Título: O Mistério do Madeleine West
Autora: Rosa Maria
Lancellotti
Disclaimer: Não são
meus e não estou ganhando nada com essa história. Pertencem a 20 th Century
Fox, a Chris Carter, a 1013.
Sinopse: Um navio,
uma fórmula, um perfume e um staff
superanimado. Onde Mulder e Scully se encaixam? Leia e verá!
Timeline: Onde você
quiser.
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
2º Capítulo
- Eu disse pessoas. –
ele sorriu e logo ficou sério novamente – Teremos de ser um casal novamente.
Dessa vez, você escolhe os nomes, Scully.
- Por quê? Já somos
Rob e Laura Petrie. – ela falou sorrindo – Certo. Fiz progressos. Liguei para
Anne Irving, uma amiga, perfumista, e ela me enviou algumas informações.
- Suponho que tenha
feito anotações.
- Sim. – ela começou
a procurar algo com o pé.
- O que é?
- Perdi meu sapato. –
ela riu e revelou os pés descalços sob a mesa – Não importa. Você não acredita
o que descobri. A Anne vem estudando este caso há oito meses. Nesse período,
vinte e quatro casais morreram por causa dessa substância. Quase um casal por
semana, mas não foi divulgado, pois os corpos, em sua maioria, foram
encontrados no mar e considerados vítimas de afogamento. O navio Madeleine
West, segundo suas anotações, Mulder, foi resgatado e restaurado recentemente.
Depois disso, foi transformado em um cruzeiro de luxo novamente.
- Os casais
embarcavam e, durante o primeiro dia, o capitão apresentava as dependências do
navio.
- Dependências que
foram preservadas incluindo seus pertences. Mulder, isso explica porque os
vinhos do navio são tão bons.
- E quanto aos perfumes?
- Bom, havia uma
cabine especial que guardava as experiências de um perfumista e cientista
chamado Frank Irving. Possivelmente, tataravô ou tetravô de Anne. Era uma
pessoa rica e estranha para a sociedade da época. Vivia viajando e estudando
novas fórmulas para seus perfumes. Quando viu que em sua casa sua nova
descoberta não estaria segura, pediu ao Capitão do navio para guardá-las lá e
acabou arrendando essa cabine. Seus conhecimentos ficaram encerrados lá, pois o
Senhor Irving faleceu dois meses depois que o navio afundou devido a febre
amarela, contraída em uma de suas muitas viagens. Anne acredita que essas
experiências resultaram em algum tipo de perfume prejudicial à saúde.
- Scully, o que
poderia ter matado esses casais?
- A Anne ainda não sabe,
mas, ontem, encontrou anotações do Senhor Irving e, quando falei com ela, o
material estava sendo analisada.
- Coincidência?
- Na verdade, não.
Anne é tão viciada em trabalho quanto nós. Eu achei o sobrenome Irving naquele site que você estava consultando. Tentei
e a sorte sorriu para mim. – Scully parecia uma menina que ganhou um brinquedo
novo e quer explorá-lo ao máximo – Você não me parece animado com o caso.
- Teremos de fingir
novamente.
- Sim. E prepare-se,
Rob Petrie. Já marquei nossas passagens para a Califórnia. Esta tarde.
Ficaremos em terra dois dias.
- O quê?
- Embarcamos na
próxima saída do navio. Ficaremos duas semanas navegando. Skinner já aprovou.
- Você sabe o que eu
sinto em relação a barcos.
- Mulder, você estará
com sua médica pessoal a tiracolo. Não se preocupe.
- O que mais
descobriu, doc? – ele sorriu.
- Muito sobre a arte
dos perfumistas, Mulder. Você vai gostar. Agora, vamos arrumar nossas malas. A
certidão de casamento e documentos estão na sala do Skinner. Pode ir pegar?
- Claro. Vá para casa
e, daqui umas duas horas, estarei lá, certo?
- Está, mas seja
pontual. Não quero perder o voo. Consegui dois assentos na Primeira Classe.
- Estamos bem
cotados, hein?
- Ok. Achei meu
sapato.
Scully calçou os
sapatos, vestiu o sobretudo, despediu-se do parceiro e saiu.
Duas horas e meia
depois, Mulder chegava ao prédio de Scully.
- Você está atrasado,
Mulder. – Scully estava com as malas na porta do apartamento dela.
- Desculpe-me. Tive
que fazer algumas compras.
- Está certo, meu
filho. – Margareth Scully apareceu atrás da filha – Nós também fizemos compras,
não é, Dana?
- Olá, Senhora
Scully. – Mulder cumprimentou-a – Eu vou levar suas malas.
- Vai, Mulder. Eu já
desço.
Mulder pegou algumas
duas malas e desceu.
- Mamãe, obrigada por
tudo.
- Boa viagem.
Aproveite para descansar um pouco.
Mãe e filha
abraçaram-se e despediram-se. Logo, Mulder votou e abraçou-as.
- Mulder! – Dana exclamou.
- Estou carente.
Vocês duas são tudo para mim. – Mulder beijou a testa de cada uma – Vamos,
Scully?
- Vamos. – Scully pegou
a mala de rodinhas e pegou no braço de Mulder.
Depois de todas as
malas no carro, Mulder perguntou:
- Dana Scully, você
vai passar quantos anos no navio?
- Olha, eu trouxe
coisas para você também. Quantas malas você trouxe?
- Duas.
- Eu já trouxe três e
minha bolsa. Sei que é exagero, mas comprei algumas roupas de verão para você e
para mim também. Além disso, trouxe a roupa de gala, repelentes, bloqueador
solar, cremes hidratantes e remédios diversos.
- Eu trouxe meu
smoking par ao jantar de gala.
- Chega de conversa,
crianças. Não querem perder o voo, né? – Maggie falou chegando perto deles –
Boa viagem. Deus os acompanhe.
Mulder e Scully
entraram no carro e foram para o aeroporto.
Já dentro do avião,
Scully quis saber:
- Você já tem alguma
teoria, Mulder?
- Além de achar que é
coisa alienígena? Não, não tenho.
- Eu não cheguei a
uma conclusão, mas aprendi coisas interessantes. – Scully bocejou.
- Quer descansar um
pouco? Vai dispensar a champanhe?
- Vou dormir um
pouquinho. Você sabe o quanto fico enjoada voando. Mesmo já tendo acostumado a
viajar de avião regularmente. – Scully ajeitou-se na poltrona e fechou os
olhos.
Desembarcaram na
Califórnia. Pegaram a bagagem e foram retirar o carro alugado na locadora automotiva.
- Tudo bem, Scully? –
Mulder perguntou vendo a parceira com o olhar perdido na paisagem.
- Tudo. Dirija! Quero
ver a paisagem e se é verdade que ficaremos em um hotel quatro estrelas.
- Eu também quero
ver. A viagem de avião foi surreal.
- O Skinner está
protegendo-nos. Primeira classe, suíte máster,
carro utilizado para leasing... O que
será que podemos esperar mais?
- Uma boa cabine no
navio.
- Não li o contrato
ainda. Está longe ainda?
- Um pouco.
- Então, quero
compartilhar com você o que aprendi sobre perfumes. Vem do latim per, que significa por, através de, e do
verbo fumáre, fumar, produzir fumaça.
Podem ser produzidos com matérias primas naturais ou artificiais. As naturais
podem ser de origem vegetal, extraída de flores, plantas e raízes, ou de origem
animal, âmbar e almíscar. As artificiais tiveram grande desenvolvimento a
partir do século XIX, quando se verificaram os maiores progressos da indústria
química e da petroquímica.
- E seu eu te disser
que os egípcios, na Antiguidade, consumiam grande número de perfumes no culto
aos deuses, no embalsamento dos cadáveres e no culto aos mortos?
- Eu acho que me
impressionou, Mulder. Realmente você não fugiu das aulas de História. Retifico
o que eu disse.
- Continue. – Mulder sorriu
sedutor.
- Há referências na
Bíblia ao uso dos perfumes entre os judeus no Gênesis. Encontra-se referência
também no Êxodo, citando a composição do perfume a ser usado no culto ao
Senhor.
- Eram conhecidos dos
etruscos e, em Roma, seu uso se estendeu a homens e mulheres de todas as
classes, assim como aos cultos religiosos. Scully, o próximo fato que vou lhe
dizer pode encaixar-se no caso.
- Fala. – ela suspirou.
- Durante o
Renascimento, os perfumes voltaram a ter uso generalizado, sendo levados a
Veneza através do comércio com o mundo árabe e a Florença, de onde se
irradiaram para outros pontos da Europa. Uma das últimas viagens do Madeleine
West foi para Florença. Talvez o Senhor Irving tenha coletado algum material
lá.
- Atribui-se a
Catarina de Médici a introdução do uso de perfumes na França, onde, a partir de
meados do século XIX, a indústria de perfumaria teve rápida expansão, até
atingir a magnitude assumida nos dias atuais.
- O que mais quer
compartilhar?
- Nada mais, Mulder.
- Eu reli o caso no
avião.
- E?
- Os casais compraram
um tipo de perfume afrodisíaco para melhorar o desempenho sexual.
- Li isso. Foram
adquiridos na lojinha do navio. Eu farei a autopsiados últimos dois corpos.
- Ainda estão
intocados.
- Preciso estudar o
resultado das outras autópsias.
- Ok. Pelo endereço,
este é o nosso hotel.
O casal de agentes
olhou o belo hotel localizados a alguns metros da praia. Apesar de ser uma construção
vertical, podia-se ver a beleza do prédio com pintura azulada.
Mulder estacionou em
frente a porta do Hotel Marine. O porteiro veio recebê-los.
- Sejam bem vindos. –
saudou-os abrindo a porta de Scully enquanto o manobrista abria a porta de
Mulder – Sou Angelo Wallace. Este é Carlos Lafayette, manobrista. E este é Mark
Byron, que levará suas malas. Gostariam de levar sua bagagem de mão?
- Sim, obrigada. –
Dana pegou sua bolsa enquanto Mulder entregava a chave ao manobrista e
agradecia-o.
Mulder e Scully
pegaram sua bagagem e acompanharam Wallace.
- Por aqui, por
favor. – o porteiro disse – Fizeram reservas?
- Sim. – Mulder respondeu
– Em nome de Petrie, Robert e Laura.
O casal adentrou o
saguão do hotel e foram encaminhados a recepção. A simpática recepcionista
entregou-lhes o cartão-chave e indicou o elevador. Subiram e o eficiente funcionário
mostrou-lhes o quarto, enquanto o mensageiro trazia a bagagem.
- Apreciem sua
estadia. – os funcionários retiraram-se após receber a gorjeta dada por Mulder.
Continua...
Nenhum comentário:
Postar um comentário