Disclaimer:
Não são meus e não estou ganhando nada com essa história. Pertencem a 20 th Century Fox, a Chris Carter, a 1013.
Sinopse: Pós 11ª temporada. Começa imediatamente após a cena
final. Scully continua a ter forte ligação com Jackson e tem de lidar com os
altos de baixos da gestação.
Data de início: 05/04/2018
Data de término: 03/07/2018
Classificação:
18 anos
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5º
Capítulo
Mulder
levantou do sofá rapidamente, tirou a coberta de cima deles e pegou Scully
pelos braços.
- Mulder?
– Dana falou focalizando os olhos no rosto dele.
- Sou eu,
Scully. O que foi, meu amor? – Mulder tirou uma mecha de cabelo do rosto de
Scully.
- Eu o
vi. – Scully abraçou Mulder.
- Você
está bem? – Mulder acolheu-a em seus braços.
- Sim. É
a primeira vez que eu o vejo sem estar passando mal.
- O que
viu? – Mulder afastou-se o suficiente para voltar a sentar no sofá e abraçar
Scully novamente – Quer contar?
- Ele
está observando a casa. A nossa casa. Na chuva. – Scully sentou-se reta – O
William está lá fora.
- Ele
quer nos ver? – Mulder afastou-se de Scully.
- Não
sei. Mulder, eu quero ir até ele.
- Scully,
será que ele quer nos ver? Eu acho melhor esperar que ele venha até nós.
- Está
chovendo, Mulder. Está frio.
- Eu sei.
Também quero ir pegá-lo e trazê-lo para dentro, mas precisamos saber se é o que
ele quer.
- Mulder,
o que devemos fazer?
-
Esperar.
- E o que
fazemos enquanto esperamos?
- Tenho
meia dúzia de ideias. – Mulder ergueu as sobrancelhas sugestivamente.
Scully
riu e voltou a aconchegar-se ao corpo de Mulder.
- Preciso
tirar um cochilo.
- Estarei
aqui. – Mulder ajeitou-a e beijou os cabelos dela – Descanse.
Scully
dormiu e Mulder desligou a televisão. Colocou-se em alerta para quaisquer
movimentos ou sons vindos do exterior da casa.
Uma hora
se passou. Scully acordou e encontrou Mulder sorrindo.
- O que
foi? – ela sorriu de volta.
- Ver sua
barriga crescer é demais! – Mulder acariciou o ventre de Scully.
- Hoje,
parece maior, né?
- Linda!
– Mulder beijou os lábios de Scully.
Os beijos
intensificaram-se. O casal foi interrompido por batidas na porta.
Mulder e
Scully entreolharam-se e ficaram em pé. Devagar, dirigiram-se à porta. Quando
abriu a porta, Mulder deparou-se com a figura de Jackson VanDeKamp.
- Oi! – o
moço falou.
- Oi. –
Scully sorriu e abriu mais a porta – Entre.
-
Obrigado. – o moço abraçou-a carinhoso.
-
Obrigada por me mostrar seu rosto. – Scully abraçou-o com força.
- Ah! Eu
estou todo molhado. Desculpe! – ele se afastou de Scully e olhou Mulder – Posso
te abraçar?
Mulder
abraçou os braços e recebeu o jovem calorosamente.
- Oi.
- Oi. – o
moço tremeu.
- Está
frio, né? Quer tirar essa roupa molhada e colocar uma seca?
- Minha
mochila está ensopada. – Jackson falou buscando calos no abraço de Mulder.
- Vem comigo.
– Mulder falou enquanto Scully fechava a porta – Vamos te esquentar.
O casal
levou o jovem para o andar de cima da casa. Enquanto Mulder ajudava-o no banho,
Scully separava uma roupa quente do parceiro para vestir o moço.
Logo, os
três estavam na cozinha, compartilhando uma sopa de legumes.
-
Obrigado por me receberem. Sei que tenho muito o que explicar…
- Hei. –
Scully falou – Está tudo bem. Estamos felizes que você veio até nós. Eu estou
feliz em ver teu rosto.
- Ah,
Dana… Posso te chamar assim, né? – o jovem perguntou.
- Claro.
Como você quer que te chamemos? – Scully quis saber.
- O
Jackson foi dado como morto. Eu tenho usado o nome dado pela Dana na estrada.
Vocês já se referiram a mim como William antes. Então, eu sou o William. – o
moço falou – Expliquei demais, né?
-
William. – Mulder experimentou – Gostei.
- Posso
te chamar de Mulder/ - William perguntou.
- Claro.
Como você se sentir à vontade. – Mulder sorriu.
-
Obrigado por me deixarem ficar aqui. – William serviu-se novamente – Essa sopa
está muito boa.
- Que bom
que gostou. – Scully falou – Esta à sua casa. Você sempre terá este lugar como
sua casa.
- Você
terá esta casa como seu refúgio. – Mulder completou – E pode ficar o tempo que
quiser.
-
Obrigado. E seu eu quiser ficar para sempre? – William perguntou.
- Você é
quem sabe, filho. – Scully disse sorrindo.
- O
jantar estava muito bom, Mulder. – William sorriu – Eu lavo a louça.
- Não
precisa, Will. – Scully falou – Eu lavo.
- Dana,
por favor. – William colocou a mão no braço dela – Eu faço questão.
Mais
tarde, os três estavam sentados na sala em um silêncio desconfortável.
- Bom,
nós temos quarto disponíveis. – Scully falou ficando em pé – Vou arrumar uma
cama para você.
William
abraçou-a carinhoso e falou:
- Não se
preocupe, Dana. – separou-se dela – Eu me ajeito em qualquer lugar.
- Você
passou muito tempo na estrada. É hora de dormir em uma cama limpa. – Mulder
falou bocejando.
William
abaixou-se e acariciou a barriga de Scully.
- Como
está minha irmãzinha? – ele beijou a barriga dela.
-
William? – Scully acariciou a cabeça do jovem.
- Eu sei
que não sou filho de vocês. – William ficou em pé e reto – Mulder e Dana, eu
quero me sentir dentro de uma família de novo. Da sua família. E tenho uma conexão
com a bebê.
Scully
ficou atônita. Mulder abraçou-a e acariciou a cabeça de William, dizendo:
- Vamos
descansar?
- Sim,
Mulder. – William sorriu.
- Espere
que eu já trago roupa de cama… – Mulder falou, mas foi interrompido pela mão de
Will em seu braço – O quê?
- Posso dormir
com vocês? Sei que já sou um homem, mas… – William falou e parou.
- Pode. –
Scully sorriu e pegou-o pela mão.
- Pode
sim. – Mulder abraçou-o.
Na cama,
William acomodou-se abraçado com Scully, que o ninava.
- Vou
ficar no sofá. – Mulder deu um leve beijinho nos lábios de Scully.
- Nada
disso. – William falou – Eu preciso me manter aquecido e você é um forninho.
- Mulder,
fica. – Scully pediu.
- Ok. –
Mulder ajeitou-se na cama e recebeu William nos braços – Você ainda está com
frio?
- Sim. –
William aconchegou-se ao abraço.
- Está
tudo bem. Você está a salvo. – Mulder assegurou William.
Mulder
observava Scully dormir com as duas mãos na barriga.
- Está
acordado, Mulder? – William perguntou levantando a cabeça.
- Sim. –
Mulder respondeu.
- Você é
um ótimo travesseiro. – Will riu e sentou na cama – Não consegui dormir.
- Nem eu.
– Mulder olhou-o – Vamos descer um pouco?
Mulder e
William sentaram-se à mesa.
- Quer
chá? Refrigerante? – Mulder ofereceu servindo-se uísque.
- Só se
for batizado com o que vai beber, Mulder. – William respondeu.
Mulder
riu e colocou um pouco de uísque no chá que serviu para William.
- Não
conte à sua mãe.
- Ok,
Mulder.
Os dois
riram.
- Por que
voltou? – Mulder perguntou.
-
Precisava de ajuda.
- Para?
-
Aquietar. Tanto a mente como o corpo. Estou fugindo há muito tempo. Já senti
que estou seguro e quero ter uma vida meio normal.
-
Normal…Eu já quis isso.
- E
conseguiu. Uma esposa que te ama e uma filha pra nascer.
-
William, nós passamos por muitas coisas.
- Eu não
vou fugir. Pelo menos, não agora.
- Não
faça isso com a Dana.
- Ela não
sofreu dessa vez.
-
William, nós sabemos da verdade. Tivemos a perda do filho que foi tão desejado
e amado. Mas, ganhamos uma segunda chance. Uma chance de retornarmos para casa.
Retornarmos para tudo o que sonhamos juntos.
- Eu me
comunico com a nenê.
-
William, eu te peço, por favor, que não mexa com a cabeça da Scully, nem com o
coração dela.
- Eu
quero ser amado, acarinhado, querido…
- E você
é, William. – Scully entrou na cozinha e sentou no colo de Mulder.
- Hei,
você está bem? – Mulder beijou a bochecha dela.
- Senti
falta do seu perfume e do calor de vocês na cama. – Scully beijou-o de leve nos
lábios – Will, você é amado por nós. Só que tem de deixar que nós te amemos.
- Eu
senti o quanto você me ama, Dana, mas ainda tenho tantas questões em aberto.
- Eu
posso te ajudar. – Mulder ofereceu – Se você quiser, é claro.
- Quanto
tempo ficará conosco? – Scully quis saber.
- Não
sei, Dana. – William respondeu sorvendo o chá – Só sei que será por alguns
dias.
- Muito
bem. É o suficiente para nós. – Mulder sorriu.
- Posso
acariciar sua barriga de novo, Dana? – William pediu.
- Pode. –
Scully saiu do colo de Mulder e sentou-se na cadeira – Ainda é cedo para
qualquer movimento do bebê, mas pode falar que o feto ouve.
- É uma
menina! – William ajoelhou-se ao lado de Scully, colocou a mão na barriga dela
e falou – Agora, estou aqui, querida. Nada vai te fazer mal. Docinho, sou seu
irmãozão e vou te proteger.
Scully
sufocou um soluço e foi abraçada por Mulder.
- Tudo
bem, Scully. Não chore.
-
William, eu não posso me emocionar muito. – Scully acariciou a cabeça do moço –
Não faz assim comigo.
- Você me
ama. O Mulder me ama. E essa menina me venera. – William falou voltando a
sentar na cadeira.
- Você é
muito amado, Will. – Mulder falou – Só precisa nos deixar te amar.
- Ok. – o
moço suspirou e terminou o chá.
- Volte a
dormir, Scully. – Mulder sugeriu.
- Eu vou
voltar, sim. O cheiro do uísque está me deixando enjoada. – Scully falou saindo
da cozinha.
Amanheceu.
Mulder foi o primeiro a acordar e ver a cena: Scully dormindo abraçada a
William. Levantou-se e foi tomar banho. Depois, iniciou a preparação do café da
manhã. Scully apareceu em seguida.
- Oi,
Mulder.
- Oi,
Scully. – ele a abraçou.
- Amor,
diga que não fez café. – ela falou salivando.
- Eu
ainda não fiz. Quer um gole? – Mulder beijou a cabeça dela.
- Sei que
já falamos sobre isso, mas estou louca por um café. – ela gargalhou – eu não te
engano mais, né?
- Você
está tão bem hoje. Tão linda. – Mulder começou a beijá-la por toda a extensão
do rosto e pescoço.
- Vocês
são sempre agarrados assim? – William entrou na cozinha.
- Mais ou
menos – Mulder abriu um dos braços – Junte-se à nós.
William
sorriu e entrou no abraço.
- Assim
está melhor. – Scully riu entre lágrimas.
Os três
se separaram e foram tomar café.
- Dana,
eu gostaria de contar toda a minha história para vocês. – Mulder falou.
William
contou sobre sua vida para Mulder e Scully. Sentiu-se à vontade para abrir o
coração para eles.
- E eu me
abri para vocês. – Will suspirou – E não foi difícil.
- Eu vou
te contar a nossa história com calma. – Scully falou sorrindo – Obrigada por
confiar em nós.
- Mulder,
como posso me controlar?
- Eu vou
te ajudar com alguns exercícios, mas você quer controlar seu dom? – Mulder
perguntou.
- Você
viu. Eu quis te salvar e matei aquelas pessoas do mal. Mas, às vezes, eu não
controlo. – William respondeu – Usei para fins errados, confesso. E não sei se
é um dom ou uma maldição.
-
William, o Mulder vai te ajudar. – Scully apertou o braço do moço – E eu
estarei aqui para o que precisar.
- Eu
sinto muito não ter mostrado meu rosto para você, Dana. Deveria ter feito isso
antes, mas não queria que você sofresse. – William segurou a mão dela com
força.
- Podemos
começar quando você quiser. – Mulder ofereceu.
- Ok.
- Agora,
você precisa de roupas. – Scully falou – Quer fazer compras?
- Eu
odeio fazer compras, Dana. – William respondeu.
- Eu vou
lavar sua roupa, porém precisamos de novas. – Scully voltou a segurar a mão
dele – Podemos almoçar fora, conviver um pouco.
-
Queremos tê-lo perto de nós. – Mulder falou com voz embargada.
- Não vou
sumir agora. – William riu nervoso – Estou me sentindo seguro.
- Will,
não posso escolher as roupas sem você. – Scully insistiu.
- Ok. Vou
por você. – o moço beijou a mão de Scully.
O dia
passou rápido. Mulder, Scully e William fizeram compras, almoçaram juntos e
divertiram-se como uma família.
Família
que estabeleceu uma rotina de atividades domésticas e ocasionais passeios.
Dois meses
se passaram.
- Mulder!
– Scully chamou exasperada.
Mulder
foi rápido atendê-la. Entrou no quarto de William e viu que faltavam alguns
itens pessoais.
Continua…
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