28/11/2017
Classificação: 16
anos
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
4° Capítulo
- Posso?
- Claro, Kim. – ele
se ajeitou no sofá de vime.
- Obrigada. – Kim sentou-se
– Está frio.
- Um pouco. Ainda é
novembro.
- Acho que estou
pronta para falar sobre o que aconteceu.
- Tudo bem.
- Eu namorei o Luke
por oito anos, entre idas e vindas. Não posso dizer que o amava, mas nós nos
curtíamos. Planejamos essa viagem nos últimos quinze dias. Eu queria que ele
conhecesse a minha cidade.
- Kim?
- Sim.
- Ele te amava?
- Talvez. Eu
conheci a casa dos pais dele, a cidade dele, os amigos dele. Queria fazer o
mesmo com ele. Planejamos tudo. Viajamos de carro. Visitamos vários estados.
Quando íamos chegando à Alameda dos Anjos, eu falei sobre nós. Você e eu. Falei
sobre o meu primeiro amor. – Kimberly respirou fundo e tomou um gole de chá.
- Kim, quer parar?
- Não. Então, de
repente, ele começou a brigar comigo. Bom, eu tinha falado que poderíamos ir
aos lugares onde eu gostava de namorar. Começamos a discutir e ele perdeu o
controle do carro e bateu na mureta. Só lembro que, após a batida, ele estava
bem machucado e me chamou. Eu pedi desculpas e falei que sairíamos do carro
logo. Falei para ele ficar acordado, mas sabia que era o fim. Eu me despedi
dele e ele parou. – Kimberly lutava contra as lágrimas.
- Tudo bem, Kim. – Tommy
colocou a mão no joelho dela – Não precisa falar tudo hoje.
- Preciso, Tommy. –
ela tomou mais chá.
- Fale, querida. –
Tommy segurou a mão de Kimberly.
- Eu ouvi o socorro
chegando, mas consegui chegar mais perto do Luke. Dei dois murros no peito dele
e ele tossiu. Falou que ia ficar bem, mas ficou vidrado.
- Kim? – Tommy apertou
a mão dela.
- Sim. Eu assisti o
Luke morrer sem poder fazer nada. E estávamos brigando antes da batida. Eu…
- Você o amava?
Você o ama?
- Não sei, Tommy.
Ficamos seis meses separados e há quinze dias tínhamos voltado. Planejamos a
viagem como forma de passarmos um tempo de qualidade juntos. Éramos amigos com
benefícios.
- Kim, vai ficar
tudo bem.
- Eu vou ficar bem,
Tommy. A família dele não deixou nem que eu fosse ao funeral.
- Fica tranquila,
princesa. Eu vou contigo ao local em que seu namorado foi sepultado. Estou aqui
para você.
- Obrigada, Tommy.
- Kimberly, eu sou
seu amigo.
- Eu sei.
- Quando recebeu a
notícia?
- Eu ouvi os
paramédicos falando. A médica confirmou para mim, já no hospital.
- Sinto muito, meu
amor.
- Estou com falta
de ar, Tommy.
Tommy ajeitou-a no
banco e falou:
- Respire com
calma. Seu pulso está correndo. Acalme-se, Beautiful.
Kimberly, aos
poucos, foi se acalmando e encostou a cabeça no ombro de Tommy.
Tommy tirou a
xícara da mão dela e abraçou-a com carinho.
- Estou com sono,
Tommy.
- Dorme. Eu estou
aqui.
- Aqui?
- Sim. Um
cochilinho vai te fazer bem.
- Será que vou ter
crise de ansiedade cada vez que pensar no Luke?
- Vai passar, Kim.
- Tem tanto na
minha cabeça.
- Cochila, Kim.
Deita mais a cabeça, respira fundo e solta. De novo. E de novo.
A Sra. Oliver foi
até a varanda e viu Tommy com Kimberly dormindo em seu colo.
- A Kim está bem,
filho?
- Sim, mãe. Ela me
contou o que aconteceu e teve uma crise de ansiedade.
- E ficou exausta.
Faz tempo que ela está dormindo?
- Quinze minutos. –
Tommy consultou o relógio – É só um cochilo.
- No seu colo?
- Ela ficou
confortável, mamãe.
- Cuide bem dela e
não a deixe confusa.
- Confusa ela já
está.
- Também acho. Ela
tomou o chá?
- Sim. Quase todo.
- Ótimo. Mais uns
cinco minutos e leve-a para dentro. Está frio.
Algum tempo depois,
Kimberly acordou e olhou Tommy.
- Oi, Kim.
- Meu namorado
acabou de ser enterrado e eu já estou no colo do meu ex. – Kimberly falou.
- Foi uma piada?
- Uma constatação,
Tommy.
- Eu confesso que
estou adorando oferecer meu ombro, meus braços e meu colo para você chorar.
- Obrigada. Para
dormir também.
- Isso. Sempre,
Kim.
- Estou com frio.
- Vamos entrar,
querida.
- Tommy?
- Sim.
- Pode esperar que
eu supere?
- Claro, Kimberly.
Mas, lembre-se de uma coisa: antes de tudo, eu sou seu amigo.
- O melhor.
- Vem, bebê. –
Tommy ergueu-a e carregou-a para dentro.
Continua…
Nenhum comentário:
Postar um comentário