16/05/2020

Fanfic "Anastasia": Revisitando o passado e seguindo para o futuro, Capítulo 2


Disclaimer: Não são meus e não estou ganhando nada com essa história. Pertencem a 20 th Century Fox, Terrence McNally, Lynn Ahrens, Stephen Flaherty, Christy Altomare, Derek Klena, Liz Callaway, etc, etc, etc.
Sinopse: Anya quer descobrir como sua família foi assassinada. Suas lembranças estão ainda desconexas. Dimitri atende ao desejo da amada. Mas, revisitar o passado não deixa Anya bem. O casal resolve voltar para os braços da Imperatriz Viúva com uma surpresa.
Nota: Como as outras fanfictions desse universo, eu brinco de juntar o musical com o desenho. Também gosto de pesquisar. Algumas informações coletei de meus livros de História.
Classificação: 18 anos
Data de início: 24/04/2019
Data de término: 13/05/2019
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2° Capítulo

À meia noite, Anya e Dimitri embarcavam para Paris. Levaram tudo o que podiam e o carro foi vendido. Sabiam que não voltariam para a Rússia.
Na cabine, Anya andava de um lado para outro. Estava ansiosa por chegar em Paris.
- Lyubimaya[1], a viagem vai durar dois dias. – Dimitri falou improvisando uma cama – Sei que prometemos não mais viajar de trem… Vem deitar.
- Cala a boca, Dimitri. – Anya disparou.
- Sei que está ansiosa, mas venha deitar comigo. Podemos ficar acordados. – ele sugeriu malicioso.
- Não quero me deitar com você.
- Anya, podemos conversar.
- Você tem outras coisas para me contar?
- Sim, Anya. – Dimitri suspirou – Venha, lyubimaya[2].
Anya tirou o casaco e as botas. Aninhou-se sentada entre as pernas de Dimitri na pequena cama improvisada. Ajeitou a cabeça no ombro dele e suspirou.
- As marcas que tenho no corpo não te causam asco?
- Não, Anya. Você levou um tiro.
- Minhas irmãs…
- Também. Assim como seu irmãozinho. Vocês tinham joias presas por dentro da roupa. Isso fez com que as balas ricocheteassem. Foi usada maior crueldade para… – Dimitri respirou fundo.
- Tudo bem, Dima. Eu aguento.
- Eram pérolas e rubis que estavam nas roupas.
- Por isso, eu tinha aquela pedra!
- Isso mesmo, meu amor. Vocês foram levados após o cerco.
- Eu já sei. – Anya beijou o pescoço de Dimitri – Você deve estar cansado.
- Estou preocupado com você, Anya.
- E as outras marcas que eu tenho?
- As queimaduras mais antigas podem ser do ácido. Mas, eu te amo do mesmo jeito. Eu te amo até mais com as marcas da sua história. Você sente repulsa ao ver as marcas das minhas costas?
- Não. Dói de pensar no que te fizeram.
- Então!
- Dima, eu quero voltar a existir. Não como a – ela baixou o tom de voz – Anastasia, mas como a Anya.
- Nós veremos isso assim que chegarmos à Paris.
- Seduza-me, Dimitri. Deve ser interessante fazer amor com você no balanço do trem. – Anya falou lasciva.
XxXxX
O dia amanheceu.
Dimitri acordou com Anya murmurando. Ela estava descoberta. Ele colocou a coberta sobre o corpo dela.
- Nana! – Anya despertou.
- Oi, Anya. Está tudo bem. – Dimitri beijou-lhe os lábios.
- Dima? – ela estava confusa.
- Sou eu, sladkya[3]. – Dimitri beijou-a novamente – Está tudo bem.
- Sonhei com a morte da minha avó. – Anya abraçou Dimitri.
- Nós vamos chegar amanhã em Paris. Por enquanto, tente descansar. Vou buscar um chá para você.
- Estou me sentindo estranha, Dimitri.
- O que você tem?
- Estou com dor de cabeça e com uma sensação estranha no estômago.
- Está enjoada de novo?
- Não é como o que senti ontem.
- Anya, você não tem se sentido bem há alguns dias. Deve ser falta de sono e de comer direito. Descanse. Eu vou me vestir e buscar algo para comermos.
- Não consigo pensar em comida. Meu estômago dói.
- Vista-se e descanse. – Dimitri beijou-a.
Dimitri estava preocupado com a namorada. Já era noite quando ela acordou.
- Oi, Anya. – ele baixou o livro que estava lendo.
- Oi, Dima. – ela sentou devagar.
- Você dormiu o dia todo. Sente-se melhor?
- Não sei. Estou enjoada, mas acho que estou com fome.
- Por quê não se refresca e tenta comer? – Dimitri ajudou-a a ficar em pé.
Anya trocou de roupa e se recompôs. Logo, estava tomando chá ao lado do amado.
- Dima, eu quero existir de novo. Não quero mais ser uma pessoa que não existe. E não quero ser uma Feodorovna. Quero ter o seu sobrenome.
- Quer casar comigo, Anya Nikolaevna?
- Sim, Dimitri.
- Só não tenho a aliança no meu bolso. Ah, mas espere aí. – ele pegou uma bolsa do maleiro e tirou um saquinho de joia – Este deve servir.
Anya recebeu o presente e logo o abriu. Era um anel de prata com uma ametista.
- É lindo! Obrigada, Dimitri.
O jovem casal trocou um beijo apaixonado. Dimitri deslizou o anel no dedo de Anya.
- Agora, estamos noivos.
- Nana e Lily achavam que nós nos casaríamos…
- Nós nos casaremos em Paris, Anya!

Continua...


[1] Algo como querida, em russo.
[2] Idem.
[3] Algo como docinho ou benzinho.

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