Sofri e me diverti com a Eva!
O pano de fundo são os julgamentos pelos crimes de Auschwitz. Neste sucesso internacional, Annette Hess conta uma história de arrebentar aboca do balão: uma jovem tradutora é chamada para traduzir as falas dos poloneses, vítimas e testemunhas, das atrocidades ocorridas no campo de concentração. No meio da história, enfrenta a própria família, a sociedade e está disposta a expor as verdades mais sombrias desse período.
Sinopse e minhas impressões:
Para Eva Bruhns, a Segunda Guerra Mundial é apenas uma memória nebulosa da infância. Ao fim dos conflitos, Frankfurt estava em ruínas, vítima dos bombardeios dos Aliados.
Agora, o ano é 1963. Alemanha. Frankurt está reconstruída e Eva espera ansiosa pelo pedido de casamento de seu namorado rico. Sonha com uma vida longe dos pais, da irmã mais velha e de seu irmãozinho. Apesar de sua formação acadêmica, estava se preparando para ser uma boa esposa.
Mas, seus planos são alterados quando o impetuoso advogado David Miller a convoca como intérprete para um julgamento que aconteceria no Centro Comunitário. Logo, ela percebe que são os julgamentos do Campo de Concentração Auschwitz.
Eva começa a se envolver com as histórias das testemunhas e tem flashes de sua infância. Começa também a questionar seu futuro junto a Jürgen, seu namorado rico, e o silêncio de sua família sobre o tempo da guerra. Esse assunto era tabu na família Bruhns. Por que será que os pais e a irmã não falam sobre o assunto? Será que ela será boa esposa e dona de casa?
Quando vê o tamanho de sua responsabilidade, fica determinada a fazer justiça. Então, une-se a um time promotores empenhados em condenar os nazistas - uma decisão que mudará sua vida por completo.
É uma leitura eletrizante. Teve horas que tive que parar e me distrair com outra coisa. Mas é uma leitura necessária.
Um trecho que muito me impressionou foi a visita da equipe no local. Eu me vi lá com eles!
Não é apenas uma ficção. A autora consultou documentos reais (Fritz Bauer Institut) e baseou, principalmente, as falas do julgamento neles. Deu voz a muitas pessoas que sobreviveram e expôs os horrores sofridos por aqueles que perderam a vida.
O Bloco 11 de Auschwitz foi citado inúmeras vezes. Eu passei por ele, quando lá estive. Ainda bem que não entrei, porque a descrição dos crimes são tristes e pesadas. Porém, é necessário que continuemos a dar voz à essas pessoas e não deixar que subestimem o que aconteceu nos Campos de Concentração.
Vale a leitura! Uma leitura necessária!
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