Título: O Mistério do Madeleine West
Autora: Rosa Maria Lancellotti
Disclaimer: Não são meus e não estou ganhando nada com essa história. Pertencem a 20 th Century Fox, a Chris Carter, a 1013.
Sinopse: Um navio, uma fórmula, um perfume e um staff superanimado. Onde Mulder e Scully se encaixam? Leia e verá!
Timeline: Onde você quiser.
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5º Capítulo
- Adoro o mar...
longe de mim. – Mulder riu.
- Eu amo o mar.
- Seu pai deve ter te
ensinado muito a respeito desse gigante.
- Ensinou mesmo,
Mulder.
- Você tem sorte,
Scully.
- Hei! Não fique
triste. Seu pai te ensinou muitas coisa também.
- Eu entrava no mar
com a Sam a tiracolo. Não quero mais falar sobre isso. – ele virou o rosto.
- Olhe para mim,
Mulder. – ela tocou-lhe o queixo – Estamos em uma quase férias e não quero te
chatear. Hei, o que posso fazer por você?
- Quero um barquinho
de controle remoto. – Mulder olhou-a intensamente com lágrimas escorrendo pelo
rosto – Scully, esse mar é tão lindo.
- Sim. – Scully secou
o rosto de Mulder com delicadeza – Está vendo aquele navio gigante, ao lado do
com o coqueiro?
- Sim.
- É o nosso resort flutuante. Deixa-me escolher
nossa programação?
- Podemos fazer
juntos.
- Certo. – Scully
entrou entre a grade de madeira do píer e o corpo de Mulder – Pessoas que estão
hospedadas no nosso hotel. – ela explicou – Temos de manter as aparências.
- Ok, Laura. – Mulder
segurou-a pela cintura.
- Boa noite. –
cumprimentou um homem de meia idade – Sou John Castle e esta é minha esposa,
Jeanie. Conheço-os do Hotel Marine.
- Claro, Senhor
Castle. Sou Robert Petrie e esta é minha esposa, Laura.
- Muito prazer,
senhor e senhora Castle. – “Laura” respondeu.
- O prazer é nosso. –
Jeanie respondeu.
- Desculpem a
abordagem, mas chegamos hoje também e queremos fazer amizade. Por favor, chamem-me
de Johnny.
- E podem me chamar
de Jen.
- Ok. Prefiro Rob,
mas Laura não tem apelido.
- Rob e Laura,
ficarão quanto tempo no hotel? – Jen falou sorrindo.
- Mais um dia e meio.
Embarcaremos em um navio depois. – “Laura” falou querendo se livrar do outro
casal.
- No Madeleine West? – Johnny quis saber.
- Vocês também? –
“Rob” perguntou sorrindo.
- Sim. Bom, vamos
descansar. Tenham uma boa noite. – o casal Castle retirou-se.
- Ufa! – Scully
suspirou e quis sair do abraço de Mulder.
- Fica, Scully. Está
tão bom... – Mulder sussurrou.
- Mulder, - ela
começou a acariciar o rosto dele – sei que é difícil para você lembrar algumas
coisas. Sinto-me culpada por te trazer tais lembranças. Não fique triste!
- Scully, está tudo
bem. Você é uma pessoa maravilhosa. É demais para mim! Vamos descansar? Estou
cansado, por isso estou chorando.
- Vamos. É o fuso
horário acabando conosco.
O casal voltou para o
hotel. Entraram no quarto e entreolharam-se.
- Temos uma cama king size e duas poltronas. – Scully
falou.
- Eu me ajeito na
poltrona. Eu esperava um sofá, pelo menos. Pena que não podemos pedir uma cama
extra ou algo mais.
- Não podemos
levantar suspeitas. Olha, dividir a cama não será problema, Mulder. A não ser
que...
- O quê?
- Que você não queira
ou tenha medo de dormir comigo. – Scully sentou na cama e tirou a sandália.
- Você que deveria
ter medo de dormir comigo. Eu sou tarado e durmo pelado. – Mulder falou
elevando as sobrancelhas maliciosamente.
- Durma a vontade. Eu
não ligo. – Dana falou pegando sua camisola e a nécessaire – Vou primeiro. – entrou no cômodo.
Mulder escolheu um de
seus pijamas novos. Eram conjuntos de camiseta e shorts. Separou o pijama verde
escuro.
- Sua vez, g-man.
- Obrigado. – Mulder
passou sem olhá-la. Algum tempo depois, saiu do banheiro – Durma debaixo do
lençol. Eu durmo por cima.
- Mulder, se houver
mosquitos e estivermos descobertos, teremos mais chances de sermos picados.
Outra coisa, eu liguei para a recepção e pedi para não nos acordarem amanhã.
Precisamos descansar e respondi algumas perguntas.
- Tudo bem.
- Eu resolvi que
tomaríamos café da manhã no quarto.
- Tudo bem, Scully.
Que tipo de perguntas? – ele observou-a ajeitar a camisola de seda, de
alcinhas, creme que ia até os joelhos.
- Jornal que lemos,
se temos alguma preferência de fruta, etc, etc, etc. Tudo para bem atender.
- Ah...
- Vem deitar. Se não
se importa, eu vou passar creme nas minhas pernas.
- Fique à vontade. –
Mulder sentou numa das poltronas – Vou ficar quietinho aqui.
- Certo. – ela pegou
o potinho de creme e espalhou por suas pernas, braços e mãos. Pegou o repelente
em spray e passou no corpo – Vem cá,
Mulder. Deixe-me passar um pouco em você.
- Estou com muito
calor. – Mulder disse ainda imóvel na poltrona.
- Não estamos
acostumados com essas temperaturas altas.
- Você se importa se
eu dormir sem camisa?
- Não, Mulder. Fique
à vontade. É claro que não me importo. – ela o observou ficar em pé, tirar a
parte de cima do pijama e jogar na poltrona – Vem, deixe-me te proteger contra
os insetos.
Mulder sentou na cama
e permitiu que Scully borrifasse o repelente em seu corpo. Depois, deitaram-se
lado a lado. Apagaram os abajures e desejaram boa noite. Dormiram e acordaram
na manhã seguinte.
- Bom dia, Mulder. –
Scully sentou na cama – Vou tomar banho primeiro.
- Isso. Eu quero
aproveitar mais um pouco a cama. – Mulder falou sonolento – Faz tempo que eu
não dormia assim.
- Aproveite bastante,
Mulder. – ela beijou-lhe a testa e levantou-se.
Após seu banho,
Scully fez Mulder levantar e ele foi tomar banho. Tomaram café e estudaram o
resultado das autópsias durante a manhã.
- Mulder, o que sabe
sobre almíscar?
- Só que é uma
essência animal. É usado para fazer perfumes. Talvez sua amiga possa responder.
- Vou ligar para ela.
– Dana pegou o celular e discou – Hei, Anne. É Dana.
- Dana! Que bom falar
com você. Embarcarei amanhã no Madeleine West.
- Meu parceiro e eu
também.
- Finalmente! Eu vou
conhecer o deus grego que a Melissa falava.
- Descobri algo.
- Chata! Diga.
- Almíscar foi a
substância encontrada no exame toxicológico junto com outra não especificada.
- Almíscar é uma
substância de odor penetrante e persistente obtida a partir de uma bolsa
situada no abdome do almiscareiro macho, usado como fixador em perfumes. Uma
das várias substâncias de odor forte obtida de animais como o boi-almiscarado e
civeta. Qualquer composto sintético de cheiro semelhante ao do almíscar e
empregado no lugar deste. Também é uma árvore ou um arbusto grande, Styrax Glaratum, da família das
estiracáceas de folhas oblongo lanceoladas ou alongadas, muito perfumadas,
flores brancas, em racemos ou em forma de cacho de uva, e frutos drupáceos e
com núcleo duro, globosos e pequenos. É frequente nos cerrados, fornece resina
usada em perfumaria que se extrai das folhas dessa planta.
- Termos técnicos,
mas eu entendi. Anne, gostaria que lesse o resultado do exame para nos ajudar a
desvendar o mistério.
- Claro, Dana. Já
pode revelar a cabine em que ficarão?
- Anne, nós iremos
disfarçados. É melhor nem saber.
- Nossa! Superagente
secreta!
- Não brinca.
- Estarei com uns
amigos...
- Diga a ela que nós
a procuramos. – interveio Mulder.
- Nós a procuraremos.
– Scully falou ao telefone.
- Certo. Preciso ir,
querida. Depois, conversamos mais. Tchau.
- Tchau, Anne. –
Scully desligou e olhou Mulder sentado apenas com uma bermuda florida em uma
das poltronas – O que acha?
- Não sei. Scully, já
pensou que não há um padrão entre os casais?
- Já. Mas todos
usaram o perfume. Há uma substância desconhecida e um dos corpos tem picadas
por grande extensão da pele.
- Não pode ser uma
combinação mortal?
- Temos que
descobrir. – Dana anotou algo em uma folha sulfite – Estou confusa.
- Vamos respirar um
pouco? Sei que o sol está muito quente, mas topa dar uma volta na praia?
- Claro, Mulder. –
Scully levantou da cama e calçou o chinelo de dedo – Bermuda e camiseta.
Acertei o look?
- Sim. – Mulder
vestiu a camiseta – Vamos almoçar no hotel mesmo?
- Sim.
- Vamos entrar no
mar?
- Não. Vamos apenas
molhar os pés.
- Passou protetor
solar?
- Hei! A médica aqui
sou eu! Claro que passei! – Scully riu.
- Podemos tomar banho
de mar no final da tarde.
- Ótimo!
O casal saiu do
quarto. Mulder puxou Scully pela mão, que sorriu.
- Esqueci. – ela sussurrou.
- Tudo bem.
Caminharam pela orla
da praia, molharam os pés e aproveitaram o tempo juntos. Voltaram ao hotel e
foram almoçar no restaurante.
À tarde, Scully
resolveu que iria deitar um pouco e Mulder começou a pesquisar sobre os
perfumes de Frank Irving.
- Mulder? – chamou Scully
sonolenta.
- Estou aqui. – ele respondeu
fechando o laptop – Já acordou?
- Eu não deveria ter
dormido tanto.
- O fuso horário
acabou com você e comigo também. Ainda temos duas horas antes do jantar.
- Podemos ir comer
pizza?
- Claro, Scully.
Dorme mais um pouco. Descanse.
- E você?
- Já vou deitar.
- O que está fazendo?
- Pesquisando.
Descobri algo.
- Diga. – Scully sentou
na cama.
- O Senhor Irving
mexia com experiências envolvendo feromônios de insetos.
Continua...
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