Classificação: 18
anos
Data de início: 17/07/2018
Data de término:
09/08/2018
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10º Capítulo
- Entre, entre. –
Janice Oliver abriu a porta – Traga suas malas.
Logo, Kimberly e
Wendy já tinham descarregado o táxi e estavam do lado de dentro da porta.
- Sra. Oliver, esta
é Wendy, minha filha. – Kimberly apresentou.
- Oi, minha
querida. – a Sra. Oliver disse sorrindo.
- Kimberly? – John
Oliver disse entrando na sala.
- Sr. Oliver,
preciso de ajuda. – Kimberly falou chorando – Será que posso passar essa noite
aqui? Eu e minha filha?
- Claro, querida. –
John aproximou-se e abraçou Kimberly – Fica calma. Tudo vai se resolver.
A Sra. Oliver
abraçou Wendy e falou:
- A vovó vai cuidar
de você, Wendy.
- Obrigada, Sra.
Oliver.
Logo, Kimberly
estava abraçada à Sra. Oliver e chorava copiosamente.
- Querida, respire.
Vamos nos sentar.
O casal mais velho
encaminhou mãe e filha para a sala de estar.
- O que podemos
fazer? – John perguntou.
- Só preciso de um
lugar para passar a noite com minha filha. – Kimberly falou – Eu não pensei em
outro lugar.
- Fique o tempo que
precisar, Kim. – Janice falou – Só que será necessário dormir na sala.
- Está ótimo. Eu
pego o saco de dormir. – Kimberly começou a falar.
- Pegue o colchão
ali no quarto das bagunças. – Janice falou – É de casal.
- Eu pego. –
Kimberly pegou Wendy pela mão e foi buscar o colchão.
- Querida, o Tommy
precisa saber. – John falou.
- Vou ligar para
ele da cozinha. – Jan dirigiu-se à cozinha.
TKTKTKTK
Tommy chegou à casa
dos pais depois da meia noite.
- Oi, mamãe. – ele
beijou a cabeça de Janice.
- Oi, meu filho. –
ela apontou para o colchão – Não foi fácil fazê-las dormir.
- A senhora precisa
descansar. Ficarei pajeando. – Tommy sorriu – Papai já foi deitar?
- Sim. Vou me
deitar também. – Janice beijou o rosto do filho – Deite-se no sofá.
- Boa noite, mãe.
Tommy ajeitou suas
coisas em seu antigo quarto, trocou de roupa e voltou para a sala. Encontrou
Kimberly sentada no colchão.
- Hei, Kim. – Tommy
sussurrou.
- Oi. Desculpe…
- Antes de qualquer
coisa, fique tranquila. Você está em casa. Minha mãe me ligou.
- Eu não sabia para
onde ir com minha filha.
- O que aconteceu,
Kimberly? – Tommy sentou no sofá.
- Muitas coisas.
- O que te fez sair
de casa?
- Peguei o Eric
transando com a secretária no escritório. Dentro de nossa casa. A Wendy também
presenciou.
- Sinto muito,
querida. – Tommy acariciou o rosto de Kimberly – Quer falar?
- Quero.
- Vem tomar um café
comigo. – Tommy ficou de pé e ofereceu a mão a ela.
- Pode ser água? –
Kim pegou a mão dele com força.
- Vem comigo. –
Tommy levantou-a – Vou cuidar de você.
Na cozinha, Tommy
mudou de ideia e fez um chá.
- Chazinho
calmante, Kim. – Tommy colocou a xícara na frente da mulher sentada à mesa.
- Obrigada. Foi o
chá especial da sua mãe que fez a Wendy dormir.
- E você?
- Cochilei.
- Quer falar? –
Tommy colocou um prato de biscoitinhos na mesa.
- Há algum tempo,
meu casamento está uma droga. O Eric já vinha me traindo pelo jeito.
- E no início?
- Sim, Tommy, foi
por ele que eu te troquei. Namoramos, competi, casamos e não consumamos o
casamento. Nas preliminares, eu estava meio bêbada e chamei pelo seu nome.
Passei a lua de mel sozinha, na casa de minha mãe. Como o casamento não foi
consumado, pensei em pedir anulação.
- Kim, não precisa
ir fundo hoje.
- Nesse meio tempo,
eu me relacionei com um ex. Eu trai o Eric. Não devia estar tão chateada ou em
choque.
- Kim, você está
respondendo a você mesma.
- Separamos e
reatamos mais do que posso contar, Tommy. Sobre isso, não quero falar.
- Na penúltima vez,
eu resolvi me separar. O Eric, no meio de uma discussão, colocou em xeque a
paternidade da Wendy. Disse que ele não podia falar aquilo e ele me ameaçou.
Disse que me daria uma surra.
Tommy cerrou os
pulsos e levantou da cadeira.
- Tommy, por favor.
– Kimberly aproximou-se dele e passou a mão nas costas dele – O Eric nunca me
machucou fisicamente. Tommy?
- Kim, dê-me uns
minutos. – Tommy abriu a porta da cozinha e saiu.
Kimberly voltou a
sentar e tomar seu chá. Algum tempo depois, Tommy voltou e sentou ao lado dela.
- Kim, por que saiu
de casa? Por causa do que aconteceu?
- Eu cheguei em
casa e a governanta falou que ele tinha pedido para eu encontrá-lo no
escritório. Eu fui até lá com a Wendy. E peguei… – Kim respirou – E o peguei
com a secretária. Transando dentro da nossa casa. Fiquei parada, olhando a
situação. A Wendy presenciou. Foi ela que fechou a porta e me puxou.
- Foi o choque,
Kim. – Tommy falou.
- Eu devia esperar algo
do gênero vindo do Eric.
- Kimberly, está
tudo bem.
- Estamos quites. Eu
o trai e ele me traiu.
- Mas o
relacionamento…
- Não estava mais
dando certo. Há tempos, estávamos nos distanciando cada vez mais.
- Hei, Kim, está
tudo bem. Precisamos consultar um advogado…
- Eu quero me
separar.
- Você está de
cabeça quente.
- Eu não o amo.
- Kim, tome seu
chá. Durma mais um pouco. Pense bem.
- Eu não quero
mais.
- E a filha de
vocês?
- Não coloque a
minha filha no meio do rolo. – Kimberly levantou-se rapidamente.
- Desculpe, Kim. –
Tommy aproximou-se dela e acariciou os cabelos dela – Deixe-me cuidar de você.
- Você tem seu
casamento para cuidar.
- Kimberly, eu não
vou mais me casar. Eu não amo a Beverly. Eu só queria me divertir com ela.
Casamento é outra coisa.
- Tommy? – Kimberly
olhou-o nos olhos profundamente – Você…
- Eu terminei com a
Beverly, porque eu não a amo. Na verdade, ela terminou comigo. O casamento não
daria certo.
- Tommy!
- Kimberly, isso
não significa que vou te agarrar agora. Vontade não falta. Eu vou te
reconquistar aos poucos. – Tommy colocou as mãos na cintura dela.
- Ainda estou
casada.
- Por que meus
pais?
- É o mais próximo
de família que eu tinha em mente.
- Kim, por que não
me ligou?
- Medo.
- De mim?
- Do que estou
sentindo.
- E o que está
sentindo, Kim? – ele aproximou-se mais dela.
- Tommy, não posso.
– ela colocou as mãos no peito de Tommy.
- O Rocky é
advogado. Pode te ajudar. – Tommy colocou a testa na de Kimberly.
- O Eric viu essa
cena, no dia do jantar, e disse que estava cansado de mim.
- E eu dele. Kim,
eu vou cuidar de você e da Wendy.
- Obrigada, Tommy.
– Kim sorriu.
- Hei, tudo bem. O
que posso fazer por você agora?
- Quero chorar. Nos
teus braços.
- Então, chore,
Kimberly. Vem aqui. – Tommy abriu os braços e recebeu-a.
- Não entendo por
que estou triste. – Kim ajeitou-se nos braços de Tommy.
- Você foi feliz
com o Eric?
- Tivemos momentos
felizes.
- Então! É o
momento de ficar triste, Kim.
- Tommy… – Kimberly
falou chorando.
- Chora, Kim,
chora. Pode chorar. É o teu momento. Meu colo é seu. Pode chorar. Eu estou aqui
para você.
TKTKTKTK
Wendy acordou e
encontrou Tommy ninando Kimberly.
- Dr. Oliver?
- Oi, Dy. Bom dia, mo chroi.
- Bom dia. O que…
- Você está na casa
de meus pais, Dy. A Kimberly dormiu a pouco. É cedo ainda. Dorme mais.
- Obrigada, mas…
- Nada de mas.
Descanse.
- Eu não sabia que
eram seus pais.
- Está tudo bem,
querida.
- Preciso treinar.
Corro 5km todos os dias.
- Eu vou correr com
você. Vá se preparar.
- Bom dia, Tommy. –
a Sra, Oliver desceu as escadas.
- Bom dia, mamãe. –
Tommy respondeu.
- Oi, meu docinho.
– Janice sentou no sofá – Você está bem?
- Sim, obrigada. –
Wendy sentou no colchão.
- A Wendy vai sair
comigo para treinar. – Tommy falou.
- Ah! – Janice
exclamou – Wendy, venha com a vovó. Pegue suas coisas e eu te mostro onde se
trocar.
Wendy seguiu
Janice. Tommy ainda estava com Kimberly deitada nos braços dele. Acariciava os
cabelos dela delicadamente. O rosto dela estava manchado pelas lágrimas. Ela
havia dormido depois de muito chorar.
A moça retornou
para a sala e Janice falou:
- Vou fazer um café
reforçado.
- Obrigada, Sra.
Oliver. – Wendy sorriu.
A Sra. Oliver foi
para a cozinha, deixando Wendy com Tommy novamente.
- Dy, está tudo
bem?
- Sim, Dr. Oliver.
- Vou ajeitar sua
mãe e vamos tomar café.
- Obrigada por me
acompanhar.
- Não há problema.
Tommy ajeitou
Kimberly deitada no colchão, com cuidado. Ela choramingou. Então, ele acariciou
os cabelos dela e falou suavemente:
- Tudo bem,
Beautiful, está tudo bem. – ele beijou a testa dela – Está tudo bem, Beautiful.
Eu estou aqui, Kim.
Kimberly acalmou e
Tommy cobriu-a com o edredom.
- Dr. Oliver? –
Wendy falou.
- Dy, vamos tomar
café. – Tommy sorriu e acompanhou a moça até a cozinha.
TKTKTKTK
Tommy e Wendy
corriam no parque de Alameda dos Anjos.
Wendy estava
correndo muito rápido e ficando ofegante.
- Hei, Wendy, vamos
diminuir a velocidade. – Tommy avisou.
Wendy correu mais e
Tommy alcançou-a. Puxou a moça pelo braço e falou:
- O que há,
querida?
Ela começou a
chorar e Tommy abraçou-a. Acariciou-lhe as costas e deixou a menina chorar.
Passada a crise, Tommy lhe ofereceu uma garrafa de água. Sentaram-se na pedra.
- Obrigada. – Wendy
pegou a garrafa e tomou um gole.
- Dy, está tudo
bem. Tudo vai se resolver.
- Desculpe, Dr.
Oliver.
- Wendy, não
precisa me chamar de Doutor. Pode me chamar de Tommy.
- Vai ser difícil.
- Dy, você está
entre amigos. Quer conversar?
- Não, mas agradeço
a disponibilidade para me ouvir.
- Wendy, vamos
alongar e voltar para casa?
- Eu não tenho mais
casa. – Wendy falou com voz embargada.
- Dy, mo chroi, a casa de meus pais é sua
casa. A minha casa é o seu lar também. Somos amigos.
- Não. Eu sou só fã
do seu trabalho.
- Ouça, Wendy. Eu
conheci a Kimberly na escola. Fomos os melhores amigos por um tempo e a vida
nos distanciou. Nós nos reaproximamos agora e não vou deixá-la fugir de mim. –
Tommy falou – Você tem idade para ser minha filha. Eu quero cuidar de você.
Quero ajudar.
- Por causa de
minha mãe?
- Por causa de
tudo, Wendy. A Kim é uma mulher muito especial na minha vida.
- Obrigada. –
Kimberly aproximou-se.
- Oi, Kim. Como nos
encontrou? – Tommy falou.
- Esse é o nosso
lugar. – Kim falou e beijou a testa de Tommy.
- Estou suado! –
Tommy exclamou e sorriu.
Kimberly riu e
abraçou a filha.
- Dy, você está
bem?
- Sim.
- Seu rosto está
vermelho. Abusou ou chorou demais, filha?
- Os dois. – Wendy
voltou a chorar nos braços da mãe.
- Está tudo bem,
Dy. – Kimberly sentou ao lado da filha – Estamos bem.
- Kim… – Tommy
começou.
- Não comece,
Tommy. – Kimberly alcançou a mão dele – Eu estou segura com você. Confio a vida
da nossa menina nas tuas mãos. Com você, não tenho medo nenhum.
- Kim, quer
treinar? – Tommy falou.
- Eu quero. Você
tem que pegar leve, viu? – Kimberly beijou a testa da filha – Quer vir conosco?
- Sim. O Dr. Oliver
é ótimo treinador.
Tommy, Kimberly e
Wendy foram treinar juntos.
TKTKTKTK
À noite, Kimberly
estava sentada na varanda da casa dos Olivers.
- Hei. – o Sr.
Oliver aproximou-se.
- Oi, Sr. Oliver. –
Kim sorriu.
- Querida, nós
vamos arrumar o quarto de hóspedes para você e para a menina quando a empregada
vier.
- Espero não estar
incomodando o senhor e sua esposa.
- Kimberly, você é
como uma filha para nós. Pode morar aqui, se quiser.
- Obrigada!
- Está tudo bem?
- Agora está caindo
a ficha. Tudo o que eu fiz…
- Sair de casa foi
uma atitude correta para você?
- Na hora, sim.
- Então, relaxe,
minha filha. Curta as férias. O Tommy ligou seu computador no escritório. Pode
trabalhar lá.
- Obrigada. Não
tenho clientes no momento.
- E a escola da
menina?
- Penso em levá-la
todos os dias por hora.
- Está vendo? Já
resolveu as questões mais urgentes.
- Sr. Oliver, aqui
é o lugar no qual eu me sinto em casa.
- Filha, vem tomar
um vinho conosco.
- Não, obrigada.
- Quer ficar
sozinha?
- Não. Eu já vou
entrar. Estou matando as saudades desse lugar.
- Tudo bem. – o Sr.
Oliver beijou o rosto da moça – Entre cedo, mocinha.
Logo, a porta abriu
novamente. Kim suspirou e virou-se para ver quem era.
Continua…
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