Disclaimer:
Não são meus e não estou ganhando nada com essa história. Pertencem a 20 th Century Fox, a Chris Carter, a 1013.
Sinopse: Pós
Millenium. Ponto de vista de Mulder.
Classificação:
18 anos
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3º
Capítulo
Acordei
às nove da manhã. Levantei, fui ao banheiro, fiz minha higiene pessoal e fui
para a sala. Scully estava abraçada ao travesseiro e dormia tranquilamente.
Eu sorri
e fui a cozinha. Fiz café e voltei à sala. Peguei minha tipoia. Foi então que
vi dois olhinhos azuis sonolentos me olhando.
- Bom
dia, Scully. – eu disse chegando perto do sofá e sentei-me na mesinha de
centro.
- Que
horas são?
- Nove e
qualquer coisa.
- Oi,
Mulder. – ela passou a mão pelo rosto.
- Quer
café?
- Sim.
Eu fui à
cozinha e voltei com uma xícara de café para ela.
Tomamos
café juntos, arrumamo-nos e fomos para a casa de Margareth Scully.
- Fox,
Dana, que bom vê-los! Feliz Ano Novo! – Maggie nos abraçou efusivamente.
- Feliz
Ano Novo, mamãe. – Dana beijou a mãe.
- Vamos
entrar, queridos. Fox, e o seu braço? Está melhor?
- Dói bem
menos, Sra. Scully. – respondi enquanto adentrávamos a casa.
Maggie
não deixou Scully ajudá-la, pois ela deveria cuidar de mim. Logo, Bill e a
família dele chegaram. As piadinhas e insultos dele já não me atingiam, porque
a dor havia voltado com tudo.
- Hei,
Mulder. – Scully veio em minha defesa quando Bill fez uma gracinha sobre o meu
silêncio – Você está bem? – ela sentou a meu lado no braço do sofá.
- Sim,
estou bem. Estava ouvindo seu irmão falar.
- Vem
comigo. Está na hora de seu remédio.
Fomos
para a cozinha e ela me perguntou:
- Quer ir
embora? Sei que o Bill está chato.
- Não
estou nem ouvindo o que ele diz, meu braço voltou a doer.
- Eu sei.
O almoço deve sair por volta da uma hora. Vamos lá fora? Assim, você distrai.
Não posso te medicar antes de comer algo.
- Não sei
se é uma boa. Está frio e eu estou com dor. Não vi mais sua mãe.
- Está
babando no neto. Logo, ela vai voltar e ficar de olho no Bill.
- Quero
uma taça de champanhe, Scully.
- Eu
também. – ela sorriu e eu também sorri – Vamos para meu quarto?
- Vamos.
Subimos e
fomos para o antigo quarto dela. Encostei na porta fechada e começamos a nos
beijar vorazmente. Quando nos separamos, ofegantes, nós resolvemos deixar a
porta entreaberta e fomos sentar na cama.
- Posso me
acostumar a te beijar todo dia, Scully.
- Mulder,
preciso te confessar uma coisa. – ela me olhou de cima a baixo.
- Não vá
dizer que calça jeans preta não combina com camisa azul. – eu brinquei.
- Mulder,
eu também estou de azul e preto. Parece que combinamos. – ela riu – Preciso dizer
uma coisa a você. – Dana começou a sussurrar – Você beija muito bem.
- E você
também. – devolvi no mesmo tom.
- Venha,
Mulder. – ela se sentou na cabeceira da cama, ajeitou um travesseiro no colo e
outro do lado – Deite aqui, Mulder. Coloque seu braço aqui.
Eu a
obedeci. Ela ficou acariciando meus cabelos e contando coisas sobre a infância
dela.
Maggie
apareceu na porta.
-
Interrompo?
- Não,
mamãe. – Scully disse sorrindo – Entre.
- Eu só
vim avisar que os amigos da família chegaram. Quer ir vê-los?
- Agora,
não. – Dana riu – Deixe o Bill achar alguém para conversar.
- O Bill
estava te importunando, Fox? – Maggie perguntou de forma materna.
- Não,
senhora. Ele estava falando e eu ouvindo.
- Sei,
filho. Eu conheço o Bill desde de antes dele nascer. O almoço atrasou um pouco,
mas já vou servir.
- Tudo
bem. Já vamos descer. – eu respondi e Margareth saiu.
- Está
tão íntimo, Mulder.
- Estou
com você, Scully.
- Quer
mesmo descer, Mulder?
- Quero
você. – eu falei acariciando a perna dela.
- Mulder,
cuidado! Alguém pode ouvir.
- Tudo
bem. Você quer descer?
- Eu não
quero. Quero esperar um pouco. A casa deve estar cheia e eu não estou preparada
para todos ficarem me olhando. Desde que perdi a Emily e do câncer, as pessoas
ficam me olhando diferente. Outra, não quero que as mulheres fiquem babando por
você.
- Scully,
você já está com ciúmes de mim?
- Sempre
tive, Mulder.
- Quer ir
para casa?
- Por quê
a pergunta, Mulder?
- É que
você está tensa…
- Só de
pensar nas pessoas que estão lá embaixo, fico tensa mesmo. Deve ter uma dúzia
de ex-namorados meus.
- Agora,
sou eu quem está com ciúmes, Scully.
- Tudo
bem, Mulder. Só há um homem que eu amo. Só há um homem que é o homem da minha
vida. Esse homem está no meu colo.
- Dana,
eu também te amo.
- Ah,
Mulder, como eu queria que tudo fosse diferente.
- Ainda
pode ser, Scully. – eu sentei na cama e olhei para ela – Eu prometo que será.
Seremos felizes.
- Somos
felizes. – ela sorriu – Falou com sua mãe?
- Eu
falei com ela há um mês.
- Mulder,
eu sei que não deveria me meter, mas…
-
Ouça-me, nossa relação é difícil desde o desaparecimento da Samantha.
- E seus
pesadelos?
- Essa
noite, eu dormi bem. O remédio me relaxou, mas tem noites…
- Se eu
puder te ajudar…
- Eu sei,
Scully. E você ainda sonha com a Emily?
- Às
vezes.
- E suas
lembranças do rapto?
- Já
foram sonhos mais frequentes.
- Se
precisar de mim, sabe onde me encontrar. Scully, acha que devia ver minha mãe?
- Ela
está sozinha hoje?
- Este
ano, ela está recebendo amigos da Inglaterra, a família da Phoebe.
-
Entendi.
- Dana. –
Bill Scully bateu na porta – Mamãe está chamando para almoçar.
-
Obrigada, Bill. – ela virou para mim e disse – Nós já vamos.
Respiramos
fundo e descemos. Passamos quase despercebidos pela multidão. A apetitosa mesa
chamou a atenção de todos.
Após o
almoço, algumas pessoas vieram falar conosco e Scully resolveu que seria melhor
irmos para a varanda, mas não conseguimos ficar lá. Estava nevando. Maggie
aproximou-se de nós e disse:
- Estão
deslocados, não é?
- Não,
mamãe. – Dana tentou amenizar a situação.
- Sra.
Scully, eu estou monopolizando sua filha. Não estou bem. – eu falei
envergonhado.
- Tudo
bem, Fox. – Maggie falou pegando-me pelo braço bom – Quer que eu apresente
algumas pessoas para você?
- Não,
obrigado. Vou embora logo. – respondi agradecido.
- Não,
senhor. – Scully falou meio brava comigo – Eu te levo quando quiser ir. Você
ainda precisa tomar o remédio e não vai sair com essa neve.
- Scully,
não quero…
- Vamos
para a cozinha. – ela me interrompeu.
Nós três
fomos para a cozinha. Tomei meu remédio e Maggie sugeriu:
- Por quê
não leva o Fox para cima, Dana?
- Vamos
voltar para meu quarto, mamãe. Depois do remédio, é bom fazer essa criança
grande dormir. – Dana, aproveitando que eu estava sentando, beijou minha testa.
- Oh,
esse meninão. – Maggie brincou com meu cabelo e viu Scully ir buscar algo no
cômodo ao lado – Cuide dela. A Dana nunca deixou as festas aqui de casa por
ninguém.
- Eu que
a privo.
- Não é
assim, querido. Só peço que cuide dela o melhor que puder. Promete?
-
Prometo, Maggie.
- O que
você promete, Mulder? – Scully entrou na cozinha novamente.
Continua…
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