Disclaimer: Não são meus e não estou ganhando nada com essa história. Pertencem a 20 th Century Fox, a Chris Carter, a 1013.
Sinopse: Uma distopia
que nos traz a clássica invasão da Terra pelos alienígenas. Mulder e Scully vão embarcar em uma fuga com suas
mães, Teena e Margareth.
Data de início: 26/07/2019
Data de término: 11/09/2019
Classificação: 14 anos
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1º Capítulo
Fox Mulder estava deitado no sofá do apartamento de
Dana Scully. Ouvia a movimentação da parceira pelos cômodos.
- Mulder, o mundo desabando e você deitado aí. – Scully
falou colocando as malas próximo da porta.
- O mundo não está acabando. Só o céu está
vermelho, o tempo seco e o clima está dissonante… – Mulder falou divagando.
- Onde seu carro está estacionado?
- Peguei uma van para nossa viagem. Estacionei
perto do elevador. – Mulder levantou do sofá – Não acredito nem em iminente
invasão. Ou invasão direta.
- Mulder, o que está acontecendo com você?
- Scully, não quero falar sobre isso. Vamos buscar
sua mãe. – Mulder pegou algumas bolsas e Scully as demais – Viajaremos ainda
hoje.
Depois de buscar Margareth Scully, Mulder dirigiu
para a casa na área rural.
- Fox, tem certeza de que lá estaremos seguros? –
Maggie quis saber.
- Sim, Sra. Scully. – Mulder olhou-a pelo
retrovisor – Está bem aí atrás?
- Sim, Fox. Você montou uma casa aqui atrás. –
Maggie ajeitou-se na cama improvisada – Quando quiser trocar, avise-me.
- Mamãe, eu posso trocar com o Mulder. – Scully
virou-se para a mãe – E eu posso trocar com a senhora, se precisar.
- Dana, aqui posso esticar as pernas quando eu
quiser. – Maggie sorriu – Quando quiserem descansar, podem vir me fazer
companhia. Querem algo para comer ou beber? Eu trouxe a geladeira e a dispensa
inteira.
- É bom. – Mulder sorriu – Amo sua comida.
- Filho, você está diferente. O que está em
conflito dentro de você? – Maggie quis saber.
- Não quero falar sobre isso. Desculpe. – Mulder
desviou de um acidente – O trânsito já está começando a ficar uma loucura.
- O povo está histérico. – Scully falou – A
televisão está noticiando uma grande catástrofe natural.
- O céu está vermelho. Se for asteroide, todos vamos
morrer. – Mulder falou – Eu só quero chegar em casa e pesquisar.
- Mulder, eu preciso parar em algum lugar mais ou
menos. – Scully falou.
- Eu também. – Mulder sorriu – Tem aquele café que
te falei. Espero ainda estar de pé.
- Depois da parada, trocamos de lugar. – Scully
falou – E sua mãe?
- Está nos esperando na casa. – Mulder suspirou –
Nós discutimos a respeito e, depois de muita briga, nós nos convencemos a
adequar a casa. Lá estaremos seguros. Eu fiz adaptações de alarmes nas portas e
janelas. O porão é uma fortaleza.
- E estaremos juntos. – Scully falou sorrindo.
XxX
Mulder estava saboreando um café e olhava o céu
escurecer. A estrada estava um caos, mas ele tinha um caminho alternativo para
chegar ao destino.
Scully aproximou-se do parceiro e colocou as mãos
nos ombros dele.
- Hei, Mulder. Quer me dizer o que está
acontecendo? O que passa nessa sua cabeça?
- Não agora. – Mulder deitou a cabeça nos braços de
Scully – Só seguir o mapa. Minha cabeça está explodindo.
- Ah, Mulder. – Scully acariciou o rosto dele –
Deite-se na parte de trás e descanse.
- Preciso ir na frente. Mamãe tem de me ver quando
estivermos chegando. – Mulder ofereceu café para Scully – Você tomou?
- Sim. Minha mãe está nos abastecendo com café e
chocolate. – Scully riu – Beba. Assim, sua dor passa.
- Hei, casal 20. Temos café, chocolate e leite para
vinte anos. – Maggie chegou com um carrinho cheio de itens.
Três horas depois, chegavam ao destino. Teena
Mulder acenou da janela e só abriu a porta na hora em que o filho se aproximou.
- Vamos descarregar dentro da garagem. – Mulder falou
– Como combinamos.
Assim que estavam instalados, Mulder reuniu as
mulheres na sala. Scully aconchegou-se no sofá ao lado do parceiro.
- Pronto, Mulder. – ela falou – Pode nos contar.
- Há dois anos, um pesquisador veio me procurar e
falou sobre uma invasão alienígena. Não seria mais em uma data determinada, mas
um processo. Teríamos sinais progressivos. – Mulder falou – Tudo começou com o
surto de gripe, que tivemos no ano passado. Depois, as variações bruscas do
clima. E várias coisas aconteceram até o céu escurecer e avermelhar.
- Fox, estão todos enlouquecidos. – Maggie comentou
– Onde vamos parar?
- Sra. Scully, nós estaremos seguros aqui. Estão
todos enlouquecidos, porque a imprensa começou o terrorismo sensacionalista. –
Mulder explicou – Alguns falam em invasão alienígena. Outro, em catástrofe
natural.
- E o que você acha? – Scully falou.
- Tem um pouco de cada. Algo no pacto entre humanos
e alienígenas foi descumprido. – Mulder tomou mais um gole de café – As pessoas
entraram em pânico. Óbvio. As estradas cheias, saques, acidentes.
- Então, o Fox foi me ver. – a Sra. Mulder falou –
Há dois meses, estamos com a casa pronta para nos abrigarmos do caos.
- Precisávamos de um lugar afastado para abrigo e
para podermos investigar. – Mulder explicou – Eu queria vir sozinho, mas não
podia deixar vocês para trás. E preciso muito da ajuda da Scully.
- Filho, está tudo bem. – Teena assegurou – Não
resolvemos nossas diferenças, mas trabalhamos bem juntos.
- Mãe, obrigado por arrumar tudo. Separamos os
quartos e deixamos tudo seguro. Evitaremos acender luz elétrica, mas usaremos
lanternas e, se precisar, os abajures. Esta é uma região com poucos saques,
mas, em caso de acontecer uma invasão, temos rotas de fuga. A van na parte de
trás, em caso de fuga motorizada.
- Tudo bem, Fox. – Maggie sorriu – Eu cozinho esta
noite. Depois, vamos descansar. Como vamos racionar a comida, o gás e etc.?
- Temos gás para uns dois meses. – Teena respondeu
– Mesmo usando para banho e na cozinha.
- Usamos energia solar também. – Mulder falou – Vou
tomar um banho. Vida normal, mas com alguns cuidados. Ficaremos confinados. –
Mulder levantou-se do sofá – Vou tomar um banho. – dizendo isso, foi ao
banheiro.
Maggie olhou para Teena e falou:
- Posso usar sua cozinha?
- Claro! Vou te ajudar. – a Sra. Mulder sorriu.
- Dana, por quê não aproveita e toma um banho para
relaxar? – a Sra. Scully sugeriu.
- Tá bom, mãe. – Scully encolheu-se no sofá.
Mulder encontrou Scully encolhida no sofá e
cochilando. Chamou-a suavemente:
- Hei, Scully. Acorde.
- Oi. – Scully abriu os olhos.
- O cheiro da cozinha está divino. Vai ser difícil
ficarmos escondidos com esse cheiro.
- Está mesmo. – Scully sorriu.
- Por que não toma um banho e relaxa? Você está
tensa.
- Vou sim.
- Quer ajuda?
- Não. Obrigada, Mulder. – Scully levantou do sofá
– Quero que me espere.
- Claro. – Mulder sentou no sofá.
Após o jantar, o grupo se acomodou nos sofás da
sala.
- Não querem descansar na cama? – Mulder perguntou.
- Acho melhor ficarmos juntos. – Maggie falou.
- Concordo. – Teena falou apertando o cobertor em
volta do corpo.
- Estou cansada. Não quero me mover daqui. – Scully
falou enrolando-se mais no casaco.
- Querem ligar o aquecimento? – Mulder perguntou.
- Não, filho. – Maggie falou – Vamos ficar juntos
e, assim, não ficaremos com frio.
- Vocês são terríveis! – Mulder riu – Vou pegar
mais cobertores e um saco de dormir. Ninguém vai passar frio.
Mulder trouxe um colchonete, sacos de dormir e uma mala
de cobertores. Cobriu Margareth Scully, que estava cochilando.
- Fox, quer dormir aqui pertinho? – Teena perguntou
– Se for para morrer, que seja perto do meu primogênito.
- Vou ficar de guarda. Descanse. – Mulder beijou a
testa da mãe – Vou só ajeitar a Scully no sofá e fico aqui do seu lado. Ela
dormiu.
Mulder, delicadamente, ajeitou Scully no sofá. Ela
se aninhou em sono entre as cobertas. Ele colocou mais um cobertor por cima
dela e sentou-se próximo da mãe.
- Filho, você vai precisar descansar? Quer revezar
comigo?
- Não, mãe. Descanse. Nosso plano vai dar certo.
- Fox, você sabe que só te ajudei com a esperança
de rever a Samantha.
- Mãe, não sabemos se isso irá mesmo acontecer. –
Mulder falou.
- Filho, você quer descansar um pouco?
- Não. Só vou entrar no saco de dormir para me
esquentar. Fico de guarda esta noite.
Amanheceu e Maggie acordou. Encontrou Mulder
colocando a mesa na sala de jantar.
- Bom dia, Fox.
- Bom dia, Sra. Scully. Tem café.
- Obrigada, querido. Você ficou em vigília?
- Sim.
- Por que não deita um pouco e descansa?
- Não tenho tempo. Fiz algumas pesquisas essa noite
e foram boas. Tenho que continuá-las.
- Mulder, você não descansou? Por que não vai
deitar? – Scully entrou na conversa.
- Preciso de sua ajuda. – Mulder serviu uma xícara
de café e ofereceu à parceira.
- Obrigada. – Scully tomou um gole – Mulder, eu vou
te ajudar desde que eu possa tomar umas vinte canecas desse líquido precioso.
- Pode fazer suas panquecas? – Mulder levantou as
sobrancelhas sugestivamente.
- Faço, Mulder. – Scully sorriu e foi preparar as
panquecas.
O dia demorou a passar. Um som metálico dominava o
ambiente. Ao anoitecer, uma nave cobriu os céus. Não houve contato, mas ficou
pairando sobre a cidade. Não se moveu.
Mulder havia feito uma pesquisa sobre o fenômeno e
percebeu que já vinha acontecendo há alguns meses.
Scully colocou uma xícara de café ao lado do
computador.
- Hei. Você tem de descansar, Mulder.
- Scully, a nave mãe está vindo e voltando há um
ano. O que será que eles querem?
- Eles, eu não sei. Mas, eu quero que você
descanse. – Scully acariciou as costas dele – Trouxe café, mas não deveria.
Você precisa dormir.
- Scully, vou ficar de vigia.
- Eu revezo com você. Minha mãe e a sua já
dormiram. Elas estão ficando amigas.
- Isso é bom. Scully, vá deitar.
- Só se vier comigo. Estou com calafrios.
- O que você tem? – Mulder olhou-a preocupado.
- Só um pressentimento.
- Scully, veja essa reportagem. – Mulder apontou a
tela – As visitas são aterrorizantes.
- Sei da sua preocupação com as mamães, mas elas
são mais fortes que nós.
- Eu sei. Scully, essa noite pode ser tranquila.
Nas próximas, eles vão nos testar.
- E essa história de rever os abduzidos?
- Um informante me falou e minha mãe recebeu uma
carta falando isso.
- Mulder, quer falar sobre isso? – Scully sentou ao
lado do parceiro.
- O psicólogo sou eu. – Mulder riu – Estamos
esperançosos de recuperar a Samantha.
- Tudo bem, Mulder. Mas pode ser uma notícia falsa.
- Scully, nem sei o que pensar. Eu estava descrente
com tudo isso.
- Mas, agora, você tem provas suficientes.
Estaremos preparados para o ataque?
- Sim. O porão é revestido de ferro. Mesmo que a
casa vire ruínas, estaremos bem.
- Mulder, desde que estejamos juntos, tudo estará
bem. – Scully sorriu.
- Está com fome? Vou fazer um lanche. – Mulder
começou a se movimentar pela cozinha.
- Mulder, você está uma pilha.
- Estou. Vou fazer um lanche e sentarei na sala.
- Tudo bem. – Scully voltou para a sala.
A nave iluminou a casa. Mulder foi para a sala e acordou
as mulheres.
- Vamos
descer. – Mulder orientou.
Assim que as três mulheres foram levadas par ao
porão, Mulder voltou para o andar de cima.
A nave escaneava a casa com luzes.
- Ataquem. Quero ver se o contra ataque funciona. –
Mulder falou indo à cozinha.
Pegou seu lanche e comeu-o, aguardando as ações da
nave. Naquela noite, nada aconteceu.
Continua…
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