O Era Virtual tem vários locais para fazer visitas virtuais.
Fonte: curtacidadedegoias.com.br |
É uma visita guiada pela Casa Velha da Ponte. O audioguia tem de estar ligado. A própria Cora Coralina nos leva a visitar sua casa e sua história. Tem os narradores que nos brindam com trechos das lindas poesias da autora.
Encanta-nos com seus belos textos e histórias. Uma que me marcou foi que uma tia de Cora Coralina gostava de fazer as pessoas pedirem perdão, na Festa do Divino Espírito Santo. Essa senhora colocava as mãos das pessoas brigadas sobre a Bandeira do Divino, para que o Espírito Santo, com os seus sete dons, iluminasse-as e os inimigos se perdoassem.
Há uma sala que tem a correspondência entre Cora Coralina e Carlos Drummond de Andrade. É de arrepiar. E tem a que trocou com Jorge Amado. E tem a carta de Chico Xavier.
E o quintal? Um espetáculo! O jardim também nos transporta a um outro tempo. E a biquinha d'água? Um cenário, uma história...
A cozinha também é um lugar mágico. Cora fazia doces poesias.
Coisas de Goiás: Maria
"Maria. Das muitas que rolam pelo mundo.
Maria pobre. Não tem casa nem morada.
Vive como quer.
Tem seus mundos e suas vaidades. Suas trouxas e seus botões.
Seus haveres. Trouxa de pano na cabeça.
Fonte: anacoralina.blogspot.com |
Centenas de botões, desusados, coloridos, madre-pérola, louça
Vidro, plástico, variados, pregados em tiras pendentes.
Enfeitando. Mostruário.
Tem mais, uns caídos, bambinelas, enfeites, argolas, coisas dela.
Seus figurinos, figurações, arte decorativa,
Criação, inventos de Maria.
Maria Grampinho, diz a gente da cidade.
Maria sete saias, diz a gente impiedosa da cidade.
Maria. Companheira certa e compulsada.
Inquilina da casa velha da ponte." (Cora Coralina)
A Maria existiu. Foi de carne e osso. Hoje, virou boneca de pano e a venda das bonecas geram renda para a população.
Fonte: anacoralina.blogspot.com |
Após a morte da poetisa, em 27 de setembro de 1985, foi criada a Associação Casa de Cora Coralina, por amigos e parentes dela. O museu foi inaugurado em 20 de agosto de 1989, em comemoração aos 100 anos de nascimento de Cora Coralina.
Todo o acervo foi doado pela família.
A casa foi construída por volta do ano de 1770. Teve vários moradores ilustres: Capitão José Joaquim Pulquério dos Santos, Capitão-Mor da Coroa Portuguesa; Coronel José Amado Grehon, Secretário do Governo da Capitania; João José do Couto Guimarães, Sargento-Mor, trisavô de Cora Coralina. Passa pertencer à família até 1985, quando a construtora Alcindo Vieira, de Belo Horizonte, adquiri o imóvel e doa à Associação Casa de Cora Coralina.
A casa tem 16 cômodos, um amplo quintal e a bica d'água potável, totalizando 3.000 m².
Uma experiência tão vívida que risquei a visita a esse museu da minha lista de coisas impossíveis para fazer antes de morrer.
Um marco para Goiás e para o Brasil!
Reserve umas boas duas horas para fazer essa visita!
Reserve umas boas duas horas para fazer essa visita!
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