Disclaimer: Não são
meus e não estou ganhando nada com essa história. Pertencem a 20 th Century Fox, Terrence McNally, Lynn
Ahrens, Stephen Flaherty, Christy Altomare, Derek Klena, Liz Callaway, etc,
etc, etc.
Sinopse: Anya quer
descobrir como sua família foi assassinada. Suas lembranças estão ainda
desconexas. Dimitri atende ao desejo da amada. Mas, revisitar o passado não
deixa Anya bem. O casal resolve voltar para os braços da Imperatriz Viúva com
uma surpresa.
Nota: Como as outras
fanfictions desse universo, eu brinco de juntar o musical com o desenho. Também
gosto de pesquisar. Algumas informações coletei de meus livros de História.
Classificação: 18
anos
Data de início:
24/04/2019
Data de término: 13/05/2019
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1° Capítulo
Dimitri levara Anya
para ver a Casa Ipatiev, em Ecaterimburgo. Ela insistira dizendo que, talvez,
se lembrasse de mais alguma coisa vendo a casa.
Anya tremia ao olhar
a casa. Sabia que ali a família Romanov havia sido brutalmente assassinada lá.
- Anya, vamos para
casa. – Dimitri falou abraçando-a.
- Eu quero entrar,
Dimitri.
- Não, Anya.
- Por favor. – ela
suplicou – Eu quero lembrar.
- Anya, você não
precisa disso. Eu entrei naquela casa e passei mal por vários dias. – Dimitri
confessou.
- Eu vou entrar
sozinha. – Anya desvencilhou-se dele – Com ou sem você.
- Não, Anya. – ele
segurou o braço dela.
- Eu quero. Por
favor. – ela o olhou profundamente – Eu quero me lembrar do que aconteceu.
- Você se lembra.
Está tudo na sua cabeça. Os seus pesadelos são prova disso.
- Dima, por favor.
Deixe-me entrar. – Anya falou tirando a mão de Dimitri do seu braço.
- Eu vou com você. –
Dimitri pegou-a pela mão – Você não obedece.
- É importante,
Dimitri. Muito importante para mim. – Anya falou e apertou a mão dele – E eu
não tenho que te obedecer.
O casal esgueirou-se
e entrou na casa. Cuidadosamente andaram pelos cômodos.
- Dimitri, tem certeza
de que os Romanov morreram aqui? – Anya sussurrou.
- Sim, Anya. –
Dimitri abraçou-a.
- Já olhamos tudo. Só
encontrei a minha boneca. – ela tremeu – Há outro lugar?
- Sim. A execução foi
no porão. – Dimitri falou a verdade – Tem certeza de que quer ir até lá?
- Sim. – Anya
estremeceu novamente – Você me segura firme?
- Sempre. Não sairei
do seu lado, Anya. – Dimitri guiou-a para o porão.
Mesmo depois de
tantos anos, as marcas da violência estavam presentes no lugar.
Anya começou a andar
pelo porão como se estivesse em transe. Dimitri estava de prontidão para
ampará-la se necessário.
- Esse lugar tem
cheiro de morte.
- Anya, vamos? –
Dimitri estendeu a mão.
- Falaram que íamos
mudar. Nos trouxeram para cá. Papai pediu uma cadeira para mamãe sentar com o
Alexei. Yurovsky e Vaganov… o pai do Gleb… tiros por toda parte. Todos caiam. A
Olga tentou fazer o sinal da cruz, mas não deu tempo. Fiquei com a Maria
agachada e tentei me proteger. Depois, só lembro da escuridão. Lembro do cheiro
de gasolina… Dima, estou enjoada. Tonta. – Anya vacilou.
- Vem, Anya. Já
chega. – Dimitri pegou-a no colo e saiu da casa.
Correu com Anya no
colo até chegar a estrada, onde deixara o carro.
Anya tinha uma
expressão de horror. Dimitri colocou-a deitada no banco de trás.
- Respire, princesa.
– ela falou – Nós vamos para casa assim que você melhorar. Respire fundo.
- O que aconteceu com
eles? Dima?
- Meu amor, eu vou te
levar a outro lugar. Eu não queria te fazer sofrer…
- Dimitri, – Anya
sentou devagar – eu me lembro de terra e o cheiro de gasolina ou algo químico.
Estava com muita dor, mas sai do buraco. Havia terra por todo o lugar.
- Anya, ouça-me.
Quando chegamos ao Palácio, eu te conto o que eu sei.
- Dimitri?
- Sim, Anya.
- Quero ir ver a
Nana.
- Nós iremos.
Dimitri dirigiu até a
floresta Koptyaki. Mostrou a Anya a vala comum onde teriam estado os corpos da
família Romanov.
- Parte dos corpos
foi colocado aqui, despojados de roupas e joias. Foram empilhados e queimados.
Foi jogado gasolina e ácido sulfúrico, além de terra e galhos de árvore. Todos
foram desfigurados com coronhadas de rifle e cobertos com cal virgem. Alexei,
Maria e Anastasia foram levados para uma outra vala. Todos os guardas estavam
bêbados…
- E não me viram
sair.
- Isso, Anya. –
Dimitri abraçou-a com força – Respira que vai passar.
- Continua. – ela
respirou fundo.
- Na manhã seguinte,
dizem que os corpos foram removidos daqui e Yurovsky os escondeu em outro
lugar. Provavelmente, estão debaixo dos dormentes da ferrovia.
Anya chorava e seu
corpo convulsionava com os soluços.
Dimitri só a abraçava
e acalentava-a. Então, parou de falar e beijou a cabeça de Anya.
- Dima, eu tenho
imagens desconexas na minha cabeça. – Anya falou entre soluções e tremores.
- Vamos para casa, sladkaya.
– Dimitri levou-a de volta para o carro – Já chega por hoje.
- Quero ir para
Paris. – Anya soluçou.
- Nós partimos no
próximo trem, Anya. – Dimitri deu partida no carro.
Continua…
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