Eu estive no Rio de Janeiro e não pude ir ao Museu Nacional. Não vi as múmias da coleção de Dom Pedro... E quando do incêndio...
Bom, mas a tecnologia está aqui para nos auxiliar e nos dar ferramentas para uma experiência digital. É possível ver fotos e caminhar pelo Museu Nacional através do Google Arts & Culture.
Pode-se fazer uma visita monitorada, acompanhar os áudios e ver o museu no endereço https://artsandculture.google.com/project/museu-nacional-brasil.
Localizado na Quinta da Boa Vista (Palácio de São Cristovão), o Museu Nacional era um dos maiores museus de história natural e antropologia das Américas. O museu é vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
O palácio serviu de residência à família real portuguesa entre 1808 e 1821 e abrigou a família imperial brasileira entre 1822 e 1889. Foi palco da primeira Assembleia Constituinte Republicana (1889-1891).
Em 1892, o prédio foi destinado a virar museu.
O edifício é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) desde 1938.
Sua história começa em 1818, quando foi criado com a denominação Museu Real, por Dom João VI, instalado no Campo de Santana. O acervo era composto por coleções de mineralogia e zoologia. A criação do museu visava atender aos interesses do progresso socioeconômico do país e da difusão da educação, cultura e ciência. Destacou-se como o mais importante museu desse gênero na América do Sul.
Em 1946, é incorporado à UFRJ.
Abrigava um acervo com mais de 20 milhões de itens, incluindo alguns dos maiores registros da memória brasileira no campo das ciências naturais, antropológicas e arqueológicas, além de conjuntos provenientes de diversos lugares do planeta, produção de povos e civilizações antigas.
Foram perdidos mais de dois séculos de pesquisas, coletas, escavações, permutas, aquisições, doações e as coleções da família real/imperial.
Entre as perdas irreparáveis, pode-se citar a coleção de Múmias de Dom Pedro I. A Imperatriz Maria Leopoldina coleciona pedras e tinha profundo conhecimento na área da mineralogia. José Bonifácio de Andrada e Silva também era colecionador de pedras e minerais.
Também abrigava o mais antigo fóssil humano das Américas, a Luzia. Parece que foi localizada em meio aos escombros.
O acervo era subdivido nas coleções de geologia, paleontologia, botânica, zoologia, antropologia biológica, arqueologia e etnologia. Além das obras raras que abrigava em sua Biblioteca, incluindo registros de dialetos e cantos de povos originários já extintos.
A coleção de meteoritos também teve parte de seu acervo perdido. Parece que uma parte do Meteorito de Bendegó ficou intacta. Este foi o maior encontrado no Brasil, talvez o maior do mundo. É um siderito, massa compacta de ferro e níquel, que pesa 5,36 toneladas e mede dois metros de comprimento. Em 1784, foi descoberto por Domingos da Matta Botelho, em uma fazenda nos arredores da cidade de Monte Santo, sertão da Bahia. A primeira tentativa de levá-lo para Salvador fracassou. A carreta que o carregava caiu no riacho de Bendegó. Lá permaneceu por mais de 100 anos. Mas, Dom Pedro II ordenou a remoção do meteorito para o Rio de Janeiro e estava exposto no Museu Nacional desde 1888.
Enfim, posso passar publicações e publicações falando sobre o acervo do Museu Nacional, mas quero convidar-te a vivenciar isso através do meio virtual. Acesse: https://artsandculture.google.com/project/museu-nacional-brasil
Pesquise também sobre a história do prédio, do museu, de seu acervo. Vale muito saber a respeito!
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