Disclaimer: Não são meus e não estou ganhando nada com essa história. Pertencem a Netflix, seus autores, produtores, atores, etc., etc., etc.
Sinopse: A quarentena
deixou TJ Caruso pra baixo. Cora decide passar esse período de reclusão para
conter o Coronavírus na casa dos Caruso.
Classificação etária:
16 anos
Data de início: 10/05/2020
Data de término:
16/06/2020
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Há dias, Cora Vasquez
não tinha notícias de seu parceiro, TJ Caruso. Com o lockdown, por causa
do Coronavírus, mesmo fazendo parte dos serviços essenciais, a detetive e o tenente
foram dispensados temporariamente de suas atividades.
Cora tentara ligar
para o parceiro sem sucesso. Uma manhã, ligou para Caruso Pai.
- Cora, baby,
como está a prisão?
- Bom dia para você
também, Tony.
- Eu fiquei na prisão
algum tempo, mas tinha companheiros mais animados que o Júnior.
- Falando nele, cadê
ele?
- Na sala. Deitado no
sofá.
- Há dias que quero
falar com ele.
- Está deprê. Não
quer falar e resolvi respeitar e não perguntar mais nada.
- Hei, quer uma nova
companheira de cela? Estou me mudando para sua casa durante o lockdown.
- Traz cerveja.
- Só?
- E meu filho e
volta.
- Pode deixar comigo.
Até já!
Ao chegar, Cora
seguiu o protocolo de limpeza e Tony falou:
- Baby, não
precisa tanto. Você pode passar álcool, trocar de casaco e sapatos.
- Seu filho é chato, lembra?
Eu ainda vou trocar de roupa.
- Sobe então. O TJ
está no décimo sono no sofá. Deixei o quarto limpo para você, já que ele não
sai do sofá por nada.
- OK. Vou me trocar.
Logo, Cora descia
vestindo um pijama roxo e calçando meias antiderrapantes pretas. Sentou-se na
ponta do sofá e chamou:
- Caruso. – ela falou
suave, sem colocar as mãos nele – Hei, acorde.
TJ piscou algumas,
focalizou uma Cora borrada, pois estava sem óculos, e falou com voz de sono:
- Você está
infringindo o distanciamento social.
- Hei, meu Sr.
Infração. Você está bem?
- Sim. Descansando. E
visitas estão proibidas.
- Eu estava me
sentindo sozinha e pedi para ser companheira de prisão dos Caruso. Tomei todos
os cuidados. Vou ficar uns dias.
- Cora…
- Eu estou aqui. O
que você acha de levantar, tomar um banho quente e colocar seu pijama da Macy’s?
- Cora…
- Eu comprei esse
pijama lá. É para combinar com você. Veja. – ela apontou o que vestia.
- Parece roxo. – TJ apertou
os olhos para enxergar.
- É, Caruso. – Cora sorriu
– O que acha de colocar o seu? Assim ficamos combinando.
- OK, Cora. – TJ
sentou devagar.
- Está tudo bem? –
Cora colocou a mão no peito do parceiro – Respira.
- Só um pouco tonto.
Eu estou bem.
- Eu vou subir com
você. – Cora ficou em pé e ajudou-o a levantar.
Os amigos foram o
quarto de TJ.
- Vou tomar um banho.
– Caruso falou pegando o pijama dele – Pode ficar à vontade.
- Caruso, vou te
esperar aqui. – Cora sentou na cama dele – Já me espalhei no seu quarto.
- E pode ficar com
ele. – TJ entrou no banheiro.
Cora deitou na cama e
ficou ouvindo a água do chuveiro.
- Cora? – o Caruso mais
velho entrou no quarto.
- Seu filho está no
chuveiro.
- O que você acha?
- Ele aceitou numa
boa tomar um banho. Vou sondar.
- Tá bom, querida.
Está com fome?
- Sim. O TJ tem
comido?
- Muito pouco.
- Então, pode
preparar um super chá da tarde.
- Cora, estou
preocupado com meu filho.
- Eu também, mas ele
vai melhorar.
O chuveiro foi desligado.
Cora sentou na cama enquanto Tony Pai voltava para o andar inferior.
- Cora? – TJ chamou
da porta do banheiro – Achei que estava dormindo.
- Não, Caruso. Eu já
me aproveitei o suficiente de sua cama.
- Cora, eu não sei o
que está acontecendo.
- Sente aqui. – Cora ajeitou-se
na cama.
Caruso sentou do
outro lado da cama, respeitando o distanciamento.
- Cora, eu preciso
falar com alguém.
- Eu sou sua amiga.
Eu estou aqui para você.
- Essa história de
ficar preso em casa e vendo o que tem acontecido lá fora tem me deixado…
- O que está
sentindo?
- Acho que fiquei
triste. Eu já tive episódios de depressão na juventude.
- TJ, você não está
sozinho. Tem seu pai.
- Eu não consigo ter
esse diálogo com ele.
- Pode falar comigo
sempre.
- Você deve ter me
ligado várias vezes. Há dias, eu não carrego o celular.
- Eu tentei te ligar,
falar com você, mas entendi o que aconteceu.
- Estou entrando na
neura de novo. Estou depressivo de novo.
- E a terapia?
- Eu parei há algum tempo.
- Há atendimento online.
Eu posso te ajudar a procurar.
- Cora, não sei se
quero.
- Pense nisso. E
saiba que passaremos por tudo isso juntos.
- Tem dias que eu não
quero levantar da cama ou do sofá. Não consigo.
- Não tem problema.
Isso é ser humano. Não precisa ser forte o tempo todo.
- Ah, Cora…
- Hei, eu estou
sempre aqui para você. E quando eu não conseguir, eu vou pedir ajuda.
- Sabe o que eu
queria gora?
- Sei. – Cora passou
álcool em gel nas mãos e abriu os braços – Também preciso de um abraço. E
muito.
- Mas…
- Não pense. Sinta. Vem
cá. – Cora sorriu.
TJ ficou imóvel, mas
Cora aproximou-se e o abraçou. O parceiro respirou e envolveu o corpo da
parceira com seus braços.
Ficaram abraçados até
que o cheiro de pão invadiu o quarto.
- Você está com fome,
Cora? – Caruso perguntou.
- Sim. Seu pai
cozinha bem. – Cora foi se afastando do parceiro devagar. Sentiu ter que se
desvencilhar dele.
- Podemos continuar
essa conversa mais tarde?
- Claro, Caruso.
Pretendo ficar o tempo que for preciso.
- Cora, eu estou mais
chato que o normal e precisando de ajuda.
- Eu vou te ajudar.
Só que agora preciso comer. O que acha de vir comigo para a cozinha?
- Hoje, é um dia
difícil.
- Tudo bem. Vem
comigo. – Cora ficou em pé.
- Queria pegar na tua
mão.
Cora nada falou.
Passou álcool nas mãos e passou o frasco para TJ, que também usou o álcool.
Assim, desceram as escadas de mãos dadas. Chegaram à cozinha e relutantes se
separaram.
Mais tarde, os amigos
estavam sentados no sofá da sala.
- Cora, eu queria
colo. – TJ confessou.
- É pra já. – Cora pegou
um lençol limpo e colocou no seu colo – Eu deixei isso aqui para eu deitar no
seu colo.
Caruso deitou-se no
colo de Cora e teve sua cabeça acariciada.
- Você está de luva,
Cora.
- Sim, TJ.
- Tira.
- Tem certeza?
- Sim. Abro uma
exceção.
- Não precisa falar
nada. – Cora tirou as luvas e acariciou a cabeça de TJ – Eu estou aqui sempre
para você. E já te disse que passaremos por isso juntos.
- Essa situação é
terrível.
- Sim. Temos que
sentir agora, mas nos fortalecer e passar juntos pela crise.
- Cora, você vai
segurar minha mão no pior da crise?
- Sabe que sim.
Então, eu te pergunto: Você vai cuidar de mim?
- Sim, Cora.
- Então, vamos cuidar
um do outro. Passaremos por isso juntos, eu te prometo.
Tony Caruso encontrou
o filho e a parceira dormindo abraçados no sofá. Nem a luz da manhã os
incomodava. Sorriu. Sabia que os amigos iriam se apoiar e a crise passaria.
Fim
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