O Museu da Pessoa é um museu virtual e colaborativo. Está aberto a todos e todas que queiram registrar sua história de vida.
O acervo reúne mais de vinte mil histórias, rostos, pessoas, povos eternizados.
O museu nasceu no ano de 1991, antes da popularização e evolução da Internet, mas já com o conceito de virtualidade. Iniciou com a exposição "Memória & Migração", no Museu da Imagem e do Som - MIS, em São Paulo. Qualquer pessoa podia visitar a exposição e contar sua história, a de sua família, as tradições etc.
Mas a ideia nasceu anos antes. Em 1989, surge a ideia de coletar essas histórias de vida no meio de uma gravação de 200 horas de histórias das famílias de origem judaica que vieram para o Rio de Janeiro. Esse projeto, "Heranças e Lembranças: imigrantes judeus no Rio de Janeiro", resultou em um livro, um acervo composto por pastas com a história de cada entrevistado e uma exposição no Museu Histórico Nacional do Rio de Janeiro. A história de um povo que sofreu tanto, mas teve alegrias e esperança também estava preservada para ser contada às demais gerações.
Essa foi a centelha que acendeu e gerou o propósito do Museu da Pessoa: permitir que cada pessoa tenha o direito e a oportunidade de ter sua história de vida eternizada, preservada, reconhecida, contada e recontada como fonte de conhecimento pela sociedade.
O acervo do museu conta com história preciosas e que são dignas de contar, recontar, contar mais uma vez e reverenciar esses personagens.
Em 1992, Paulo Reglus Neves Freire (1921-1997), educador, pedagogo e filósofo, nascido no Recife (PE), foi entrevistado pelo Museu da Pessoa. A seção que abriga sua fala chama-se "A esperança de uma sociedade mais bonita". Há vídeos e sua história de vida eternizada para que todos e todas a conheçam. Esta entrevista faz parte do projeto "Memória Oral do Idoso", realizado pela Oficina Cultural Oswald de Andrade, ligada a Secretaria de Estado da Cultura. Confira em: https://www.museudapessoa.org/pt/conteudo/historia/a-esperanca-de-uma-sociedade-mais-bonita-4619
"As memórias de mim mesmo, isso que eu chamo de tramas, me ajudaram a me entender nas tramas de que eu fiz parte e a descobrir a dimensão política e ideológica disso tudo, e a questão do poder." (Paulo Freire)
Também visitei a coleção "Transformações Amazônicas", a da ONG Brasis Invisíveis e "Amazônia, enquanto é tempo". Tenho um carinho muito grande por essa região, pelo povo ribeirinho, por todos e todas que conheci por lá.
O Museu da Pessoa inovou o campo da Museologia no Brasil ao permitir que toda e qualquer pessoa se torne parte ativa do processo.
O visitante pode criar sua coleção, conhecer as histórias de acordo com seu gosto e interesse ou contando sua própria história.
Conheça: www.museudapessoa.org
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