21/01/2025

Fanfic "Arquivo X": Confrontos, Capítulo 3

 

Disclaimer: Não são meus e não estou ganhando nada com essa história. Pertencem a 20 th Century Fox, a Chris Carter, a 1013.

Sinopse: Após uma briga, Scully decide confrontar Mulder com histórias do passado.

Nota: Essa fanfic surgiu depois de um surto da minha cabeça, relembrando conversas e teorias sobre algumas situações em Arquivo X. Consultei a turma sobre o que escrever e a resposta foi um tanto lacônica. Então, brotou essa fanfic na minha cabeça. Fe todo o caminho criativo e eis o resultado. Esta fanfic foi dividida em partes, mas tem uma continuação pronta e curtinha! Esta será publicada em breve!

Data de início: 02/03/2024

Data de término: 13/03/2024

Classificação etária: 18 anos

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3° Capítulo

 

- É uma longa história. – Mulder ajeitou-se no sofá.

- Estou aqui para te ouvir. – Scully falou em tom desafiador, mas logo se arrependeu. Pela expressão de Mulder e sua postura, não seria fácil contar a história para ela.

- Eu começo com outra pergunta. Você nunca confiou em mim para me contar quando você não estava bem? Sempre me respondi com a sua marca registrada: “Eu estou bem”. – Mulder a olhou firme.

- Não queria me mostrar frágil ou que eu dependia de você. – Scully suavizou o tom e olhou Mulder com carinho – Sempre fui forte e queria manter essa imagem.

- Você sabe que não precisava ser forte o tempo todo? Você sabe que para mim você não seria menos se fosse mais fraca ou frágil? Você sabe que rastejaria em brasa por você, não?

- Sim, Mulder.

- Eu dou minha por você. – Mulder falou entre lágrimas – E lá vamos nós! Eu fui o primeiro a chorar.

- Hei! – Scully acariciou o rosto dele – Estou te pressionando demais.

- E vamos até o final. – Mulder respirou fundo – Um pouco depois daquele caso do carro e o carro que tinha de acelerar, lembra?

- Sim. – Scully respirou fundo prevendo que seria difícil para os dois – Sabia que ia ser complicado contar e ouvir sobre a sua doença.

- As dores de cabeça começaram a se intensificar. Tornou-se uma dor muito forte. Tinha dias que eu nem conseguia dormir por isso.

- E você já conseguia dormir mais horas por noite. Era pouco, mas era melhor do que antes. – Scully comentou.

- Era uma dor muito forte. Eu achei que fosse estresse. Teve dia que eu cheguei a ficar muito enjoado por causa da dor e não querer nem levantar no sofá. Um dia, minha mãe me chamou para conversar. Ela se sentia muito culpada por ter me tirado do hospital. Fiquei na casa dela por uns dias e descobri um médico perto da casa dela. Sem falar para ninguém, marquei uma consulta, fiz os exames e tive o diagnóstico.

- Não contou nem para sua mãe?

- Não. Ela estava se sentindo muito culpada. Nem ela me contou que estava doente! – Mulder ficou bravo e respirou.

- Eu fui tão burra! Não percebi também! – Scully se irritou.

- Mas cuidou de mim. Teve dias em que a dor estava insuportável e você cuidou de mim, sem nem perceber.

- E eu achando que era carência! Que era dengo! – ela socou novamente o sofá – Eu achando que você era o carente da relação e queria colo.

- Reclamei de dor uma única vez, no meio de um caso. No meio da noite, eu não estava aguentando de dor, com tontura, enjoado. Achei que iria sucumbir naquela noite. Então, eu te procurei e você ficou a madrugada toda cuidando de mim, me medicou, me acarinhou, me fez dormir quando estava amanhecendo.

- Como escondeu sua medicação? Como eu não achei?

- Eu tinha só uns dois ou três frascos. Ficavam bem à vista em casa e você não percebeu. Ainda bem! Nem quando você passava as loucas noites de amor no meu apartamento. – Mulder riu entre lágrimas.

- Por que fez isso comigo? – Scully também estava chorando a essa altura do confronto – Por que não confiou em mim?

- Você queria tanto ser mãe. Eu não queria tirar seu foco.

- Eu queria um filho teu! – Scully se levantou e andou furiosa pela sala – Nós já estávamos caminhando para um relacionamento sexual, mas… Mulder, sempre foi você! Eu sempre amei você! Queria constituir família com você.

- Eu sei. – Mulder a alcançou com a mão e puxou-a novamente para o sofá – Sente-se. Ainda não terminei. Ouça-me, por favor.

- Vou me sentir ainda mais burra e culpada? – Scully o olhou profundamente.

- Espero que não. – Mulder viu a parceira se sentar novamente – Eu visitei minha mãe mais que visitei a vida toda. Quase toda semana, eu passava por lá. Só não retornava as ligações dela. Nem retornei antes dela morrer. – Mulder voltou a chorar – Acho que o estúpido sou eu, além de mau filho.

- Ah, Mulder! Vem cá! – Scully o trouxe para deitar em seu colo.

- Era assim que você fazia nos meus piores dias de dor. Na maioria das vezes, você percebia que eu não conseguia ficar assim, deitado em suas pernas, e me deitava no teu ombro. Você sempre me ninava e acariciava. Isso ajudava um pouco a dor a diminuir. – Mulder entregou-se e aninhou-se no sofá.

- Eu sinto muito não ter percebido os sinais e os sintomas. – Scully acariciava o rosto do home deitado em suas pernas – Eu queria poder ajudado você, realmente cuidado de você.

- Eu sinto muito não ter contado. Scully, o foco, naquele momento, era você ter um pedacinho de nós dois na tua barriga e, depois, nos teus braços. Nosso filho seria teu consolo quando eu me fosse. Seria uma boa lembrança minha. Você teria boas histórias para contar para nosso homenzinho.

- Ah… Estou me sentindo mais culpada ainda.

- Não vá por esse caminho, Dana. Esse caminho é uma autotortura e eu o conheço bem. – Mulder falou carinhoso.

- Ouça, acho que já te entendi e já fui longe demais. – Scully falou e suspirou – Você me perdoa?

- Sua punição para mim nos fez conversar e eu chorei primeiro. – Mulder pegou a mão de Scully que acariciava seu rosto e beijou – Eu vou voltar a sentar, meu amor. – ele voltou a ficar sentado no sofá – Qual o próximo confronto de hoje?

- Acho que é sua vez. – Scully se levantou e foi pegar uma caixa de lenços de papel no armário.

Depois de ambos enxugarem o rosto, voltaram a se sentar frente a frente.

A raiva se dissipara e o amor imperava entre o casal, mas ainda haviam coisas a serem ditas.

 

Continua…


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