Título:
Você sempre me encontra
Autora:
Rosa Maria Lancellotti
Disclaimer:
Não são meus e não estou ganhando nada com essa estória. Pertencem a 20 th
Century Fox, a Chris Carter, a 1013.
Sinopse:
Scully recorda de sua abdução e tem pesadelos.
Timeline:
3ª Temporada.
Data de
início: 10/03/2009.
Data de
término: 17/03/2009.
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Dana
Scully estava deitada em uma cama de metal. Sentia muito frio. Uma luz branca e
muito forte ofuscava sua visão. Sentia muita dor pelo corpo causada pelos
testes que os médicos que a cercavam realizavam.
Queria
gritar, mas não conseguia. Chorar de nada adiantaria.
No
início, olhava para os lados e só via aqueles seres realizando testes em seu
corpo. Aos poucos, foi percebendo outras mulheres na mesma situação que ela.
A dor só
aumentava e sentiu uma picada. Tudo escureceu.
Scully
acordou chorando. Esses sonhos a perseguiam desde que encontrara aquele grupo
de mulheres abduzidas.
Ela
tremia e chorava. Não pensou. Pegou o telefone e ligou para seu parceiro, Fox
Mulder.
-
Mulder.
- Sou
eu.
- Você
está bem, Scully? Por que está chorando?
- Eu
estou bem. Desculpe ter ligado.
- Não
desligue, Scully. – Mulder disse exasperado, mas já era tarde, ela havia
desligado.
Mulder
tentou retornar a ligação, mas ela não respondia à seus telefonemas.
Preocupado, levantou-se do sofá e foi se arrumar para sair. Olhou o relógio
antes de sair do apartamento. Eram duas horas da manhã.
Algum
tempo depois, Mulder batia à porta do apartamento de Scully. Ela não abriu.
Então, ele pegou a chave que ela lhe dera e entrou.
-
Scully? – ele chamou, mas não obteve resposta – Scully, sou eu.
Adentrou
o apartamento com cuidado, mas não encontrou a parceira. Ela não havia levado
nada. Então, teve um pressentimento. Subiu até o último andar do prédio. Ao
chegar ao telhado, cuidadosamente procurou pela parceira.
- Você
me encontrou. – Scully sussurrou.
Mulder,
então, viu Scully encostada em um cubo de concreto.
- Você
está bem? – Mulder aproximou-se calmo.
- Estou
bem e não ia me matar.
- Eu sei
disso. – Mulder sentou ao lado dela – Está frio. Por que subiu até aqui?
- Eu
queria ver o céu.
- Algo
em especial?
- Não
sei, Mulder.
- Dana,
por que não descemos e conversamos no seu apartamento? Estou congelando. Você
não está com frio?
- Eu não
quero voltar para casa.
-
Aconteceu alguma coisa?
- Não.
- Estava
chorando?
- Não.
Mulder
observou-a. Scully olhava para o céu, pensativa e seus olhos pareciam
vermelhos.
- Seus
olhos estão vermelhos. A poluição está irritando seus olhos. Não quer descer e
lavá-los?
- Tudo
bem. – Scully suspirou.
Mulder
levantou do chão e ajudou-a a ficar em pé. Abraçou-a cautelosamente.
Minutos
depois, Mulder entrava com Scully no apartamento. Levou-a até o sofá e
envolveu-a com seu casado. Sentou ao lado dela e falou:
- Eu sei
que dentro de você algo está em conflito, mas se não dividir comigo, não
saberei como te ajudar.
- Não é
nada.
- Isso é
um começo. Um nada que está te incomodando. E esse vazio está mexendo com você
de que forma?
- Estou
com medo de ficar no meu apartamento.
- Quer
ir para o meu?
- Você
me leva?
- Claro.
Acha que consegue pegar suas coisas?
- Dê-me
cinco minutos.
- Tudo
bem.
Ela
devolveu o casaco à ele e sumiu no corredor.
Dez
minutos depois, saiam do apartamento de Scully.
No
trajeto, Scully parecia se assustar facilmente com tudo. Cochilou algumas
vezes, mas acordava sobressaltada.
-
Mulder, você tem tido pesadelos?
- Eu não
durmo há algumas noites, Scully.
- Devo estar
sugestionada.
- Você
tem pesadelos?
- Sim.
- Nos
últimos tempos?
- Nas
últimas semanas.
- E se
repetiu nessa madrugada?
- Sim.
- Quer
me falar sobre isso?
- Você
achará estranho.
- Eu sou
estranho.
- Vou
esperar chegarmos no seu apartamento.
- Tudo
bem, Scully.
Quando
chegaram ao apartamento de Mulder, Scully sentou-se no sofá e agarrou um dos
travesseiros de Mulder.
- Quer
me contar agora?
- Quero,
Mulder. – Scully tirou o casaco que usava por cima do pijama.
- Vou
fazer um chá para nós.
-
Obrigada.
Em
minutos, os agentes estavam sentados frente a frente no sofá, tomando chá.
- Estou
pronta, Mulder.
- Estou
ouvindo.
- Os
sonhos causam dor. É um lugar com uma luz forte… Estou deitada numa maca de
metal. Sinto frio e medo. É um cenário típico das suas histórias de abduções.
- Isso
te assusta?
- Sim. –
Scully olhou para a xícara.
- Tudo
bem, Scully. Se quiser continuar, estarei te ouvindo.
- Muitas
cenas são borrões, outras muito claras.
- Seu apartamento
te assusta por quê?
- É
sempre nele que tenho os pesadelos.
- E
quando está na casa de sua mãe?
- Raro.
- E
quando estamos em um caso?
- Às
vezes.
-
Scully, eu quero te ajudar. Você me permite?
-
Ajude-me, Mulder. – ela olhou para ele chorando.
- Nós
podemos tentar outro terapeuta.
- Estou
cansada.
- Vou
trazer um cobertor para você.
- Acho
que não consigo dormir.
- E se
eu te ajudar?
- Não
quero tomar remédio.
- Não
vou te medicar. Vou te ajudar a dormir.
Mulder
pegou as xícaras e colocou-as na mesinha de centro. Pegou o lençol e envolveu a
parceira. Abraçou-a e sentiu a resistência dela.
- O que
é isso, Mulder?
- Vou te
proteger, Scully.
Então,
Scully deitou no colo do parceiro.
- Durma,
Dana. Está quase amanhecendo.
- E
você?
- Estou
bem.
Scully
acordou algumas horas depois e viu Mulder dormindo sonoramente. Devagar, ela se
levantou e ficou observando o parceiro dormir. Algum tempo depois, levantou do
sofá, fez sua higiene, trocou de roupa e voltou à sala.
- Bom
dia, Dana. – Mulder abriu os olhos.
- Bom
dia, Mulder. – Scully sentou ao lado dele – Obrigada.
- Não
tem de quê.
- Estou
indo.
- Tudo
bem.
- Quer
almoçar na casa de mamãe?
- Não,
obrigado. Tenho planos.
- Vem
comigo, por favor.
- O que
há, Scully?
- Não
estou bem para ir sozinha.
- Está
bem. Eu vou. Dê-me quinze minutos.
Algumas
horas depois, Mulder e Scully chegavam à casa de Margareth Scully. Almoçaram
com a família. À tarde, Scully estava deitada em seu antigo quarto.
- Dana? –
Mulder bateu na porta.
- Entre,
Mulder.
- Já
vou. Vim me despedir. – ele colocou a cabeça para dentro do quarto.
- Fique,
por favor. – ela choramingou.
Mulder
entrou no quarto, fechou a porta e aproximou-se da parceira.
- Sonhou
de novo?
- Sim.
Faça ir embora.
Mulder
sentou na cama ao lado de Scully e falou:
- Estou
aqui.
-
Proteja-me. – Scully sentou e abraçou o parceiro – Faz o sonho ir embora, por
favor.
- Olhe
nos meus olhos, Scully. – Mulder segurou-lhe o rosto e beijou-a na boca
apaixonadamente.
Quando
se separaram, Scully falouo:
- Agora
que você me encontrou, tudo ficou melhor.
E o
casal voltou a se beijar.
Fim
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