Disclaimer: Não são
meus e não estou ganhando nada com essa história. Pertencem a 20 th Century Fox, a Chris Carter, a 1013.
Sinopse: Após uma briga, Scully decide
confrontar Mulder com histórias do passado.
Nota: Essa fanfic
surgiu depois de um surto da minha cabeça, relembrando conversas e teorias
sobre algumas situações em Arquivo X. Consultei a turma sobre o que escrever e
a resposta foi um tanto lacônica. Então, brotou essa fanfic na minha cabeça. Fe
todo o caminho criativo e eis o resultado. Esta fanfic foi dividida em partes,
mas tem uma continuação pronta e curtinha! Esta será publicada em breve!
Data de início: 02/03/2024
Data de término: 13/03/2024
Classificação
etária: 18 anos
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3° Capítulo
- É uma longa
história. – Mulder ajeitou-se no sofá.
- Estou aqui para
te ouvir. – Scully falou em tom desafiador, mas logo se arrependeu. Pela
expressão de Mulder e sua postura, não seria fácil contar a história para ela.
- Eu começo com
outra pergunta. Você nunca confiou em mim para me contar quando você não estava
bem? Sempre me respondi com a sua marca registrada: “Eu estou bem”. – Mulder a
olhou firme.
- Não queria me
mostrar frágil ou que eu dependia de você. – Scully suavizou o tom e olhou
Mulder com carinho – Sempre fui forte e queria manter essa imagem.
- Você sabe que não
precisava ser forte o tempo todo? Você sabe que para mim você não seria menos
se fosse mais fraca ou frágil? Você sabe que rastejaria em brasa por você, não?
- Sim, Mulder.
- Eu dou minha por
você. – Mulder falou entre lágrimas – E lá vamos nós! Eu fui o primeiro a
chorar.
- Hei! – Scully
acariciou o rosto dele – Estou te pressionando demais.
- E vamos até o
final. – Mulder respirou fundo – Um pouco depois daquele caso do carro e o
carro que tinha de acelerar, lembra?
- Sim. – Scully
respirou fundo prevendo que seria difícil para os dois – Sabia que ia ser
complicado contar e ouvir sobre a sua doença.
- As dores de
cabeça começaram a se intensificar. Tornou-se uma dor muito forte. Tinha dias
que eu nem conseguia dormir por isso.
- E você já
conseguia dormir mais horas por noite. Era pouco, mas era melhor do que antes.
– Scully comentou.
- Era uma dor muito
forte. Eu achei que fosse estresse. Teve dia que eu cheguei a ficar muito
enjoado por causa da dor e não querer nem levantar no sofá. Um dia, minha mãe
me chamou para conversar. Ela se sentia muito culpada por ter me tirado do
hospital. Fiquei na casa dela por uns dias e descobri um médico perto da casa
dela. Sem falar para ninguém, marquei uma consulta, fiz os exames e tive o
diagnóstico.
- Não contou nem
para sua mãe?
- Não. Ela estava
se sentindo muito culpada. Nem ela me contou que estava doente! – Mulder ficou
bravo e respirou.
- Eu fui tão burra!
Não percebi também! – Scully se irritou.
- Mas cuidou de
mim. Teve dias em que a dor estava insuportável e você cuidou de mim, sem nem
perceber.
- E eu achando que
era carência! Que era dengo! – ela socou novamente o sofá – Eu achando que você
era o carente da relação e queria colo.
- Reclamei de dor
uma única vez, no meio de um caso. No meio da noite, eu não estava aguentando
de dor, com tontura, enjoado. Achei que iria sucumbir naquela noite. Então, eu
te procurei e você ficou a madrugada toda cuidando de mim, me medicou, me acarinhou,
me fez dormir quando estava amanhecendo.
- Como escondeu sua
medicação? Como eu não achei?
- Eu tinha só uns
dois ou três frascos. Ficavam bem à vista em casa e você não percebeu. Ainda
bem! Nem quando você passava as loucas noites de amor no meu apartamento. –
Mulder riu entre lágrimas.
- Por que fez isso
comigo? – Scully também estava chorando a essa altura do confronto – Por que
não confiou em mim?
- Você queria tanto
ser mãe. Eu não queria tirar seu foco.
- Eu queria um
filho teu! – Scully se levantou e andou furiosa pela sala – Nós já estávamos
caminhando para um relacionamento sexual, mas… Mulder, sempre foi você! Eu
sempre amei você! Queria constituir família com você.
- Eu sei. – Mulder
a alcançou com a mão e puxou-a novamente para o sofá – Sente-se. Ainda não
terminei. Ouça-me, por favor.
- Vou me sentir
ainda mais burra e culpada? – Scully o olhou profundamente.
- Espero que não. –
Mulder viu a parceira se sentar novamente – Eu visitei minha mãe mais que
visitei a vida toda. Quase toda semana, eu passava por lá. Só não retornava as
ligações dela. Nem retornei antes dela morrer. – Mulder voltou a chorar – Acho
que o estúpido sou eu, além de mau filho.
- Ah, Mulder! Vem
cá! – Scully o trouxe para deitar em seu colo.
- Era assim que
você fazia nos meus piores dias de dor. Na maioria das vezes, você percebia que
eu não conseguia ficar assim, deitado em suas pernas, e me deitava no teu
ombro. Você sempre me ninava e acariciava. Isso ajudava um pouco a dor a
diminuir. – Mulder entregou-se e aninhou-se no sofá.
- Eu sinto muito
não ter percebido os sinais e os sintomas. – Scully acariciava o rosto do home
deitado em suas pernas – Eu queria poder ajudado você, realmente cuidado de
você.
- Eu sinto muito
não ter contado. Scully, o foco, naquele momento, era você ter um pedacinho de
nós dois na tua barriga e, depois, nos teus braços. Nosso filho seria teu
consolo quando eu me fosse. Seria uma boa lembrança minha. Você teria boas
histórias para contar para nosso homenzinho.
- Ah… Estou me
sentindo mais culpada ainda.
- Não vá por esse
caminho, Dana. Esse caminho é uma autotortura e eu o conheço bem. – Mulder
falou carinhoso.
- Ouça, acho que já
te entendi e já fui longe demais. – Scully falou e suspirou – Você me perdoa?
- Sua punição para
mim nos fez conversar e eu chorei primeiro. – Mulder pegou a mão de Scully que
acariciava seu rosto e beijou – Eu vou voltar a sentar, meu amor. – ele voltou
a ficar sentado no sofá – Qual o próximo confronto de hoje?
- Acho que é sua
vez. – Scully se levantou e foi pegar uma caixa de lenços de papel no armário.
Depois de ambos
enxugarem o rosto, voltaram a se sentar frente a frente.
A raiva se
dissipara e o amor imperava entre o casal, mas ainda haviam coisas a serem
ditas.
Continua…
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