Título: Uma Nova
História
Autora: Rosa Maria
Lancellotti
Disclaimer: Não são
meus e não estou ganhando nada com essa história. Pertencem
a 20 th Century Fox, a Chris Carter, a 1013.
Sinopse: Pós décima
temporada. William ajudou a curar as pessoas, mas não aceitou ouvir Scully, que
ficou muito triste com a situação. O que será que isso vai dar?
Classificação: 14
anos
Data de início:
30/08/2017
Data de término:
14/09/2017
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Fox Mulder observava
Dana Scully dormindo. Os últimos dias haviam sido estressantes e cansativos.
Não era um sono
tranquilo, nem agitado. Era um sono de puro cansaço.
Como a situação de
caos havia se normalizado, Mulder se levantou para ir ao FBI.
Depois de ter se
arrumado, voltou ao quarto. Scully estava em posição fetal na cama e enrolada
no lençol.
- Hei, luz do sol.
Vai trabalhar hoje? – Mulder falou suave, acariciando a cabeça de Scully.
- Hum? – Scully falou
em sono.
- Scully, o sol já
raiou. Acorde. – Mulder beijou-lhe a testa.
- Mulder? – os olhos
dela estalaram abertos – Onde…
- Você está em casa.
No seu apartamento. Há dois dias, eu sai do hospital e você me hospedou. –
Mulder tirou a franja de Scully do rosto – Você está bem?
- Estou muito
cansada, Mulder.
- Descanse então. Eu
vou trabalhar então. Quer almoçar comigo?
- Não. – Scully ficou
de bruços.
- Scully, quer tomar
café?
- Não.
- Eu volto mais
tarde.
Mulder saiu
preocupado do apartamento de Scully. Ela estava agindo de forma estranha.
Scully arrastou-se
para fora da cama. Não queria fazer nada. Sabia que Mulder já havia percebido,
por isso, forçou-se a cumprir algumas tarefas domésticas.
Ao anoitecer, Mulder
retornou. Encontrou Scully encolhida no sofá e com o rosto manchado pelas
lágrimas.
- Hei, Dana. Trouxe
comida chinesa. – Mulder falou entrando na casa.
Ela não se mexeu.
Mulder deixou os pacotes na mesa da cozinha. Aproximou-se de Scully com
cuidado.
- Hei. Como você
está?
- Mulder, eu não acho
que eu estou bem. – Scully sussurrou.
- Dana, o que
aconteceu? – Mulder sentou-se no sofá ao lado dela.
- Eu não tenho forças
para nada. Estou depressiva.
- Os últimos dias
foram muito cansativos. O seu corpo pode estar precisando de mais descanso.
- Estou com o peito
apertado, angustiada.
- Você precisa de um
colo para chorar. – Mulder puxou-a para seu colo.
Scully aconchegou-se
no colo de Mulder e fechou os olhos.
- Lindinha, não durma
agora. Eu trouxe o jantar.
- Quero dormir e não
acordar mais.
- O que aconteceu, Dana?
- Mulder, não me
deixe.
- Nunca, meu amor.
Por que acha que eu iria te deixar?
- Eu estou num quadro
depressivo. Estou doente.
- Dana, eu percebi
que você não está bem. Confesso que te analisei um pouco.
- Eu preciso de você
para me ajudar.
- Eu vou te ajudar,
Dana.
- Não me deixe como
eu fiz com você.
- Meu amor, são
situações diferentes. Eu estava intratável. Eu não vou te deixar.
- Mulder, eu não
quero comer.
- Puxa! Eu trouxe
para te alegrar. E se eu te der umas garfadas na boca? Depois, podemos ver um
filminho ou tomar um banho juntos. O que acha?
- Você vai me ajudar?
- Claro. Vamos
começar tentando comer um pouquinho. Amanhã, pensamos no próximo passo.
- Mulder, obrigada.
- Eu te amo. Faço
isso por você e por amor.
Mulder conseguiu dar
comida para Scully. Após, procurou um filme na televisão para assistirem.
Scully estava sentada em seu colo cochilando.
- Dana, fica
acordada. Converse comigo.
- Estou com sono.
- Você comeu bem.
Precisa ficar sentadinha por meia hora pelo menos. Sabe disso.
- Mulder, vai dormir
comigo?
- Vou dormir aqui no
seu apartamento, sim. Tudo bem?
- Não me deixe
sozinha, por favor.
- Não vou. Nunca,
Scully.
- Eu quero ficar no
seu colo. Vai ver a luta ou tem jogo?
- Não tem nada na TV
para ver. Quem sabe um banho?
- Juntos?
- Sim, Scully.
- Mulder?
- Hum.
- Não vou poder
retribuir a ajuda.
- Eu farei o que for
preciso para ter a minha Scully de volta.
O casal tomou banho junto.
Após, sentaram-se na cama.
- Mulder, e nossa
casa?
- Seria bom que você
passasse uns dias lá. Para descansar.
- Só para isso?
- Scully, eu estarei
a seu lado.
- Quer ver um filme?
- O melhor agora é
deitarmos e dormirmos.
- Mulder, você me
tocou e não sentiu nada?
- É lógico que senti,
mas não era o momento.
- Mulder, como vou
saber se é verdade…
- Você aprendeu a
acreditar no invisível. Pois acredite em mim. Eu te amo e vou te respeitar.
Scully ajeitou-se na
cama e falou:
- O que faremos?
- Amanhã,
conversamos. Durma. – Mulder beijou-lhe a bochecha.
- Fica?
- Claro, Scully. –
Mulder acariciou o rosto dela – Eu te falei que não sairei daqui.
- Te amo. – Scully
falou entregando-se ao sono.
No dia seguinte,
Scully acordou com Mulder lendo o jornal da cama e tomando uma xícara de café.
- Oi, Mulder. –
Scully abriu os olhos.
- Bom dia, ruiva.
Quer café?
- Estou um pouco
enjoada.
- Quer um chá? Um
pouco de água?
- Quero você.
- Ah, Scully. Vem cá.
– Mulder dobrou o jornal e pegou-a no colo.
Scully começou a
chorar e soluçar. Mulder acalentou-a até que se acalmasse.
- Já chorei, Mulder.
Por que a angústia não passou?
- Porque você precisa
de ajuda de alguém, Scully. – Mulder falou suave.
- Posso consultar o
seu psiquiatra?
- Você quer?
- Sim.
- Você acha que
precisa?
- Sim, eu preciso de
ajuda e eu quero ser ajudada.
- Isso é muito bom,
Scully. Tenho consulta no final da tarde. Para avaliação depois de tudo o que
passamos. Quer aproveitar?
- Sim. Você é
formidável! – Scully beijou-lhe o braço.
- Quer tomar café,
ficar na cama ou algo mais?
- Vou me levantar.
- Muito bem, Scully.
Quer que eu te espere?
- Vem comigo. –
Scully levantou-se e pegou-o pela mão.
No início da noite,
Mulder e Scully chegaram ao apartamento.
- Já está em casa,
Scully.
- Fica comigo essa
noite?
- Sim. – Mulder
fechou a porta e abraçou Scully por trás – Sempre.
- Mulder, eu não
gostaria de tomar os remédios.
- Scully, já falamos
sobre isso. São necessários. E é temporário.
- O que quer fazer,
Mulder?
- Quero te amar.
- Então, leve-me para
cama. Faça amor comigo.
Mulder levou Scully
para o sofá e lá se entregaram à paixão.
Os dias foram
passando. Scully tinha dias bons e dias ruins.
Passado um mês,
decidiram ficar uns dias na casa que dividiram por anos.
Mulder acordou e
percebeu que Scully não estava na cama. Isso não era incomum. Por isso,
levantou-se e seguiu sua rotina matinal. Chegou na sala e viu a porta aberta.
Seu sangue gelou. Respirou fundo e foi até a varanda.
Encontrou Scully
tomando chá sentada em uma das cadeiras.
- Mulder, eu o vi. –
Scully sorveu um gole do chá e tinha o olhar fixo no horizonte – Ele salvou sua
vida, mas não quis me ouvir.
Mulder nada falou.
Apenas sentou ao lado dela.
- Nosso filho salvou
sua vida, Fox. Mas, não quis saber de nós. Não quis entender.
Mulder abraçou Scully
e beijou-lhe a cabeça.
- Está tudo bem. Foi
por isso que você se fechou?
- Sim, Mulder.
- Por que não me
contou?
- Não sei. – ela
suspirou.
- Está tudo bem. Sou
grato a todos que me salvaram.
- Mulder, o William
cuidou de você.
- Fale mais.
- A Einstein e o
Miller foram buscá-lo. Ele veio e, juntos, fizemos o soro. Ele cuidou de muitas
pessoas com carinho. Eu coloquei o soro na sua veia, mas o William fez
compressas na sua testa, acariciou seu rosto e acalmou você no delírio da
febre.
- Ele será um bom
médico.
- Ou psicólogo. Ou
psiquiatra. Ele ficou uma tarde inteira ouvindo uma senhora que estava muito
mal e carente. Ouviu histórias e consolou aquela mulher. Cuidou das feridas do
corpo e da alma.
- Dana, estou muito
orgulhoso de nosso filho.
- E eu também fiquei.
- Mexeu comigo.
- Eu sei. Imagine
como mexeu comigo, Mulder.
- Como você se sento
ao me contar?
- Ainda não terminei.
- Como você se sente,
Scully?
- Estou bem. Preciso
trabalhar.
- Essa é a minha
Scully. Hoje, é domingo. Não vamos trabalhar.
- Amanhã, quero
voltar ao trabalho.
- E o que quer fazer
hoje?
- Ficar com você. –
Scully abraçou Mulder com força.
- Scully, ficamos
sempre juntos. Vamos tomar café da manhã?
- Sim. Eu fiz o café
para nós. Só precisa aquecer os ovos, que já devem ter esfriado.
- Scully, como pude
viver sem você tanto tempo?
Scully riu e
beijou-o.
O casal tomou café da
manhã e foi caminhar na propriedade.
- Mulder, eu vou
voltar para casa.
- Tudo bem. – Mulder
falou.
- Acho que não
entendeu, Mulder.
- Você tem todo o
direito de ir embora, se já se sente bem e segura.
- Eu não embora. Aqui
é minha casa. – Scully sorriu.
- Então, bem vinda de
volta. – Mulder sorriu e abraçou-a com força.
- Obrigada. – Scully
ficou na ponta dos pés e mordeu a orelha dele.
- Eu quero te amar
aqui, no meio da grama. – Mulder falou puxou a blusa de Scully.
- Não, Mulder. Ainda
precisamos falar sobre nossa situação…
- Das nossas
atividades noturnas, Dana? – Mulder balançou as sobrancelhas.
- E diurnas também. O
que somos?
- Eu sou o amor da
sua vida e você é a minha vida. Vamos construir uma nova história. Juntos.
- Mulder!
- Não me importa o
que somos. Somos nós e estamos juntos.
- Eu te amo, Mulder.
- Eu também te amo.
Mulder e Scully se
beijaram apaixonados.
- Vamos desmontar teu
apartamento? – Mulder disse abraçando-a e voltando a caminhar.
- Sim.
- Estou feliz.
- E eu estou me
sentindo muito bem. – Scully correu de Mulder – Vem me pegar, vem.
Mulder riu e correu
atrás de Scully. Pareciam duas crianças brincando no jardim. A brincadeira
terminou quando ouviram um carro parar na frente do portão.
- Mulder! – Scully disparou
correndo até a varanda.
- Está tudo bem,
Dana. – Mulder viu o visitante descendo do carro – Vou lá abrir o portão e recebê-lo.
William viu o casal
correndo e rindo no jardim. Sorriu. Era impossível não achar a cena cômica.
Quando o viram descendo do carro, a alegria feneceu. Viu Scully ir para a
varanda e Mulder ir ao portão.
- Olá! – Mulder saudou-o
– Na sua idade, eu também já dirigia…
- A cidade ainda está
um caos. Pensei em vir ver como o senhor estava. Também queria notícias da Dra.
Scully. – William respondeu – Peguei o carro da Sra. Markson emprestado.
- Entre e estacione
perto da varanda. – Mulder orientou.
William obedeceu e
levou o carro para a frente da casa. Mulder fechou o portão e foi para o lado
de Scully na varanda.
O moço desceu do
carro e olhou Mulder e Scully.
- Desculpem vir sem
avisar, mas queria saber da Dra. Scully e do senhor. Vejo que estão melhores.
- Oi, William. –
Scully falou – Entre.
- Não. Preciso voltar
para a pousada e devolver o carro para a dona. – William falou.
- Por favor, entre.
Ouça o que a Scully tem a te dizer. – Mulder aproximou-se do menino – Eu posso
fazer um almoço especial para nós.
William balançou a
cabeça positivamente e acompanhou o casal para dentro da casa.
Os três se sentaram
na sala e ficaram em silêncio por algum tempo.
- Eu devo desculpas à
senhora, Dra. Scully. – William quebrou o silêncio – Eu fui rude contigo.
- Está tudo bem,
William. Só queria que você entendesse a situação e o quanto eu me arrependo. –
Scully falou apertando as mãos no colo.
- Vou deixa-los a
sós. Vou preparar algo para comermos. – Mulder levantou-se do sofá – O que
gosta de comer, William?
- O que o senhor
servir está bom. – o moço respondeu – Fico agradecido pelo convite.
- Mulder, fique, por
favor. – Scully pediu.
- Scully, você não
quer conversar a sós? – Mulder beijou-lhe a testa.
- Não. – ela puxou-o
para sentar novamente no sofá.
Mulder se sentou e
apertou as mãos de Scully.
- Dra. Scully,
perdoe-me por tudo o que falei. – William falou novamente – Eu não a ouvi.
Apenas a ataquei.
- Está tudo bem,
William. – Mulder falou.
- Sr. Mulder, a Dra.
Scully não conseguiu contar tudo. – William suspirou.
- Quem sabe se eu
contar agora? – Scully falou.
- Isso. – Mulder acariciou-lhe
o rosto.
- Por favor, doutora.
– William acomodou-se na poltrona.
- Eu te deixei porque
você corria perigo. Eu te amei desde que descobri que estava grávida. – Scully falou
chorando.
- E eu tenho ou tinha
um pai? – William perguntou.
- Sim. – Scully olhou
para Mulder.
- O senhor é meu pai?
Mesmo? Por isso, que foram me buscar?
- Sim, William. Eu
não pude ficar com você e com sua mãe. Nosso trabalho trouxe muito perigo para
nossa família.
William respirou
fundo. Estava com raiva. O casal contou toda a história até a entrega de
William para adoção.
- Eu tive a sorte de
ter bons pais adotivos. – William falou após ouvir as falas de Mulder e Scully.
- Perdoe-nos,
William. – Mulder falou entre lágrimas.
- Eu estou com raiva.
– William falou com os punhos fechados.
- Mas, você nos
ouviu. Muito obrigado. – Mulder respondeu.
Scully soluçava com
as mãos na frente do rosto.
- Dra. Scully, está
tudo bem. – William aproximou-se dela – Eu te ouvi. Sei que esperava que eu
entendesse, mas não consegui ainda.
- William, por favor.
– Mulder colocou a mão no braço do rapaz – Eu te agradeço pela sinceridade e
por ter ouvido a nossa história, mas, agora, precisamos digerir também tudo o
que aconteceu.
- Senhor, eu quero
muito conhece-los, mas ainda estou com raiva. Eu pude pensar na situação e sei
que errei. – William ajoelhou-se e colocou as mãos nas de Scully – Doutora,
perdão. Olhe para mim, por favor.
Mulder acariciou os
cabelos de Scully e sorriu para William.
- William, não te o
que perdoar. – Scully falou entre lágrimas – Eu que tenho que ser perdoada.
- Por que não
sentamos em volta da mesa, comemos e conversamos? – Mulder perguntou.
- Preciso realmente
voltar. – William falou.
- Posso te dar um
abraço? – Scully perguntou.
- Claro, doutora. – William
se adiantou e abraçou-a.
- Obrigada, William. –
Scully falou baixinho.
William separou-se de
Scully e abraçou Mulder.
- Obrigado por salvar
minha vida, William. – Mulder falou suave – Seja bom!
- Obrigado. – William
ficou em pé – Agora, tenho que ir para não perder o horário…
- Almoce com a gente.
– insistiu Scully – Nós te acompanhamos depois.
- Tudo bem. – William
sorriu.
Mulder preparou uma
massa à carbonara para os três.
Mais tarde, Mulder e
Scully acompanharam William até o local onde estava hospedado.
- Pronto! – William
abraçou o casal e viu-os ir embora.
- São seus pais,
William? – Irina Markson, dona da pousada, perguntou.
- Biológicos, sim. –
o moço respondeu – Obrigado por me emprestar o carro.
- Eles me pareceram
boa gente.
- São sim.
- Que bom que os
encontrou.
Mulder e Scully
voltaram para casa em silêncio. Ver William novamente era uma alegria, mas deixá-lo
de novo era duro.
Chegaram em casa e
ficaram abraçados no sofá.
- Ele nos ouviu,
Scully. – Mulder falou acariciando as costas dela.
- Diz que me perdoou…
- Ele é um bom
menino.
- Fox, preciso
trabalhar.
- Amanhã. Quer fazer
faxina?
- Podemos fazer outro
tipo de atividade?
- Sempre, Dana. –
Mulder levou para o quarto.
Mulder e Scully
trabalharam a semana toda. Na sexta-feira à noite, resolveram jantar em
Georgetown. O telefone de Mulder tocou. Era William.
- Senhor Mulder, está
ocupado?
- Oi, William.
Estamos jantando em Georgetown…
- Posso me juntar a
vocês? Estou por perto.
- Claro. Vou te
mandar a localização por mensagem. Quer que eu peça alguma coisa?
- Sim, obrigado. –
William desligou.
- Mulder? – Scully arregalou
os olhos.
- Era o William. Ele está
vindo participar do nosso jantar romântico.
- Mulder…
- Scully, vamos
aguardar.
Logo, William
juntava-se a eles no restaurante.
- William, o que te
traz aqui? – Scully perguntou.
- Preciso de ajuda.
Conversei com o advogado da família e ele sugeriu que eu poderia voltar para o
sistema. Eu ainda não sou maior de idade nem fui emancipado. Vocês me querem de
volta? – William foi direto ao ponto.
Mulder e Scully
entreolharam-se.
- William, entenda.
Você foi muito desejado por nós. E ainda é. – Mulder começou – Receber você em
nossa família requer alguns cuidados.
- Mas, nós te queremos.
William, eu sonhei tanto com esse momento. – Scully apressou-se em dizer.
- Obrigado. O
advogado vai cuidar de todos os trâmites e da documentação. – William sorriu ao
ver o prato que o garçom trouxe – Como sabe que gosto de um bifão?
- Pensei na comida da
fazenda. – Mulder falou.
- Ou no estereótipo. –
Scully completou.
- Obrigado. – William
sorriu e experimentou a carne.
- William, conte-nos
sobre você. – Mulder pediu – Se você se sentir à vontade, é claro.
- Eu sou um
adolescente comum. Eu soube da adoção aos dez anos. Acho que vocês podem me
conhecer com a convivência. – William falava tranquilo.
- Vai ficar na
pousada até quando? – Scully quis saber.
- É tão solitário
ficar por lá. Apesar de que sempre gostei de ficar sozinho… - William comentou.
- Por que não vem
ficar um tempo conosco? – Mulder perguntou – Nossa casa é grande e você pode
morar conosco.
- Em definitivo, se
quiser. – Scully falou – E tenho um apartamento, aqui em DC, que você pode ocupá-lo.
Eu o desmontei, mas o aluguel ainda está pago.
- Agradeço
imensamente a vocês pela acolhida. – William sorriu – E desculpem atrapalhar a
noite de vocês.
- Você não atrapalha.
Você é nosso filho. – Mulder alcançou a mão do moço – Você me permite te chamar
assim?
- Só ainda não
conseguirei chamá-los de pai e mãe, mas pode me chamar de filho, de Will. – o rapaz
sorriu.
- Will, quer ir para
casa hoje? – Scully perguntou esperançosa.
- Sim, doutora. Eu
gostaria muito de já ir para casa hoje. – o moço riu e apertou a mão dela –
Como você está?
- Estou bem. E muito
feliz que você tenha nos aceitado em sua vida. – Scully apertou a mão de
William.
- Eu tenho carinho
por vocês dois. – William declarou – E vamos comer antes que esfrie.
O jantar foi
tranquilo. Após, William foi buscar suas malas onde estava hospedado.
Mulder e Scully
estavam felizes em levar o filho para casa. Era o começo de uma nova história.
Fim
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