Disclaimer: Não são meus e não estou ganhando nada com essa
história. Pertencem a 20 th Century Fox, a Chris Carter, a 1013.
Sinopse: Uma distopia que nos traz a clássica invasão da
Terra pelos alienígenas. Mulder e
Scully vão embarcar em uma fuga com suas mães, Teena e Margareth.
Data de início: 26/07/2019
Data de término: 11/09/2019
Classificação: 14 anos
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2º Capítulo
Na noite seguinte, ouviu-se um choro alto.
- Parece uma criança. – Teena falou – Parece minha filha.
Mulder ficou com a cabeça nas mãos.
- O que você está ouvindo, filho? – Maggie acariciou o rosto de Mulder –
Nós estamos sendo testados, não é?
- Ouço minha irmã. Lá fora. – Mulder falou.
- Alguém está ouvindo ou vendo mais alguma coisa? – Scully trouxe uma
xícara de chá para Mulder – Aqui, Mulder. Bebe um golinho.
- O choro. – Maggie falou – É um estímulo que todos ouvimos.
- Mãe, cuida dele. Vou ver se está tudo fechado. – Scully pegou a arma e
deslocou-se pela casa.
O choro só aumentava. Scully ouviu um choramingo e reconheceu como sendo
de Emily. Respirou fundo. Sabia que era uma ilusão. Continuou a verificar a
casa. Foi quando viu a menina na janela.
- Mamãe.
- Não é de verdade. – falou para si mesma.
- Mamãe, mamãe.
- Você não existe. – Scully falou e viu a menina correr – Eu não vou
ceder.
Quando Scully voltou à sala, Mulder se contorcia de dor. Teena e Maggie tentavam
acalmá-lo.
- Mulder, está tudo bem. Eles estão mexendo com a gente. – Scully
ajoelhou-se no chão e acariciou a cabeça dele – Tente respirar fundo.
- Eu sou um frouxo. – Mulder segurava a cabeça.
- Volte, Mulder. – Scully lutou com ele até abraçá-lo – Respira fundo,
Mulder. Eu estou aqui. Eles estão nos testando.
- Dana, viu pegar mais chá. – Maggie falou.
- Mãe, fique aqui. Não sabemos o que os alienígenas querem de nós ou que
ilusão vão criar. – Scully falou.
- E o Fox? – Teena estava desesperada.
- Ele está em uma espécie de transe. – Scully ainda lutava e, ao mesmo
tempo, acarinhava Mulder – Sra. Mulder, fale para ele que não é culpa dele o
desaparecimento da Samantha.
- Fox, é a sua mãe. Você é muito corajoso. Não é culpa sua. Não é sua
culpa a Sam ter sido levada. – Teena falou carinhosa – Ouve a mamãe. Fox, eu te
amo tanto.
Os olhos de Mulder estalaram abertos.
- Hei, Mulder. – Scully acariciou o rosto dele.
- Eu me deixei levar. – Mulder sentou no chão.
- Respira fundo. – Scully beijou-lhe a testa – Quero que você se deite
no sofá e eu vou te examinar.
- Eu estou bem. – Mulder levantou-se com a ajuda de Scully e sentou no
sofá ao lado da mãe – Desculpe, mãe.
- Está tudo bem, Fox. – Teena abraçou-o.
- Vamos descansar. – Maggie pegou Dana pela mão.
Amanheceu. Mulder viu que Scully estava acordada e deitada no
colchonete.
- Scully, eu preciso me deitar.
- Vem cá, teimoso. Você não dormiu, né? – Scully abriu espaço na cama
improvisada – Vem cá. Vem deitar. – ela falou carinhosa.
Mulder deitou-se e foi abraçado por Scully.
- Estou com tanto frio.
- Eu vou te esquentar. – Scully abraçou-o e enrolou-o nas cobertas –
Mulder, respire devagar. Teu pulso está correndo.
- Foi uma noite e tanto. – Mulder tremeu.
- Já vai esquentar. – Scully acariciou o rosto dele – Eu quero que feche
os olhos e se concentre em sua respiração.
- Scully, eu me descontrolei.
- Está tudo bem. Estou aqui.
- Não me deixe.
- Nunca, Mulder. – Scully beijou a testa de Mulder – Você está suando
frio. Relaxe.
- Filha, quer outro cobertor? – Maggie falou.
- Mãe, ele está gelado. Vou tentar esquentá-lo. Mas acho que vou
precisar colocá-lo no soro. – Scully abraçou Mulder com força.
- Está tudo bem, querido. – Maggie falou colocando outro cobertor em
ciam dele – Dana, vou fazer o café.
- Cuide da Sra. Mulder, mamãe.
- E cuide do nosso menino.
Mais tarde, as três mulheres pajeavam Mulder.
- Ele dormiu de verdade. – Scully estava com a cabeça de Mulder em um
travesseiro no seu colo – Tive que colocar um remedinho no soro. Mas acho que
não vai dormir muito. Daqui a pouco, deve estar querendo arrancar tudo.
- Ainda que trouxe essas tralhas de hospital, Dana. – Maggie comentou –
O jantar é por minha conta.
- Maggie, eu posso fazer o jantar hoje. – Teena falou – Você limpou os banheiros.
- É o jeito para passar o tempo. – Maggie sorriu – Podemos cozinhar
juntas.
- Dana, qualquer coisa, você chama? – Teena falou apreensiva.
- Sra. Mulder, ele está melhor. Quando ele acordar, a senhora verá. –
Scully sorriu e viu as duas mulheres mais velhas saírem da sala.
- As velhas já foram? – Mulder falou de olhos fechados.
- Mulder! Você já acordou? Sim, elas já foram. Como se sente?
- Ainda com dor de cabeça. – ele abriu os olhos devagar.
- Precisa comer alguma coisa. As velhas vão cozinhar.
- Que bom que elas se dão bem.
- Verdade. Precisamos ficar aqui na sala?
- É mais fácil para descer ao porão. Mas, nós arrumamos os quartos com
tanto carinho.
- Por que não sobe e descansa após o jantar? – Scully beijou a testa dele
– Sua temperatura já está normalizando. O que acha de um bom banho? Um bom
banho de banheira, à luz de velas, com sais de banho iria te relaxar.
- Falta companhia, Scully. Quer ir comigo?
- Mulder!
- Ah... O acesso está me incomodando.
- Vou tirar, Mulder. – Scully ajeitou-o no colchão e fui cuidar do braço
dele.
- Scully, preciso falar com você e com as velhas. Tive uma ideia.
- Mulder, você preparou uma fortaleza.
- E uma armadilha, Scully. – Mulder sentou-se.
- Você não me contou tudo. Eu sei disso e não estou brava. Isso é
estranho.
- Scully, eu preciso demais de você. – Mulder falou dengoso.
- Está tudo bem. Eu estou aqui. – Scully acariciou o rosto do parceiro.
- Pense no nosso banho. – Mulder levantou-se e foi para o andar
superior.
O jantar foi tranquilo. Todos conversavam sobre amenidades.
- Adoro essa atmosfera à luz de velas. – Teena riu – É o fim dos tempos.
É o fim do mundo.
- Ainda não, Sra. Mulder. – Scully riu.
- Chame-me de Teena, por favor. Se somos uma família e vamos morrer
juntos, não precisa ser tão formal e me chamar de senhora.
- Ok, Teena. – Scully sorriu novamente – Mãe, passa o pão, por favor.
- Claro, Dana. – Maggie sorriu para a filha – Seu sorriso é uma ilusão?
- Estou sorrindo por estarmos juntos. – Scully falou.
- Scully, se apagarmos a luz das velas, seu sorriso iluminará a casa
toda. – Mulder tirou uma mecha de cabelo do rosto dela.
- Quero pegar um vinho. – Scully falou.
- Eu pego as taças. – Mulder acompanhou-a até a adega.
- Teena, será que eles percebem que se amam?
- Não sei, Maggie. É evidente para nós.
- É mesmo. O que podemos fazer para eles enxergarem?
- Eu já fiz tanto, Teena.
- Hum. Vamos torcer para que, nesse tempo, eles se vejam com outros
olhos.
Mulder e Scully retornaram com o vinho e as taças.
- Vamos brindar. – Mulder serviu às mulheres e continuou – A nós!
- Saúde! – as três mulheres exclamaram.
Assim que terminaram o jantar, Mulder se ofereceu para lavar a louça.
Enquanto isso, as mulheres organizavam a sala para passarem a noite.
Logo, reuniram-se novamente na cozinha.
- Fox, o que quer falar que não pode ser na sala? – Teena questionou o
filho.
- Há indícios de que os alienígenas devem atacar logo. Provavelmente, em
dois dias. Essa noite será ruim e a tendência é só piorar. – Mulder falou – Eu
quero que vocês se preparem. Iremos ver se dá para ficar na sala. Caso
contrário, iremos para o porão.
- Ok, Mulder. – Scully olhou-o carinhosa – Estaremos juntos.
- Mãe, a senhora está com dificuldade com a escada. – Mulder falou
carinhoso – Eu vou ajudá-la. Se eu faltar, a Scully vai te ajudar.
- Filho, você quer dizer que não vai para o abrigo conosco? – Teena
deduziu – É por causa da arma?
- Em conjunto com alguns grupos, eu construí uma arma para destruir a nave
mãe. – Mulder explicou para Maggie e Dana – Temos que dar um jeito de cortar o
mal pela raiz. Eu farei isso. A arma está no sótão.
- Fox, e como podemos ajudar? – Maggie quis saber.
- É perigoso, Maggie. Eu farei sozinho.
- Mulder, e eu? – Scully fechou as mãos – Eu posso te ajudar.
- Scully, você tem que cuidar das mamães. – Mulder falou – E eu quero te
preservar. Alguém, além de mim, tem que saber o que fazer.
- Mulder, eu quero te ajudar. – ela falou – Eu levo as mamães para o
porão ou para a van e volto para te ajudar.
- Agora, somos mamães. – Maggie sussurrou para Teena.
- Melhor que velhas. – Teena devolveu no mesmo tom.
- Scully, eu só confio em você para isso. Vou desenhar o esquema. – Mulder
pegou uma caneta, uma sulfite e começou a desenhar – Vamos deixar a van pronta
para a fuga. Avaliarei como as coisas vão acontecer hoje. Amanhã, vocês ficam
no porão. No dia seguinte, eu colocarei vocês na van e aguardaremos tudo
começar. Então, atrairei a nave para o ponto e atirarei. Eu estarei em contato
com os vários grupos. Estimo que, da hora em que eu colocar vocês na van até o
ataque final, se passará uma hora. Se tudo der certo, em uma hora, eu posiciono
a arma, disparo e encontro vocês. Senão, depois de passado esse tempo, Scully,
você deve dirigir para o Norte. Tudo indicado neste mapa, que deixo contigo. –
Mulder entregou a folha para Scully – Dirija sem parar até chegar no destino.
- Eu não concordo, Mulder. – Scully disparou.
- Scully, entenda. – Mulder respirou fundo – Eu preciso que você faça o
que estou pedindo.
- Não! – Scully esmurrou a mesa e saiu da cozinha.
- Fox, vá atrás dela. – Maggie falou – Sua mãe e eu fazemos a ronda.
- Está tudo fechado. Só precisamos apagar as velas e ver se não tem luz
acesa. – Mulder falou respirando fundo novamente.
- Vai, Fox. – Teena acariciou o braço do filho – Não fiquem brigados.
Mulder suspirou e foi para a sala. Encontrou Scully furiosa arrumando
uma mala.
Continua…
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