Título: A escuridão e
a luz da nossa vida
Autora: Rosa Maria
Lancellotti
Disclaimer: Não são
meus e não estou ganhando nada com essa história. Pertencem a 20 th Century Fox, a Chris Carter, a
1013.
Sinopse: Pós IWTB. Muitas mudanças na vida de Mulder e Scully.
Nota: A fanfic ficou
abandonada por um tempo, mas foi retomada e espero que o resultado esteja bom.
Classificação: 14
anos
Data de início:
25/03/2010
Data de término:
26/11/2014
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17º Capítulo
- Ué? Não estava de
folga? – Scully respondeu.
- Uma emergência e me
chamaram. – Jane respondeu e olhou Scully – Precisava de uma boa pediatra, mas
você não está bem, já percebi. Eu me viro com a do plantão noturno.
- Jane, pode se
atrasar uns minutos? – Scully pediu.
- Claro, querida. Vem
comigo. – Jane respondeu.
- Sim. – Scully
respondeu e virou para Mulder – Eu já volto. Vai guardando as minhas coisas,
por favor.
- Tudo bem. – Mulder
observou-a acompanhar a outra médica.
Meia hora depois,
Scully voltou para o escritório.
- Está melhor, amor?
– Mulder estava praticamente com a cadeira deitada.
- Sim, Mulder. – ela
entrou e aproximou-se – Acho que estou te devendo uma coisa. – Scully sentou no
colo de Mulder e beijou-o com paixão.
- E, Scully? – Mulder
estava sem fôlego.
- Primeiro, a dívida.
Resolvido. Agora, trabalho.
- Você ajudou a Jane?
- Não muito. Só dei
uns palpites e a pediatra do próximo turno vai cuidar do paciente. Agora,
trabalho.
- Pelo menos, aos
olhos dos outros.
- Pronto para ver seu
filho?
- Sim. Vou ver o
nosso filho. Agora, como pai. Sabe que quando o vi pelo vidro, não podia
demonstrar nada, mas…
- Vamos lá, Mulder.
- Peraí!
- O que há, Mulder?
- Você está melhor?
- Estou, Mulder.
Vamos. – Scully puxou-o pela mão até o quarto do pequeno William.
- A Jane te deu o quê
no soro, hein? Narcótico? – Mulder brincou seguindo-a.
Ao chegarem ao quarto
de William, Mulder respirou fundo.
- Relaxa, Mulder. –
Dana abriu a porta e entrou.
William assistia
televisão deitado na cama.
- William? – Scully
sorriu.
- Dana! – o menino
sorriu de volta.
- Vim te ver antes de
ir embora e quero que conheça meu marido, Fox. – Scully levou Mulder pela mão
até ficar ao lado do leito.
- Oi, William. –
Mulder sorriu.
- Oi, Fox. – William
sorriu de volta – Nós já nos conhecemos?
Scully engoliu em
seco e Mulder apenas acariciou a cabeça do menino.
- Quem sabe, William?
Eu fui te ver na UTI, mas você estava dormindo.
- Dormi demais, né?
- Não, amigão, era
preciso. Tudo bem se eu te fizer algumas perguntas?
- Tá.
- Trabalho no FBI e
eu fui ver o que tinha acontecido…
- No dia do acidente.
– William completou.
- Isso mesmo. Quer
falar sobre?
- Sim.
Scully sentou na
cadeira de um lado da cama e Mulder do outro lado.
- Do que você se
lembra, William? – Scully começou.
- Do meu pai adotivo
falando que tinha um carro atrás do nosso há mais de duas horas. A minha mãe
adotiva dizia para entregar o que os homens queriam. Daí, o outro carro ficou
batendo no nosso até que capotou. Aí, só lembro de homens vasculhando o local,
depois sirenes e um homem que disse “Tudo vai ficar bem, William. Estou aqui.”
Então ficou tudo escuro e acordei no hospital.
- Tudo bem, William.
– Mulder acariciou-lhe a cabeça – Seus pais adotivos te falaram sempre…
- Sobre a adoção. –
William antecipou.
- Sim, amigão. –
Mulder respondeu com os olhos brilhando.
- Desde que eu
cheguei acho. Nunca gostei de chamá-los de pai e mãe. Esta sempre me disse que
eu era estranho.
- Sempre? – Mulder
quis saber.
- Acho que desde meus
três anos. E eu realmente tinha atitudes estranhas. – William bocejou.
- Bom, é melhor você
descansar, querido. – Scully disse acariciando o braço do menino – Sente dor?
- Não, Dana. Só o
gesso coça um pouco.
- É normal, mas não
pode tentar cutucar, ouviu? – Scully sorriu e bagunçou o cabelo de William – Eu
vou embora, mas amanhã eu volto, ok?
- Tudo bem. – William
falou sorrindo – Posso ganhar um beijo de boa noite?
- Claro, meu amor. –
Dana beijou-lhe a testa, emocionada – Dorme com os anjos.
- Boa noite, Dana. –
William sorriu e fechou os olhos.
- Posso também te dar
um beijo, amigão? – Mulder sussurrou em seu ouvido.
- Pode, papai. –
William disse de olhos fechados e sorrindo.
Mulder beijou a
cabeça do garoto com lágrimas embaçando sua visão.
- Dorme bem, filho.
O casal saiu de mãos
dadas, sem dizer uma palavra. Entraram no escritório de Scully e, ao fechar a
porta, Mulder desabou.
- Mulder, não chora
desse jeito. – Scully chorava junto e abraçou-o – Calma, por favor.
- É muita coisa,
Scully. – Mulder soluçava – Desculpe se estou descontrolado.
- Acalme-se. Vamos
para casa.
- Tudo bem. – Mulder sentou
na cadeira e puxou Scully com ele – Só preciso me acalmar um pouco e você
também.
- Amor, deixe-me
dirigir.
- Não.
- Por favor. Você
está muito nervoso.
- E você não passou
bem. Como de repente melhorou?
- Medicação na veia
em via rápida. A dor de cabeça passou, mas ainda estou enjoada. Se ficar calmo,
eu também fico e melhoro.
- Ok. – Mulder trocou
um beijo singelo com Scully – Pronta para ir?
- Claro, amor. – ela enxugou
o rosto dela e o dele também – Em casa, podemos ficar mais à vontade.
Mulder e Scully
deixaram o hospital. Quando chegaram no carro, Mulder deu as chaves para
Scully.
- Mulher, você
venceu. Estou trêmulo para dirigir.
- Obrigado, g-man. – Scully capturou os lábios de
Mulder num beijo de alívio – Vamos embora.
Ao chegarem em casa,
não se desgrudaram um minuto: tomaram banho juntos, arrumaram o quarto e
fizeram o jantar lado a lado. O silêncio imperava e as lágrimas corriam como
uma cachoeira dos olhos de ambos.
- Chega! – Scully enxugou
o rosto no pano de prato – Não faz bem comer chorando. Tenho que admitir:
deixá-lo lá corta meu coração, mas não podemos ter esperança de ter o nosso
filho de volta.
- Podemos sim, Dana. –
Mulder respirou e enxugou as lágrimas com a mão – Li que, antes de fugir, os
pais adotivos queiram devolver o William…
- E não me contou?
- Soube hoje, Scully.
- Tem algo que não me
contou e está te deixando desse jeito.
- Como você me
conhece! – Mulder puxou duas cadeiras da mesa – Senta que eu te conto.
- Tá bom.
Os dois se sentaram e
Mulder contou:
Continua...
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