Sinopse: Kimberly
Hart sofreu um acidente. Está no hospital, mas outras coisas aconteceram na sua
vida. Tommy fica sabendo do que aconteceu pela televisão e, depois de uma
pequena crise, vai para a Flórida para tentar ver sua ex-namorada, nem que seja
pelo vidro do quarto de hospital. Ele quer ajudá-la e Kimberly vê uma
oportunidade de superar seus traumas com o grande amor de sua vida.
Disclaimer: Não são
meus e não estou ganhando nada com essa estória. Pertencem a Disney, Saban e
companhia limitada e a seus respectivos atores.
Classificação: 18
anos – Trata de distúrbios alimentares e sexo sem consentimento
Data de início: 20/07/2014
Data de término: 02/05/2016
Nota: Como muitas
de minhas fanfics, essa ficou um tempo sem ser continuada e terminada. Também
não levei em conta aspectos médicos.
6º Capítulo
- Kimberly, está
pronta para nós? – Lisa perguntou.
- Estarei se o
Tommy puder ficar comigo. – Kim disse sem soltar a mão do amigo.
- Tudo bem. – Lisa
sorriu – A Ellen vai te ajeitar, Kim. Sr. Oliver, posso falar um segundo com o
senhor?
- Já volto, Kim. –
Tommy soltou delicadamente a mão de Kimberly. Junto com a fisioterapeuta
afastou-se – Há algum problema em acompanhar a fisio?
- Não. Preciso
saber qual o grau de intimidade que tem com a Kimberly?
- Agora?
- Sim. Depois do
trauma, o senhor é o primeiro homem que se aproxima dela.
- Até o momento,
ela só aceita ficar de mãos dadas. Estou me aproximando aos poucos.
- Tudo bem.
Obrigada. – Lisa sorriu – Vou conversar com a Ellen.
- Kim, o Sr. Oliver
vai nos ajudar hoje, tudo bem? – Lisa falou e olhou a colega, Ellen – Preciso
de dois minutos.
As fisioterapeutas
conversaram rapidamente.
- Tommy, você vai
ajudar na tortura? – Kim ficou apreensiva.
- Na verdade, vou
te salvar dela. – Tommy sorriu – Está confortável?
- Não.
- Tudo bem. Volto
depois, então.
- Não, Tommy. A
posição é incômoda. Fica e me salva. – Kim esticou as mãos e Tommy apertou-as.
- Pronto, Kim. –
Lisa começou os exercícios.
A sessão de
fisioterapia foi um sucesso. Kimberly respondeu bem aos exercícios e cooperou
para que tudo fosse realizado da melhor maneira. Tommy segurava suas mãos para
apoiá-la.
- Muito bem,
Kimberly. – Lisa elogiou – Agora, vamos terminar com uma massagem. Você merece!
- Obrigada, Lisa. –
Kim sorriu.
- Sr. Oliver, pode
esperar um pouco do lado de fora? – Ellen pediu.
- Claro. Kim, eu
volto quando terminar, ok? – Tommy falou saindo do quarto.
- Pronto, Kimberly
Hart. Pode contar tudo. – Lisa disse iniciando a massagem.
- Tudo o que, Lisa?
– Kim fingiu que não entendeu – Ellen, me ajuda aqui.
- Kim, quem é o
pedaço de mau caminho? – Ellen perguntou.
- É o Tommy. –
Kimberly respondeu.
- E? – Lisa apertou
um ponto no ombro de Kimberly.
- Ai, Lisa. – Kim
exclamou – É meu amigo.
- Isso foi ele quem
falou. – Ellen cutucou – Conta pra nós.
- Suas
alcoviteiras. – Kimberly rosnou e disse séria – Meu ex-namorado.
- Seu ex? – Lisa
estranhou.
- Meu primeiro
amor, meu primeiro namorado. – Kim confessou.
- OK, Kim. – Ellen
disse terminando a fisioterapia – Obrigada por ter colaborado hoje.
- Obrigada por
terem deixado o Tommy comigo, meninas. Eu confio a minha vida a ele. – Kim
disse com lágrimas nos olhos.
As fisioterapeutas,
com carinho, ajeitaram Kimberly na cama.
- Lisa?
- Oi, Kim.
- Já posso andar?
- Quando quiser,
Kim.
- Pode ser à tarde?
– Ellen perguntou.
- Sim. Quero sair
dessa cama, Ellen. Obrigada. – Kimberly disse sorrindo – Podem mandar o Tommy
entrar de novo?
- Com saudades? –
Lisa alfinetou.
- Sim. Por causa da
fisioterapia, hoje, ele tocou meus braços. – Kimberly vibrou.
- E você ficou
confortável? – Ellen quis saber.
- Sim. Ele está aos
poucos me mostrando que me tocar não me machuca, exceto vocês duas. – Kim
gargalhou.
- Estou feliz com
sua mudança, Srta. Hart. – disse a Dra. Walson entrando no quarto – Posso examiná-la?
- Sim, doutora. –
Kimberly assentiu.
As fisioterapeutas
saíram do quarto e a médica ficou sozinha com a paciente.
- Como se sente,
Kimberly?
- Com menos dor,
ainda enjoo com facilidade, mas estou me sentindo bem.
- Desculpe, mas
ouvi parte da conversa.
- Estou confortável
com o Tommy comigo, doutora.
- Isso é um grande
avanço.
- Doutora, já posso
andar?
- Sim. Quando a
Lisa e a Ellen estiverem disponíveis, comece a sair da cama e dar um pequeno
passeio.
A médica examinou
Kimberly e saiu do quarto.
Tommy entrou no
quarto apreensivo e recebeu um sorriso largo e acolhedor de Kimberly.
- Você está
sorrindo e brilhando, Kimberly.
- E você entrou
preocupado. Vem aqui. – Kim apontou a cadeira ao lado da cama. Tommy obedeceu –
Obrigada por tudo.
- Não me agradeça,
Kim.
- Recebi
estrelinha.
- Você está de parabéns.
Cooperou na fisio e está melhorando. Só falta levantar da cama. E eu queria
muito treinar com você.
- Eu consigo andar,
Tommy, mas tenho medo das pessoas. – Kimberly segredou.
- Eu estarei
contigo. Vou te proteger, Kim.
- Obrigada. Pedi para
a Lisa e a Ellen me ajudarem. Você me acompanha?
- Claro, Kim.
- Você descansou?
- Dormi bem.
- Comeu?
- Sim.
- Estou morrendo de
fome.
- Quer que eu pegue
algo na cafeteria?
- Não. Daqui a
pouco vem o almoço. Você deveria sair para comer.
- Kim, eu vou te
ajudar a almoçar e, depois, saio para comer alguma coisa.
- Tommy, estou
preocupada com você.
- Não se preocupe,
Kim. Eu estou bem.
Nesse momento, a
copeira entrou e trouxe o almoço para Kimberly.
- Kim, eu te ajudo
a comer.
- Não precisa, mas
eu queria um mimo.
- O que quer
primeiro?
- Eu como bem
devagar.
- OK.
Tommy alimentou
Kimberly com delicadeza e tranquilidade. Conversaram até que a enfermeira veio.
- Tommy, vou
descansar um pouco. Por que não vai comer alguma coisa?
- Vou sim,
princesa. Descanse.
Tommy saiu depois
de Kimberly fechar os olhos. Foi até a cafeteria. Encontrou Aisha.
- Oi, ‘Sha. – Tommy
disse sorrindo.
- Tommy! Senta
comigo. Sempre almoço aqui e depois visito a Kim.
Os amigos almoçaram
juntos e conversaram.
- A Kim está
melhor.
- Você sempre teve
esse efeito sobre ela.
- Aisha, o que sabe
sobre o trauma psicológico?
- Ela já te contou?
- Sim.
- A Kimberly disse
que começou a temer a figura masculina depois do primeiro…
- Tudo bem. Ataque.
- Isso, Tommy,
levou-a a se isolar e, no começo, procurou ficar próxima a outras ginastas. O
treinador não a apoiou muito.
- Então, ela também
se afastou?
- Sim. Ela começou
a circular pelas ruas, sozinhas, muito cedo ou muito tarde. Para não encontrar
ninguém. Nos horários em que não havia muita gente na rua.
- É por isso que a
Kim não quer sair da cama nem do hospital.
- Exato. Quero
vê-la, Tommy.
- Eu deixei a Kim
dormindo.
- Tudo bem. Só vou
vê-la. Sempre faço isso.
- Aisha, você vai
vê-la e ficar um pouco com ela. Ainda não entendo por que eu.
- A Kimberly te
ama. Você é o homem da vida dela.
- Aisha!
- Eu sei do que
estou falando. Depois da internação, conversei bastante com a Kim e, às vezes,
ela chorava de saudades de você. Chegou a verbalizar o que sentia.
- Eu estou disposto
a ajudá-la na recuperação.
- Tommy, você está
em algum relacionamento?
- Não, Aisha. Quer
deixar eu terminar de falar?
- Desculpe.
- Só depois que ela
melhorar, eu vou investir para tê-la de volta.
- Você ainda a ama?
- O quê? Eu nunca
deixei de amar a Kimberly. Minha primeira namorada, meu primeiro amor, nós
tivemos a primeira vez juntos.
- Tommy, eu fico
feliz de ouvir isso.
- A Kim ainda me
ama?
- Ela te venera.
Você é o cavaleiro de armadura, montado em um tigre branco dela.
Tommy riu e respondeu:
- A Kimberly é o
meu coração, minha princesa, Aisha. Eu larguei tudo para vir vê-la. Eu daria a
minha vida para que ela saísse desse hospital.
Aisha sorriu entre
lágrimas e falou:
- Não faça isso com
uma mulher grávida.
- Como é? – Tommy
estava atônito.
- Oh, oh.
- Aisha?
- Eu estou grávida.
De pouco mais de um mês.
- O Rocky já sabe?
- Sim. Você é a
segunda pessoa a saber. – Aisha enxugou as lágrimas.
- Oh, meu amor,
parabéns. – Tommy abraçou a amiga.
- Obrigada, Tommy.
– Aisha retribuiu o abraço – Sei que é arriscado, mas vou contar para a
Kimberly.
- Se você não o
fizer, ela vai ficar sentida.
- Enquanto eu fico
com ela, porque não vai descansar?
- Não, ‘Sha.
Ficarei na recepção te esperando.
Aisha entrou no
quarto e viu a amiga mexendo no celular.
- Oi, Kim. Achei
que estava dormindo.
- Oi, ‘Sha.
Cochilei.
- Como você está? –
Aisha abraçou Kimberly e beijou-a na bochecha.
- Melhor. – Kim
sorriu.
- E a companhia? –
Aisha sentou na cama de Kimberly.
- Maravilhoso.
Senti tantas saudades dele.
- E como está sua
relação com ele?
- Aisha, você
conversou com ele?
- Sim. Ontem,
quando ele chegou, e, hoje, almoçamos juntos. Conversamos um pouco.
- Bom, ‘Sha, ele se
aproximou com cautela. Esperou que eu pagasse na mão dele.
- Isso é bom.
Contamos para ele que você está com medo. Tem medo dele?
- Não. Com o Tommy,
eu me sinto segura. Ele pediu para tudo que eu não gostar ou gostar contar para
ele.
- Ele quer te
entender, Kim.
- O Tommy
entrelaçou os dedos com os meus. Eu me senti protegida. Hoje, ele ajudou na
fisioterapia e tocou meus braços.
- Você sabe que
isso é uma técnica…
- Sei, Aisha.
- Como se sente com
isso?
- Isso me agrada.
Eu preciso ter certeza de que ele não vai me machucar.
- Kim, é o Tommy.
- Mas é homem.
- Entendi, meu
amor.
- Você sabe que eu
já posso andar, né?
- Kim, você me
falou.
- Acho que estou
perdendo o medo de pessoas.
- O Tommy vai te
acompanhar!
- Isso.
As amigas riram.
- Kim, preciso te
contar uma coisa. – Aisha ficou séria.
- O que há, Aisha?
- Estou grávida. –
Aisha falou.
- Isso é
maravilhosa, ‘Sha. Parabéns!
As amigas se
abraçaram e choraram emocionadas.
- Obrigada, Kim. –
Aisha falou separando-se da amiga.
- De quanto tempo?
- Pouco mais de um
mês. Estava atrasada e muito cansada. Então, resolvi ir ao médico.
- E o Rocky?
- Babão.
- E você está bem?
- Não senti nada
ainda.
- Oh, meu amor.
Estou tão feliz por você. – Kim pegou as mãos da amiga – Conta comigo.
- Obrigada, Kim.
- O Tommy foi descansar?
- Não. Ele almoçou
comigo, mas, você sabe, ele é teimoso. Está me esperando na recepção.
- Eu o beijei.
- Como é que é? –
Aisha se espantou.
- No rosto.
- Ufa!
- E se fosse na
boca?
- Amiga, você
passou por uma experiência ruim, com o seu ex.
- Eu sei, Aisha,
mas aqueles lábios…
- Eu sou apaixonada
pelo meu marido. – Aisha riu.
- Sinto tanta falta
do Tommy. Da boca dele, da mão dele nos meus cabelos antes de dormir, do corpo
dele pesando sobre o meu…
- Muitos detalhes
para uma gestante, Kim.
Kimberly riu e
falou:
- Desculpe. Vou
tentar me controlar. Eu sempre te contei tudo…
- Eu sei. Já que
está sentindo tanta falta assim, vou indo para que o Tommy possa entrar de
novo.
- Aisha, obrigada.
- Kim, não me
agradeça. Você tem que sair desse hospital antes que a minha barriga cresça.
As amigas
despediram-se.
Continua…
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