Autora: Rosa Maria Lancellotti
Disclaimer: Não são meus e não estou ganhando nada com essa história. Pertencem a 20 th Century Fox, a Chris Carter, a 1013.
Sinopse: Pós IWTB. Muitas mudanças na vida de Mulder e Scully.
Nota: A fanfic ficou abandonada por um tempo, mas foi retomada e espero que o resultado esteja bom.
Classificação: 14 anos
Data de início: 25/03/2010
Data de término: 26/11/2014
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31° Capítulo
Mulder verificou as
portas, janelas e tomadas. Quando se certificou de que tudo estava certo, foi
para o quarto.
- Scully, está
friozinho. Quer o edredon ou o cobertor?
- Edredon. Não sei se
o Will é alérgico. – ela respondeu acariciando os cabelos acobreados do filho –
O cabelo dele não é totalmente castanho, nem vermelho.
- Verdade. – Mulder
cobriu o filho e a noiva com o edredon – Sem sono?
- Na verdade, estou
morrendo de sono, mas não consigo parar de olhar o William.
Mulder deitou do lado
oposto e ficou observando o filho também.
- Quem diria, não?
- É, Mulder. Nós
estamos tendo uma segunda chance.
- Dupla.
- Isso mesmo. –
Scully riu e acariciou a barriga.
- Podemos falar um
pouquinho?
- Claro, Mulder.
- O Doggett me falou
que a Monica está de cama. Ficou internada dois dias depois de ter tido cólica
e sangramento.
- Que pena! Amanhã,
ligo para ela.
- Como você está?
- Estou feliz,
cansada, preocupada, mas muito feliz. E você?
- Eu o amo muito.
Estou feliz, mas também preocupado.
- Muita emoção,
Mulder.
- Você está melhor?
- Sim. Estou com
vontade de comer um doce, bem melado.
- Quer que eu pegue
algo?
- Não. Já escovei os
dentes e – Dana bocejou – o cansaço está falando mais alto.
- Já pensou em como
apresenta-lo à sua família?
- Não. – Scully
fechou os olhos – Boa noite, Mulder. Eu te amo.
- Também te amo. –
Mulder esticou-se e deu-lhe um selinho – Dorme bem.
A noite transcorreu
bem. Mulder foi o último a dormir e o primeiro a acordar. Olhou para Scully e o
filho. Estavam próximos e as respirações cadenciadas.
- Mulder? – Scully
chamou de olhos fechados.
- Bom dia, meu amor. –
Mulder levantou-se o suficiente para beijar o rosto de Scully – Você está bem?
- Ótima. Só quero
ficar mais na cama com nosso filho. – ela bocejou.
- Tudo bem.
Mulder levantou-se,
fez sua higiene matinal e foi fazer o café da manhã.
- Oi, Mulder. –
Scully entrou na cozinha – Estou morrendo de fome.
- Sente-se, minha
linda. Vou te servir. – Mulder serviu-a – Minha preciosa noiva está grávida e
me dando muito trabalho.
- E ainda tem chão
para o bebê nascer.
O casal conversava
durante a refeição.
- Ainda não pensei em
como apresentar o William para todos. – Scully disse adoçando o leite.
- Podemos pensar em
algo.
- Será um susto para
todo mundo!
- Tenho certeza.
- Eu deixei o William
dormindo.
- Isso é bom. É uma
mudança de ritmo para ele internalizar.
- Estou me
questionando.
- Hei, Scully, o que
está mexendo com você? Não quer mais casar comigo?
- Não é isso! – ela
olhou Mulder, que sorria cínico – Bobo!
- Lindinha, o que
está mexendo contigo?
- Estou me
questionando como mãe.
- Dana, você já sabe
como é ser mãe. Aprenderá mais com nossos filhos.
- Você é meu marido…
- Epa! Ainda não.
- Por tanto tempo
neguei nossa relação, Mulder. Neguei tudo o que sentia, mesmo depois de
ficarmos juntos.
- Isso é você. Sempre
foi.
- Mulder, você me
conhece muito melhor do que eu mesma.
- E eu te amo por
isso. – Mulder tirou uma mecha de cabelo do rosto de Scully – O que acha de
viajar hoje?
- Vou falar com
mamãe.
- Tá, mas, antes,
quer mais geléia, lindinha?
- Sim. Onde achou
essa preciosidade?
- Geléia de damasco,
Scully. Na loja de importados.
- É uma delícia.
- Você merece,
lindinha.
- Ah, Mulder.
Precisamos passar no hospital antes de viajar.
- Aconteceu alguma
coisa? Você…
- Não, não. Eu estou
bem. A ortopedista quer ver se dá para tirar o gesso do William antes do
casamento.
- Você me assustou.
- Mulder, relaxa.
William entrou na
cozinha.
- Bom dia!
- Oi, Will. – Mulder
olhou o menino.
- Oi. Dormi muito. –
respondeu o pequeno.
- Era preciso, meu
amor. – Scully abriu os braços e recebeu um forte abraço do filho – Você está
bem?
- Sim. E você, Dana?
– William deu-lhe um beijo no rosto.
- Estou bem, querido.
Vamos tomar um leitinho? – Scully acariciou os cabelos desarrumados de William.
- Sim. – Will sorriu
e abraçou Mulder.
- Oi, amigão. –
Mulder abraçou o filho e beijou a testa do menino.
- Estou pronto. –
William declarou ao desvencilhar-se do pai.
- Para quê, William?
– Mulder ajudou o filho a sentar na cadeira.
- Para conversar.
Scully estava
preparando o leite para William. Olhou para o filho.
- Pode falar, Will.
- Eu posso ouvir o
que vocês pensam. Não sou louco. – William falou solene.
- William, está tudo
bem. – Mulder falou tranquilamente – Nós podemos te ajudar.
- Will, nós te
ajudaremos a controlar esse dom. Você não pode vasculhar a cabeça das pessoas.
– Scully colocou a caneca na mesa para o menino e sentou ao lado dele – Vamos
aprender juntos a controlar.
- Obrigado. – William
sorriu – Eu nunca contei isso para ninguém.
- Você pode nos
contar tudo. – Mulder disse acariciando os cabelos do menino.
- Eu também posso
mover objetos. – Will disse.
- Nós podemos lidar
com tudo isso, filho. – Scully disse docemente – Obrigada por nos contar.
O menino sorveu o
leite e riu.
- Do que está rindo?
– Mulder perguntou.
- Vocês não se
assustaram comigo. Não tem medo de mim. – William falou terno.
- Porque nós te
amamos. – Scully disse passando geléia em uma torrada e oferecendo ao filho –
Agora, coma direitinho.
- Coma que temos um
dia longo pela frente. – Mulder completou.
-Vamos arrumar as
malas e o nosso destino será a Capital. – Scully disse – Mas, antes temos que
passar no hospital.
- Vou tirar o gesso,
Dana? – Will perguntou alegre.
- Talvez. Preciso
pegar uns documentos e a Lucy disse que quer olhar teu braço. – Scully explicou
e ofereceu mais torrada para o filho – Ela quer ver se já curou.
- O que você acha,
dra.? – William brincou.
- Que ainda curou. –
Dana falou – Paciência, meu filho.
- Lembra que
compramos uma camisa maior para entrar o gesso? – Mulder falou carinhoso e o
menino fez que sim com a cabeça – Então, amigão, ficará bem vestido. Não se
preocupe.
- Vou conhecer novas
pessoas? – William olhou Scully.
- Sim, querido. Você
será a pessoa mais importante no nosso casamento. – Dana sorriu.
Mais tarde, no hospital,
Lucy examinava o braço de William.
- O que acha, dra.?
- William, ainda
tinha esperança que estava curado. Mas não está. Vamos engessar de novo. – a
médica falou iniciando o procedimento no braço do menino.
- Ainda bem que é
branco. Vou no casamento dos meus pais.
- E que cor é sua
roupa?
- A camisa é branca e
o terno preto.
- Então, vou arrumar
uma tipoia para combinar, fechado?
- Tá bom.
- William, não posso
deixar seu braço sem gesso se ainda não curou.
- Entendi, dra.
Scully entrou na sala
onde o filho era atendido.
- Oi, Lucy.
- Dra. Scully, como
prevíamos ainda não dá para ficar sem o gesso.
- Tudo bem. – Scully sorriu
e aproximou-se – Will, você está bem?
- Sim. – o menino
respondeu contrafeito.
- Eu te avisei,
filho. – Scully riu da expressão do menino – Vou ao meu escritório e já volto. –
Scully saiu e encontrou Mulder do lado de fora – Fica um pouco com o Will? A
Lucy está engessando de novo.
Mulder começou a
andar lentamente em direção à sala onde estava o menino.
- Amor, tira essa
expressão de pânico do rosto. – Scully puxou-o pelo braço – Eu sei que não foi
fácil ver o pequeno ser examinado e ficar com dor.
- Scully, eu acabei
deixando o William sozinho depois do raio X.
- Não tem problema,
amor. A Lucy cuida muito bem dos pacientes. – Scully beijou o noivo – Respira fundo.
- Ele gritava papai,
Scully. Isso me desestabilizou.
- Eu sei. Mas,
respira fundo e entra. Só vou ao meu escritório e já volto.
Mulder entrou e o
menino sorriu:
- Fox, que bom que
veio me resgatar.
- William, você está
bem?- Mulder sentou ao lado do menino, que o abraçou – Amigão, desculpe se eu
te deixei sozinho. Eu odeio hospitais e exames.
- Desculpe se eu te
assustei.
- Tudo bem. – Mulder sorriu
e perguntou à médica: - Lucy, o que achou?
- Mais alguns dias
com gesso, Mulder. E a coluna?
- Sem mais problemas.
– Mulder sorriu – Coisas de velho.
Scully entrou na sala
e falou:
- Lucy, meus meninos
estão te dando trabalho?
- Muito trabalho,
Dana! – a ortopedista riu – Estou terminando.
- Tudo bem. – Scully acariciou
a cabeça de Mulder.
- Acabei, William. –
a médica avisou – Vem comigo um pouquinho. – Lucy pegou o menino pela mão e
avisou à Mulder e Scully: - Já o devolvo.
Lucy levou William
para a sala onde estavam organizadas as tipoias.
- Quantas! – exclamou
o menino.
- William, escolhe a
que você quiser. Pode pegar duas.
- Pode ser uma azul e
uma preta?
- Claro, William. - Lucy
pegou as tipoias e devolveu o menino para os pais – Prontinho! O William está
pronto para viajar. – a médica acariciou os cabelos do menino.
Mulder, Scully e
William partiram em direção à Capital. William dormia encostado em Scully no
banco de trás.
Continua...
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