Foi uma sugestão de leitura de uma das minha professoras da graduação em Museologia.
O livro é uma delícia de se ler e impossível não ter um papel à mão para fazer anotações.
A situação-problema do livro é a relação entre um agrônomo e um camponês. A discussão gira em torno da postura do primeiro em relação ao segundo e a comunidade. Ele tenta enfiar seu conhecimento na cabeça do povo ou convive ensinando e aprendendo?
Escrito na época do exílio no Chile, em 1968, o livro analisa o problema da comunicação entre o técnico e o camponês no processo de desenvolvimento de uma nova sociedade agrária.
Paulo Freire elaborou "uma certa compreensão ético-crítico-política da educação", como o próprio define, que tem como base o diálogo, que possibilita a conscientização, formando cidadãos da práxis progressista, transformadores da ordem social, econômica e política injusta.
Neste ensaio sobre a escolha metodológica dos educadores, Freire faz a defesa de uma educação que não se reduz à capacitação técnica, mas se dá pela troca, pelo diálogo, pela comunicação, pelo aprendizado mútuo e as pessoas devem se descobrir transformadoras do mundo. Combate a ideia de que a educação é apenas depositar conhecimento nos alunos. A educação é uma constantes troca, invenção e reinvenção permanentes.
Uma leitura atual! Vale muito a leitura!
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